Recife sedia o maior encontro de empreendedorismo jovem do mundo

Nos dias 17, 18 e 19 de setembro acontece o maior encontro de empreendedorismo jovem do mundo: o 28ª Encontro Nacional de Empresas Juniores (ENEJ), nesta edição com sede e operação em Recife-PE.

O evento já impactou mais de 70 mil jovens em edições anteriores e seu principal objetivo é despertar a capacidade de transformação de empreendedores do Movimento Empresa Júnior (MEJ). A programação será inteiramente digital e até o momento, estão confirmados mais de 6,5 mil inscritos.

O Movimento Empresa Júnior mobiliza mais de 25 mil jovens e conta com 1.400 empresas juniores, espalhadas nas 27 unidades federativas do país. Ano passado, alcançamos um volume de R﹩ 49 milhões que foram revertidos em 34 mil projetos para a capacitação e formação empreendedora de jovens. Temos uma agenda socioeconômica significativa para o Brasil – revela a presidente-executiva da Confederação Nacional de Empresas Juniores (Brasil Júnior), Fernanda Amorim.

O evento conta com as parcerias de grandes empresas e instituições, como Bradesco, Sicoob, Movile, AMBEV, Suzano, SEBRAE, AD Diper, Copergás, Boticário, XPInc, Deloitte, Pirelli, Falconi, Renova BR, BTG, Azul, Bunge, Stone, Scania, Globo, Loft, Via Varejo, RedBull, Americanas, Ray, TPF, Lojas Renner, Hackeando Processos.

Marília Arraes pede informações sobre R$ 243 milhões em medicamentos e produtos que o Governo Federal deixou vencer sem distribuir

A deputada federal Marília Arraes (PT-PE) é autora de um requerimento de informação, na Câmara dos Deputados, que cobra do Governo Federal esclarecimentos sobre o estoque de vacinas, medicamentos, testes de diagnósticos e outros itens que perderam a validade sem terem sido distribuídos, avaliados em R$ 243 milhões. O requerimento será protocolado na próxima quarta-feira (08), quando o setor responsável retornará às atividades normais após o ponto facultativo decretado em função do feriado de 7 de setembro.

De acordo com reportagem-denúncia do jornal Folha de São Paulo, são mais de 3,7 milhões de itens que começaram a perder a validade nos últimos três anos e que estavam abandonados no centro de distribuição de logística do Ministério da Saúde, que fica na cidade de Guarulhos (SP). “A lista de produtos é gigantesca. São 820 mil canetas de insulina vencidas que dariam para auxiliar 235 mil pacientes com diabetes em um mês. É um desperdício de R$ 10 milhões, por exemplo. Há ainda remédios e outros produtos usados em tratamentos de doenças raras e câncer. Estamos falando de itens que podem significar viver ou morrer para muitas pessoas”, afirmou.

“Nosso requerimento questiona o Ministério da Saúde sobre o motivo desses insumos não terem sido utilizados. É justo que frascos para aplicação de 12 milhões de vacinas para gripe, BCG, hepatite B e varicela tenham que ser jogadas no lixo por incompetência desse governo. Esse material é avaliado em cerca de R$ 50 milhões. Queremos garantir não só respostas para esse absurdo, mas, principalmente, medidas necessárias para que isso jamais volte a acontecer, além da responsabilização e punição dos responsáveis”, ressalta Marília.

O requerimento também questiona o sigilo imposto aos dados e também pede a divulgação oficial das tabelas com a lista de todos os produtos para que a população possa ter mais transparência e acompanhe a distribuição desses insumos.

Na imensa lista de produtos que perderam a validade e não poderão ser utilizados pela população estão ainda medicamentos destinados aos pacientes com hepatite C, câncer, tuberculose e Alzheimer; R$ 345 mil em produtos do programa de DST/Aids; R$ 260 mil de itens para prevenção da malária; um frasco-ampola do medicamento Nusinersena que custa R$ 160 mil e 908 frascos de Eculizumab, no valor de R$ 11 milhões. Estes últimos produtos integram dois dos protocolos de tratamentos de maior custo existentes no mundo.

Começam as inscrições para o Enem PPL 2021

Começou, nesta segunda-feira, 6 de setembro, o período de inscrições do Exame Nacional do Ensino Médio para Pessoas Privadas de Liberdade ou sob medida socioeducativa que inclua privação de liberdade (Enem PPL) 2021. As inscrições dos participantes devem ser feitas pelo responsável pedagógico até o dia 17 de setembro, por meio do sistema do exame.

Neste período, o responsável também poderá solicitar atendimento especializado ou tratamento por nome social para o inscrito, se for o caso. O prazo também vale para transferências ou exclusões de participantes. Os procedimentos também devem ser realizados pelo sistema do exame. O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) aplicará o Enem PPL nos dias 11 e 12 de janeiro de 2022.

Responsável pedagógico – Além de acompanhar os trâmites do exame, o responsável participará de todas as etapas, desde a inscrição dos interessados até a divulgação dos resultados. Também deverá determinar as salas de provas dos participantes, assim como a transferência entre as unidades, caso seja necessário, dentro do prazo previsto. Outra atribuição do responsável é excluir do exame aqueles que tiverem a liberdade decretada, conforme prevê o edital do Enem PPL.

Enem PPL – As provas do Enem PPL têm o mesmo nível de dificuldade do Enem regular. A única diferença está na aplicação, que ocorre dentro de unidades prisionais e socioeducativas indicadas pelos respectivos órgãos de administração prisional e socioeducativa de cada unidade da Federação.

Enem – O Exame Nacional do Ensino Médio avalia o desempenho escolar dos estudantes ao término da educação básica. Ao longo de mais de duas décadas de existência, tornou-se uma das principais portas de entrada para a educação superior no Brasil, por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e de iniciativas como o Programa Universidade para Todos (ProUni).

Instituições de ensino públicas e privadas utilizam o Enem para selecionar estudantes. Os resultados são usados como critério único ou complementar dos processos seletivos, além de servirem de parâmetros para acesso a auxílios governamentais, como o proporcionado pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

Os resultados individuais do Enem também podem ser usados nos processos seletivos de instituições portuguesas que possuem convênio com o Inep para aceitarem as notas do exame. Os acordos garantem acesso facilitado às notas dos estudantes brasileiros interessados em cursar a educação superior em Portugal.

Pernambuco recebe mais de 74 mil doses de vacinas contra Covid-19 da Pfizer

Pernambuco recebeu, na noite desta segunda-feira (06.09), mais 74.880 doses de vacinas contra Covid-19 da Pfizer/BioNTech. A remessa foi desembarcada no Aeroporto Internacional do Recife/Guararapes – Gilberto Freyre por volta das 21h10 e, de lá, encaminhada para a sede do Programa Estadual de Imunizações (PNI-PE). A distribuição às Gerências Regionais de Saúde (Geres) está prevista para ser realizada ao longo desta semana.

De acordo com o governador Paulo Câmara, estas doses devem ser destinadas à aplicação das segundas doses em pessoas com comorbidades. “É essencial que a população procure os pontos de vacinação de seus municípios para completar o esquema vacinal. A segunda dose, ou a vacina de dose única em alguns casos, é essencial para combatermos esse vírus”, pontuou.

Desde o início da campanha de vacinação, em janeiro deste ano, Pernambuco já recebeu 10.862.190 doses de vacinas contra a Covid-19. Desse total, foram 4.169.020 da Astrazeneca/Oxford/Fiocruz, 4.110.720 da Coronavac/Butantan, 2.410.200 da Pfizer/BioNTech e 172.250 da Janssen.

Prefeitura de Caruaru divulga serviços que irão funcionar no feriado do Dia da Independência

A Prefeitura de Caruaru, por meio da Secretaria de Administração, publicou portaria no Diário Oficial, desta terça-feira (31), estabelecendo o cronograma de expediente dos servidores municipais no Dia da Independência do Brasil, 7 de setembro, feriado nacional. A segunda-feira (6) será ponto facultativo.

Em relação às duas datas, os serviços considerados essenciais funcionarão normalmente. Confira, abaixo, as atividades das secretarias em atuação.

Secretaria de Saúde: O Centro Municipal de Vacinação Covid-19 estará funcionando normalmente. Os hospitais, UPAs e Samu estarão operando nos sistemas de emergência e de urgência. Já as Unidades Básicas de Saúde (UBS), Centros de Saúde (CS), assim como o Centro Municipal de Testagem, estarão fechados.

Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos: Plantão do auxílio funeral pelos telefones 98384-2410 e 98384-3756, bem como atendimento à população em situação de rua no Acolhimento Adulto, que fica na Rua Alferes Jorge, Bairro Indianópolis.

Secretaria de Política para Mulheres: Plantão do Centro de Referência da Mulher Maria Bonita (acolhimento de mulheres vítimas de violência) pelo telefone 98384-4310.

Secretaria de Serviços Públicos e Sustentabilidade: Os parques urbanos funcionarão das 9h às 17h, bem como o Parque Natural Professor João Vasconcelos Sobrinho (Serra dos Cavalos), das 9h às 16h. A coleta de lixo, assim como as manutenções de iluminação pública e do Rio Ipojuca, acontecerá normalmente.

Ceaca (Central de Abastecimento de Caruaru): Expediente ocorrendo de forma habitual, da 0h até as 15h.

Instituições financeiras elevam estimativa de inflação para 7,58%

Supermercado na zona sul do Rio de Janeiro.

A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerada a inflação oficial do país, subiu de 7,27% para 7,58%, neste ano. É a 22ª elevação consecutiva na projeção. A estimativa está no boletim Focus de hoje (6), pesquisa divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC), com a projeção para os principais indicadores econômicos.

Para 2022, a estimativa de inflação é de 3,98%. Para 2023 e 2024, as previsões são de 3,25% e 3%, respectivamente.

A projeção para 2021 está acima da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. A meta, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 3,75% para este ano, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é de 2,25% e o superior de 5,25%.

Em julho, a inflação subiu 0,96%, o maior resultado para o mês desde 2002, quando a alta ficou 1,19%. Com o resultado, o IPCA acumula alta de 4,76%, no ano, e 8,99%, nos últimos 12 meses.

Os dados de agosto devem ser divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na próxima semana, mas o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15), que mede a prévia da inflação oficial, registrou inflação de 0,89% no mês passado, a maior variação do IPCA-15 para um mês de agosto desde 2002 (1%).

Taxa de juros
Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, estabelecida atualmente em 5,25% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). Para o mercado financeiro, a expectativa é de que a Selic encerre 2021 em 7,63% ao ano. Para o fim de 2022, a estimativa é de que a taxa básica suba para 7,75% ao ano. Tanto para 2023 como para 2024, a previsão é 6,5% ao ano.

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Desse modo, taxas mais altas podem dificultar a recuperação da economia.

Quando o Copom reduz a Selic, a tendência é de que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica.

PIB e câmbio
As instituições financeiras consultadas pelo BC reduziram a projeção para o crescimento da economia brasileira este ano de 5,22% para 5,15%. Para 2022, a expectativa para Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país – é de crescimento de 1,93%. Em 2023 e 2024, o mercado financeiro projeta expansão do PIB em 2,35% e 2,5%, respectivamente.

A expectativa para a cotação do dólar subiu de R$ 5,15 para R$ 5,17 para o final deste ano. Para o fim de 2022, a previsão é que a moeda americana fique em R$ 5,20.

Com participação limitada e híbrida, 28ª Romaria do Frei Damião é encerrada com Missa e queima de fogos

A cidade de São Joaquim do Monte, no Agreste do Estado sediou a 28ª Edição da Romaria do Frei Damião em formato híbrido em virtude das limitações sanitárias impostas pela Pandemia da COVID-19. Pequenas caravanas de romeiros se dirigiram à cidade, mas sem as grandes aglomerações, cumprindo dessa forma as regras sanitárias para o período pandêmico.

Pelo segundo ano, o evento não contou com a presença da multidão de romeiros e toda a programação foi transmitida através das redes sociais da Paróquia de São Joaquim e por emissoras de rádio da região. No decorrer do domingo, foi observada a chegada de grupos de romeiros, que se dirigiam para o Cruzeiro, onde está o monumento em homenagem ao “Santo do Nordeste”, pagavam promessas, renovavam os pedidos e retornavam aos seus destinos, conforme a orientação da Romaria para a Edição 2021. O Governo Municipal instalou barreiras educativas em pontos estratégicos, onde os visitantes aferiam a temperatura corporal; apresentavam o comprovante de tomada de pelo menos uma das doses da vacina contra a COVID-19; higienizavam as mãos com álcool em gel 70% e recebiam máscaras, na ausência do acessório. Às 15h30min, uma peregrinação conduzindo a imagem de Nossa Senhora das Dores, Padroeira dos Romeiros saiu da Matriz de São Joaquim, acompanhada por um número limitado de devotos e seguiu até o Cruzeiro do Frei Damião, onde foi rezada a Missa de Encerramento presidida por Dom José Ruy Lopes, Bispo da Diocese de Caruaru e concelebrada por diversos padres da região. O Pastor Diocesano refletiu sobre a vida do Capuchinho e ressaltou a importância de viver seus exemplos, em especial na humildade e vida de oração.

A expectativa é que em 2022 a Romaria do Frei Damião seja realizada em sua dimensão normal quando reúne mais de 200 mil devotos vindos de todo o Nordeste.

Carta assinada por 26 países alerta para ‘insurreição’ no Brasil

Um grupo de ex-presidentes, parlamentares, professores e estudiosos divulgou carta, nesta segunda-feira (6/9), na qual afirmam que os atos convocados pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no 7 de Setembro, Dia da Independência, representam uma tentativa de “insurreição que ameaça a democracia no Brasil”.

No documento, os líderes afirmam que vários países estão com os olhares voltados para as manifestações. Para eles, a comunidade internacional não vai tolerar rupturas democráticas.

A carta é assinada pelo ex-primeiro-ministro da Espanha José Luis Rodríguez Zapatero; pelos ex-presidentes da Colômbia Ernesto Samper e do Paraguai Fernando Lugo; pelos filósofos e ativistas políticos norte-americanos Noam Chomsky e Cornel West; pelo o arquiteto e ativista argentino Adolfo Pérez Esquivel, vencedor do prêmio Nobel da Paz; e outros políticos europeus.

“Bolsonaro e seu governo têm ameaçado – diversas vezes – cancelar as eleições presidenciais de 2022 se o Congresso não aprovar seus reformas”, diz a carta. “Estamos seriamente preocupados com a ameaça às instituições democráticas do Brasil – e estamos vigilantes para defendê-las antes e depois de 7 de setembro. O povo brasileiro tem lutado por décadas para proteger a democracia de um regime militar. Bolsonaro não deve ter permissão para roubá-la agora”, finaliza o texto.

A carta foi coordenada pela Progressive International, entidade que mobiliza organizações em defesa da democracia no mundo.
Em 2020, a entidade enviou uma delegação ao Brasil para sondar ameaças do governo Jair Bolsonaro.

O 7 de Setembro

As manifestações do 7 de Setembro foram inflamadas pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Nos últimos meses, ele vem falando para apoiadores que ganhou as eleições presidenciais de 2018 em primeiro turno.

Para o presidente, as eleições foram fraudadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). As declarações ampliaram as tensões entre Bolsonaro e o presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso, também ministro do STF.

Barroso defende que as eleições são justas e que as declarações do presidente não passam de fake news.

Após diversos xingamentos do presidente direcionados a Barroso, ao TSE e também ao STF, o ministro Alexandre de Moraes incluiu Bolsonaro no inquérito das fake news.

A ação implodiu uma verdadeira “guerra” contra o Supremo. Agora, apoiadores do presidente marcham a Brasília para protestar contra a Corte, pedir o voto impresso e auditável, o impeachment de Barroso e Moraes, e caso a Corte não seja extinta, a implantação de um regime militar.

Estado de Minas

Veja 6 situações que apontam sinais de perda de audição

Controle na mão, volume da televisão “nas alturas”, dificuldade em entender o que o colega está falando, leitura labial durante o diálogo. Esses são alguns dos pontos que expõem sinais de perda auditiva. Mas por que isso acontece?

Segundo a médica otorrinolaringologista do Hospital das Clínicas Nicole Cardoso, existem várias causas que podem comprometer a audição. “O envelhecimento, por exemplo, causa alterações em nosso corpo. Medicações ototóxicas ou doenças crônicas como diabetes, hipertensão, podem ocasionar perda auditiva”, detalha.

Segundo a médica, existem alguns tipos diferentes de perda auditiva, que pode ser causada pela secreção de otite, perda ocasionada por ruído, entre outras formas. No entanto, ela afirma que, em alguns casos, há como reverter a perda.

Para pacientes que trabalham em um ambiente muito ruidoso, quando há perda auditiva, não há como reverter, explica Nicole. “No entanto, se deixar de se expor, a pessoa evita de progredir a perda”, acrescenta.

De acordo com a doutora, naturalmente as pessoas começam a perder a audição por volta dos 55, 60 anos de idade. A médica ainda explica que a perda auditiva é o principal fator para o quadro de demência em idosos “Com um diagnóstico precoce e reabilitação, com aparelho auditivo, é possível evitar demência em pacientes idosos”, diz.

Ainda segundo Nicole, é preciso evitar a exposição frequente ao ruído. Para quem tem doenças crônicas, se alimentar corretamente e praticar atividades físicas deve ajudar para que a audição não seja tão prejudicada.

Conheça 6 situações, que mostram sinais de perda auditiva:

1. Percebe dificuldade para entender o que outros estão dizendo;

2. Pede às pessoas que repitam o que diz com frequência;

3. Se esforça para ouvir em lugares lotados com ruídos de fundo;

4. Percebe que outras pessoas estão murmurando ou não falam claramente;

5. Assiste à televisão em um volume mais alto do que os outros;

6. Percebe um zumbido nos ouvidos

Folhape

Governo Bolsonaro deixa vencer R$ 243 milhões em vacinas, testes e remédios

O Ministério da Saúde deixou vencer a validade de um estoque de medicamentos, vacinas, testes de diagnóstico e outros itens que, ao todo, são avaliados em mais de R$ 240 milhões. Agora, todos esses produtos devem ser incinerados.

O cemitério de insumos do SUS está em Guarulhos (SP), no centro de distribuição logística da pasta. Ali estão 3,7 milhões de itens que começaram a vencer há mais de três anos. Quase todos expiraram durante a gestão de Jair Bolsonaro (sem partido).

Todo o estoque é mantido em sigilo pelo ministério. A pasta usa documento interno de 2018 para negar pedidos de acesso aos dados sobre produtos armazenados ou vencidos, argumento já apontado como inadequado pela CGU (Controladoria-Geral da União).

Mas o jornal Folha de S.Paulo teve acesso a tabelas do ministério com dados sobre os itens, número de lote, data de validade e valor pago pelo governo. A lista de produtos vencidos inclui, por exemplo, 820 mil canetas de insulina, suficientes para 235 mil pacientes com diabetes durante um mês. Valor: R$ 10 milhões.
O governo Bolsonaro também perdeu frascos para aplicação de 12 milhões de vacinas para gripe, BCG, hepatite B (quase 6 milhões de doses), varicela, entre outras doenças, no momento em que despencam as taxas de cobertura vacinal no Brasil. Só esse lote é avaliado em R$ 50 milhões.

Os produtos vencidos também seriam destinados a pacientes do SUS com hepatite C, câncer, Parkinson, Alzheimer, tuberculose, doenças raras, esquizofrenia, artrite reumatoide, transplantados e problemas renais, entre outras situações.

Alguns itens que serão incinerados estão em falta nos postos de saúde.

No fim de agosto, o governo da Bahia reclamou do atraso na entrega de medicamentos pelo ministério, como o metotrexato, usado para alguns tipos de câncer. Há 24 mil frascos-ampola vencidos no almoxarifado do governo Bolsonaro.

O Ministério da Saúde também guarda cerca de R$ 345 mil em produtos perdidos dos programas de DST/Aids, principalmente testes de diagnóstico, além de R$ 620 mil em insumos para prevenção da malária.
Dados internos do governo mostram que devem ser incinerados mais de R$ 32 milhões em medicamentos comprados por ordem da Justiça. A maior parte desses fármacos é de alto custo e para tratamento de pacientes de doenças raras, uma bandeira do governo. Ao lado da primeira-dama, Michelle Bolsonaro, o ministro Marcelo Queiroga (Saúde) lançou no último dia 31 a “Rarinha”, nova mascote do SUS.
No meio deste estoque há um frasco-ampola de nusinersena, avaliado em R$ 160 mil, e 908 frascos de eculizumab, que custaram R$ 11,8 milhões. São medicamentos usados em dois dos tratamentos mais caros existentes.

Vice-presidente do Instituto Vidas Raras, Amira Awada afirma que há grave desabastecimento e estima que mais de mil pacientes aguardam por remédios.

“O que nós mais escutamos é que somos culpados pelo déficit orçamentário do Ministério da Saúde, mas é a pasta que perde milhões ao deixar medicamentos vencerem. Nós passamos da fase da revolta, estamos sem perspectiva”, disse Awada.

A entidade calcula que 15 milhões de pessoas vivem com doenças raras no Brasil. “Eu nunca vi uma situação tão difícil em 12 anos. Não conseguimos nem falar com eles [representantes do ministério].”
Parte dos medicamentos de doenças raras foi devolvida ao ministério por pacientes que deixaram de usar os produtos ou morreram. A Saúde não respondeu se fez o remanejamento dos fármacos.

O deputado Luis Miranda (DEM-DF), que também teve acesso aos dados, fez questionamentos ao Ministério da Saúde sobre o volume de material desperdiçado. Para o deputado, que denunciou suspeitas de irregularidades na compra da vacina Covaxin à CPI da Covid, os medicamentos vencidos são ainda mais preocupantes.

“A conduta é um escárnio com a saúde do Brasil. Medicamentos e recursos públicos, que poderiam salvar vidas, estão apodrecendo. Qual a razão para a compra desses medicamentos não utilizados? Qual o motivo de mantê-los armazenados depois de vencidos? Enriquecer empresas?”, disse.
Em plena pandemia, o governo Bolsonaro também perdeu cerca de 2 milhões de exames RT-PCR para Covid, avaliados em mais de R$ 77 milhões.

A fabricante fez uma doação de exames da Covid novos à Saúde para repor o estoque vencido, mas o intervalo e a burocracia até a chegada do produto fizeram cair a entrega dos exames ao SUS, como mostrou a Folha de S.Paulo.

O ministério ainda guarda 2,2 milhões de exames sem validade para o diagnóstico de dengue, zika e chikungunya, todos vendidos pelo laboratório público Bahiafarma. Estes lotes custaram cerca de R$ 60 milhões e foram interditados em 2019 por ordem da Anvisa. A Saúde não informou se pediu ressarcimento ou reposição destes exames.

Com isso, ao todo, os testes de diagnóstico sem validade respondem por cerca de 60% (R$ 140 milhões) do valor dos insumos vencidos.

O diretor do Dlog (Departamento de Logística) da Saúde, general da reserva Ridauto Fernandes, disse à Folha de S.Paulo que a perda de validade de produtos “é sempre indesejável”, mas ocorre “em quase todos os ramos da atividade humana”. Ele afirmou que “não pode comentar” sobre o estoque.

“Em supermercados, todos os dias, há descarte de material por essa razão”, disse o general. “Nos esforçamos para que isso não ocorra”, completou.

Área que atua na ponta da linha da gestão dos insumos, o Dlog ficou sob comando de Roberto Dias, indicado do centrão, durante a maior parte do governo Bolsonaro. Ele só foi exonerado em 29 de junho, após o cabo Luiz Paulo Dominghetti afirmar à Folha de S.Paulo que recebeu de Dias cobrança de propina para destravar a venda de vacinas.

Em alguns casos, como de falha do produto ou quando ele é fornecido com validade curta, o governo consegue repor parte do estoque vencido por acordos contratuais com as fabricantes, mas a operação pode atrasar os tratamentos.

Mas há situações de prejuízo total aos cofres públicos e aos pacientes, como no caso das canetas de insulina. Apesar da alta demanda, a Saúde não entregou e vai incinerar cerca de 20% da compra de estreia deste produto no SUS, feita em 2018.

O endocrinologista Fadlo Fraige Filho, presidente da Anad (Associação Nacional de Atenção ao Diabetes), afirmou que erros cometidos ainda em gestões anteriores à de Queiroga levaram ao atraso na entrega das canetas aos pacientes.

Ele disse que, além de demorar para comprar agulhas para as canetas, o governo exigiu que os produtos fossem liberados em centros especializados e após a apresentação de laudos complexos. “Elas deveriam ser distribuídas como são as (insulinas) regulares, nas unidades básicas, eventualmente no Farmácia Popular”, disse.

Procurada, a Saúde não explicou por que os produtos perderam a validade e qual o tamanho e valor do estoque que conseguiu repor nas negociações com fabricantes. Também não apresentou dados da série histórica dos estoques nem disse qual valor paga para armazenar e descartar os insumos vencidos.
Em nota, a Bahiafarma disse que a diretoria da Anvisa ainda não julgou recurso sobre a interdição dos lotes. Também afirmou que os testes vencidos já começaram a ser recolhidos e que estão estocados em armazéns dos estados. Dados do ministério obtidos pela Folha de S.Paulo, porém, apontam que há exames vencidos deste laboratório na central de distribuição do governo federal em Guarulhos.

Para o presidente do Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde), Carlos Lula, o estoque é desproporcional. “A situação é gravíssima e precisa ser apurada. Pode derivar não só de má gestão, mas ser ato de improbidade.”

Representante da Abrasco (Associação Brasileira de Saúde Coletiva), Wagner Gastão afirma que o volume de insumos vencidos é sinal de “degradação e desmonte” do ministério.

“É uma máquina complexa, mas a história do ministério não é essa. Sempre há produtos vencidos, mas tem de ser algo residual, senão é indicador grave de ineficiência”, afirma Gastão. Ele também é professor de medicina da Unicamp e ex-secretário-executivo da Saúde (2003 a 2005).

CEMITÉRIO DE INSUMOS
Dados obtidos pela Folha de S.Paulo mostram estoque de medicamentos, testes e vacinas vencidos avaliado em mais de R$ 240 milhões. Há cerca de 3,69 milhões de itens, que podem servir a um número muito maior de pessoas no SUS, pois cada frasco de vacina, por exemplo, têm até dezenas de doses.

Produtos vencidos

CGLAB (Coordenação Geral de Laboratórios): R$ 140,73 milhões
Mais de 2 milhões de testes RT-PCR de Covid, além de exames de dengue, zyka, chikungunya, leishmaniose e diversos reagentes.

Vacinas: R$ 49,59 milhões
Cerca 12 milhões de imunizantes para BCG, gripe, pólio, hepatite B, tetra viral, soros para diversas doenças, além de diluentes

Remédios comprados por ordem judicial: R$ 32,99 milhões
Principalmente medicamentos de alto custo para doenças raras, como eculizumab (HPN) e atalureno (Distrofia Muscular de Duchenne).

Medicamentos excepcionais: R$ 17,72 milhões
Caneta de insulina e tratamentos para hepatite C, esclerose múltipla, Alzheimer, Parkinson, entre outras doenças

Outros: R$ 1,93 milhão
Hemoderivados, tratamentos de raiva, tuberculose e produtos de prevenção à malária

Programas de DST/Aids: R$ 420 mil
Principalmente kits de diagnóstico de HIV e HCV

Fonte: documentos internos do Ministério da Saúde

Folhape