Internacional Cientistas veem China com papel central e não creem em Talibã moderado

Tiros são ouvidos enquanto o Talibã controla afegãos do lado de fora do Aeroporto de Cabul

Cientistas que estudam a geopolítica no Oriente Médio consideram que é preciso olhar com cautela para as promessas de moderação do Talibã. Também questionam os resultados obtidos pelos Estados Unidos (EUA) durante a ocupação que durou 20 anos e avaliam que os desdobramentos na região vão depender de como a China irá se movimentar diante do retorno do grupo extremista ao poder no Afeganistão.

“Estamos vendo algumas mudanças importantes. O grupo que foi derrubado pelos Estados Unidos há 20 anos está agora virando governo e, inclusive, sendo reconhecido por alguns países, como é o caso da China. Durante muito tempo, nas discussões sobre a geopolítica da região, se debatia o papel dos Estados Unidos, da Rússia, da Inglaterra. Pela primeira vez, precisamos entender qual será o papel chinês e qual vai ser a política chinesa para a região. Já está claro que os chineses vão negociar com os talibãs”, observa Fernando Luz Brancoli, pesquisador e professor do Instituto de Relações Internacionais e Defesa da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Mais cedo, a China acenou para o novo governo afegão. A porta-voz da diplomacia chinesa, Hua Chunying, disse que o país respeita o direito do povo afegão de decidir seu próprio destino e deseja seguir mantendo relações amistosas e de cooperação com o Afeganistão. Ela ainda afirmou que a embaixada, situada na capital Cabul, manteria seu funcionamento normal.

Para o cientista político João Paulo Nicolini Gabriel, pesquisador da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), mudanças na região irão muito além da relação entre Estados Unidos e Afeganistão. “Devido à sua localização, é um país que ocupa espaço extremamente importante no cenário asiático. A Ásia Central sempre foi muito importante. Agora precisamos olhar como os Estados Unidos, a China e Rússia vão lidar com o Afeganistão. São países que desempenham papel central. Mas um ponto pouco falado envolve os papéis do Paquistão e da Índia, que são essenciais, porque têm grande influência na região. Pode haver fricções e realinhamentos diplomáticos”, diz.

O Paquistão foi um dos poucos países que mantiveram relações diplomáticas com o Afeganistão, durante o período governado pelo Talibã na década de 90. Segundo João Paulo, as declarações do primeiro-ministro Imran Khan dão indícios de que o governo paquistanês está disposto a aceitar a volta do grupo extremista.

De outro lado, a situação impõe novas preocupações à Índia. O governo liderado por Narendra Modi, que costuma explorar politicamente crises com o Paquistão, poderá ficar em posição menos confortável com a saída das tropas norte-americanas do Afeganistão.

A volta dos talibãs ao poder foi consolidada no último domingo (15): o presidente afegão Ashraf Ghani deixou o país e o controle do palácio presidencial foi assumido pelos rebeldes. Tudo ocorreu sem que houvesse resistências.

Diante do cenário, os EUA precisaram acelerar a conclusão do processo de saída do país, em curso desde o ano passado: uma megaoperação para tirar às pressas diplomatas e cidadãos americanos foi montada pelas tropas norte-americanas, que ainda controlam o aeroporto. No entanto, imagens que ganharam repercussão internacional mostraram um caos no local, com milhares de civis desesperados para deixar o país se aglomerando junto aos aviões.

Para Brancoli, a rápida recuperação do poder pelos talibãs coloca em cheque os bilhões de dólares investidos pelos Estados Unidos no treinamento do Exército afegão. “Os armamentos deixados pelos Estados Unidos vão cair nas mãos dos talibãs. Tem até uma curiosidade: eles tinham lá os Super Tucanos, que são aeronaves construídas no Brasil junto com os Estados Unidos. Agora o Talibã tem acesso a eles. Não sei se vão saber pilotar”, observa.

Apesar das imagens com milhares de pessoas reunidas no aeroporto em busca de uma oportunidade de sair do país, o pesquisador avalia que a população não tem uma visão homogênea e não há uma repulsa generalizada contra os talibãs. Segundo ele, os moradores das áreas rurais são indiferentes ou apoiam o Talibã, e a elite urbana não é tão numerosa.

“É preciso lembrar que o Afeganistão é um país majoritariamente rural. E nas áreas rurais a população olhava para o governo central de forma muito desconfiada. Muitos consideravam um governo corrupto que não atendia aos seus interesses. Uma das explicações para o avanço tão rápido do Talibã seria, em parte, esse apoio da população local. Não houve grandes resistências nas partes periféricas. E quando chegou em Cabul, onde se esperava uma resistência um pouco maior, o próprio Exército parecia que já tinha desistido de lutar e não tinha interesse no conflito. O presidente fugiu”, acrescenta.

João Paulo observa que o governo afegão apoiado pelos EUA nunca teve 100% de domínio sobre o território do país, e os talibãs sempre controlaram algumas áreas. Ele avalia que, sobretudo nas grandes cidades, uma parte da população está apavorada. Há ainda imigrantes de diversos países buscando deixar o país. “Se pegarmos os últimos comunicados internacionais, da Índia por exemplo, vemos que há grande preocupação de como retirar seus cidadãos do Afeganistão. Outros países também tentam proteger suas populações”.

De acordo com o cientista político, o cenário revela a incapacidade da política norte-americana de alcançar certos objetivos, o que fez com que a ocupação tenha se arrastado por mais tempo do que se esperava. “Reformularam até o sistema eleitoral do país e não conseguiram garantir uma estabilidade. Ghani tinha dificuldade de manter popularidade. E justamente por isso havia tantos soldados norte-americanos lá”.

Legado
Tornando-se conhecido como grupo religioso fundamentalista na primeira metade dos anos 90, o Talibã foi organizado por rebeldes que haviam recebido apoio dos Estados Unidos e do Paquistão para combater a presença soviética no Afeganistão, que durou de 1979 a 1989, em meio à Guerra Fria. A chegada ao poder se consolida em 1996, com a tomada de Cabul.

Uma vez no controle do governo, o Talibã promoveu execuções de adversários e aplicou sua interpretação da Sharia, a lei islâmica. Um violento sistema judicial foi implantado: pessoas acusadas de adultério podiam ser condenadas à morte e suspeitos de roubo sofriam punições físicas. O uso de barba se tornou obrigatório para os homens e as mulheres não poderiam transitar e ser vistas publicamente sem a burca, que deveria cobrir todo o corpo. Televisão, música e cinema foram proibidos e as meninas não podiam frequentar a escola.

A ocupação dos EUA foi uma reação aos ataques às duas torres gêmeas do World Trade Center, arranha-céus situados em Nova York. Dois aviões atingiram os edifícios em 11 de setembro de 2001, derrubando-os e causando quase 3 mil mortes. Os EUA acusaram o Talibã de dar abrigo ao grupo terrorista Al Qaeda, que assumiu a autoria do atentado, e invadiu o Afeganistão em outubro de 2001. As ruas de Cabul foram tomadas em dois meses. Em 2004, eleições foram realizadas no país e, em 2011, as forças norte-americanas anunciaram a morte de Osama Bin Laden, líder da Al Qaeda.

Segundo Brancoli, durante os 20 anos de ocupação, ocorreu uma ampliação das liberdades civis e desenvolvimento econômico em alguns setores, mas também diversas denúncias de corrupção. “Houve grupos políticos que se beneficiaram desse momento, que ganharam prestígio, ganharam dinheiro. Em uma escala menor, tivemos mulheres entrando no mercado de trabalho, ocupando algumas funções governamentais, frequentando as escolas. Mas fica no ar até que ponto essas transformações serão mantidas”.

Esse legado, na visão do pesquisador não está garantido. “Eles estão dizendo que vão moderar e ser menos brutais do que foram na década de 90. Fico parcialmente desconfiado. A forma de governar do Talibã está muito pautada em práticas de violência e controle. Então, considerando seu histórico, até que ponto eles conseguem pensar a organização do país de outra maneira? Vamos ter que esperar pra ver, mas acho que essa moderação é meramente discursiva”.

João Paulo chama a atenção para o uso das redes sociais pelo Talibã, onde divulgam indícios de corrupção. “O que eles querem mostrar neste primeiro momento é que o governo de Ghani não representava a população”.

Retirada
A retirada gradual das tropas norte-americanas foi pactuada no ano passado em um acordo bilateral firmado entre o então presidente Donald Trump e o Talibã. O processo deveria ser concluído até maio deste ano. O grupo afegão se comprometeu a não dar abrigo a terroristas da Al Qaeda e do Estado Islâmico.

Eleito, o presidente Joe Biden assumiu a sucessão de Trump e manteve o processo em andamento, mas alterou o prazo: prometeu encerrar a ocupação até setembro, posteriormente antecipado para agosto. À medida que as forças dos EUA deixavam o país, ocorreu um rápido avanço das forças talibãs sobre as mais diversas cidades.

Para João Paulo, o processo de retirada das tropas foi influenciado também pela opinião pública nos Estados Unidos. “Os gastos militares nos Estados Unidos começaram a ser mais criticados depois da crise econômica de 2008. Há um longo debate, inclusive na academia, sobre a necessidade da intervenção no Afeganistão, que também pressionava por um plano de evacuação”.

A velocidade com que os talibãs retomaram o poder gera repercussões políticas nos EUA, com grupos de oposicionistas criticando a condução da saída do Afeganistão pelo governo de Joe Bidens. Ontem (15), em pronunciamento, o secretário de Estado, Antony Blinken, recusou comparações com o fim da Guerra do Vietnã em 1975, quando rodaram o mundo cenas da cidade de Saigon, em que se viam diplomatas desesperados para deixar a Embaixada dos Estados Unidos diante da aproximação dos vietcongues. “Isto não é Saigon. Fomos ao Afeganistão há 20 anos com uma missão em mente: lidar com as pessoas que nos atacaram em 11 de setembro, e essa missão foi bem-sucedida”, disse Blinken.

Estado de São Paulo libera eventos, museus e feiras a partir de hoje

A partir de hoje (17), o governo de São Paulo permitirá a retomada de eventos sociais, feiras corporativas e reabertura de museus, que estavam proibidos desde o início da pandemia de covid-19. No entanto, a liberação segue condicionada ao controle de público e ao uso obrigatório de máscara.

Esses eventos também não podem gerar aglomeração. Para o comércio e os serviços não haverá mais limitação de público ou de horário de funcionamento.

Eventos que provoquem aglomeração, como shows, casas noturnas e competições esportivas com público, por exemplo, continuam proibidos no estado.

“A partir de 17 agosto teremos toda a população [adulta do estado de São Paulo] com acesso à primeira dose [de vacina contra a covid-19]. Com isso, eventos sociais, corporativos, culturais e esportivos passam a ser permitidos em um modelo onde não há restrição de ocupação, mas permanece a restrição de distanciamento. Então, o cálculo de ocupação precisa ser realizado, porque não pode haver aglomeração, e as pessoas precisam estar distanciadas. O uso de máscaras permanece”, disse a secretária de Desenvolvimento Econômico, Patricia Ellen.

A liberação de atividades começa em um momento em que o estado vem apresentando queda no número de óbitos e de internações por covid-19, graças ao avanço da vacinação. No entanto, isso não significa que a pandemia esteja controlada.

Na semana passada, o estado voltou a apresentar um crescimento no número de casos. Além disso, o número de casos pela variante Delta (inicialmente identificada na Índia) já vem crescendo no estado e pode se tornar prevalente. A variante Delta foi responsável pelo aumento do número de casos em diversos países do mundo, inclusive na Europa e nos Estados Unidos.

Segundo a secretária, os shows com público em pé, torcidas e pistas de dança vão continuar proibidos no estado até o dia 1º de novembro, quando o governo espera que pelo menos 90% dos adultos de São Paulo tenham concluído o seu esquema vacinal contra a covid-19.

A partir daí, o governo espera liberar todos esses eventos, desde que continue havendo controle de público. “A partir de 1º de novembro será permitido eventos com controle de público, mas que possam ter pessoas em pé e pistas de dança. Lembrando que o distanciamento e o uso de máscara continuam obrigatórios”, afirmou.

Falar de história é falar do desafio de torná-la atrativa para os alunos de hoje

A história é sempre um convite para brecharmos os espaços do tempo, paulatinamente debruçar-nos sobre as linhas escritas com a memória e a tentativa de reconstrução de uma época que não vivemos. Mas, por empenho e curiosidade, trazemos a luz do contemporâneo. Falar de história é falar do desafio de torná-la atrativa para alunos que estão tempos a nossa frente, que nasceram numa era totalmente digital, mas, por adaptação social, colidem com um sistema analógico, paradoxal não? Pois é, alunos digitais, sociedade em transformação.

Os educadores travam essa guerra, e as tecnologias nos ajudam de N formas. Trazendo o saber histórico para os meios digitais. Quando percebemos que nosso processo de interpretação cativa diretamente o aluno, sentimos o efeito do conhecimento no outro e iniciamos o processo de troca. Momento maravilhoso.

Estávamos neste último semestre em um momento interessante na história, que, por si, já é instigante: Período Napoleônico. Imediatamente destaquei as destrezas de Napoleão Bonaparte e seu impacto na Europa. Napoleão estava destinado, tinha conhecimento para isso, mas foi destruído, não por nações enfurecidas com suas vitórias, mas pelo seu Ego.

Há algo na França que atrai muito os alunos do Fund II. A Revolução Francesa, período anterior ao surgimento de Napoleão, que ocorreu entre 1779 e 1789, causa tanto alvoroço que me parece que ocorreu ontem. A reação de como eram as punições com o surgimento da guilhotina, as transformações sociais.

Mas deixando de lado a amada e adorada França, Napoleão causa tanto alvoroço que acaba influenciando na saída da Corte Portuguesa de sua terra natal. Napoleão não tem jeito, impôs um bloqueio para quem realizasse comércio com Inglaterra. A galera vai à loucura. Como partida de Futebol, mas e agora?

“Professor, me diga uma coisa? Ele era muito chato? Parece que era”. Respondendo em tom de riso, eu digo que ele estava destinado a dominar o mundo.

Portugueses aos montes correm de suas terras com o medo do que Napoleão pode fazer. Gosto nesse momento de enfatizar: “Gente, já imaginaram vocês abandonarem a administração de seu país, vocês sendo uma potência econômica Europeia? ‘Marminha’ gente, risos. Trabalho nessa construção, do impacto da vinda da família real portuguesa que, logo mais, trará o rompimento da relação Brasil/Portugal, trazendo a independência e autonomia de nossa nação.

Entramos em história e a magia do nosso passado começa, mais uma vez, porque construímos saberes ao longo do sexto, sétimo e, chegando na independência, no oitavo. Enfim, podemos desconstruir paradigmas e contar um pouco sobre o nosso passado. Sobre nossa gente.

Interlinkando períodos, tecendo os fatos, construindo uma ideia do que foi o nosso país para entendermos nossa soberania. Tornando a gente cada vez mais brasileiro.

Rian Silva Bezerra é
professor de História do Colégio Exato Prime

IES com seleção aberta para coordenador de Psicologia

A Faculdade UNINASSAU Caruaru está com seleção aberta para contratação de coordenador de curso para a graduação em Psicologia. O candidato deverá enviar o Currículo Lattes para o e-mail ana.tereza@mauriciodenassau.edu.br até o dia 15 deste mês, com o assunto SELEÇÃO -COORDENAÇÃO DE PSICOLOGIA.

A análise dos dados levará em consideração a formação acadêmica; produção científica, tecnológica, atualização profissional, assim como a experiência docente. O Currículo Lattes deve ser estar atualizado.

O candidato deve ter título de Mestre ou Doutor e disponibilidade para cumprir 44 horas semanais. A seleção será composta de análise curricular e entrevista com a direção da unidade. O processo de seletivo é organizado pela diretoria Acadêmica da instituição, junto a uma Comissão de Avaliação Docente, composta de três membros, responsáveis pelo julgamento e classificação dos candidatos.

Em encontro com Lula, Silvio defende a ampliação do diálogo com o setor produtivo

O deputado federal Silvio Costa Filho, presidente estadual do partido Republicanos, reuniu-se com o ex-presidente Lula (PT) no começo da tarde desta segunda-feira (16). Eles conversaram sobre o momento político em que vivem Pernambuco e o Brasil. Silvio é um dos nomes cotados para ser o candidato da Frente Popular ao senado. O encontro também teve a participação do ex-deputado federal Silvio Costa.

“Tive o privilégio de ser convidado pelo presidente Lula para conversarmos sobre o cenário nacional e estadual. Na oportunidade, defendi que é fundamental que ele amplie o diálogo com o setor produtivo nacional e que, em um eventual novo governo, será necessário dinamizar a pauta das reformas estruturais para podermos alavancar as políticas de inclusão social”, falou Costa Filho.

Silvio também falou da sua ligação histórica com os partidos de centro-esquerda e do trabalho de Lula por Pernambuco. “Todos sabem da minha ligação histórica com os partidos de centro-esquerda em Pernambuco. Entendo que Lula foi o melhor presidente para o nosso estado, alguém que trouxe investimentos e ações para melhorar a vida das pessoas. Me coloquei à disposição para ajudar no diálogo do centro no Congresso Nacional”, concluiu.

Foto: Ricardo Stuckert

Curso ABC abre mais 50 mil vagas

O Curso on-line Alfabetização Baseada na Ciência (ABC) abriu 50 mil novas oportunidades para profissionais que atuam na alfabetização e estudantes de licenciatura. As novas vagas já estão abertas e as inscrições começaram nesta segunda-feira, 16, no Ambiente Virtual do MEC (Avamec).

Cláudia Queda de Toledo, presidente da CAPES, frisa que essa capacitação é um “compromisso do governo brasileiro com os nossos atuais e futuros professores”. A gestora explica que o curso vem para garantir o sucesso dos alunos na leitura e na escrita desde o início da aprendizagem infantil: “com certeza teremos brasileiros mais bem formados para o exercício da cidadania”.

Para Carlos Nadalim, secretário de Alfabetização do MEC e coordenador-geral do Curso ABC, a quantidade de inscritos “nessa sólida formação” demonstra “como nossos profissionais de alfabetização estão ávidos para aprimorar seus conhecimentos e oferecer o melhor ensino às crianças brasileiras”.

Aos mais de 200 mil inscritos, o Curso ABC já entregou 14 capítulos teóricos do Manual ABC e quatro módulos do Manual ABC na Prática: Construindo Alicerces para a Leitura. Os interessados que aderirem agora à formação terão acesso a todo o conteúdo já disponível.

Curso ABC

Com mais de 5,18 milhões de visitas, o Curso ABC é a segunda formação mais acessada no Avamec. Parte do Programa Tempo de Aprender, o curso é resultado da parceria entre a CAPES, a Secretaria da Alfabetização do MEC (Sealf) e as instituições portuguesas: Universidade do Porto, Instituto Politécnico do Porto e a Universidade Aberta de Portugal (UAb).

Magnésio e colágeno são importantes para a saúde humana

A importância do magnésio e do colágeno para o funcionamento do organismo e das atividades cerebrais é destaque de artigo publicado na Revista Científica CPAH Scientific Journal of Heralth, do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito.

Com o título “Magnésio e colágeno: componentes excepcionais na saúde humana”, o artigo foi elaborado pelo neurocientista Fabiano de Abreu e pela biomédica Natália Barth. Além de explicar as vantagens da ingestão do mineral e da proteína, eles ressaltam que a ausência desses elementos pode provocar doenças degenerativas e desequilibrar as emoções, provocando ansiedade e depressão.

“O colágeno, por exemplo, está presente em toda a estrutura cerebral desde o nascimento. Evita a destruição precoce de neurônios, mantém e eleva o desempenho de tarefas motoras e de memória e restringe a neurotoxicidade. Além disso, auxilia na saúde da pele e das unhas, promove reparo nos tecidos e fortalece articulações, tendões e ligamentos”, afirmam os autores.

Fabiano e Natália lembram que o magnésio desempenha as funções de melhoramento do desempenho físico, ajuda a controlar a diabetes, alivia a azia e a má digestão e melhora o humor. Os autores concluem que a deficiência de magnésio e de colágeno no organismo pode ser resolvida com suplemento vitamínico.

IPA contribuí com a produção de palma forrageira no estado de Minas Gerais

A palma forrageira tem sido uma alternativa barata e nutritiva para a alimentação de bovinos e caprinos em diversas regiões semiáridas do nordeste. Desde 2017, a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG) estuda a possibilidade de plantar e utilizar as raquetes na alimentação dos animais nos períodos de seca no estado mineiro. A iniciativa só foi possível porque o Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), vinculado à Secretaria de Desenvolvimento Agrário do Estado de Pernambuco (SDA), forneceu material genético da planta ao Epamig.

A parceria deu certo entre as instituições, e a distribuição das raquetes em Minas Gerais acontecerá em setembro por meio do programa Rede Palma. Até o momento, o Epamig estava testando a qualidade das palmas Orelha de Elefante Mexicana, IPA Sertânia e Miúda em solo mineiro. A pesquisadora e chefe da Epamig Norte, Polyanna Mara Oliveira, explica que eles receberam o material e tiveram a ideia de testar em diversas localidades de Minas Gerais devido a necessidade e ao bom desempenho visto no estado de Pernambuco.

O plantio e a condução do banco de germoplasma foi feito seguindo as tecnologias geradas pelo IPA, como espaçamento de plantio, manejo de pragas e doenças e recomendação de adubação. O pesquisador do instituto, Dr. Djalma Cordeiro, promoveu treinamentos dos pesquisadores, técnicos e extensionistas para a implantação do banco de germoplasma em Minas Gerais.

Segundo a Dra. Polyanna, “a parceria com o IPA representa um grande avanço para Minas Gerais, especialmente para a região semiárida do estado localizada na porção norte e no Vale do Jequitinhonha.” Por meio das tecnologias de produção de palma forrageira geradas durante anos de pesquisa e disponibilizadas pelo IPA, o semiárido mineiro pode hoje ampliar sua área plantada com materiais resistentes à cochonilha do carmim, por exemplo.

Pesquisa e extensão rural

Entre 2014 e 2020, o IPA distribuiu na região nordeste mais de 60 milhões de raquetes de palmas resistentes às pragas mais comuns. Além disso, o instituto também mantém pesquisas para melhorar a produção e qualidade da palma forrageira para alimentação dos animais.

Sobretudo, por meio de projetos e iniciativas do IPA, a palma forrageira se tornou um alimento muito importante para a manutenção de bovinos e, como consequência, para a produção de leite. “Os pecuaristas receberam recursos para fomentar os projetos produtivos, instalação de unidades de referências, capacitações e assistência técnica contínua, ações voltadas para a implementação e demonstração de práticas agropecuárias sustentáveis e tecnologias sociais com foco no contexto regional”, explica o extensionista e supervisor de Bovinocultura do IPA, Luiz Bezerra de Brito.

Benefícios alimentares

A palma forrageira é rica em energia, tem grande tolerância à seca e boa capacidade de rebrota após o corte. Além de ser muito utilizada na alimentação de animais, também é uma opção para a dieta humana. A planta possui vitamina A, vitamina C, vitaminas do complexo B, fibras e tem vários tipos de aminoácidos importantes para a saúde.

Armando: “Raquel reúne condições para liderar oposição“

Em entrevista à Rádio CBN Caruaru hoje, o ex-senador Armando Monteiro (PSDB) comentou a repercussão positiva gerada pela visita do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, a Pernambuco, e voltou a defender o nome da prefeita de Caruaru e presidente estadual do PSDB, Raquel Lyra como opção do campo das oposições ao Governo do Estado.

Armando destacou as qualidades de Raquel para assumir um projeto de futuro para Pernambuco.

“A prefeita Raquel Lyra vem tendo seu nome cada vez mais cogitado e lembrado por lideranças para liderar uma chapa das oposições em Pernambuco. Eu particularmente, ainda que respeitando os demais postulantes, o prefeito Miguel Coelho, o prefeito Anderson, considero que Raquel reúne hoje as melhores condições pra vir a liderar a chapa. Ela preside um partido, não tem vinculação com o Governo Bolsonaro, é uma jovem e já aprovada gestora pública”, disse o ex-senador.

Governadores declaram apoio ao STF

Governadores de 14 estados divulgaram hoje de manhã uma nota em que manifestam solidariedade aos ministros do STF, ao próprio tribunal e aos familiares dos magistrados diante das “ameaças e agressões” disparadas por Jair Bolsonaro e seus apoiadores no fim de semana.

“Os Governadores, que assinam ao final, manifestam a sua solidariedade ao Supremo Tribunal Federal, aos seus ministros e às suas famílias, em face de constantes ameaças e agressões”, dizem os mandatários.

No texto, os governadores afirmam que o “Estado Democrático de Direito só existe com Judiciário independente, livre para decidir de acordo com a Constituição e com as leis”.

“No âmbito dos nossos Estados, tudo faremos para ajudar a preservar a dignidade e a integridade do Poder Judiciário. Renovamos o chamamento à serenidade e à paz que a nossa Nação tanto necessita”, registram os governadores.

A íntegra da nota:

“Os Governadores, que assinam ao final, manifestam a sua solidariedade ao Supremo Tribunal Federal, aos seus ministros e às suas famílias, em face de constantes ameaças e agressões.

O Estado Democrático de Direito só existe com Judiciário independente, livre para decidir de acordo com a Constituição e com as leis.

No âmbito dos nossos Estados, tudo faremos para ajudar a preservar a dignidade e a integridade do Poder Judiciário.

Renovamos o chamamento à serenidade e à paz que a nossa Nação tanto necessita.

RUI COSTA
Governador do Estado da Bahia

FLÁVIO DINO
Governador do Estado do Maranhão

PAULO CÂMARA
Governador do Estado de Pernambuco

JOÃO DORIA
Governador do Estado de São Paulo

EDUARDO LEITE
Governador do Estado do Rio Grande do Sul

CAMILO SANTANA
Governador do Ceará

JOÃO AZEVÊDO
Governador do Estado da Paraíba

RENATO CASAGRANDE
Governador do Estado do Espírito Santo

WELLINGTON DIAS
Governador do Estado do Piauí

FÁTIMA BEZERRA
Governadora do Estado do Rio Grande do Norte

RENAN FILHO
Governador do Estado de Alagoas

BELIVALDO CHAGAS
Governador do Estado de Sergipe

IBANEIS ROCHA
Governador do Distrito Federal

WALDEZ GOÉS
Governador do Estado do Amapá”