Deslizamentos de terra deixam ao menos 30 mortos em Mumbai

Resgate trabalha após deslizamento de terra em Mumbai

Pelo menos 30 pessoas morreram em três subúrbios de Mumbai após várias casas terem desabado devido a deslizamentos de terra causados por fortes chuvas, disseram autoridades neste domingo (18) e previsões de chuvas ainda mais fortes podem levar autoridades a realocar pessoas que vivem em áreas de risco.

Os socorristas usaram as mãos para cavar o solo em uma tentativa de encontrar sobreviventes, mostrou a televisão local, com as autoridades dizendo que mais pessoas podem estar presas nos escombros. Socorristas carregaravam os feridos por vielas em macas improvisadas.

Várias áreas de Mumbai foram atingidas por enchentes devido às fortes chuvas nas últimas 24 horas, afetando a capital financeira da Índia. A megalópole e a costa do Estado industrial de Maharashtra devem receber chuvas fortes ou muito fortes nos próximos quatros dias, disse o departamento climático.

“Vamos tomar a decisão de transferir as pessoas que estão morando em situações de risco para assentamentos permanentes imediatamente”, disse Nawab Malik, autoridade do governo, de acordo com um tuíte da agência de notícias ANI, parceira da Reuters.

Chuvas torrenciais, especialmente durante as monções que ocorrem na Índia entre julho e setembro, frequentemente causando o colapso de edificações, especialmente de estruturas mais antigas ou construídas de forma ilegal.

Nas últimas 24 horas, autoridades informaram 11 incidentes com moradias ou muros na região de Mumbai. Em um bairro, cerca de meia dúzia de barracos localizados na base de um morro desabaram uns por cima dos outros, disseram autoridades.

O primeiro-ministro Narendra Modi ofereceu suas condolências em um tuíte e anunciou auxílio para as vítimas.

Brasil registra 34,1 mil casos de covid-19 em 24 horas

Lazer no Parque do Ibirapuera após a flexibilização do isolamento social durante a pandemia de covid-19.

O Brasil registrou, em 24 horas, 34.126 novos casos de covid-19, segundo boletim divulgado pelo Ministério da Saúde. No total, o país acumula 19.376.574 casos desde o início da pandemia e há, segundo o Boletim Epidemiológico divulgado neste domingo (18), 18.023.512 de pessoas que se recuperaram da doença.

Segundo o boletim, há ainda 810.848 casos em acompanhamento.

O número de novas mortes foi 948 e há um total de 542.214 de óbitos desde o início da pandemia.

Entre os estados, São Paulo lidera tanto em número de casos quanto de mortes, com 3,9 milhões e 134,3 mil, respectivamente. No número de casos, São Paulo é seguido por Minas Gerais (1,9 milhões) e Paraná (1,3 milhões). As unidades da Federação com menor número de casos são Acre (88,6 mil), Roraima (116,9 mil) e Amapá (119,7 mil).

As unidades da Federação que ficam em segundo e terceiro lugar no número de mortes são Rio de Janeiro (57,5 mil) e Minas Gerais (48,8 mil) e os que registram o menor número de mortes são Acre (1.776), Roraima (1.808) e Amapá (1.879).

Os dados em geral são menores aos domingos e segundas-feiras em razão da dificuldade de alimentação do sistema pelas secretarias estaduais. Às terças-feiras, os resultados tendem a ser maiores pela regularização dos registros acumulados durante o fim de semana.

Situação epidemiológica da covid-19 no Brasil
Situação epidemiológica da covid-19 no Brasil – 18/07/2021/Divulgação/Ministério da Saúde

Vacinação

Segundo os dados divulgados neste domingo pelo Ministério da Saúde, 154,7 milhões de doses de vacinas foram distribuídas para as unidades da Federação.

No total, foram aplicadas 123,9 milhões de doses, somando-se as 117,2 milhões aplicadas e já registradas na base nacional do Programa Nacional de Imunizações (PNI) e 6,6 milhões de doses que aguardam registro. Desse total, foram aplicadas 89,9 milhões de primeiras doses e 33,9 milhões de segundas doses e dose única de imunizantes.

Fonte Agência Brasil

Começa a temporada de baleias no litoral brasileiro

Petrobras registra Baleia Jubarte e filhotes no litoral brasileiro.

Começou neste mês a temporada das baleias no litoral brasileiro, que se estenderá até novembro. A diretora do Projeto ProFranca, Karina Groch, informou que no caso das baleias Franca, a temporada começou um pouco mais cedo. As primeiras baleias dessa espécie foram registradas no dia 12 de junho. “Desde então, o número vem aumentando”, disse Karina.

Na sexta-feira (16), em sobrevoo na costa catarinense, os pesquisadores avistaram mais baleias na região do que o máximo de ocorrências registradas em setembro do ano passado. “Isso já é um indicativo de que a gente deve ter uma temporada com número maior de baleias do que no ano passado”, estimou a bióloga.

Em setembro de 2020, no pico da temporada, foram observadas 42 baleias Franca na costa catarinense e gaúcha, sendo 33 em Santa Catarina. Este ano, nessa mesma área, já foram contabilizadas 36 baleias, com auxílio de drones. Segundo Karina Groch, essa espécie está crescendo a uma taxa de 4,8% ao ano.

Baleia Franca em Santa Catarina.
Baleia Franca em Santa Catarina. – Divulgação/Agência Petrobras

A baleia Franca é uma espécie ameaçada de extinção. Foi caçada durante quatro séculos e começou recentemente a retornar à costa do Brasil no início da década de 1980. Em 2018, houve um pico de ocorrências, com o recorde registrado de 273 baleias Franca na costa de Santa Catarina. Karina explicou que as flutuações estão relacionadas ao ciclo reprodutivo da espécie, que ocorre a cada três anos, quando as fêmeas vêm para o litoral brasileiro para ter os filhotes. A vinda ao país para o nascimento dos filhotes tem a ver também com a disponibilidade de alimentos na Antártida. “Anos que têm mais alimento, vêm mais baleias para cá; anos que têm menos alimentos, vêm menos baleias para cá, porque elas vêm especificamente para o nascimento dos filhotes”, explicou a diretora do ProFranca.

As primeiras baleias Franca que chegaram nesta temporada foram duas fêmeas adultas grávidas, já catalogadas pelo programa. Poucos dias depois, uma delas foi avistada com filhote. “É mais uma evidência de que elas chegam aqui grávidas e poucos dias depois o filhote nasce”. A principal área reprodutiva da baleia Franca no Brasil é o litoral centro-sul de Santa Catarina, onde existe uma unidade de conservação federal que protege a principal área de ocorrência da espécie.

Estimativa populacional

Baleia franca em SC e RS.
Baleia franca em SC e RS. – Divulgação/Agência Petrobras

O principal sobrevoo para foto identificação, realização de censo para estimativas populacionais e acompanhamento do crescimento dos filhotes, está programado para setembro. Karina informou que outra linha de pesquisa, iniciada no ano passado, graças ao patrocínio da Petrobras, visa a coleta de pele para tentar identificar quais são as áreas de alimentação das baleias.

A diretora do ProFranca explicou que já existem evidências históricas, em função da caça, e recentes, a partir da foto identificação de uma baleia e rastreamento por satélite de outra fêmea, de que as baleias que vêm para o Brasil provavelmente se alimentam no verão nas Ilhas Georgia do Sul. Existem, entretanto, outras áreas que o ProFranca deseja identificar. “É fundamental para a conservação da espécie que a gente tente descobrir quais são as outras áreas que elas ocupam”.

A estimativa é que, pelo menos, 550 baleias Franca fêmeas se reproduzem regularmente no Brasil. Devido ao ciclo reprodutivo trianual, não são as mesmas baleias que vêm para a costa brasileira. Além disso, elas compartilham outras áreas de reprodução. Também vão para a Argentina, onde cerca de 13% das baleias catalogadas no Brasil já estiveram pelo menos uma vez. A coleta de pele desses cetáceos dá aos pesquisadores indicativo de onde elas se alimentaram.

Outra pesquisa é o monitoramento a partir de pontos fixos estrategicamente localizados em terra. Esse trabalho é feito com auxílio de estagiários de oceanografia, biologia e áreas afins que participam de um processo seletivo. Os estudantes estão recebendo treinamento para, a partir de 1º de agosto, serem distribuídos ao longo de 15 pontos fixos para realizar o monitoramento diário do comportamento e distribuição das baleias, complementando sua formação.

A ideia é proporcionar a estudantes que tenham vivência dentro do ProFranca, que é uma instituição de pesquisa, e também tenham a experiência de pesquisar um mamífero marinho ameaçado de extinção e transmitir conhecimento para a comunidade local.

Karina explicou que as grandes baleias que vêm para o Brasil com maior frequência, especialmente a baleia Franca e a baleia Jubarte, são espécies migratórias entre áreas de alimentação e áreas de reprodução, que têm águas mais quentes. “Durante o verão, elas se alimentam em regiões mais próximas da Antártida, no entorno das ilhas Georgia do Sul e em outras áreas que a gente pretende descobrir”.

A diretora do ProFranca disse que essa migração não acontece todos os anos, mas de acordo com o ciclo reprodutivo das fêmeas. Há um período do ciclo de vida dessas baleias que os cientistas querem descobrir para ampliar as informações.

Baleias Jubarte

Petrobras registra Baleia Jubarte e filhotes no litoral brasileiro.
Petrobras registra Baleia Jubarte e filhotes no litoral brasileiro. – Divulgação/Agência Petrobras

Foi iniciada também neste mês a 13ª temporada de reprodução das baleias Jubarte no Brasil, com a reocupação de antigas áreas de reprodução, com maior concentração no banco de Abrolhos, no extremo sul da Bahia e norte do Espírito Santo. “Setenta por cento da população estão nessa região”, disse Enrico Marcovaldi, coordenador do Projeto Baleia Jubarte.

Há crescimento, porém, para outras áreas. Até o ano passado, as baleias se espalhavam de São Paulo até o Rio Grande do Norte. Este ano, para surpresa dos pesquisadores, elas estão aparecendo também em Santa Catarina e Rio de Janeiro. “A gente vai acompanhar. Onde as baleias estão, a gente está junto”, assegurou Marcovaldi.

No final da década de 1990, durante a implantação do Parque Marinho de Abrolhos, os pesquisadores descobriram uma pequena quantidade de baleias Jubarte remanescente de uma população que quase foi dizimada pela caça. “Foi uma surpresa e uma alegria muito grandes”, disse Marcovaldi.

A população, que era estimada entre mil a 1,5 mil espécies, na década de 1990, subiu hoje para 20 mil baleias Jubarte. No ano passado, o projeto percorreu na região de Abrolhos cerca de 798,8 milhas náuticas durante 23 dias. Nesse período, foram registrados 171 grupos que somaram 433 baleias, das quais 76 eram filhotes.

Pesquisas

O Projeto Baleia Jubarte, também apoiado pela Petrobras, tem várias linhas de pesquisa. Há coleta de dados e de material para subsidiar políticas de conservação. “Colher conhecimento para informar à sociedade como um todo”.

Na foto identificação, identifica-se cada baleia pela parte central da nadadeira caudal, que apresenta um padrão de pigmentação que varia do branco até o preto total. “É como se fosse a impressão digital do ser humano”.

Ao longo dos últimos 30 anos, o banco de identificação do projeto superou 6 mil baleias. Os pesquisadores coletam também pequenos pedaços de pele e gordura das baleias para ver material genético, contaminantes, sexo das baleias.

Há ainda o censo aéreo para estimativa populacional, que é feito de três em três anos. Outra linha de pesquisa recente é a fotogrametria, com ajuda de drones, para estimar a saúde das baleias e características de cada local. Belas imagens são feitas durante as pesquisas para sensibilizar a sociedade para a conservação desses cetáceos.

Outras ações importantes para a preservação da baleia Jubarte é o trabalho de turismo de observação ao longo do litoral da Bahia e do Espírito Santo, com vários parceiros capacitados e monitorados. “Acreditamos que é uma grande ferramenta para a conservação, porque agrega valor econômico em cima da baleia. É um gerador de emprego e renda, de sensibilização. Isso contrapõe qualquer ameaça que venha de caça. A gente prova que vale muito mais baleia viva do que morta”, disse Enrico Marcovaldi.

A temporada de turismo de observação de baleias Jubarte foi aberta agora em Porto Seguro.

Para esta temporada, o Baleia Jubarte conta com a parceria da universidade australiana Griffith University para uma avaliação detalhada da nutrição das baleias. O objetivo é identificar se as baleias estão bem nutridas ou não e usar as baleias Jubarte como sentinelas para avaliar o impacto da mudança do clima sobre a Antártica.

Covid-19: Boletim diário da Secretaria de Saúde – 18.07.21

A Secretaria de Saúde de Caruaru informa que, até este domingo (18), 97,32% dos pacientes já se recuperaram do novo coronavírus. Hoje, foram registrados 20 novos casos, 28 pessoas recuperadas da doença e dois óbitos.

O número de testes realizados subiu para 102.188 dos quais 39.154 foram através do teste molecular e 63.034 pelo teste rápido, com 30.771 confirmações para a Covid-19.

O número de casos descartados subiu para 70.881.

Também já foram registrados 116.723 casos de síndrome gripal e 1.358 pessoas estão em isolamento domiciliar.

Em investigação, a secretaria informa que são 536 casos, 45 pessoas em isolamento domiciliar e 22 internamentos.

Caruaru Shopping apresenta a edição inverno do Blogueiras do Lar

O Caruaru Shopping está sediando mais uma edição do Blogueiras do Lar. Desta vez o evento está trazendo tudo que é necessário para deixar a sua casa ainda mais bela neste inverno. O espaço, que fica localizado próximo ao Big Bompreço, reúne mais de 35 influenciadoras que montaram ambientes distintos e exclusivos.

De acordo com Cleide Santos, a promotora do Blogueiras do Lar, nesta edição o espaço montado traz o ‘Cantinho do café’, ‘Cantinho da bebida’, ‘Cantinho do lanche da tarde’, ‘mesas posta de 4 e 6 lugares’, ‘cama posta’, entre outras novidades. “Todas as peças estão à venda e toda semana, as blogueiras estarão montando novos ambientes com muita inspiração”, revelou Cleide Santos.

A exposição Blogueiras do Lar vai até o dia oito de agosto. O espaço funciona de acordo com o horário do centro de compras e convivências: segunda a sexta, das 10h às 22h; nos sábados, das 10h às 21h, e, nos domingos, das 12h às 21h.

O Caruaru Shopping está localizado na Avenida Adjar da Silva Casé, 800, Bairro Indianópolis

Casal morre em acidente de moto no Agreste

Um casal morreu em acidente registrado, na madrugada deste domingo (18), na BR-423, em Calçado, no Agreste do Estado. De acordo com as primeiras informações levantadas sobre o caso, as vítimas – um homem e uma mulher -, até agora não identificadas, estavam trafegando numa motocicleta, quando colidiram frontalmente com um automóvel, que teria invadido a faixa contrária.

Eles morreram no local já o condutor do segundo veículo está foragido. Após o levantamento cadavérico do Instituto de Criminalística, os corpos das vítimas foram encaminhados ao IML de Caruaru.

Portaria permite que alto escalão do governo receba mais que o teto

A farra dos supersalários poderá ser contida com o projeto de lei que corta os penduricalhos e estabelece as verbas indenizatórias que podem ser pagas fora do teto remuneratório, de R$ 39,2 mil mensais, o PL nº 6.726/2016. Aprovado, recentemente, pela Câmara dos Deputados, a proposta retornou para o Senado Federal. Houve muita pressão de servidores e parlamentares para que o assunto entrasse na pauta como uma espécie de prévia da reforma administrativa. Mas o tratamento privilegiado para alguns continua, como a permissão de duplo teto para aposentados e militares da reserva com cargos de comissão e assessoramento no Executivo, dizem especialistas.

O problema é a discussão jurídica sobre as possíveis formas de barrar esses ganhos inusitados que oneram o bolso do contribuinte e beneficiam integrantes do primeiro escalão do governo lotado de militares. Para alguns, basta um decreto legislativo. Para outros, somente com mudança de entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF).

“Se a sociedade não se manifestar, o Brasil vai continuar convivendo com as benesses”, assinala Susana Botár, sócia do Escritório Fischgold Benevides Advogados e assessora jurídica da Frente Servir Brasil. Ela explica que a Portaria n° 4.975, de 29 de abril de 2021, do Ministério da Economia, mudou os rumos criando o teto dúplex. Os servidores ativos com altos salários, quando assumem cargos em comissão, as verbas são somadas e o valor que ultrapassar o teto é descontado. Mas os inativos e reformados podem somar os dois valores. Por isso, muitos ministros da ala militar tiveram incremento nos ganhos de até 69%.

A prerrogativa de duplo teto era apenas para médicos, professores e profissionais da saúde. Importante, porque muitos trabalhavam em dois empregos e só recebiam por um. Então, desistiram do segundo e a população ficou sem atendimento. “Se desestimulava a acumulação autorizada pela Constituição, e se retirava profissionais médicos de cargos em hospitais públicos, já que, mesmo trabalhando o dobro da carga horária, receberam, por essa interpretação, a remuneração de apenas um dos vínculos”, diz Susana Botár. “Como a Constituição não veda que o servidor ou militar inativo acumule seus proventos com cargos, empregos e funções públicas na administração, o governo decidiu pegar carona na interpretação do STF e favorecer seu alto escalão”, aponta.

Na análise da advogada, falta um ajuste na legislação para evitar os extremos. “O ideal seria prever que, em casos de cumulação lícita cujo somatório dos salários ultrapasse em muito o teto, em vez de cortar 100% de um dos vínculos, houvesse um limite. Dessa forma, o servidor, em tese, não trabalharia de graça, mas também não receberia dois vencimentos muito altos dos cofres públicos”, reforça.

Perdas e ganhos

O economista Gil Castello Branco, secretário-geral da Associação Contas Abertas, lembra que existem 15 projetos de decreto legislativo (PDL), de parlamentares de direita, de centro e de esquerda, para revogar a portaria do teto dúplex. “Todos aguardando despacho do presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL)”, afirma. Mas a expectativa continua sendo que Lira, aliado do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), continue engavetando as propostas. “O que me assustou foi ver que um deles (PDL) é do PT, um do PDT, mas tem também do Novo, supostamente aliado de Bolsonaro”, diz. “Todos os projetos estão parados na Mesa, dependendo exclusivamente do Arthur Lira”, complementa Vladimir Nepomuceno, diretor da Insight Assessoria Parlamentar.

Legitimidade questionada

Os deputados questionam a legitimidade da Portaria nº 4.795/2021, que criou o teto duplo, pela inconstitucionalidade e pelo aumento de despesas em momento de pandemia e de socorro à população mais necessitada.

“Sem contar que se encontra em tramitação na Câmara uma proposta de reforma administrativa, propondo economia nas despesas de pessoal”, reforça Vladimir Nepomuceno, diretor da Insight Assessoria Parlamentar. “É imperiosa e urgente a revogação da portaria do Ministério da Economia pelas inconsistências e pelo desrespeito ao uso da verba pública. Os mesmos que editam atos de congelamento salarial aos milhões de servidores, em especial os da linha de frente no combate ao coronavírus, elevam os salários dos que ganham mais, o que chega a ser um escárnio”, diz.

Thiago Queiroz, diretor do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), lembra, ainda, que existem três emendas à Proposta de Emendas à Constituição (PEC) da reforma administrativa, a PEC 32/2020, todas de autoria da bancada do PT, que, entre outros pontos, pretendem colocar uma trava na Constituição para o pagamento de verbas acima do teto remuneratório. “Essas emendas alcançam a portaria, em relação aos militares reformados que assumem cargos ou funções comissionadas.”

As de número 14 e 15 e 16, do deputado Rogério Correia (PT-MG), tratam, entre outros pontos, de evitar abusos remuneratórios e impedir a excessiva militarização de cargos civis. E, também, alteram o artigo 37 da Constituição, para estabelecer que o limite remuneratório incidirá sobre o somatório de “todos os valores percebidos a título de pensão, proventos, remuneração do cargo, emprego, posto, graduação militar e do valor do cargo em comissão ou função de confiança, e estabelece que apenas as parcelas de caráter indenizatório previstas em lei poderão exceder ao teto”, reforça Queiroz. Mas talvez todo o esforço seja em vão.

STF

Segundo um técnico do Senado que não quis se identificar, o Ministério da Economia está correto ao seguir os entendimentos do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal de Contas da União (TCU). “Infelizmente, todos esses decretos ou emendas terão a constitucionalidade questionada. A única saída é provocar o STF. A Suprema Corte vai ter que mudar seu entendimento. Do contrário, será tempo perdido. Pode parecer injusto para a sociedade, mas está de acordo com a lei”, diz. Esse, aliás, foi o argumento do ministério. O órgão alega que está seguindo “entendimentos jurisprudenciais do STF e do TCU, aprovados pelo Advogado-Geral da União”. Por ano, a fatura pode chegar a R$ 181,3 milhões aos cofres públicos. “Cerca de mil servidores serão impactados pelas novas regras, sendo que, em mais de 70% dos casos, os vínculos estão relacionados a médicos e professores”, detalha a pasta.

Correio Braziliense

‘Distritão’: nova forma de eleger legisladores favorece milicias

A pouco mais de um ano para as eleições de 2022, está em discussão no Congresso Nacional uma proposta de emenda à Constituição (PEC) que busca alterar as regras para a escolha de deputados federais, estaduais e distritais e vereadores. De acordo com o texto, a ideia é acabar com o sistema proporcional, utilizado atualmente para se eleger os parlamentares e implementar, no ano que vem, o chamado distritão, que funcionaria nos moldes do sistema majoritário aplicado nas eleições para presidente, governadores, senadores e prefeitos.

Pela proposta, seriam eleitos deputados aqueles que mais recebessem votos, independentemente do desempenho do partido ao qual são filiados. No modelo proporcional, para um candidato sair vitorioso, primeiro a legenda à qual ele pertence tem que atingir um número mínimo de votos para ter direito a ocupar cadeiras no Poder Legislativo. Caso a sigla não atinja esse quociente eleitoral, o candidato não será eleito, mesmo que tenha conseguido uma margem expressiva de votos.

A PEC quer usar o distritão apenas em 2022, em caráter transitório, pois o objetivo maior do texto é instituir, a partir das eleições municipais de 2024, o sistema distrital misto. Nesse modelo, os eleitores teriam que votar duas vezes para os cargos eletivos na Câmara dos Deputados, nas Assembleias Legislativas, na Câmara Legislativa do Distrito Federal e nas Câmaras de Vereadores.

O primeiro voto seria para um candidato que tem reduto no distrito em que o eleitor vota. O segundo, para qualquer outro nome que esteja concorrendo a esses cargos no estado ou na cidade. Um mesmo candidato poderia concorrer nas duas listas. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ficaria responsável por definir os distritos eleitorais com um ano de antecedência da eleição.

Desta forma, parte dos representantes seria eleita pelo princípio majoritário dentro dos distritos, enquanto a outra parte seria eleita pelo sistema proporcional de lista aberta, que é o que acontece hoje em dia. No caso das eleições para vereadores, esse método funcionaria apenas para cidades com pelo menos 100 mil eleitores. Para os efeitos da PEC valerem já nas eleições de 2022, a matéria deve ser aprovada na Câmara e no Senado até o início de outubro.

Dissonância

A proposta está em análise pela comissão especial criada na Câmara para tratar do tema, mas não é consenso entre os deputados do colegiado. Segundo a relatora da matéria, Renata Abreu (Podemos-SP), o sistema proporcional de lista aberta contribui para “consolidar e ampliar a distância que separa representantes de representados”.

“O sistema eleitoral majoritário proporciona maior fidelidade entre a votação verificada nas urnas e a representação parlamentar. É, sem dúvida, o sistema mais justo e que mais prestigia a soberania popular”, defende.

Mas a mudança para o distritão é criticada por outros parlamentares, que classificam o sistema como um retrocesso. O presidente da comissão, Luis Tibé (Avante-MG), pondera que “o distritão inviabilizaria o surgimento de novas lideranças no Congresso e facilitaria a eleição de candidatos apoiados por milícias e pelo tráfico”.

“Nós teríamos deputados sem representação popular e com poucas ideologias, sem falar que estaríamos acabando com a fidelidade partidária, pois o mandato não seria do partido. Os candidatos chegariam lá apenas pelos interesses de algum grupo. Isso é ruim para a democracia”, observa.

Menos representatividade

Coordenador do Observatório do Legislativo Brasileiro, o cientista político João Feres diz que a implementação do distritão e do distrital misto, além de diminuir a representatividade no Congresso, pode dificultar a renovação do parlamento. “O político que ganhar em determinado distrito passa a estabelecer redes de clientelismo com todo mundo, sobretudo com as pessoas mais poderosas, e se mantém para sempre como candidato daquele distrito. A taxa de renovação do distrito, portanto, tende a ser baixíssima”, observa.

O cientista político Ivan Ervolino, diretor de estratégia da startup de inteligência política Sigalei, reconhece que o parlamento precisa discutir pautas eleitorais para amadurecer a democracia do país, mas teme que a proposta em discussão esteja sendo analisada de forma precipitada.

“Me preocupa a velocidade que essas questões estão sendo colocadas, e essa pressa acaba desembocando em algum modelo ou sugestão equivocada. O grande desafio de qualquer modelo eleitoral é balancear, minimamente, a vontade da maioria com os interesses da minoria”, diz.

“Personalismo da política”

A proposta possui dois defeitos graves. Primeiro, na sua forma, pois está sendo discutida de última hora para atender interesses particulares de alguns parlamentares. Uma proposta com tamanho impacto demanda ampla discussão e tempo para que o debate amadureça. No mérito, também é ruim, pois enfraquece os partidos e fortalece o personalismo na política.

Além disso, fará com que o número de candidatos diminua e isso trará efeitos negativos, como: menos pessoas envolvidas na política por meio das campanhas; candidaturas de indivíduos com grande poder econômico pessoal; aumento de candidatos aventureiros que usam de sua fama para se elegerem e têm desempenho ruim e totalmente desvinculado do partido e da base.

Correio Braziliense

Presidente Jair Bolsonaro recebe alta médica

O Hospital Vila Nova Star, onde o presidente Jair Bolsonaro está internado, divulgou nota anunciando a alta do presidente. A nota é assinada pela equipe médica que acompanha o presidente desde o dia 14 de julho, quando foi internado.

O presidente estava internado para tratar de uma obstrução intestinal. De acordo com o comunicado, Bolsonaro seguirá com acompanhamento ambulatorial pela equipe médica assistente.

A íntegra da nota

O Senhor Presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, teve alta hoje do Hospital Vila Nova Star, da Rede D’Or. Ele estava internado desde a quarta-feira, 14 de julho, para tratar um quadro de suboclusão intestinal. Ele seguirá com acompanhamento ambulatorial pela equipe médica assistente.

Direção médica responsável:

Dr. Antônio Luiz de Vasconcellos Macedo – Cirurgião-chefe

Dr. Ricardo Camarinha – Cardiologista do Presidente

Dr. Leandro Echenique – Clínico e Cardiologista

Dr. Antonio Antonietto – Diretor médico do Hospital Vila Nova Star

Dr. Pedro Henrique Loretti – Diretor Geral do Hospital Vila Nova Star

Agência Brasil

Pernambuco tem menor número de inscritos no Enem desde 2008

Pernambuco registrou 226.817 inscritos para as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em 2021. O número é o menor para Pernambuco desde 2008, um ano antes da reformulação do Enem. Os dados detalhados por cada estado foram divulgados nesta sexta-feira (16).

Do total de inscrições em Pernambuco, 223.817 escolheram a prova impressa e 3.000 optaram pela prova digital (que tem números limitados de participantes). Em 2020, o estado teve 312.871 candidatos inscritos no exame.

Brasil
A situação do estado não é diferente da do Brasil. Ao todo, no país, 4.004.764 pessoas estão inscritas no Enem 2021, o menor número desde 2009 para o exame. O número corresponde às inscrições para as duas versões do exame, tanto a impressa quanto a digital.

As provas de 2021 serão a segunda em meio à pandemia de Covid-19. No ano passado, O Brasil teve 5,8 milhões de inscrições, quase dois milhões a mais que em 2021.

O número de inscritos pode diminuir ainda mais, isto porque, a confirmação definitiva do total de participantes em 2021 se dará somente após o processamento do pagamento das taxas de inscrição.

Diario de Pernambuco