UFPE apresenta primeiro relatório sobre Sequenciamento Genômico de Sars-cov-2

Foto: Janaína Pepeu

O crescente número de casos de Covid-19 na região do Agreste pernambucano fez a Prefeitura de Caruaru assinar um convênio com a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) para a realização de um monitoramento epidemiológico de variantes do vírus SARS-Cov-2 para melhor controle da pandemia. A primeira Nota Técnica da pesquisa foi entregue nesta segunda-feira (7), e apresenta um cenário que ajuda a entender o tipo de cepa que circula na região.

De acordo com o documento, foram enviadas ao Núcleo de Pesquisa em Inovação Terapêutica – Suely Galdino (NUPIT-SG) 48 amostras de swabs nasofaríngeos provenientes de pacientes de Caruaru (47) e Toritama (01), todos com sinais clínicos da Covid-19. Os pacientes estavam internados em hospitais das cidades, sendo 13 alocados na enfermaria (setor amarelo), 25 no semi-intensivo (setor vermelho) e 10 na UTI. Desses, 29 amostras foram selecionadas para a realização do sequenciamento, com apoio de pesquisadores do Instituto Aggeu Magalhães.

Nos resultados obtidos durante esse primeiro estudo foram possíveis de sequenciar, com eficiência e confiabilidade, 27 amostras, e, dessas, 26 apresentaram mutações características da variante de Manaus, a P.1 (ou variante Gamma, segundo a recente designação proposta pela Organização Mundial de Saúde). “A predominância da variante P.1 do SARS-CoV-2 na região do Agreste de Pernambuco é preocupante, em função da presença de mutações que resultam na maior transmissibilidade. Essa variante geralmente provoca quadros mais graves, o que justifica o seu predomínio nos casos avaliados de Caruaru, onde todos os pacientes tinham alterações respiratórias, com demanda de oxigênio”, explicou a profa. Michelly Pereira, pesquisadora do NUPIT-SG.

Para o reitor da UFPE, prof. Alfredo Gomes, “a parceria busca evidências científicas para responder à emergência em saúde pública, e no seu enfrentamento. Resultados como estes reiteram a relevância da UFPE para o nosso estado e a vida das pessoas, demonstrando mais uma vez o papel das universidades públicas no servir à sociedade”.

O monitoramento de variantes do vírus SARS-CoV-2 representa uma estratégia necessária para as medidas de vigilância epidemiológica, tendo em vista o surgimento de novas variantes do vírus que já foram relatadas no Brasil.

De acordo com a Prefeita de Caruaru, Raquel Lyra, investigar o comportamento do vírus pode ajudar nas estratégias para a contenção da doença. “A partir do momento que a gente tem esse detalhamento, entendemos melhor o comportamento do vírus, sua transmissibilidade e mudança de comportamento sintomático que pode causar nas pessoas infectadas. Quanto mais a gente entende a doença, mais poderemos ter caminhos para evitá-la ou tratá-la”, pontuou.

Ainda de acordo com o relatório, estudos indicam uma alta taxa de mortalidade relacionada à infecção da variante P.1, especialmente devido à superlotação das Unidades Intensivas de Saúde, o que confirma a gravidade da situação dos municípios da região. Em Caruaru, há uma elevação permanente no número de reinfecções, especialmente nos últimos 90 dias, o que pode ser um forte indicativo da presença de outras variantes. “É de extrema urgência a ampliação da cobertura de imunização para a região do Agreste para tentar conter o avanço dos casos de contaminação e salvar vidas”, finalizou o prof. Valdir Balbino, pesquisador do Laboratório de Bioinformática e Biologia Evolutiva (Labbe).

Covid-19: Boletim diário da Secretaria de Saúde – 07.06.21

A Secretaria de Saúde de Caruaru informa que, até esta segunda-feira (7), 96,78% dos pacientes já se recuperaram do novo coronavírus. Hoje, foram registrados 168 novos casos, 236 pessoas recuperadas da doença e quatro óbitos.

O número de testes realizados subiu para 91.768 dos quais 34.301 foram através do teste molecular e 57.467 pelo teste rápido, com 27.055 confirmações para a Covid-19.

O número de casos descartados subiu para 64.147.

Também já foram registrados 107.922 casos de síndrome gripal e 3.425 pessoas estão em isolamento domiciliar.

Em investigação, a secretaria informa que são 566 casos, 34 pessoas em isolamento domiciliar e 86 internamentos.

Inscrições em processo seletivo de estágio na EBC vão até 20 de junho

Fachada da EBC

A Empresa Brasil de Comunicação (EBC) prorrogou para o dia 20 de junho o prazo de inscrições para o segundo processo seletivo de estágio, destinado ao preenchimento de nove vagas e formação de cadastro de reserva em Brasília e no Rio de Janeiro. As oportunidades são para estudantes dos níveis superior e médio.

Os interessados em concorrer devem fazer o cadastro e realizar a prova online no site da Super Estágios, até dia 20 de junho.

Em Brasília, são três vagas mais cadastro de reserva para os cursos de administração, direito e ciências contábeis. Os estudantes do Rio de Janeiro disputam seis vagas mais cadastro de reserva para os cursos de administração, engenharia civil e nível médio.

O início das convocações está previsto para o dia 23 de junho. O estagiário de nível superior receberá bolsa no valor de R$ 600 e o de nível médio, R$ 400. Além da bolsa, todos os estagiários têm direito ao auxílio-transporte no valor de R$ 220, proporcionais aos dias estagiados.

Acesse aqui o regulamento

Prova
A prova objetiva, de caráter eliminatório, poderá ser realizada no momento em que o candidato efetivar a inscrição no processo seletivo no site da Super Estágios.

A avaliação é composta por 30 questões e terá duração de 60 minutos. O conteúdo da prova está organizado entre língua portuguesa, conhecimentos gerais (informática, raciocínio lógico e atualidades) e conhecimentos específicos de cada curso.

O gabarito será disponibilizado no site da Super Estágios no dia 21 de junho. Os estudantes que obtiverem nota inferior a 50% do total da prova estão automaticamente desclassificados. Os aprovados serão convocados de acordo com a ordem de classificação e da oferta de vaga no curso/localidade indicada durante a inscrição.

Confira o cronograma
Inscrições e prova online: 1º/06/2021 a 20/06/2021
Divulgação do gabarito: 21/06/2021
Publicação do resultado final: 22/06/2021
Início das convocações: 23/06/2021

Sobre a EBC
Criada em 2007 para fortalecer o sistema público de comunicação, a EBC é gestora da TV Brasil, Agência Brasil, Radioagência Nacional, Rádio Nacional AM do Rio de Janeiro (1.130 KHz), Rádio Nacional AM de Brasília (980 KHz), Nacional FM de Brasília (96,1 MHz), Rádio MEC AM do Rio de Janeiro (800 KHz), Rádio MEC FM do Rio de Janeiro (99,3 MHz), Rádio Nacional da Amazônia OC (11.780 KHz e 6.180 KHz), Rádio Nacional AM do Alto Solimões (670 KHz) e Rádio Nacional FM do Alto Solimões (96.1 MHz).

Agência Brasil

Com baixa adesão, vacinação contra a gripe entra na terceira fase

Idosos são vacinados em estação de metrô em Brasília, durante o dia D da Campanha Nacional de Vacinação contra Gripe de 2014 que começou na última terça-feira (22) vai até 9 de maio (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Um dia antes do fim do último dia da segunda etapa da campanha nacional de vacinação contra a gripe, dedicada a idosos com mais de 60 anos e professores, a imunização segue registrando baixa adesão da população. Nesta fase, a expectativa era chegar a 33 milhões de pessoas vacinadas, mas segundo o Vacinômetro do Ministério da Saúde, apesar de mais de 58,3 milhões de doses já terem sido distribuídas aos 26 estados brasileiros e ao Distrito Federal, a meta está longe de ser atingida. Em todo país, até o fechamento desta reportagem somente cerca de 22,1 milhões de pessoas haviam sido imunizadas.

Terceira etapa
A terceira e última fase da campanha começa na próxima quarta-feira (9) e abrangerá cerca de 22 milhões de pessoas. Desta vez, os alvos serão integrantes das Forças Armadas, de segurança e de salvamento; pessoas com comorbidades, condições clínicas especiais ou com deficiência permanente; caminhoneiros; trabalhadores de transporte coletivo rodoviário; trabalhadores portuários; funcionários do sistema de privação de liberdade; população privada de liberdade; e adolescentes em medidas socioeducativas.

Até o fim da campanha, em 9 de jullho, a expectativa do Ministério da Saúde é distribuir 80 milhões de doses da vacina influenza trivalente, produzida pelo Instituto Butantan, para imunizar um público-alvo de 79,7 milhões de pessoas. Desse total, até agora, 28,3% do público foi alcançado.

Cepas do vírus
Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), a gripe (influenza) pode ser leve, grave ou até fatal. “Estima-se que as epidemias anuais dessa doença causem de 3 a 5 milhões de casos graves e de 290 mil a 650 mil mortes no mundo”, diz a Organização.

Prevenção
A medida mais eficaz para prevenir a influenza grave e suas complicações é a vacinação. Como os vírus da gripe mudam constantemente, é necessário o desenvolvimento a cada ano de novas vacinas específicas para a cepa (tipo) do vírus que está circulando. No caso do Brasil, essas vacinas são produzidas anualmente pelo Instituto Butantã.

As outras importantes ações preventivas recomendadas pelo Ministério da Saúde são as mesmas que comprovadamente funcionam contra a covid-19: limpar as mãos regularmente, evitar tocar nos olhos, nariz ou boca; manter distanciamento físico de outras pessoas; cobrir a boca e o nariz com o cotovelo ao tossir ou espirrar, inclusive de máscara.

Histórico
Na primeira etapa da campanha, que começou em 12 de abril, voltada para crianças de seis meses a seis anos, povos indígenas, trabalhadores da área da saúde, gestantes e mulheres puérperas (que estão no período de até 45 dias após o parto), a adesão também foi abaixo do esperado. Apenas 6,9 milhões das 27,3 milhões de doses distribuídas, foram aplicadas o que representa, segundo o Ministério da Saúde, 25% de adesão.

Covid-19
Como duas campanhas de vacinação em curso simultaneamente, a da gripe e da covid-19, a orientação do Ministério da Saúde é que a vacinação contra o novo coronavírus seja priorizada nos grupos liberados para receber essa imunização. Nesses casos, a vacina influenza, deve ser tomada depois, respeitando um intervalo mínimo de 14 dias entre elas.

Agência Brasil

Governador do Amazonas pede ajuda à Força Nacional para conter ataques

O governador do estado de Amazonas, Wilson Lima (PSC), informou, por meio do Twitter, que pediu ao Ministério da Justiça o envio da Força Nacional para conter os atos de vandalismo que vêm acontecendo, sobretudo, na capital do estado, Manaus.

Apenas neste fim de semana, vândalos atearam fogo em uma Unidade Básica de Saúde (UBS), no prédio do Sindicato das Empresas de transportes Públicos de Amazonas (Sinestram) e em um caixa eletrônico. A capital totaliza 11 incêndios criminais.

Segundo informações da Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP – AM), os criminosos estão à procura de um integrante de uma facção criminosa. Ele teria assassinado um traficante de drogas. A morte do traficante aconteceu durante troca de tiros interceptada pela PM no bairro de Redenção, na zona centro-oeste de Manaus.

Até a publicação desta matéria a PM já prendeu 29 pessoas no estado, sendo 16 na capital e os demais no interior do estado.

Confira abaixo a lista das cidades que vêm sofrendo ataques de vandalismo

Iranduba (39km de Manaus)
Incêndio em três veículos
Incêndio na Caixa Econômica Federal

Parintins (396km de Manaus)
Incêndio em um ônibus
Incêndio em viatura da PM

Careiro Castanho (124km de Manaus)
Incêndio na Secretaria de Obras

Manacapuru (99km de Manaus)
Incêndio no PAC

Carauari (788km de Manaus)
Princípio de incêndio no Centro de Convivência da Família
– 10 presos até o momento

Rio Preto da Eva (80km de Manaus)
Um ônibus incendiado
– 3 presos até o momento

TRE-PE tem novo presidente

O Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco empossou hoje desembargador Carlos Frederico Gonçalves de Moraes como presidente. Moraes ocupava a vice-presidência do tribunal desde setembro de 2019. “Este é um dos momentos mais agradáveis e importantes da minha carreira”, comentou o novo presidente.

O ex-presidente do órgão, o desembargador Frederico Ricardo de Almeida Neves, renunciou à presidência para que o colega assumisse em sessão virtual realizada na última sexta-feira (04). “É um ato de reconhecimento à seriedade e à competência de um homem comprometido com a ética e com a moralidade”, afirmou o desembargador Frederico.

Com a renúncia, o TRE terá uma troca de cadeiras. Frederico Neves, cujo biênio terminaria em 4 de setembro, será vice-presidente e corregedor do órgão. Já o biênio do desembargador Carlos Moraes começou em dezembro de 2019. Desta forma, ele ficará na presidência por cerca de seis meses.

A mudança foi aprovada por unanimidade pela Corte Eleitoral. A sessão ocorreu de maneira pública e pode ser assistida no link: https://www.youtube.com/watch?v=GZjwKIOdsE8

Diario de Pernambuco

Quase 12 milhões não fizeram prova de vida do INSS; veja como funciona o procedimento

Um total de 11,8 milhões de segurados do INSS não fizeram a prova de vida desde que a pandemia de coronavírus começou, em março de 2020. A obrigatoriedade do procedimento estava suspensa até o início deste mês e, agora, voltou a valer.

Quem é obrigado a provar que está vivo para seguir recebendo o benefício pode ficar sem a grana da aposentadoria ou pensão que não for ao banco comprovar a sua identidade e fazer o recadastramento. O procedimento é simples e, na maioria dos casos, pode ser feito no caixa eletrônico.

Para facilitar a vida do segurado e evitar aglomerações, o INSS tem um calendário para a realização da chamada fé de vida. As datas levam em conta o mês em que o beneficiário deveria ter feito o procedimento no ano passado.

O segurado que deseja saber se deve fazer o recadastramento anual pode ligar para a Central 135 e perguntar. Também é possível sabe a data do procedimento olhando no cartão de benefício. Em geral, os cartões mais recentes informam o mês da comprovação de vida.

Se houver corte do benefício por perder o prazo do recadastramento, o aposentado ou pensionista pode ir ao banco provar que está vivo. No entanto, se vencer o prazo legal, a grana é suspensa na Previdência e só uma visita à agência, com hora marcada, fará com o que benefício seja desbloqueado.

Também existe a possibilidade de comprovar que está vivo por meio da prova de vida digital. No entanto, este procedimento está apto apenas para 5 milhões de aposentados. Neste caso, o segurado é avisado que deve acessar o Meu gov.br para fazer a comprovação por meio de biometria.

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COMO FUNCIONA NOS BANCOS
– A prova de vida pode ser realizada nos guichês de atendimento da agência em que a conta foi aberta Basta apresentar um documento oficial com foto, utilizar o cartão magnético e recadastrar a senha
– Em alguns casos, é possível fazer o procedimento por aplicativo para celular ou nos caixas eletrônicos.

CAIXA ECONÔMICA
– Clientes que têm identificação biométrica cadastrada no caixa eletrônico Para isso, basta fazer um saque em qualquer terminal e usar a biometria

BANCO DO BRASIL
– Quem recebe o benefício na conta-corrente ou poupança do BB pode fazer a prova de vida pelo aplicativo
– BB Depois de instalar o aplicativo do banco no celular, é preciso usá-lo para acessar a conta e seguir as etapas:
– No menu “Serviços”, vá em “INSS” Clique em “Prova de vida INSS”
– Tire fotos do documento de identificação (frente e verso) e uma selfie
– O banco fará uma análise e informará pelo próprio aplicativo se a prova de vida foi aceita e o prazo de validade

BRADESCO
– Quem recebe o benefício pelo Bradesco e tem biometria cadastrada pode fazer a prova de vida nos caixas eletrônicos do banco e na rede Banco 24Horas
– Qualquer transação realizada no mês de vencimento da fé de vida com uso da biometria é considerada uma confirmação de que o segurado está vivo

ITAÚ
– O banco também oferece a prova de vida de forma automática, mediante uso da biometria em transações nos caixas eletrônicos ou nos guichês de caixa

SANTANDER
– A prova de vida pode ser feita por clientes com o uso da biometria nos terminais de autoatendimento e nos caixas

Folhapress

Fábio Hazin, professor da UFRPE especialista em ataques de tubarões, morre vítima da Covid-19

O engenheiro de pesca e professor da Universidade Federal Rural de Pernambuco Fábio Hissa Vieira Hazin, que estava internado com Covid-19 desde a última terça-feira (1º), no Hospital Português, teve morte cerebral na manhã desta segunda-feira (7).

Entre 2004 e 2012, Hazin exerceu a função de presidente do Comitê Estadual de Monitoramento de Incidentes com Tubarões- CEMIT e de diretor do Departamento de Pesca e Aquicultura da UFRPE.

Fábio Hazin tinha forte atuação em Oceanografia Pesqueira e Engenharia de Pesca, com ênfase em grandes peixes pelágicos (atuns, agulhões, tubarões), atuando principalmente em: biologia reprodutiva, distribuição, comportamento, migração; Gestão Pesqueira e Direito Internacional do Mar, tendo exercido diversos cargos relevantes no Brasil e no mundo.

A administração da UFRPE decretou luto oficial de três dias e expressou solidariedade a familiares e amigos. “O reitor da UFRPE, Marcelo Carneiro Leão, lamentou a relevante perda, que atinge a comunidade internacional de pesquisa sobre a megafauna marinha, da qual o pesquisador era referência. O professor Fábio deixou grande contribuição para a ciência e a pesquisa. Sentimos muito por essa perda e por tantas que temos enfrentado na comunidade universitária e no Brasil de maneira geral”, diz a nota da universidade.

Confira a nota de pesar da UFRPE, na íntegra:

“Fábio Hazin foi internado com dificuldades Covid-19 na última terça –feira (1º/06), no Hospital Português, e não resistiu, tendo morte cerebral confirmada na manhã desta segunda (7/06).

A Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) comunica, com grande pesar, a morte cerebral, confirmada na manhã desta segunda-feira (7/06), do professor Fábio Hissa Vieira Hazin, do Departamento de Pesca e Aquicultura.

A administração superior decretou luto oficial de três dias e expressa solidariedade a familiares e amigos. O reitor da UFRPE, Marcelo Carneiro Leão, lamentou a relevante perda, que atinge a comunidade internacional de pesquisa sobre a megafauna marinha, da qual o pesquisador era referência. “O professor Fábio deixou grande contribuição para a ciência e a pesquisa. Sentimos muito por essa perda e por tantas que temos enfrentado na comunidade universitária e no Brasil de maneira geral”, declarou.

Graduado em Engenharia de Pesca pela UFRPE, o professor possuía mestrado e doutorado em Marine Science and Technology/ Fisheries Oceanography na Tokyo University of Marine Science and Technology; e pós-doutorado em Avaliação de Estoques de Recursos Pesqueiros Pelágicos Migratórios no Southeast Fisheries Sience Center/NMFS/NOAA, Miami- EUA. Também obteve especialização em Direito Internacional do Mar, pela Rhodes Academy (Center for Oceans Law and Policy/ University of Virginia School of Law; the Aegean Institute of the Law of the Sea and Maritime Law; the Law of the Sea Institute of Iceland; the Max Planck Institute; and the Netherlands Institute for the Law of the Sea.

Sua atuação principal era em Oceanografia Pesqueira e Engenharia de Pesca, com ênfase em grandes peixes pelágicos (atuns, agulhões, tubarões), atuando principalmente em: biologia reprodutiva, distribuição, comportamento, migração; Gestão Pesqueira e Direito Internacional do Mar, tendo exercido diversos cargos relevantes no Brasil e no mundo.

Professor associado da UFRPE, no Curso de Engenharia de Pesca e no Programa de Pós-graduação em Recursos
Pesqueiros e Aquicultura, e na UFPE, no Programa de Pós-graduação em Oceanografia, exercia atualmente, a função de coordenador Geral Científico do Programa Arquipélago de São Pedro e São Paulo. No período de 1995 a 2005, foi coordenador do Programa REVIZEE- Programa para a Avaliação dos Recursos Vivos na Zona Econômica Exclusiva Brasileira/ Região Nordeste.

Foi convidado pela Organização das Nações Unidas (ONU) para diversas palestras e contribuições. Entre 2008 e 2009, presidiu o processo de negociação na FAO/ONU para a elaboração e adoção do Tratado Internacional sobre Medidas de Estado Porto para Prevenir, Deter e Eliminar a Pesca Ilegal, Não Regulada e Não Reportada, aprovado pelo Conselho da FAO, em Dezembro de 2009; e a negociação também na FAO/ONU para adoção das Diretrizes Internacionais para o Desenvolvimento da Pesca Artesanal e de Pequena Escala.

Entre 2004 e 2012, exerceu a função de Presidente do Comitê Estadual de Monitoramento de Incidentes com Tubarões- CEMIT e de diretor do Departamento de Pesca e Aquicultura da UFRPE.

Também presidiu a Comissão Internacional para a Conservação do Atum Atlântico (ICCAT) e a Associação Brasileira de Engenharia de Pesca. A convite da FAO, presidiu o processo de avaliação do Comitê de Pesca para o Atlântico Leste e Central (CECAF) e da Comissão de Pesca do Oceano Índico Sudoeste (SWIOFC), além do processo de avaliação da Organização de Pesca do Atlântico Noroeste (NAFO) e da Comissão de Pesca do Oceano Pacífico Oeste e Central (WCPFC).

Foi ainda Representante Científico do Brasil junto a Comissão Internacional para a Conservação do Atum Atlântico (ICCAT) (1998-2015); e presidente do Subcomitê Científico do Comitê Consultivo Permanente de Gestão de Atuns e Afins (1998-2015).Em 2015, exerceu o cargo de Secretário Nacional de Pesca do Ministério da Pesca e Aquicultura e, interinamente, de Ministro de Estado da Pesca e da Aquicultura. Em 2014, foi eleito Presidente, junto a ONU/DOALOS,

Divisão de Oceanos e Lei do Mar, do Processo de Consultas dos Estados Parte do Acordo de Nova Iorque, e, em 2015 e 2016, para presidir o processo de revisão do referido Acordo. Entre 2012 e 2014, exerceu o cargo de vice-presidente e, de 2014 a 2016, de presidente do Comitê de Pesca da FAO (COFI).

Folhape

Prefeitura de Caruaru dá início ao Mutirão Cidade Limpa e Ilumina Caruaru

Hoje (7), a Prefeitura de Caruaru, por meio da Secretaria de Serviços Públicos e Sustentabilidade, deu início ao Mutirão Cidade Limpa e Ilumina Caruaru. A ação tem como compromisso realizar serviços intensivos de zeladoria urbana em um bairro da cidade a cada semana, unindo os dois principais programas municipais de limpeza e iluminação. O primeiro bairro contemplado foi o Indianópolis.

Só nesta segunda-feira, 57 ruas foram capinadas e foram realizadas 17 manutenções de iluminação pública. Além disso, 750m de canais foram limpos e mais de 95 toneladas de entulhos foram retiradas de vias públicas e terrenos. Houve ainda 13 podas de árvores e foi feita limpeza em três praças no bairro.

As intervenções no Indianópolis vão até a sexta-feira (11) e, na próxima semana, o bairro que receberá o Mutirão será o Adalgisa Nunes/Cidade Alta. Vale lembrar que o Bairro Rendeiras também está na programação de junho, entre os dias 21 e 26.

O secretário de Serviços Públicos e Sustentabilidade, Ytalo Farias, explica que todos os bairros receberão as ações gradativamente. “A secretaria divulgará, previamente, através das redes sociais, o calendário mensal do Mutirão”, esclarece. “Pedimos também a colaboração dos moradores para que o bairro continue sempre limpo e organizado”, completa.

Vacina da Pfizer recusada por Bolsonaro custava 50% do pago por EUA e Europa

O governo Jair Bolsonaro recusou vacinas da Pfizer no ano passado à metade do preço pago por Estados Unidos, Reino Unido e União Europeia.

Consideradas caras em agosto de 2020 pelo então ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, até 70 milhões de doses da Pfizer poderiam ter sido entregues a partir de dezembro por US$ 10 cada.

A vacinação antecipada teria evitado mortes e os prejuízos bilionários provocados pelo fechamento da economia.

Com um PIB (Produto Interno Bruto) total de R$ 7,4 trilhões em 2020, os R$ 30 bilhões agora previstos pelo Ministério da Saúde para a vacinação brasileira correspondem a um dia e meio de um hipotético lockdown nacional –desconsiderando domingos e feriados.

O valor equivale a 10% do auxílio emergencial pago em 2020 e é menos do que os R$ 44 bilhões previstos neste ano para compensar o fechamento da economia.

EUA e Reino Unido já imunizaram cerca de 40% da população com duas doses das várias vacinas adquiridas e têm economias funcionando quase livremente. Ambos pagaram cerca de US$ 20 pelas doses da Pfizer, o dobro do valor recusado pelo Brasil durante vários meses em 2020. Na União Europeia, as doses do laboratório norte-americano custaram US$ 18,60.

No Brasil, com o atraso nos contratos, as primeiras doses da Pfizer chegaram só em abril. Oito meses se passaram entre a primeira oferta e a entrega.

O vice-presidente da CPI da Covid, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), contabilizou 53 e-mails enviados pela Pfizer ao governo a partir de agosto cobrando resposta sobre a oferta dos 70 milhões de doses.

À CPI, Pazuello qualificou a proposta da Pfizer como “agressiva”, apontou entraves em cláusulas do contrato e disse ter considerado muito elevado o preço de US$ 10 por dose –valor acatado meses depois ainda na gestão de Eduardo Pazuello.

Antes das doses da Pfizer, a imunização ocorria com vacinas do Butantan e da AstraZeneca, mas em quantidades baixas. A vacinação brasileira com duas doses limita-se a 11% da população.

Na economia, isso trava principalmente o setor de serviços, responsável por 70% do PIB e dos empregos. Nos serviços atuam sobretudo os mais pobres e menos escolarizados, que dependem do trabalho fora de casa para obter renda.

Sem vacina, a ocupação desses trabalhadores caiu até 20% na pandemia, aumentando a desigualdade e a pobreza extrema a níveis de 15 anos atrás.

O colapso nos serviços levou a série histórica de desemprego do IBGE a um recorde: 14,7%, com 14,8 milhões de desocupados.

O Ministério da Saúde diz ter destinado R$ 30 bilhões para a contratação de mais de 660 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19 –considerando no cálculo unidades que ainda não encomendou de fato.

Em dólares, portanto, o país está reservando cerca de US$ 9, em média, por dose.

De um modo geral, na comparação internacional feita pela reportagem com base nas informações disponíveis, o Brasil está pagando preços compatíveis com a maior parte dos países (veja ao lado). A grande vantagem a favor do Brasil se dá justamente com o imunizante da Pfizer –o primeiro a ter sido oferecido (e ignorado) ao governo Bolsonaro.

Para Paulo Lotufo, epidemiologista e professor da Faculdade de Medicina da USP, o Brasil perdeu “uma chance de ouro de emplacar logo com a Pfizer a preços convenientes”.

“A Pfizer percebeu que estaria na frente [na corrida das vacinas], mas precisaria muito do Brasil porque seria um local de aplicação imediata, uma vitrine maior do que Israel acabou sendo, com a vantagem de o SUS ser bom pagador e único no país”, diz Lotufo.

“Qualquer que fosse o preço da vacina oferecida ao Brasil, valeria a pena. Seja pelo impacto em vidas, pelas colossais perdas de uma economia fechada ou o custo de R$ 1.500 ao dia de um paciente internado em uma UTI Covid”, diz Eder Gatti, infectologista especialista em imunização.

Segundo Gatti, nos últimos anos o Ministério da Saúde deixou de realizar estudos para aferir o custo-benefício na compra de vacinas, a exemplo do que fez em 2006 para adquirir imunizantes contra o rotavírus –causador da DDA (doença diarreica aguda) e da gastroenterite aguda. Gatti diz que o Reino Unido, por exemplo, tem quase obsessão com esse tipo de cálculo.

Segundo Martin Weale, economista no King’s College, em Londres, a economia potencial com o fato de o Reino Unido ter acelerado seu programa de compra de doses e a vacinação pode ser estimada em cerca de 300 bilhões de libras (R$ 2,1 trilhões) ao ano, já descontado o gasto com todo o processo de imunização.

O total leva em conta não só a perda potencial de 220 bilhões de libras (R$ 1,6 trilhão) em termos de PIB causada pelo abre e fecha da economia, mas as vidas e gastos adicionais poupados pelos sistemas de saúde e educação.

Para acelerar a vacinação, o Reino Unido pagou US$ 37 por dose da Moderna, embora tenha limitado essa compra a 17 milhões de unidades.

Para Benedic Ippolito, pesquisador especializado em preços de medicamentos no American Enterprise Institute, em Washington, “o custo das vacinas é muito pequeno em relação ao potencial contrafactual [o estrago econômico causado por lockdowns]”. “É como dar de ombros e dizer: ‘OK, esse preço pode estar alto. Mas essa é uma pandemia única e podemos lidar com a questão dos valores depois’.”

Israel informou ter pago há muitos meses US$ 23,50, em média, por imunizantes da Pfizer e da Moderna e já vacinou cerca de 60% da população com duas doses.

Os israelenses estimam que o investimento nas vacinas equivale às perdas potenciais de dois dias de lockdown.

Em 2021, as vendas de vacinas e medicamentos para a Covid-19 devem acrescentar receitas de pelo menos US$ 70 bilhões aos laboratórios globais, segundo a consultoria norte-americana Morningstar. Normalmente, eles já faturam US$ 60 bilhões com vacinas.

Embora os laboratórios tenham procurado manter sob sigilo valores pagos por governos pelos imunizantes, muitos preços “vazaram” via autoridades de países compradores ou em declarações de executivos das farmacêuticas.

Na União Europeia, parte dos valores foi divulgada em dezembro em um tuíte que depois foi apagado da secretária de Orçamento e Proteção ao Consumidor da Bélgica, Eva De Bleeker.

O ex-primeiro-ministro búlgaro Boiko Borisov também tornou públicos alguns preços pagos pelos 27 países do bloco, assim como o jornal espanhol La Vanguardia, que revelou contrato com o valor de US$ 18,60 por dose da vacina da Pfizer.

Nos EUA, em conferência com o Bank of America, foi o próprio CFO da Pfizer, Frank D’Amelio, quem abriu o valor de US$ 19,50 por dose cobrado dos americanos. Ele citou o preço comparando-o ao que seria o adequado “em tempos normais” –US$ 150 a US$ 175 a dose, segundo ele.

Nos EUA, as farmacêuticas cobram entre US$ 17 e US$ 26 por dose de vacinas anuais contra a gripe, segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças.

Questionada, a Pfizer no Brasil diz que trabalha com “abordagem de preços diferenciados” para garantir que países tenham acesso ao imunizante. A farmacêutica diz manter o mesmo posicionamento desde as primeiras negociações. “Aqueles com menor capacidade de pagar pela vacina pagarão um preço mais baixo, de acordo com os recursos de seu governo, enquanto os que podem pagar mais deverão fazê-lo”.

Entre todos os imunizantes aplicados no mundo, o da AstraZeneca, produzido no Brasil pela Fiocruz, é, de longe, o mais barato, com preços entre US$ 2,15 e US$ 4 por dose. No Brasil, o valor é de US$ 3,16. Desde o início, a AstraZeneca disse não visar lucro na fabricação e comercialização da vacina desenvolvida em parceria com a Universidade de Oxford.

Apesar da recusa inicial do governo Bolsonaro em relação à Pfizer, o Ministério da Saúde prevê a compra neste ano de praticamente a mesma quantidade de doses do laboratório americano e da AstraZeneca (200 milhões e 210,4 milhões, respectivamente).

As quantidades e os preços adquiridos pelo Brasil foram obtidos em contratos públicos do Ministério da Saúde e declarações de autoridades na CPI da Covid.

Parte dos valores também foi divulgada pelos fornecedores –como da Fiocruz– ou obtidos por meio de outros documentos da pasta.

Folhape com Folhapress