This photo taken and handout by the Italian Finance Ministry on April 7, 2021 shows Italy’s Economy Minister, Daniele Franco (Rear C-R) taking part in the 2nd G20 Finance Ministers and Central Bank Governors videoconference meeting in Rome. (Photo by Handout / ITALIAN FINANCE MINISTRY / AFP) / RESTRICTED TO EDITORIAL USE – MANDATORY CREDIT “AFP PHOTO / ITALIAN FINANCE MINISTRY / HANDOUT” – NO MARKETING – NO ADVERTISING CAMPAIGNS – DISTRIBUTED AS A SERVICE TO CLIENTS
Os ministros das Finanças do G20 e líderes dos bancos centrais dos 20 países mais ricos se comprometeram nesta quarta-feira (7) a ajudar as nações pobres atingidas pela pandemia do coronavírus.
Os dirigentes pediram ao Fundo Monetário Internacional (FMI) que aumente a ajuda às nações mais afetadas pelo vírus e decidiram estender a moratória da dívida a esses países.
Reunido virtualmente sob a coordenação da Itália, o G20 das Finanças decidiu “prorrogar a suspensão do pagamento da dívida dos países mais pobres até ao final de 2021”, conforme anunciado pela ministra italiana da Economia, Daniele Franco, após ter especificado que trata-se da “última” extensão.
A economia mundial deve se recuperar da pandemia mais rápido do que o esperado, com crescimento de 6% este ano, informou na terça-feira o Fundo Monetário Internacional (FMI).
No entanto, os países emergentes estão ficando para trás devido aos recursos orçamentários limitados e às lentas campanhas de vacinação.
O grupo dos 20 países mais ricos do mundo decidiu, portanto, a moratória do pagamento da dívida até o final do ano.
A moratória, que em outubro foi estendida até 30 de junho de 2021, teve um impacto bastante limitado. Apenas 46 países, dos 73 indicados, solicitaram e obtiveram o diferimento do pagamento de juros, no valor de 5,7 bilhões de dólares.
O G20 também apoiou o uso de uma nova emissão de direitos especiais de saque (SDRs), uma proposta apresentada no final de março pela diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva.
A proposta consiste em uma alocação de SDR no valor equivalente a 650 bilhões de dólares que daria munição suplementar à instituição para ajudar os países a se recuperarem da crise provocada pela pandemia, “proporcionando liquidez adicional ao sistema econômico”, segundo a líder do FMI. “Pedimos ao FMI que apresente uma proposta concreta”, declararam os ministros no comunicado divulgado ao final da reunião.
O presidente do Banco Mundial, David Malpass, saudou a proposta e pediu “maior transparência”. “Convido todos os países do G20 a publicarem os termos de seus contratos de financiamento e exorto-os a apoiar nossos esforços como Banco Mundial para que os dados de credores e devedores correspondam”, disse ele.
Na véspera, Malpass reconheceu que os países pobres precisarão de um alívio real da dívida a longo prazo, uma vez que, mesmo com a moratória temporária, o peso da dívida em muitos casos é insustentável.
Propostas do FMI e EUA
O FMI anunciou na segunda-feira uma terceira rodada de alívio do serviço da dívida para 28 dos países mais pobres do mundo, no valor de US$ 238 milhões.
A grande maioria dos países beneficiários é da África, embora Haiti, Afeganistão, Ilhas Salomão, Nepal, Tajiquistão e Iêmen também estejam incluídos.
Sobre a proposta da secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, de introduzir um imposto mínimo global sobre a renda das empresas, o G20 limitou-se a declarar que está empenhado em encontrar “uma solução global e de consenso” antes de meados de 2021.
A iniciativa busca acabar com a competição pela redução da carga tributária entre os países e pelo uso de paraísos fiscais pelas empresas, principalmente as de tecnologia.
“É urgente chegar a um acordo” sobre esta questão, reconheceu o ministro das Finanças alemão, Olaf Scholz.
A ideia foi promovida pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e recebeu um novo impulso esta semana, quando Yellen anunciou que buscaria um acordo no G20. Nenhuma taxa foi decidida, mas as estimativas variam de 12,5% a 21%.
AFP