Mais de 5 mil crianças estão disponíveis para adoção no Brasil

Na semana que se comemora o Dia da Criança, a expectativa de milhares de meninos e meninas em todo país é ter uma família. Dados do Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento (SNA), do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), indicam que mais de 30 mil crianças e adolescentes estão em situação de acolhimento em mais 4.533 unidades em todo o país. Deste total, 5.154 mil estão aptas a serem adotadas.

Uma criança ou adolescente pode receber a medida protetiva de acolhimento institucional ao se detectar uma situação de risco, negligência, abandono, maus-tratos, entre outras violações de direitos. A medida tem caráter temporário, até o retorno da acolhida, por adoção ou reintegração familiar, considerando o interesse da criança e do adolescente.

Para o presidente da Associação Brasileira dos Magistrados da Infância e da Juventude (Abraminj), desembargador do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS), José Antônio Daltoé Cezar, o Poder Judiciário tem implementado uma visão integral no acolhimento. “Temos observado um grande esforço judicial, desde audiências on-line até a busca por capacitação dos agentes de direito, para que a criança tenha seus direitos como indivíduo respeitados. O próprio CNJ, com uma iniciativa de aprimorar os cadastros de adoção para dar celeridade ao processo contribui para esse contexto mais ágil e buscando sempre a melhor condição para a criança.”

Caruaru: 94,85% dos pacientes já se recuperaram do novo coronavírus

A Secretaria de Saúde de Caruaru informa que até esta segunda (12) 94,85% dos pacientes já se recuperaram do novo coronavírus.

O número de testes realizados subiu para 26.016 dos quais 9.319 foram através do teste molecular e 16.697 do teste rápido, com 8.995 confirmações para à Covid-19.

O número de casos descartados subiu para 16.468.

Também já foram registrados 35.076 casos de síndrome gripal, dos quais 1.779 foram orientados a ficar em isolamento domiciliar.

Candidatos às eleições municipais têm desafio de fomentar pequenos negócios e retomar economia

As eleições estão chegando e, com ela, a vontade de renovação e de mudança também. Os mais de 5,5 mil municípios brasileiros terão a chance de escolher representantes que, além de focar em políticas básicas, como educação e saúde, conheçam os pontos fortes e potenciais da base eleitoral para a retomada da economia, que também ficou prejudicada com a pandemia do novo coronavírus. 

“As propostas essenciais para qualquer candidato dizem respeito àquelas voltadas para o segmento por ele representado. Ele (a) deve fazer com que essas pessoas ouçam suas propostas, vejam os benefícios que serão implantados na cidade, para determinadas pautas e demandas sociais daquele grupo e possam acolhê-lo como autêntico representante”, sugere o cientista político Nauê Bernardo. 

Na opinião de Nauê as propostas de governo para o Executivo local devem, de fato, trazer alguma melhoria para a população. “Essas melhorias podem ser no curto, no médio e no longo prazo. Mas é preciso que os candidatos tenham em mente que, possivelmente, muitas políticas vão render frutos para a população, mas não vão trazer dividendos eleitorais. Ainda assim, elas precisam tocar essas políticas adiante. E é preciso fazer com que a população entenda os problemas e desafios daquela cidade e compreenda que é necessário tempo para mudar determinadas situações”, pondera. 

Entre as sugestões para ações concretas dentro das cidades – a curto, médio e longo prazo –, estão as pautas voltadas ao empreendedorismo nas campanhas eleitorais, como fortalecer a identidade do município, desburocratizar e simplificar, qualificar quem mais precisa e gerar mais empregos. Essas alternativas aparecem no documento elaborado pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), o “Seja um candidato empreendedor – 10 dicas do Sebrae”, que contou com apoio de diversos parceiros. 

“A sociedade está cada vez mais se tornando uma sociedade de serviços. Com esse material, o Sebrae quer colocar à disposição do Poder Público, dos novos prefeitos e vereadores todo o seu know-how, todas suas soluções e metodologias para melhorar o ambiente de negócios, valorizar pequenos negócios nas cidades e gerar emprego, buscando a retomada localmente”, garante o gerente da unidade de Desenvolvimento Territorial do Sebrae Nacional, Paulo Miota. 

O gerente explica que o guia do candidato traz dez propostas que podem movimentar o comércio local e dar fôlego especialmente aos pequenos negócios, que, segundo ele, podem ajudar na retomada econômica pós-pandemia. 

“Esse trabalho é desenvolvido nos municípios desde 2008 e focamos em três grandes prioridades: primeiro, compras públicas. Compras dos pequenos negócios, da agricultura familiar, do comércio local, deixar o recurso no município”, diz. E continua: “O outro ponto é a desburocratização. A Rede Nacional para a Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas e Negócios (REDESIM) é uma grande alternativa para os empreendimentos de baixo risco tirarem o alvará mais rápido. Isso ajuda o desenvolvimento. A outra frente é o empreendedorismo na escola, estimular a criatividade e a inovação as crianças e jovens”, elenca Miotta. 

Ele adianta que as dez dicas são eixos de atuação de um programa chamado Cidade Empreendedora. “Se a vocação da cidade é turismo, vamos focar na dica 8, sobre rotas de turismo. Se a cidade é voltada para a agricultura familiar, então vamos focar em cooperativas no eixo 9, para ela vender como cooperativa para a merenda escolar. É o Sebrae na ponta, com seus consultores e equipe técnica, com condições de fazer, e o Sebrae nacional se organizando para ajudar a fazer isso, a identificar as vocações”, explica o gerente. E completa. “São projetos já consagrados nos mais diversos pontos do país, reconhecidas pelo Prêmio Sebrae Prefeito Empreendedor, que já possui 10 edições, desde 2001. Estamos propondo projetos concretos”, explica o gerente. 

O guia é uma iniciativa do Sebrae com apoio da Frente Parlamentar Mista da Micro e Pequena Empresa, da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), do Instituto Rui Barbosa, com a Associação Nacional dos Membros do Ministério Público, e da Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil. 

O presidente da CNM, Glademir Aroldi, acredita que os novos gestores municipais terão uma oportunidade de mudar o atual cenário. A situação de calamidade pública, decretada pelo novo coronavírus, vai exigir dos gestores fortes investimentos na saúde, na assistência social e o fechamento do exercício.

“Todos nós sabemos do momento que estamos enfrentando, com impactos severos na saúde, na educação, na assistência social e impacto negativo também na economia brasileira. Mais oportuno impossível a gente colocar o guia à disposição dos candidatos. Os pequenos negócios representam a força da economia no Brasil, pois são responsáveis pela geração de empregos e de renda, que é o que precisamos hoje”, avalia Aroldi. 

O cientista político Nauê Bernardo só faz uma ressalva. “O estado precisa criar condições para que todos os negócios que efetivamente tragam melhorias para a população e que venham a ser sustentáveis economicamente se ergam. É preciso que o gestor do município tenha em mente que é importante ter um ambiente propício à realização de negócios e, assim, naturalmente, as empresas vão conseguir crescer.” 

Soluções inovadoras

No município de Monte Negro (RO), onde vivem hoje cerca de 16 mil habitantes, a burocracia e a morosidade para registrar uma empresa estimulavam a informalidade dos empreendedores. Não havia um local próprio na cidade para que futuros empresários pudessem se capacitar e buscar informações. A partir dessa problemática, a solução apresentada pela prefeitura foi integrar a Sala do Empreendedor ao cadastro para unificar a entrada de dados, atendendo os pequenos negócios e potenciais empresários e fornecendo orientações para formalização. 

Além disso, o município investiu na integração do sistema integrador da Rede Nacional para a Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas e Negócios (REDESIM) e investiu em eventos locais. O resultado foi que Monte Negro foi uma das cidades vencedoras na 10ª edição do Prêmio Sebrae Prefeito Empreendedor, no ano passado, na categoria “Políticas Públicas para Desenvolvimento de Pequenos Negócios.” 

Com pouco mais de 400 negócios locais, segundo último registro da Receita Federal (2014), as soluções apresentadas facilitaram o processo de registro e licenciamento de empresas, com a entrada única de dados e documentos. Além disso, foi formalizada uma parceria para fortalecer o comércio local – o que aumentou em 20% as vendas dos participantes. As atrações culturais fomentaram o comércio local e atraíram turistas, melhorando a economia e a retenção de recursos financeiros no município. 

Outra cidade que investiu em soluções inovadoras e empreendedoras foi a paraibana Uiraúna. Com potencial para o setor comercial, o município precisava de espaço que possibilitasse oportunidades de consolidação de empreendimentos. Antes da proposta, apenas cinco microempreendedores (MEIs), dos 147 formalizados ativos, estavam cadastrados na prefeitura. As únicas linhas de crédito disponíveis eram as disponibilizadas pelos bancos, limitadas e burocráticas.

A solução foi investir em ações para melhorar o ambiente dos pequenos negócios. Entre elas, estavam a capacitação do Agente de Desenvolvimento e a articulação de uma Agência de Desenvolvimento. Foi criado também o programa de microcrédito municipal de apoio a micro e pequenos negócios (Nosso Negócio) e a Agência de Desenvolvimento dos Pequenos Negócios de Uiraúna (Casa do Empreendedor), para operacionalizar e administrar o referido programa. 

Com as propostas, em três anos, o número de MEIs formalizados aumentou 84%, passando de 147 em 2015 para 276 em 2018. Com o programa de microcrédito, já foram injetados mais de R$ 56 mil na economia local, resultando no fortalecimento e ampliação dos pequenos negócios. 

Para conhecer algumas ações empreendedoras desenvolvidas por municípios de todo o Brasil, acesse o site do Prefeito Empreendedor no portal do Sebrae.

Festa de Nossa Senhora de Fátima tem início amanhã (13)

Com o tema “Compadecida do povo teu”, a Paróquia de Nossa Senhora de Fátima, localizada no bairro Boa Vista II, celebrará os seus 30 anos durante a festa em honra a padroeira. A programação tem início na terça-feira (13), a partir das 7h da manhã, e segue até o dia 18 de outubro. O lema da festa neste ano é “30 anos de história, sob o amparo da Virgem de Fátima”.

No dia da abertura da festa, às 12h, haverá Celebração Eucarística presidida pelo Padre Zenilson Tibúrcio (pároco da Catedral) e às 19h30 quem preside a Eucaristia é o bispo emérito Dom Bernardino Marchió. Todos os dias haverá missa às 7h presidida pelo Padre Bianchi Xavier.

Seguindo as orientações do decreto da Diocese para celebrações durante o período de pandemia, a participação nas missas deve ser agendada através do WhatsApp (81) 99147-5116 ou diretamente na secretaria paroquial. Além disso, haverá transmissão no Youtube e Facebook da Paróquia.

Este ano, durante o dia 15 de outubro serão realizadas visitas aos enfermos como parte da programação da festa. E no dia 16 serão celebrados os 50 anos do Encontro de Casais com Cristo. De 14 a 17, todos os dias será realizado às 12h o canto do AKATHISTÓS (hino litúrgico à Mãe de Deus) e às 15h a reza do Terço da Misericórdia.

A programação do dia 18 de outubro iniciará com missas às 7h e 9h da manhã, e às 17h uma procissão motorizada com a imagem de Nossa Senhora de Fátima passará pelas ruas dos bairros que ficam no entorno da paróquia. Em seguida, o Pe. José Adjaclécio, administrador da Paróquia, celebrará a Eucaristia e fará o encerramento das festividades deste ano

PROGRAMAÇÃO DA FESTA:

DIA 13
Subtema: Maria, amparo dos profissionais de saúde
12h: Celebração Eucarística presidida pelo Revmo. Padre Zenilson Tibúrcio, pároco da Catedral – Caruaru.
19h30: Celebração Eucarística presidida pelo Exmo. Revmo. Dom Bernardino Marchió, bispo emérito de Caruaru.

DIA 14
Subtema: Maria, amparo dos trabalhadores e desempregados
12h: Canto do AKATHISTÓS
15h: Hora da Misericórdia
19h30: Celebração Eucarística presidida pelo Revmo. Padre José Bartolomeu Félix, pároco da Paróquia do Rosário – Caruaru.

DIA 15
Subtema: Maria, amparo dos enfermos
Serão realizadas visitas aos enfermos durante o dia.
12h: Canto do AKATHISTÓS
15h: Hora da Misericórdia
19h30: Celebração Eucarística presidida pelo Revmo. Padre Janailton Alves dos Santos, pároco da Paróquia de Nossa Senhora da Conceição – Toritama.

DIA 16
Subtema: Maria, amparo da família
Na ocasião, serão celebrados os 50 anos do ECC.
12h: Canto do AKATHISTÓS
15h: Hora da Misericórdia
19h30: Celebração Eucarística presidida pelo Revmo. Padre Sivonaldo Pedro de Oliveira, pároco da Paróquia de Nossa Senhora Aparecida – Bonito.

DIA 17
Subtema: Maria, amparo da juventude
12h: Canto do AKATHISTÓS
15h: Hora da Misericórdia
19h30: Celebração Eucarística presidida pelo Revmo. Padre Heleno José Vieira, pároco da Paróquia de Nossa Senhora das Graças – Caruaru.

DIA 18
Subtema: Maria, amparo da Igreja
9h: Celebração Eucarística presidida pelo Revmo. Padre Bianchi Xavier, pároco da Paróquia de Nossa Senhora de Fátima – Caruaru.
17h: Procissão motorizada com a imagem de Nossa Senhora de Fátima pelas ruas.
Em seguida, Celebração Eucarística de encerramento da festa presidida pelo Revmo. Padre José Adjaclécio da Silva, administrador da Paróquia de Nossa Senhora de Fátima – Caruaru.

Raquel Lyra promove “Giro 45” e visita vários bairros de Caruaru

A candidata à reeleição em Caruaru, Raquel Lyra (PSDB), realizou mais um ato neste domingo (11). O “Giro 45” passou pelos bairros São João da Escócia, Salgado, Cidade Jardim, Cedro e Rendeiras.

Raquel reforçou o objetivo de realizar um trabalho ainda mais próximo das comunidades. “Este é um momento de reafirmar nosso compromisso com as periferias, buscando transformar os sonhos das pessoas em ações que transformam suas vidas. Para isso, vamos buscando todo dia mais votos”, declarou.

Para o evento, os protocolos sanitários para a prevenção à Covid-19 foram pedidos, como o uso de máscaras, higienização das mãos, além de orientações como evitar aglomerações dentro e fora dos automóveis.

Foto: Janaina Pepeu

PE registra mais três mortes por Covid-19

A Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) registrou, ontem (11/10), 146 novos casos da Covid-19. Entre os confirmados hoje, 23 (16%) são casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e 123 (84%) são leves. Agora, Pernambuco totaliza 153.144 casos confirmados, sendo 26.545 graves e 126.599 leves, que estão distribuídos por todos os 184 municípios pernambucanos, além do arquipélago de Fernando de Noronha.

Além disso, o boletim registra um total de 133.312 pacientes recuperados da doença. Destes, 16.898 eram pacientes graves, que necessitaram de internamento hospitalar, e 116.414 eram casos leves.

Foram confirmados laboratorialmente três óbitos (sendo 1 do sexo feminino e 2 do sexo masculino), ocorridos em 06/09, 17/09 e 10/10. Os novos óbitos confirmados são de pessoas residentes nos municípios de Caruaru e Serra Talhada. Com isso, o Estado totaliza 8.411 mortes pela doença.

Os pacientes tinham idades entre 54 e 72 anos. As faixas etárias são: 50 a 59 (1), 60 a 69 (1) e 70 a 79 (1). Dos três pacientes que vieram a óbito, dois apresentavam comorbidades confirmadas: diabetes (2), hipertensão (2), AVC (2), tabagismo (2) e doença cardiovascular (1) – um paciente pode ter mais de uma comorbidade. Um está em investigação.

Com relação à testagem dos profissionais de saúde com sintomas de gripe, em Pernambuco, até agora, 22.062 casos foram confirmados e 37.001 descartados. As testagens entre os trabalhadores do setor abrangem os profissionais de todas as unidades de saúde, sejam da rede
pública (estadual e municipal) ou privada. O Governo de Pernambuco foi o primeiro do país a criar um protocolo para testar e afastar os profissionais da área da saúde com sintomas gripais.

Média móvel de mortes por covid fica abaixo de 600 pela 1ª vez desde maio

Pela primeira vez desde 10 de maio, a média móvel de mortes por Covid-19 no Brasil ficou abaixo de 600. Os 270 óbitos registrados nas últimas 24h fizeram com que, ontem, essa métrica ficasse em 590. As informações são do consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte.

Para medir a situação das mortes por causa da Covid-19, especialistas indicam usar a média móvel dos óbitos, que calcula a média de registros observada nos últimos sete dias. A operação é a mais adequada para observar a tendência das estatísticas, por equilibrar as variações abruptas dos números ao longo da semana.

O número de ontem representa estabilidade em relação à variação de 14 dias atrás (-14%).

Os 270 novos óbitos por Covid-19 registrados desde sábado totalizam 150.506 mortes no país pelo novo coronavírus.

O levantamento feito junto às secretarias de saúde dos estados apontam 12.139 novos casos registrados nas últimas 24 horas e um total de 5.093.979 diagnósticos desde o início da pandemia. No sábado (10), por um erro de digitação dos dados do Rio de Janeiro, foram contabilizados 10 mil diagnósticos acima do número correto.

Veja a oscilação nos estados:

Aceleração: PI;
Estabilidade: AC, AL, AM, DF, GO, MA, MG, RJ, RS e SE;
Queda: AP, BA, CE, ES, MS, MT, PA, PB, PE, PR, RN, RO, RR, SC, SP e TO.
Dados do governo federal

O Ministério da Saúde divulgou 290 novas mortes por covid-19 nas últimas 24 horas, com 150.488 óbitos registrados desde o início da pandemia. Desde ontem, foram 12.342 novos diagnósticos, totalizando 5.094.979 casos por todo o país.

O governo federal considera 4.470.163 casos recuperados e afirma que há 474.328 pacientes em acompanhamento.

Cuidados com covid levaram à queda de outras doenças respiratórias

Hábitos de isolamento social, uso de máscara e higiene pessoal redobrada adotados por causa da pandemia levaram a uma queda expressiva das outras doenças respiratórias no país, segundo especialistas afirmaram ao “Estadão”. Em 2020, o país praticamente não teve “temporada de gripe”.

O número de ocorrências de síndromes respiratórias graves causadas pelo vírus sincicial respiratório (VSR), um dos mais comuns entre março e junho, caiu 76,4% entre janeiro e agosto deste ano quando comparado à média dos últimos três anos nos mesmos meses. Os casos de gripe também despencaram – uma redução de 62,2%. Os números são do sistema Infogripe, da Fiocruz.

Veículos se unem pela informação

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes recentes de autoridades e do próprio presidente colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.

Fonte: Uol

Caruaru: 94,61% dos pacientes já se recuperaram do novo coronavírus

A Secretaria de Saúde de Caruaru informa que até este domingo (11) 94,61% dos pacientes já se recuperaram do novo coronavírus.

O número de testes realizados subiu para 26.000 dos quais 9.303 foram através do teste molecular e 16.697 do teste rápido, com 8.990 confirmações para à Covid-19.

O número de casos descartados subiu para 16.442.

Também já foram registrados 35.035 casos de síndrome gripal, dos quais 1.740 foram orientados a ficar em isolamento domiciliar.

O espaço das mulheres com deficiência dentro de movimentos feminista

Os estudos sobre perspectiva feminista e de gênero tem avançado enquanto fala de questões tais como: raça/etnia, orientação sexual, classe social, religião, entre outros. No entanto, as mulheres com deficiência ainda ficam á margem de discussões do movimento feminista. É notória a

falta de diálogo entre o movimento feminista e o movimento das pessoas com deficiência. Não importa o nome, pauta ou o que for abordado, nenhum movimento costuma inserir pessoas com deficiência em suas falas, como se a realidade dessa população fosse um caso a parte, fora de contexto.

Os movimentos feminista se tornaram um ato importante da redemocratização. A partir de meados dos anos 1970, os direitos das mulheres passaram a integrar a agenda da oposição ao regime autoritário. O feminismo é um conjunto de movimentos políticos, sociais, ideológicos e filosofias que tem como objetivo comum direitos iguais e uma vivência humana por meio do empoderamento feminino e da libertação de padrões patriarcas, baseados em normas de gênero.

No Brasil, as mulheres com deficiência somam mais de 26 milhões de pessoas,e em sua expressiva maioria, elas encontram a invisibilidade e o silenciamento de suas vozes como barreira inicial, inviabilizando o exercício de seus direitos humanos e de cidadania. São alvos de desigualdade de gênero e de discriminação no acesso á saúde, á educação e aos direitos econômicos, políticos e culturais. Nas empresas elas representam 0,8% dos 2% de trabalhadores e trabalhadoras com deficiência nas 500 maiores empresas no país.

Mulheres com deficiência sofrem para conseguir espaço seja ele no mercado de trabalho, na política, no cotidiano e nos meios de comunicação em massa para falar sobre assunto que são comuns para todas as mulheres. Esse mecanismo de não dar voz a essa parcela da população deixa evidente a desigualdade igualitária a todos presente na sociedade, essas barreiras impostas, seja elas físicas ou reflexos estereotipado, condicionam a entrada de um dos grupo mais vulnerável no movimento feminista que tem como ideologia ser um espaço seguro e acolhedor para todas as mulheres, independente de suas especificidades não se faz presente nas questões de dar voz a população.

Apesar do gênero ter sido incorporado pelos estudos sobre a deficiência como categoria de análise, a deficiência ainda não foi incorporada como categoria nos estudos feministas, temas que são intrínsecos á deficiência, como tecnologia reprodutiva, o lugar das diferenças corporais, as particularidades da opressão, a ética, o cuidado, e a construção de sujeito, são estudados no feminismo isoladamente, sem que se estabeleçam relações com a experiência da deficiência. Isso se dá ao fato de que ainda há uma noção reducionista de identidade em alguns estudos feministas.

O distanciamento das causas sociais, especialmente da deficiência, é fruto da indiferença da mídia e da sociedade. Por muito tempo essa parcela da sociedade foi marginalizada, tinha que esperar que as outras pessoas fizessem tudo por elas, inclusive ser a voz de suas lutas por direitos. Foram convencidas que não podiam participar ativamente do convívio social, muito menos levantar a voz em movimentos de luta por direitos, como é o caso do movimento feminista. É exatamente por essa postura passiva, cheia de preconceito histórico da sociedade que temas que vão além da acessibilidade, como a luta das mulheres com algum tipo de deficiência por direitos igualitários, infelizmente segue não sendo posto em discussão pela grande maioria dos grupos.

Mas vale resaltar que o mercado empresarial segue tentando se adaptar as duas causas citadas, podendo ser um caminho para maior integração entre as mesmas. Dr.Caitano Neto, CEO da Saphir Educ, e colaborador da OSEAD Brasil (ONG) é um exemplo, ele busca dar oportunidade no mercado de trabalho PCD, e apoiar causas feministas dentro da instituição educacional, dando voz as causas “É importante dar a palavra,apoiar e impulsionar diretrizes de liberdade, quero usar meus meios de comunicação para ceder espaço a todos que lutam por uma causa igualitaria” afirma o CEO.

A presença feminina no pensamento científico no Brasil

Apesar de ao longo do século XIX já existirem faculdades de Medicina e de Direito no Brasil, pode-se afirmar que o desenvolvimento do pensamento científico no país ocorre efetivamente durante o século XX. Nessa trajetória, alguns aspectos presentes, desde o seu início, podem ser compreendidos como características estruturais, sendo, um deles, os diferentes espaços alcançados por homens e mulheres, brancos (as) e negros (as) nas instituições de ensino superior e no reconhecimento de suas respectivas produções científicas pela comunidade acadêmica.

Pesquisas quantitativas a partir de informações oficiais oriundas do Ministério da Educação (MEC) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) demonstram que, ainda que se verifique a ampliação da presença feminina no ensino superior no Brasil, o tocante ao desenvolvimento das carreiras acadêmicas há a concentração de mulheres em determinadas áreas do conhecimento bem como uma diminuição de sua participação na pesquisa científica à medida que avança em sua carreira.

Segundo o relatório Education at Glance 2019, no Brasil entre os jovens de 25 a 34 anos, 18% dos homens têm nível superior sendo que entre as mulheres esse índice é de 25%. No entanto, apesar do mesmo relatório apontar uma maior probabilidade de conclusão do ensino superior entre as mulheres, verifica-se que ela possui menos chances de conseguir um emprego, evidenciando um processo contraditório e de desigualdade de gênero presentes na estrutura social do país.

O projeto desenvolvido na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) denominado “Meninas na Ciência” também é revelador: há uma baixa representatividade feminina em áreas como ciências exatas, engenharias e computação. No caso da física, em média, apenas 30% das alunas são mulheres, sendo 20% no mestrado e doutorado e apenas 15% das docentes no país. Ou seja, apesar de globalmente existir uma presença maior feminina no ensino superior, há que se considerar a existência de uma profunda desigualdade em áreas específicas do conhecimento.

Carolina Brito, Daniela Pavani e Paulo Lima Junior, pesquisadores ligados ao mencionado projeto, reforçam que os dados estatísticos demonstram que as mulheres estão concentradas na área de humanas enquanto os homens estão nas exatas e por isso afirmam que a transformação foi no sentido de exclusão predominante para “inclusão progressiva caracterizada pela segregação, com interdição ou desestímulo ao acesso feminino a certas áreas do conhecimento e profissões que se mantiveram como redutos masculinos”.

Informações que ressaltam a desigualdade de gênero também podem ser apreendidas em pesquisa publicada em 2019, “As desigualdades de gênero na produção científica ibero-americana”, do Observatório Ibero-americano de Ciência, Tecnologia e Sociedade (OCTS), instituição da Organização dos Estados Ibero-americanos (OEI), no qual se constata que apesar de 72% dos artigos acadêmicos serem assinados por mulheres, elas representam 49% dos autores líderes das pesquisas. Ou seja, apesar de se verificar maior presença feminina na base da gama de pesquisadores, conforme a pirâmide se afunila, os homens predominam. O mesmo relatório confirma a pesquisa “Meninas na Ciência”, lembrado acima, no sentido de que as mulheres são minoria na área das engenharias.

Os dados apontados por estes diferentes estudos demonstram uma forte estrutura de desigualdade de gênero no que diz respeito à produção do conhecimento científico e, por isso, propiciam a problematização acerca de afirmações aligeiradas que, ao identificar uma presença maior da mulher no espaço público, como por exemplo, no mercado de trabalho e na universidade, sentenciam que há igualdade de gênero em nossa sociedade.

É claro que, se se comparar com o início do século XX, os atuais dados revelam uma robusta participação feminina no ensino e na pesquisa. Mas, no entanto, fica demonstrada a necessidade de aprofundamento na leitura de relatórios de pesquisas bem como o cruzamento dos resultados para que se alcance a realidade efetivamente. A ampliação feminina no ambiente acadêmico é real, mas, definitivamente, ainda não demonstra a democratização concreta dos espaços nem a redução da desigualdade de gênero no Brasil contemporâneo. Pode-se dizer que há, de fato, um redesenho de espaços e papéis de gênero sem que as estruturas tenham sido alcançadas.

Autora: Valéria Pilão é doutora em Ciências Sociais, professora da área de Humanidades do curso de Sociologia do Centro Universitário Internacional Uninter.