O espaço das mulheres com deficiência dentro de movimentos feminista

Os estudos sobre perspectiva feminista e de gênero tem avançado enquanto fala de questões tais como: raça/etnia, orientação sexual, classe social, religião, entre outros. No entanto, as mulheres com deficiência ainda ficam á margem de discussões do movimento feminista. É notória a

falta de diálogo entre o movimento feminista e o movimento das pessoas com deficiência. Não importa o nome, pauta ou o que for abordado, nenhum movimento costuma inserir pessoas com deficiência em suas falas, como se a realidade dessa população fosse um caso a parte, fora de contexto.

Os movimentos feminista se tornaram um ato importante da redemocratização. A partir de meados dos anos 1970, os direitos das mulheres passaram a integrar a agenda da oposição ao regime autoritário. O feminismo é um conjunto de movimentos políticos, sociais, ideológicos e filosofias que tem como objetivo comum direitos iguais e uma vivência humana por meio do empoderamento feminino e da libertação de padrões patriarcas, baseados em normas de gênero.

No Brasil, as mulheres com deficiência somam mais de 26 milhões de pessoas,e em sua expressiva maioria, elas encontram a invisibilidade e o silenciamento de suas vozes como barreira inicial, inviabilizando o exercício de seus direitos humanos e de cidadania. São alvos de desigualdade de gênero e de discriminação no acesso á saúde, á educação e aos direitos econômicos, políticos e culturais. Nas empresas elas representam 0,8% dos 2% de trabalhadores e trabalhadoras com deficiência nas 500 maiores empresas no país.

Mulheres com deficiência sofrem para conseguir espaço seja ele no mercado de trabalho, na política, no cotidiano e nos meios de comunicação em massa para falar sobre assunto que são comuns para todas as mulheres. Esse mecanismo de não dar voz a essa parcela da população deixa evidente a desigualdade igualitária a todos presente na sociedade, essas barreiras impostas, seja elas físicas ou reflexos estereotipado, condicionam a entrada de um dos grupo mais vulnerável no movimento feminista que tem como ideologia ser um espaço seguro e acolhedor para todas as mulheres, independente de suas especificidades não se faz presente nas questões de dar voz a população.

Apesar do gênero ter sido incorporado pelos estudos sobre a deficiência como categoria de análise, a deficiência ainda não foi incorporada como categoria nos estudos feministas, temas que são intrínsecos á deficiência, como tecnologia reprodutiva, o lugar das diferenças corporais, as particularidades da opressão, a ética, o cuidado, e a construção de sujeito, são estudados no feminismo isoladamente, sem que se estabeleçam relações com a experiência da deficiência. Isso se dá ao fato de que ainda há uma noção reducionista de identidade em alguns estudos feministas.

O distanciamento das causas sociais, especialmente da deficiência, é fruto da indiferença da mídia e da sociedade. Por muito tempo essa parcela da sociedade foi marginalizada, tinha que esperar que as outras pessoas fizessem tudo por elas, inclusive ser a voz de suas lutas por direitos. Foram convencidas que não podiam participar ativamente do convívio social, muito menos levantar a voz em movimentos de luta por direitos, como é o caso do movimento feminista. É exatamente por essa postura passiva, cheia de preconceito histórico da sociedade que temas que vão além da acessibilidade, como a luta das mulheres com algum tipo de deficiência por direitos igualitários, infelizmente segue não sendo posto em discussão pela grande maioria dos grupos.

Mas vale resaltar que o mercado empresarial segue tentando se adaptar as duas causas citadas, podendo ser um caminho para maior integração entre as mesmas. Dr.Caitano Neto, CEO da Saphir Educ, e colaborador da OSEAD Brasil (ONG) é um exemplo, ele busca dar oportunidade no mercado de trabalho PCD, e apoiar causas feministas dentro da instituição educacional, dando voz as causas “É importante dar a palavra,apoiar e impulsionar diretrizes de liberdade, quero usar meus meios de comunicação para ceder espaço a todos que lutam por uma causa igualitaria” afirma o CEO.

A presença feminina no pensamento científico no Brasil

Apesar de ao longo do século XIX já existirem faculdades de Medicina e de Direito no Brasil, pode-se afirmar que o desenvolvimento do pensamento científico no país ocorre efetivamente durante o século XX. Nessa trajetória, alguns aspectos presentes, desde o seu início, podem ser compreendidos como características estruturais, sendo, um deles, os diferentes espaços alcançados por homens e mulheres, brancos (as) e negros (as) nas instituições de ensino superior e no reconhecimento de suas respectivas produções científicas pela comunidade acadêmica.

Pesquisas quantitativas a partir de informações oficiais oriundas do Ministério da Educação (MEC) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) demonstram que, ainda que se verifique a ampliação da presença feminina no ensino superior no Brasil, o tocante ao desenvolvimento das carreiras acadêmicas há a concentração de mulheres em determinadas áreas do conhecimento bem como uma diminuição de sua participação na pesquisa científica à medida que avança em sua carreira.

Segundo o relatório Education at Glance 2019, no Brasil entre os jovens de 25 a 34 anos, 18% dos homens têm nível superior sendo que entre as mulheres esse índice é de 25%. No entanto, apesar do mesmo relatório apontar uma maior probabilidade de conclusão do ensino superior entre as mulheres, verifica-se que ela possui menos chances de conseguir um emprego, evidenciando um processo contraditório e de desigualdade de gênero presentes na estrutura social do país.

O projeto desenvolvido na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) denominado “Meninas na Ciência” também é revelador: há uma baixa representatividade feminina em áreas como ciências exatas, engenharias e computação. No caso da física, em média, apenas 30% das alunas são mulheres, sendo 20% no mestrado e doutorado e apenas 15% das docentes no país. Ou seja, apesar de globalmente existir uma presença maior feminina no ensino superior, há que se considerar a existência de uma profunda desigualdade em áreas específicas do conhecimento.

Carolina Brito, Daniela Pavani e Paulo Lima Junior, pesquisadores ligados ao mencionado projeto, reforçam que os dados estatísticos demonstram que as mulheres estão concentradas na área de humanas enquanto os homens estão nas exatas e por isso afirmam que a transformação foi no sentido de exclusão predominante para “inclusão progressiva caracterizada pela segregação, com interdição ou desestímulo ao acesso feminino a certas áreas do conhecimento e profissões que se mantiveram como redutos masculinos”.

Informações que ressaltam a desigualdade de gênero também podem ser apreendidas em pesquisa publicada em 2019, “As desigualdades de gênero na produção científica ibero-americana”, do Observatório Ibero-americano de Ciência, Tecnologia e Sociedade (OCTS), instituição da Organização dos Estados Ibero-americanos (OEI), no qual se constata que apesar de 72% dos artigos acadêmicos serem assinados por mulheres, elas representam 49% dos autores líderes das pesquisas. Ou seja, apesar de se verificar maior presença feminina na base da gama de pesquisadores, conforme a pirâmide se afunila, os homens predominam. O mesmo relatório confirma a pesquisa “Meninas na Ciência”, lembrado acima, no sentido de que as mulheres são minoria na área das engenharias.

Os dados apontados por estes diferentes estudos demonstram uma forte estrutura de desigualdade de gênero no que diz respeito à produção do conhecimento científico e, por isso, propiciam a problematização acerca de afirmações aligeiradas que, ao identificar uma presença maior da mulher no espaço público, como por exemplo, no mercado de trabalho e na universidade, sentenciam que há igualdade de gênero em nossa sociedade.

É claro que, se se comparar com o início do século XX, os atuais dados revelam uma robusta participação feminina no ensino e na pesquisa. Mas, no entanto, fica demonstrada a necessidade de aprofundamento na leitura de relatórios de pesquisas bem como o cruzamento dos resultados para que se alcance a realidade efetivamente. A ampliação feminina no ambiente acadêmico é real, mas, definitivamente, ainda não demonstra a democratização concreta dos espaços nem a redução da desigualdade de gênero no Brasil contemporâneo. Pode-se dizer que há, de fato, um redesenho de espaços e papéis de gênero sem que as estruturas tenham sido alcançadas.

Autora: Valéria Pilão é doutora em Ciências Sociais, professora da área de Humanidades do curso de Sociologia do Centro Universitário Internacional Uninter.

Senac oferece curso de Gerenciamento e Organização de Condomínios

Após sucesso da primeira turma, o Senac Pernambuco oferece a segunda turma do curso de Gerenciamento e Organização de Condomínios. A formação é direcionada a síndicos em busca de atualização e profissionais que desejem empreender ou entrar no segmento de administração condominial. A carga-horária é de 36h, e os encontros serão oferecidos de na modalidade remota, em função da pandemia de covid-19. A turma terá início no dia 13 de outubro e seguirá até o dia 5 de novembro, com aulas às terças, quartas e quintas, das 18h30 às 21h30.

O curso abordará tópicos como cuidados ambientais, relacionamento com construtoras e condôminos, prestações de contas, orçamento, gestão de recursos humanos, estruturas administrativas e noções de legislação aplicadas aos ambientes de moradia. A formação foi pensada levando em consideração a estrutura cada vez mais completa e complexa dos novos condomínios, sejam eles residenciais ou comerciais. “É uma área ávida por profissionais comprometidos, que oferece bons salários e tem baixa vulnerabilidade a crises. A profissionalização é necessária, porque os novos empreendimentos exigem profissionais com conhecimento amplo, ágeis e que se atualizem constantemente”, explica João Andrade, instrutor do curso.

As inscrições para o curso de Gerenciamento e Organização de Condomínios podem ser realizadas pelo site do Senac Pernambuco (www.pe.senac.br). Nesta segunda turma, apenas alunos do estado de Pernambuco poderão realizar inscrição. Mais informações sobre a formação podem ser obtidas pelos telefones 0800.081.1688 ou (81) 3413.6728/6729/6730.

Serviço:

Curso de Gerenciamento e Organização de Condomínios – Senac Pernambuco
Período: de 13 de outubro a 5 de novembro;
Datas e horários: terças, quartas e quintas, das 18h30 às 21h30;
Investimento: R$ 320;
Inscrições: on-line, pelo site do Senac Pernambuco (www.pe.senac.br);
Mais informações: 0800.081.1688 ou (81) 3413.6728/6729/6730.

Sesc realiza ações alusivas ao Outubro Rosa

O câncer de mama é considerado um dos que mais acomete a população feminina no mundo. De acordo com a Fundação do Câncer, com base nos dados do Sistema Único de Saúde (SUS), durante a pandemia do covid-19, houve uma queda de 84% nas mamografias feitas no Brasil em comparação com o mesmo período do ano passado. Para conscientizar as mulheres sobre a importância da prevenção e o diagnóstico precoce, o Sesc Petrolina e o Sesc Arcoverde realizarão de 13 a 30 deste mês, ações alusivas ao Outubro Rosa.

A partir de terça-feira (13/10), as unidades do Sesc das duas cidades estarão iluminadas. Por meio do podcast “Mídias à Margem”, produzido pelo grupo Mídia Jovem do Sesc Petrolina, será realizado um bate-papo a partir de histórias de superação, abordado autoestima e saúde mental no contexto da campanha do Outubro Rosa. A atividade ocorrerá virtualmente contemplando grupos de jovens e idosos das unidades.

No dia 26, às 11h, acontecerá no Ginásio do Sesc Arcoverde o bate-papo “Câncer de mama não é só coisa de mulher”, voltado à população em situação de rua. No dia 28, será realizado um café da manhã musical no Memorial Onco, centro de oncologia do Memorial Arcoverde.

No dia 29 de outubro o público poderá conferir a partir das 17 h, no canal do YouTube do Sesc Pernambuco, a live com o tema “Outubro Rosa – Prevenção e Rede de Cuidados”, com a chede do Centro de Mastologia e Radiologia Mamária (Cema) do IMIP, coordenadora de residência médica do IMIP e diretora médica do Realmama – Hospital Português do Recife, a médica mastologista, Isabel Cristina Areia Pereira.

A programação será encerrada no dia 30 de outubro, quando o Sesc Arcoverde e Petrolina irão incentivar, no comércio local, a população a vestir peças cor-de-rosa ou a fitinha símbolo do movimento.

UniFavip promove 1a Semana de Fisioterapia com inscrições gratuitas

Com o objetivo de comemorar o Dia do Fisioterapeuta e proporcionar ao público um panorama dos novos rumos da profissão diante da pandemia, o Centro Universitário UniFavip promove, nos dias 13 e 14 de outubro, a 1a Semana de Fisioterapia. O evento é 100% online e contará com palestras sobre diversas temáticas atuais.

“É uma semana muito importante onde nós comemoramos o Dia do Fisioterapeuta, em 13 de outubro, e a proposta da atividade é juntar alunos de todas as instituições e profissionais, para conhecerem um pouco mais dos diversos contextos da profissão. Então se trata de um evento bem abrangente, onde vamos abordar diversas áreas de atuação do fisioterapeuta e os alunos terão a oportunidade de vivenciar isso tudo de maneira gratuita”, destaca o coordenador do curso de fisioterapia, Wlaldemir Santos.

Devido à pandemia, o evento será realizado por meio da plataforma Zoom e os interessados em participar das palestras deverão fazer suas inscrições de forma gratuita pelo link: https://bit.ly/3iIPbib

Serviço

1a Semana de Fisioterapia

Data: 13 e 14 de outubro

Inscrições: https://bit.ly/3iIPbib

Transmissão: Plataforma Zoom

Mais de 5 mil crianças estão disponíveis para adoção no Brasil

Nesta semana se comemora o Dia da Criança e a expectativa de milhares de meninos e meninas em todo país é ter uma família. Dados do Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento (SNA), do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), indicam que mais de 30 mil crianças e adolescentes estão em situação de acolhimento em mais 4.533 unidades em todo o país. Deste total, 5.154 mil estão aptas a serem adotadas.

Uma criança ou adolescente pode receber a medida protetiva de acolhimento institucional ao se detectar uma situação de risco, negligência, abandono, maus-tratos, entre outras violações de direitos. A medida tem caráter temporário, até o retorno da acolhida, por adoção ou reintegração familiar, considerando o interesse da criança e do adolescente.

Para o presidente da Associação Brasileira dos Magistrados da Infância e da Juventude (Abraminj), desembargador do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS), José Antônio Daltoé Cezar, o Poder Judiciário tem implementado uma visão integral no acolhimento. “Temos observado um grande esforço judicial, desde audiências on-line até a busca por capacitação dos agentes de direito, para que a criança tenha seus direitos como indivíduo respeitados. O próprio CNJ, com uma iniciativa de aprimorar os cadastros de adoção para dar celeridade ao processo contribui para esse contexto mais ágil e buscando sempre a melhor condição para a criança.”

Uma dessas melhorias pode ser traduzida na implantação do SNA, que conta com um inédito sistema de alertas, com o qual os juízes e as corregedorias podem acompanhar todos os prazos referentes às crianças e adolescentes acolhidos e em processo de adoção, bem como de pretendentes. O objetivo é dar mais celeridade na resolução dos casos e maior controle dos processos. Atualmente, a região Sudeste registra mais de 15 mil crianças abrigadas, a maior quantidade do país. Já a região Norte é a que tem o menor registro, com pouco mais de 1,9 mil crianças acolhidas.

O SNA passou a ser obrigatório para os tribunais em outubro de 2019 e passou a integrar os dados de todos os órgãos, realizando buscas automáticas de famílias para as crianças em qualquer região do país. São os dados destes processos que foram unificados eletronicamente e agora são consolidados em tempo real e dão um retrato apresentação de dados sobre adoção e do acolhimento no Brasil.

O tempo que as crianças permanecem nos abrigos é um dos aspectos relevantes a ser observado. Conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), esse período não pode ultrapassar 18 meses. “Esse tempo tem que ser breve pois, por mais que a instituição de acolhimento siga as normas, ela nunca vai substituir a família, sobretudo durante a fase da primeira infância, período em que a criança se desenvolve”, analisa o desembargador.

Atualmente, 7.997 crianças na fase da primeira infância – de 0 a 6 anos -, estão em situação de acolhimento, sendo pouco mais da metade do sexo masculino. Deste total, 1.875 crianças com até 3 anos aguardam até seis meses pelo retorno à família de origem ou pela adoção. Já a maior parcela das crianças entre 3 e 6 anos permanece entre 12 e 24 meses nas unidades de acolhimento.

A faixa etária que compõe a maior parte dos abrigados no Brasil são os adolescentes. São 8.643 com mais de 15 anos, sendo mais da metade do sexo masculino. Deste total, 3.142 estão abrigadas há mais de três anos e não têm irmãos nas mesmas condições.

A conselheira do CNJ Flavia Pessoa destaca que o SNA permite uma visão geral do processo da criança e adolescente, desde sua entrada no sistema de proteção e acolhimento até a sua saída, quer seja pela adoção, quer seja pela reintegração familiar. O sistema também estabelece uma lista das pessoas aptas a adotar, ordenada cronologicamente, mediante prévia habilitação para ingresso no sistema. “Todos os encaminhamentos jurídicos derivados do acolhimento da criança, tais como reintegrações aos genitores, guardas, adoções e audiências concentradas, foram contemplados.”

Fórum

Segundo Flavia Pessoa, a mensuração dos dados estatísticos norteiam a implementação, o aperfeiçoamento e o controle de políticas públicas e que estão acessíveis ao público em geral, garantindo o sigilo das partes e proteção dos dados de crianças e adolescentes. “Essa é uma das atribuições do Fórum Nacional da Infância e da Juventude (Foninj), instituído pelo CNJ e que designa o monitoramento de ações judiciais em que sejam partes ou interessados a criança e o adolescente na condição de vítima ou em situação de risco.”

O Foninj foi criado pela Resolução CNJ nº 231 e tem por finalidade elaborar estudos e propor medidas para coordenação, elaboração e execução de políticas públicas, no âmbito do Poder Judiciário, especialmente as iniciativas nacionais de aprimoramento da prestação jurisdicional na área da Infância e da Juventude.

Tipos de serviço

Outro aspecto importante para o bem-estar da criança e do adolescente no período da acolhida é o tipo de serviço de acolhimento. De acordo com o SNA, a maior parcela é de unidades institucionais, com 3.527. Elas abrigam mais de 29 mil meninos e meninas. Já as unidades do tipo familiar representam um número menor, com pouco mais de mil unidades e mais de 1,3 mil acolhidos.

Mesmo não representando o maior número de unidades, a assessora da Aconchego – Grupo de Apoio à Convivência Familiar e Comunitária, Karina Berardo, destaca que o modelo familiar é um avanço em termos de acolhimento. “A prioridade é viabilizar o retorno da criança ao convívio com a família de origem ou na impossibilidade encaminhamento para a adoção. A adoção é uma gotinha no oceano na acolhida. Nós temos é que resolver a situação daquela criança. Temos que investir cada vez mais na estrutura jurídica e de proteção social e também em capacitação. Temos que dar à infância prioridade absoluta.”

A assessora avalia que, embora tenha caminho para avanços, o Poder Judiciário tem conseguido implementar e manter iniciativas jurídicas enérgicas voltadas ao acolhimento de crianças e adolescentes. “O Judiciário se uniu mais e não quer deixar as coisas retroagirem. O CNJ, as Varas da Infância estão intensos, promovendo cursos EAD, audiências on-line, tudo para manter o que foi construído e avançar em mais frentes.”

Raquel Lyra visita comunidade rural de Carapotós

A candidata à reeleição em Caruaru, Raquel Lyra (PSDB), esteve neste sábado com moradores da comunidade rural de Carapotós. Lideranças destacaram o apoio que Raquel tem dado ao local.

“A gente começou de fora para dentro, reformando as escolas da zona rural. Quando a gente chegou na prefeitura, todas as máquinas para fazer o que precisamos para as comunidades estavam quebradas. Consertamos, comprando mais, trouxemos a melhoria para nossos moradores”, reforçou Raquel.

Foto: Janaína Pepeu

4 formas de ganhar uma grana extra para quem ficou desempregado

A crise do coronavírus impactou diretamente o bolso de muitos brasileiros, já que o isolamento social, medida necessária para diminuir o contágio pela doença, provocou o fechamento de estabelecimentos comerciais não-essenciais, como shoppings, bares, lojas de roupas e cosméticos. Mesmo com o auxílio emergencial, conseguir formas de ganhar dinheiro extra, sem sair de casa, ainda é essencial para quem está no aperto.

Em meio a pandemia, o uso da tecnologia tem ajudado mais do que nunca, sendo fundamental para que as pessoas que estão em casa continuem ativas, comprando em lojas onlines como mercados e farmácias, acessando bancos, pedindo delivery, entre outras ações. Para quem precisa de uma grana extra, apostar na tecnologia pode ajudar a complementar a renda também. Listamos 4 formas de ganhar dinheiro durante o isolamento social.

1. Aposte em aulas de reforço escolar e idiomas

As escolas estão fechadas e muitas crianças e jovens estão estudando em casa. Caso seja bom em alguma matéria e goste de ensinar, uma dica é oferecer aulas de reforço escolar para os moradores do seu prédio. Este é um ótimo jeito de ganhar dinheiro, já que as aulas podem ser feitas à distância, com cada um na sua casa, por meio de ferramentas gratuitas como o Skype, Hangouts meet, entre outras. A mesma coisa vale para quem sabe algum idioma: aproveite esse conhecimento para ensinar outras pessoas em troca de uma graninha extra.

2. Preste serviço para apps de entrega
Uma boa opção para quem tem um veículo em casa – moto, carro ou utilitário – é entregar produtos através de apps de serviços de entregas. A Uello (www.uello.com.br)

é uma boa opção para quem prefere transportar objetos e não passageiros. A empresa disponibiliza rotas diárias e o entregador não precisa enfrentar períodos de ociosidade sem remuneração, aguardando serviços. Além disso, você pode escolher entre moto, veículo de passeio ou veículo de carga e, com isso, recebe encomendas apropriadas. A logtech é 100% digital e garante escolha de rotas curtas, longas, com poucas ou muitas entregas. Os valores pagos pelas rotas são apresentados previamente e calculados a partir de km rodados, tempo de execução e esforço. Para se cadastrar e prestar serviços na plataforma, é necessário possuir CNPJ e se inscrever no link: www.uello.com.br/entregador. A Uello já está consolidada na grande São Paulo e em mais 13 municípios do interior. Realiza em média 5 mil entregas por dia para cerca de 120 clientes, entre eles Dafiti, Arezzo, MMartan, Petz e Carrefour.

3. Venda itens encalhados em casa

Com a situação atual do país, comerciar itens seminovos que estão sem uso em casa pode ser alternativa para ganhar uma grana extra e completar a renda. Além disso, o comércio de produtos usados evita o descarte desnecessário de itens em bom estado e que ainda podem ser úteis para outras pessoas. “Com a grande maioria das pessoas em casa, vender algo próprio que está sem uso é a forma mais rápida de aumentar a renda mensal, sem grandes investimentos de tempo e dinheiro. Uma dica é fazer uma limpeza no guarda-roupa, separar brinquedos, livros, CDs, acessórios de bebês, entre outros itens, criando um brechó online, por exemplo.”, comenta Pedro Henrique Freitas, especialista em comércio eletrônico e CEO da plataforma de e-commerce Loja Integrada (www.lojaintegrada.com.br).

A Loja Integrada é uma plataforma gratuita que oferece recursos para a criação de lojas virtuais de maneira prática e intuitiva, com opções de temas e layouts, além de parcerias com meio de pagamentos e envios.

4. Responda pesquisa remuneradas
Responder pesquisas é uma das maneiras mais simples de ganhar dinheiro na Internet, sendo uma oportunidade de ajudar também as marcas a conhecerem melhor o seu público. O primeiro passo é se cadastrar em sites que agregam pesquisas remuneradas, como Toluna, Lifepoints e Greenpanthera – procure sempre sites com credibilidade. Ao informar dados do seu perfil, os portais te enviam questionários sobre produtos ou serviços por e-mail para você avaliá-los. A recompensa pode ser em forma de transferência PayPal, como é o caso da LifePoints, ou pontos que podem ser trocados por dinheiro ou crédito em lojas.

Raquel Lyra faz mensagem de incentivo à militância atuante na campanha

Foi ao ar mais um episódio do guia eleitoral da candidata à reeleição em Caruaru, Raquel Lyra. No vídeo, a candidata mandou uma mensagem de incentivo à militância. “Eu quero agradecer a vocês que estão aqui até aqueles que vão estar todos os dias levantando, carregando bandeira, levando militância, levando a nossa mensagem de fé, de esperança e de futuro para nossa cidade”, disse.

Raquel ressaltou a importância de quem está nas ruas e nas redes sociais pedindo votos. “Eu sou candidata. Claro que eu sou líder nesse processo, mas a campanha é feita por vocês. A campanha vai estar rodando, acontecendo em cada recanto de Caruaru porque vai estar através das mãos, da palavra, da voz, do trabalho, de todos vocês”, finalizou.

Desburocratização para micro e pequenos negócios pode dar fôlego à economia no pós-pandemia

Rio de Janeiro – Mulherres negras do Rio lançam, na Central do Brasil, mobilização para a Marcha Das Mulheres Negras No Rio: Contra O Racismo, A Violência E Pelo Bem Viver.r que acontecerá em Brasília no dia 18 de novembro.

Abrir um pequeno negócio hoje no Brasil pode ser um desafio e uma grande dor de cabeça. Com a era digital, o tempo que se leva para ser um empreendedor é, em média, 2 dias e 21 horas. Mas nem sempre é assim. Em alguns estados, a burocracia pode se arrastar por semanas e até meses. Com o atual cenário de pandemia, desburocratizar processos pode salvar empregos, rendas e sonhos.

Esse é o caso do Robson Silva, 41 anos, morador do bairro da Aclimação (SP). O dono da marca “Bananeira da Silva”, idealizada para atender a todos os públicos com roupas agênero, se planejou no início do ano para abrir a loja em fevereiro, mas os planos tiveram que ser mudados. “Já comecei dentro da pandemia”, lembra. 

Para ele, abrir um pequeno negócio no meio da pandemia do novo coronavírus foi um grande desafio. “Não consegui ir para a rua mostrar o trabalho nem tirar as fotos das roupas para colocar no site do jeito que eu gostaria. Hoje, trabalho sozinho dentro da minha casa, tenho um ateliê.” 

Com as vendas virtuais crescendo por conta do cenário, Robson conta com a ajuda de um motoboy para fazer as entregas dos pedidos. “Há poucas semanas, com a economia retomando, consegui trazer minhas duas irmãs para trabalhar comigo”, comemora. 

Robson revela que uma das maiores dificuldades nesse tempo foi a obtenção de crédito. “Fiquei um pouco desesperado no segundo mês, porque pensei que todo o dinheiro que eu tinha investido estava se esvaindo. Perguntei ao meu gerente do banco sobre como funcionavam as linhas de crédito e ele disse que eu não conseguiria uma linha porque minha empresa era muito nova – só que eu sou cliente do banco há quase 20 anos”, recorda. 

Além da dor de cabeça com o banco, o empreendedor ainda teve de lidar com a demora da  documentação para regulamentar a empresa. “Foram mais de 30 dias, isso porque foi feito por um profissional”, dispara. Além disso, ele conta, toda a burocracia e a “tonelada” de papéis para assinar adiaram ainda mais a inauguração da loja, que passou de fevereiro para abril. “Mas tudo bem, acho até que foi bom, porque aí eu tive que usar muito mais a minha imaginação, que foi o que aconteceu, para eu conseguir vender”, decreta Robson. 

Em março, com o início da pandemia, havia pouco menos de 30 linhas de crédito para micro e pequenas empresas, segundo levantamento do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). Hoje, já são mais de 180 linhas para esse público. 

“Aumentaram, sim, as linhas, os produtos. Mas não há resultado efetivo na acessibilidade ao crédito. O acesso ao crédito continua muito aquém do necessário”, lamenta o presidente do Sebrae, Carlos Melles. 

“A micro e pequena empresa é a teia que sustenta qualquer país”, afirma presidente do Sebrae

Para o representante nacional da entidade, é preciso mais atenção aos donos de micro e pequenas empresas, pois a retomada da economia pode passar primeiro por esse nicho. “A micro e pequena empresa, no Brasil e no mundo inteiro, é a teia que sustenta qualquer país. É a padaria, a loja de roupa, todos os segmentos da sociedade. O Brasil vem aperfeiçoando esse ambiente de melhoria de convivência com a micro e pequena empresa”, garante Melles. 

O Sebrae representa, hoje, cerca de 18 milhões de donos de micro e pequenas empresas. Desses, 11 milhões são microempreendedores individuais (MEIs). “Nesse setor, também se fatura aproximadamente 30% da riqueza do Brasil e emprega 55% dos brasileiros com carteira assinada”, calcula o presidente. 

Geração de emprego

Priscilla Macedo e Raniery Pessoa são proprietários de três unidades de um centro de estética no Distrito Federal. Há três anos no ramo, Priscilla conta que empreender no Brasil não é fácil, mas que superou os desafios. Com a pandemia, a empresária teve que adiar alguns planos. 

“Quando começou a pandemia, ficamos muito receosos sem saber qual a gravidade do vírus, quanto tempo ia durar, quanto tempo teríamos que ficar parados. Nós estávamos vivendo num período de ascensão, em que estávamos investindo bastante no crescimento da empresa, e tivemos que frear tudo, até retroceder um pouco. Demitimos algumas pessoas. Nos meses em que ficamos parados, nosso faturamento caiu muito. Fizemos vendas on-line, mas não chegou nem à metade do que faturávamos quando abertos, porque não podíamos entregar os serviços. Afetou bastante nosso caixa e nossa equipe”, relata. 

Enquanto mantiveram as unidades fechadas, Priscilla e Raniery pegaram uma linha de crédito do governo federal. “Isso ajudou a nos manter nesse tempo que ficamos fechados e que faturamos bem pouco.”

Agora, passado o período mais crítico para o casal, Priscila comemora o retorno às atividades. “Nós recontratamos todo mundo. Além das recontratações, empregamos mais dez pessoas. Expandimos o número de vagas nas clínicas que a gente já tinha e abrimos uma terceira unidade. Hoje temos 31 funcionários.”

Apoio a gestores 

Lançado recentemente pela entidade e parceiros, o documento “Seja um candidato empreendedor – 10 dicas do Sebrae” traz informações que podem auxiliar candidatos (as) a prefeito (a) e vereador (a) nessas eleições municipais a valorizarem os pequenos negócios e movimentar a economia local. Entre elas, a de incluir o desenvolvimento econômico na agenda de prioridades da gestão do município; construir forte parceria com o setor produtivo; investir em programa de desenvolvimento a partir das vocações e oportunidades do município e região e estimular e facilitar a formalização de empreendimentos e de MEIs.  

O guia aconselha os novos gestores (as) a incluírem pautas que valorizem o empreendedorismo. Uma delas aborda exatamente a desburocratização de processos na abertura de pequenos negócios. O gestor pode reduzir o tempo de abertura de empresas, adotando a premissa de boa-fé, a simplificação de processos e o licenciamento online, por meio da adesão à Redesim; incentivar a construção civil, simplificando a emissão de alvarás de construção, e valorizar os pequenos negócios por meio da aplicação da Lei da Liberdade Econômica, entre outros. 

O presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Glademir Aroldi, acredita que os novos gestores municipais terão uma oportunidade de mudar o atual cenário. 

“Todos nós sabemos do momento que estamos enfrentando, com impactos severos na saúde, na educação, na assistência social e impacto negativo também na economia brasileira. Mais oportuno impossível a gente colocar o guia à disposição dos candidatos. Os pequenos negócios representam a força da economia no Brasil, pois são responsáveis pela geração de empregos e de renda, que é o que precisamos hoje”, avalia Aroldi. 

O guia é uma iniciativa do Sebrae com apoio da Frente Parlamentar Mista da Micro e Pequena Empresa, da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), do Instituto Rui Barbosa, com a Associação Nacional dos Membros do Ministério Público, e da Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil.