Covid-19: Pernambuco totaliza 132.152 casos confirmados, sendo 25.551 graves e 106.601 leves

A Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) registrou, ontem (06.09), 191 novos casos da Covid-19. Entre os confirmados, apenas 49 (25,7%) são casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e os outros 142 (74,3%) são leves, ou seja, pacientes que não demandaram internamento hospitalar. Agora, Pernambuco totaliza 132.152 casos confirmados, sendo 25.551 graves e 106.601 leves.

Além disso, o boletim registra um total de 114.952 pacientes recuperados da doença. Destes, 15.114 eram pacientes graves, que necessitaram de internamento hospitalar, e 99.838 eram casos leves.
Os casos graves confirmados da doença estão distribuídos por todos os 184 municípios pernambucanos, além do arquipélago de Fernando de Noronha.

Também foram confirmados laboratorialmente 32 óbitos (sendo 17 do sexo masculino e 15 do sexo feminino). Os novos óbitos confirmados são de pessoas residentes nos municípios de Água Preta (2), Araripina (1), Belém de Maria (1), Bom Conselho (1), Bom Jardim (1), Bonito (1), Cabo de Santo Agostinho (1), Camaragibe (3), Camutanga (1), Caruaru (1), Catende (1), Cortês (1), Garanhuns (1), Lagoa do Itaenga (1), Moreno (1), Passira (1), Paulista (1), Petrolina (1), Recife (6), Salgueiro (1), São José do Belmonte (1), Surubim (1), Tabira (1) e Toritama (1). Com isso, o Estado totaliza 7.702 mortes pela doença.

As mortes registradas ocorreram entre 1º de junho e 5 de setembro. Do total de mortes do informe, 12 (37,5%) ocorreram neste mês de setembro, sendo 5 registradas no sábadp (05/09), 2 em 04/09, 4 em 03/09 e 1 em 02/09. As outras 20 mortes (62,5%) ocorreram entre os dias 1º/06 e 31/08.

Os pacientes tinham idades entre 35 e 94 anos, além de um bebê de 2 meses. As faixas etárias são: 0 a 9 (1), 30 a 39 (1), 40 a 49 (2), 50 a 59 (4), 60 a 69 (10), 70 a 79 (9), 80 anos ou mais (5).

Dos 32 pacientes que vieram a óbito, 28 apresentavam comorbidades confirmadas: doença cardiovascular (18), diabetes (17), hipertensão (9), obesidade (5), doença respiratória (4), doença renal (3), histórico de AVC (2), tabagismo (2), doença hepática (1), câncer (1), fibrose cística (1) E etilismo (1) – um paciente pode ter mais de uma comorbidade. Os demais estão em investigação.

Com relação à testagem dos profissionais de saúde com sintomas de gripe, em Pernambuco, até agora, 21.045 casos foram confirmados e 33.964 descartados. As testagens entre os trabalhadores do setor abrangem os profissionais de todas as unidades de saúde, sejam da rede pública (estadual e municipal) ou privada. O Governo de Pernambuco foi o primeiro do país a criar um protocolo para testar e afastar os profissionais da área da saúde com sintomas gripais.

Brasil registra 456 novas mortes por Covid-19 em 24h; total chega a 126.686

Mais de 126 mil pessoas já morreram por causa da covid-19 no Brasil. Os dados de hoje do consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte apontam que, nas últimas 24 horas, foram registrados 646 óbitos relacionados ao novo coronavírus —o total é de 126.230 mortes.

Entre sábado e ontem, foram registrados 33.420 testes positivos de covid-19. No total, 4.121.203 pessoas já se contaminaram no país desde o início da pandemia.

A média móvel de mortes, que calcula os óbitos diários com base em registros feitos nos últimos sete dias, aponta 819 óbitos por dia, queda de 17% em 14 dias.

Conforme o levantamento feito pelo consórcio, 13 estados e o Distrito Federal tiveram desaceleração na média móvel de mortes pela doença na variação de 14 dias, enquanto três apresentaram alta.

Entre as regiões, Nordeste (-28%) e Sudeste (-23%) apresentaram queda na variação de 14 dias em razão da doença provocada pelo novo coronavírus. O Norte teve alta (39%) e as demais permaneceram com índices estáveis: Centro-Oeste (-9%) e Sul (-9%).

Veja a oscilação nos estados:

Aceleração: AM, CE e TO
Estabilidade: GO, MA, MS, MT, PR, PA, RS, RO, RR e SP
Queda: AC, AL, AP, BA, DF, ES, MG, PB, PE, PI, RJ, RN, SC e SE
Dados do governo federal

De acordo com os dados compilados pelo Ministério da Saúde, a doença já matou 126.203 pessoas no país. Entre ontem o hoje, o Brasil registrou 682 novos óbitos por covid-19, segundo as contas do ministério.

Desde o início da pandemia, 4,12 milhões de pessoas já contraíram o novo coronavírus no país —deste total, 30.168 diagnósticos foram confirmados nas últimas 24 horas.

Apesar da pandemia, praias ficam lotadas no RJ e em SP

No 1º dia de feriado prolongado, as praias do litoral de São Paulo e do Rio de Janeiro tiveram hoje sol, aglomerações e irregularidades. Os banhistas ignoraram a proibição de permanência na areia por causa da pandemia do novo coronavírus.

A reportagem flagrou um cenário de fiscalização ineficiente e de descumprimento de normas impostas pelo poder público nas praias de Guarujá (SP) e nas praias da zona sul da capital fluminense.

Até o início da tarde de ontem, mais de 122 mil veículos já haviam chegado ao litoral de São Paulo, de acordo com o Sistema Anchieta-Imigrantes, que realizou uma campanha de conscientização por conta do feriado, distribuindo panfletos e máscaras.

Na praia de Ipanema, na zona sul do Rio de Janeiro, a reportagem flagrou cinco fiscais na calçada de frente para a praia, onde banhistas permaneciam irregularmente na areia. Também houve venda de bebidas alcoólicas na orla carioca —que continua proibida pela prefeitura.

Nas praias do Rio de Janeiro, somente é permitida a venda de alimentos industrializados. Estão proibidas a comercialização de bebidas alcoólicas manipuladas ou industrializadas e o aluguel de cadeiras e guarda-sóis.

Também segue proibida a permanência de banhistas na faixa de areia, permitido somente o banho de mar e práticas esportivas individuais no mar. A altinha, jogo de futebol em que a bola não pode tocar no chão, continua vetada.

Veículos se unem pela informação

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes recentes de autoridades e do próprio presidente colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.

Fonte: Uol

Covid-19: mais duas mortes em Caruaru

A Secretaria de Saúde de Caruaru informa que até este domingo (6) 93,66% dos pacientes já se recuperaram do novo coronavírus.

O número de testes realizados subiu para 19.979 dos quais 7.081 foram através do teste molecular e 12.898 do teste rápido, com 7.355 confirmações para à Covid-19, incluindo dois óbitos, no período de 31 de agosto a 2 de setembro, sendo eles: Mulher, 70 anos, com comorbidades e um mulher, 71 anos, com comorbidades.

O número de casos descartados subiu para 12.123.

Também já foram registrados 28.921 casos de síndrome gripal, dos quais 1.595 foram orientados a ficar em isolamento domiciliar.

Com fase de grupos mais extensa, Série D já inicia com mata-mata

Das quatro divisões do Campeonato Brasileiro, a Série D é a mais nacional. Os 26 estados e o Distrito Federal estão representados pelos 68 clubes que iniciam a competição. A bola começa a rolar neste domingo (6), com os jogos de ida da etapa preliminar, que reúne oito equipes.

A edição 2020 da Série D terá 10 datas a mais que no ano passado. O formato também mudou, com os 64 times da fase de grupos divididos em chaves de oito, garantindo, pelo menos, 14 partidas às equipes participantes, contra apenas seis em 2019. A extensão do calendário atende a uma demanda de clubes e, principalmente, atletas. Antes, a primeira fase da competição terminava ainda no primeiro semestre e muitos jogadores chegavam ao meio da temporada desempregados.

A criação da fase preliminar é consequência da mudança de formato. Ela reúne os vice-campeões de 2019 nos oito estados pior colocados no ranking de federações da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), ou, no caso do Espírito Santo, o campeão da copa estadual. Os jogos de ida, neste domingo, são os seguintes, no horário de Brasília:

15h – Real Noroeste (ES) x Aquidauanense (MS)

16h – Ji-Paraná (RO) x Nacional (AM)

16h – Tocantinópolis (TO) x Brasiliense (DF)

17h – Baré (RR) x Ypiranga (AP)

Agência Brasil

Covid-19 causou 126 mil mortes no Brasil

A health worker looks at a syringe as a patient infected with COVID-19 is treated at the Intensive Care Unit of the Santa Casa de Misericordia Hospital in Porto Alegre, Brazil, on August 13, 2020. – The occupancy of ICU beds by COVID-19 patients has risen and reached the highest mark since the beginning of the pandemic in Porto Alegre, where only a 9.4% of UCI beds remain empty. (Photo by SILVIO AVILA / AFP)

Mais 682 pessoas morreram por causa da covid-19 no Brasil, nas últimas 24 horas, conforme registros divulgados neste sábado (5). Com isso, o total de mortos chega a 126.203 desde 27 de março. A taxa de mortalidade é de 59,7 casos a cada 100 mil habitantes. No total, a letalidade é de 3,1%, segundo informações do Ministério da Saúde.

De acordo com a atualização, foram registrados 30,1 mil novos casos da doença. O balanço totaliza 4,123 milhões de infecções pelo novo coronavírus – incidência de 1.962 casos a cada grupo de 100 mil habitantes. Segundo o ministério, 3,296 milhões de pessoas recuperaram a saúde depois da infecção – 80% dos casos.

A Região Sudeste registra um total de 1.420.218 casos de infecção pela covid-19, seguida pela Região Nordeste, com 1.420.218 casos. A Região Norte soma 554.211 casos. No Centro-Oeste, são 461.836 casos. E no Sul, 463.593.

O estado de São Paulo, o mais populoso e com maior número de contaminações, registrou hoje mais 115,1 mil casos, somando 853 mil desde o início da pandemia. Nesse período, foram registradas 31.313 mortes no estado.

Agência Brasil

Justiça decide que filhos de Flordelis fiquem em prisões separadas

A deputada federal Flordelis, fala sobre a morte de seu marido, o pastor Anderson do Carmo.

O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) determinou à Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) que coloque os filhos da deputada federal Flordelis (PSD-RJ) em unidades prisionais separadas. A decisão, assinada ontem (3) é da juíza Nearis Arce, da 3ª Vara Criminal de Niterói.

Em inquérito policial concluído no mês passado, Flordelis foi acusada de ser mandante da morte de seu marido, o pastor Anderson do Carmo. Ele foi morto a tiros no dia 16 de junho do ano passado, ao chegar em sua casa, em Niterói, região metropolitana do Rio. O motivo do crime teria sido a disputa por poder e pelo controle financeiro na família.

Devido à imunidade parlamentar, a deputada não poderia ser presa no curso das investigações. No entanto, em julho de 2019, foram presos o filho biológico do casal Flávio dos Santos, acusado de ser o autor dos disparos, e o filho adotivo Lucas dos Santos, que seria o responsável pela compra da arma.

Com a conclusão do inquérito, a Policia Civil realizou operação no mês passado em que cumpriu mandatos de prisão contra mais dois filhos biológicos – Adriano dos Santos e Simone dos Santos – e três filhos adotivos – Marzy Teixeira, André Luiz de Oliveira e Carlos Ubiraci Silva – e a neta Rayane dos Santos. Todos eles são acusados de envolvimento no crime ou de tentarem atrapalhar a investigação.

A decisão da juíza Nearis Arce atendeu pedido do advogado do pai de Anderson do Carmo. Na solicitação, ele considera que os filhos devem ser mantidos separados porque já teriam ocorrido “tentativas de manipulação de provas, combinações de narrativas e dissimulações” no processo da morte do pastor.

Ao concordar com o pedido, a juíza deu prazo de 48 horas para as transferências. “Havendo indícios de tentativa de manipulação de provas, a fim de se resguardar a instrução penal, determino sejam aqueles presos acautelados em unidades prisionais diversas, tão separados quanto possível”, diz a decisão.

Decisões anteriores
No fim do ano passado, quando apenas Flávio e Lucas estavam presos, o TJRJ já havia determinado que eles ficassem em unidades prisionais separadas. A decisão ocorreu após Lucas ter escrito uma carta alterando a versão do crime, assumindo a culpa e inocentando Flávio. Posteriormente, ele admitiu que a carta era uma fraude e afirmou que recebeu o texto pronto, enviado por sua mãe.

Após o episódio, a defesa de Lucas solicitou a transferência afirmando que este vinha sendo ameaçado por Flávio para mudar sua versão. Na ocasião, os dois estavam no Penitenciária Bandeira Stampa, no Complexo Penitenciário de Gericinó, na zona oeste do Rio de Janeiro. Lucas foi transferido para o presídio Tiago Telles, em São Gonçalo, região metropolitana do Rio de Janeiro.

Meses depois, em dezembro de 2019, o TJRJ determinou expressamente que Flávio fosse transferido para a penitenciária Laércio da Costa Pellegrino, unidade de segurança máxima conhecida como Bangu I e localizada no Complexo Penitenciário de Gericinó. Ao tomar conhecimento de que essa transferência não ocorreu, a juíza Nearis Arce também reiterou a ordem na decisão de ontem. “Oficie-se ao Diretor da Seap, determinando o imediato cumprimento daquele decisório, com a devida transferência do acusado a área de seguro de Bangu I, sob pena de imputação de crime de desobediência.”

Agência Brasil

Em boa atuação no Sul, Náutico domina, mas perde por 2 a 1 para o Brasil de Pelotas

A oportunidade era boa, mas não foi dessa vez que o Náutico colou no G4 da Série B. Enfrentando o Brasil de Pelotas, no Sul, o Alvirrubro até foi melhor, depois de um grande primeiro tempo, mas sofreu um gol ainda no início do jogo, perdeu boas chances, falhou na defesa e saiu de campo derrotado por 2 a 1. O gol pernambucano foi marcado por Dadá Belmonte. Sousa e Gabriel Poveda (de pênalti), marcaram os tentos da vitória. O jogo marca a segunda derrota alvirrubra no certame, encerrando a invencibilidade de seis jogos.

Com o tropeço, o Náutico perde uma posição e é 10º na Segundona, ainda podendo perder mais uma posição até o final da rodada. Com uma semana cheia para treinar, o Timbu volta a campo às 19h do sábado, recebendo o Botafogo de Ribeirão Preto. O Brasil, 12º, visita o Guarani às 11h.
O JOGO
O Náutico começou a partida buscando mais o jogo, gerando boas oportunidades e dando trabalho ao goleiro Rafael Martins. Mas, logo aos 15, os gaúchos abriram o placar. Em um chutaço do meio da rua, o volante Sousa bateu com efeito e estufou as redes alvirrubras em um golaço. Mas a resposta não foi imediata por detalhes, com Erick batendo colocado, da entrada da área, para uma grande defesa de Rafael Martins.

Em um jogo de boa intensidade, o Náutico não tinha dificuldade para chegar ao ataque. Com maior posse de bola e total domínio no meio de campo, o Alvirrubro jogava melhor, mas, ou pecava na finalização, ou parava na boa atuação do arqueiro xavante. Ainda assim, o Brasil de Pelotas parecia confortável em focar seu jogo nos lances de contra-ataque, buscando a velocidade sempre que o Náutico abria espaço, algo impulsionado pelos erros de passe do Timbu.
SEGUNDO TEMPO
O Náutico voltou com tudo. Logo aos três minutos, Rhaldney bateu forte de fora e Dadá Belmonte aproveitou o rebote do goleiro Rafael Martins para empatar o placar. No minuto seguinte, porém, o árbitro indicou pênalti de Hereda sobre Gabriel Poveda, em lance polêmico, Na cobrança, Jefferson ainda chegou na bola, mas não evitou o segundo dos gaúchos. Ainda antes dos dez minutos, o Náutico ainda conseguiu colocar uma bola na trave, com Thiago batendo colocado da entrada da área.

No decorrer do jogo, a pressão alvirrubra diminuiu, algo que passou pela queda de rendimento de Jorge Henrique, peça importante na articulação do meio de campo alvirrubro. Kleina tentou adaptar o time, mas o Xavante buscava espaço e, aos 24, chegou a balançar as redes, mas o gol de Lázaro por falta sobre Fernando Lombardi. Com um maior equilíbrio no jogo, o ritmo abaixou e as equipes não conseguiram criar tantas chances de perigo real, concluindo a vitória rubro-negra.
FICHA DO JOGO
Brasil de Pelotas 2
Rafael Martins; Rodrigo Ferreira, Lázaro, Leandro Camilo e Bruno Santos (Alex Ruan); Sousa, Bruno Matias e Wellington Simião (Jarro Peroso); Matheus Oliveira (Leandro Leite), Danilo Gomes (Rafael Vinícius) e Gabriel Poveda (Guilherme Dellatorre). Treinador: Hemerson Maria.

Náutico 1
Jefferson; Hereda (Bryan), Camutanga, Fernando Lombardi e William Simões; Rhaldney, Matheus Trindade (Jhonnatan) e Jorge Henrique (Lucas Paraíba); Dadá Belmonte (Guillermo Paiva); Erick (Thiago) e Salatiel Júnior. Técnico: Gilson Kleina.

Local: Bento Freitas, em Pelotas/RS
Gols: Sousa (16’ do 1º T | BRA), Dadá Belmonte (3’ do 2º T | NAU), Gabriel Poveda (5’ do 2º T | BRA)
Cartões Amarelos: Bruno Gomes, Sousa (BRA), Matheus Trindade, Camutanga, Jorge Henrique, Thiago, Gilson Kleina (NAU)
Arbitragem: Pathrice Wallace Corrêa Maia (RJ)
Assistentes: Andrea Izaura Maffra Marcelino de Sa e Daniel de Oliveira Alves Pereira (RJ)

Santa pressiona no fim, mas perde para Vila Nova e conhece 1ª derrota após 12 jogos invicto

O Santa Cruz pressionou, mas não deu. Contra o Vila Nova, fora de casa, na noite deste sábado, pela quinta rodada da Série C, o Tricolor conheceu sua primeira derrota na competição.

O único gol da partida, marcado com categoria pelo meia Emanuel Biancucchi logo no início do primeiro tempo, também fez cair por terra a invencibilidade de 12 jogos, até aqui, do time coral – que pode, inclusive, perder a liderança do grupo A em caso de vitória do Ferroviário, que joga neste domingo.

Com a derrota, o Tricolor estaciona nos 10 pontos conquistados e volta ao Recife, onde vai jogar em casa, no Arruda, diante do Remo, no próximo domingo.

O jogo

Santa Cruz e Vila Nova fizeram um primeiro tempo de cenários distintos. Dentro de casa e precisando vencer para seguir na briga pelo G4, o Vila Nova apostou na velocidade pelos lados do campo. E acabou conseguindo o que queria: abrir logo o placar.

Aos sete minutos, Pablo saiu em velocidade na direita, chegou no meio, perto da grande área coral e foi derrubado. Dudu cobrou a falta em cima da barreira, a bola sobrou para Emanuel Biancucchi mandar um lindo chute, de primeiro, no ângulo do goleiro Maycon Cleiton, para abrir o placar em Goiânia.

Após o gol, o Santa Cruz até passou a rondar mais a defesa do Tigre, tendo maior posse de bola, mas não teve a agressividade necessária para empatar – sobretudo pela falta de criatividade do meio para o ataque. A solução, então, foi arriscar chutes de média distância. Augusto Potiguar, de falta, e Jáderson, na entrada da área, foram os únicos a chegarem com maior perigo à meta do Tigre, mas não o suficiente para empatar.

Segundo Tempo

No segundo tempo, o Tricolor voltou com a mesma postura, cercando e esperando, também com mais posse de bola, uma brecha para se infiltrar na defesa do Vila. E por muito pouco não empatou o jogo, se não fosse o milagre de Fabrício. Didira enfiou em profundidade para Chiquinho, na direita, ficar cara a cara com o goleiro do Vila Nova, que espalmou a finalização.

A partir daí, o jogo ficou mais aberto. Minutos depois, o time goianense respondeu. Pablo chutou colocado na entrada da área e obrigou Maycon Cleiton se esticar todo para evitar o segundo gol goiano. No lado do Santa Cruz, Jaderson, depois da cobrança de escanteio, pegou rebote e chutou forte, mas Fabrício defendeu.

Mas, nos minutos finais, só deu Santa Cruz, que contou com o azar do goleiro Fabrício estar em uma grande noite. Em três minutos, fez duas grandes defesas nas finalizações de Augusto Potiguar e Tinga para sacramentar a vitória do Tigre na Série C.

Ficha do jogo

Vila Nova 1

Fabrício; Jonh Lennon, Rafael Donato, Adalberto e Mário Henrique; Dudu, Pablo e Emanuel Biancucchi; Lucas Silva, Henan e Talles. Técnico: Bolívar.

Santa Cruz 0

Maycon Cleiton, Júnior, Wiliam Alves, Danny Morais e Célio Santos (Augusto Potiguar), André, Paulinho e Didira; Jáderson, Chiquinho e Victor Rangel. Técnico: Itamar Schülle.

Local: Estádio Onésio Brasileiro Alvarenga
Árbitro: Emerson Ricardo (BA)
Assistentes: Ledes Jose Coutinho (BA) e José Carlos Oliveira (BA)
Cartões amarelos: Mário Henrique (V), Rodrigo Alves (V) e Fabrício (V), Chiquinho (S), Denílson (S)
Gols: Emanuel Biancucchi, do Vila Nova, aos 7′ do 1T

Super Esportes

Alvo de investigação, Carlos Bolsonaro manteve cofre particular em banco, apontam extratos

O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) manteve ao menos de 2007 a 2009 um cofre particular para guarda de bens no Banco do Brasil, indicam extratos bancários do filho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Os valores eventualmente mantidos ali não foram declarados à Justiça Eleitoral quando Carlos se candidatou à reeleição na Câmara Municipal do Rio, em 2008. De acordo com as regras do banco da época, os cofres particulares eram destinados à guarda de papéis, moedas, documentos ou joias.

A existência do cofre é indicada em extratos bancários entregues à Justiça de São Paulo pelo próprio vereador num processo em que pede indenização por prejuízos causados por uma corretora em investimentos na Bolsa de Valores.

Foi nesta ação que o vereador declarou ter pago R$ 15,5 mil em dinheiro vivo em junho de 2009 para cobrir prejuízos com o investimento.

Os documentos foram anexados à ação para comprovar as transferências realizadas à corretora. Estão nos autos os extratos de 14 dos 22 meses entre maio de 2007 e fevereiro de 2009. Em todos eles há referência à “tarifa de aluguel de cofre”, que custava mensalmente ao vereador R$ 115 até abril de 2008, quando foi reajustada para R$ 123.

Os papéis não indicam os bens ali guardados e sua avaliação. Os locatários, contudo, são obrigados a declarar o valor do que é mantido no local no termo de adesão –documento que não consta no processo.

No período em que mantinha um cofre, Carlos tinha como único rendimento o salário como vereador, cuja remuneração variou entre R$ 5.500 e R$ 7.000 (ou R$ 11 mil e R$ 13 mil, em valores atualizados).

À Justiça Eleitoral em 2008 ele declarou ter um patrimônio de R$ 260 mil, composto por um apartamento e um carro. Ele não informou nada sobre seus investimentos na Bolsa nem sobre os bens eventualmente guardados no banco. Também não descreveu seu saldo em conta, que variou entre R$ 1.300 e R$ 32 mil no ano do pleito.

Carlos não foi o único integrante da família Bolsonaro a manter um cofre no banco. A ex-mulher do presidente, Ana Cristina Siqueira Valle, alugou o serviço ao menos entre 2005 e 2007, período em que vivia com Bolsonaro.

Ela declarou à polícia em 2007, quando notou um arrombamento do cofre, que havia no local R$ 200 mil e US$ 30 mil em espécie, além de joias avaliadas em R$ 600 mil. Até abril de 2008, Valle era chefe de gabinete de Carlos na Câmara Municipal.

A revista Veja revelou em outubro de 2018 que, na ocasião, ela atribuiu o roubo a Bolsonaro, de quem estava se separando em processo litigioso. A acusação contra o presidente, porém, não foi registrada na polícia.

O cofre de Ana Cristina ficava na agência do Banco do Brasil na rua Senador Dantas, a 250 metros da Câmara Municipal. Ela também mantinha um escritório de advocacia próximo ao local. Os extratos não permitem identificar onde ficava o de Carlos –a agência em que tinha conta também ficava no centro da cidade, a cerca de 500 metros da sede do Legislativo municipal.

O uso de cofre já foi mencionado em casos de corrupção como forma de ocultar dinheiro ilegal. Um dos delatores da Lava Jato chegou a processar um banco após um roubo numa agência onde mantinha cerca de R$ 8 milhões em notas de euro e dólar. O ex-governador do Rio Sérgio Cabral manteve em cofres na Suíça barras de ouro e diamantes.

Carlos é alvo de investigação no Ministério Público do Rio de Janeiro sob suspeita de empregar funcionários fantasmas na Câmara Municipal.

Investigadores acreditam que havia no gabinete do vereador um esquema semelhante ao da “rachadinha” que a Promotoria aponta entre ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. A prática conta, em alguns casos, com circulação e acumulação de dinheiro vivo.

Uma das estratégias usadas para alimentar o esquema, segundo o MP-RJ, é justamente o emprego de funcionários fantasmas. No gabinete de Flávio, diz a investigação, esses servidores devolviam seus salários a Fabrício Queiroz, apontado como operador financeiro.

A devolução ocorria por transferências ou saques e depósitos subsequentes na conta de Queiroz. Outra modalidade, suspeita o MP-RJ, era o saque do salário da conta do assessor e entrega em mãos ao suposto operador financeiro. Esta modalidade, porém, não deixa registros bancários, dificultando a investigação.

O jornal O Globo revelou na última quarta-feira (2) que um dos ex-assessores de Carlos sacava quase a totalidade de seus vencimentos na Câmara Municipal. Trata-se de Márcio Gerbatim, ex-marido de Márcia Aguiar, mulher de Queiroz.

Os dados constam da quebra de sigilo bancário feita na investigação contra Flávio, que atingiu todos seus ex-assessores no período de janeiro de 2007 e dezembro de 2018. Neste 12 anos, Gerbatim foi funcionário do vereador (abril de 2008 a abril de 2010) e do senador (abril de 2010 a maio de 2011), motivo pelo qual foi possível verificar sua movimentação financeira obtida na Câmara Municipal.

A prática de saques é a mesma de outros ex-assessores de Flávio investigados. Entre eles estão nove parentes da ex-mulher do presidente, Ana Cristina. O grupo sacou, em média, 84% dos seus salários recebidos na Assembleia.

Os promotores afirmam que este dado corrobora informação publicada pela revista Época segundo a qual alguns parentes de Ana Cristina Valle devolviam até 90% de seus salários a Flávio.

Carlos empregou em seu gabinete na Câmara sete parentes de Valle, além da própria ex-mulher do presidente. Ela também é investigada no procedimento contra o vereador.

A defesa de Carlos não se pronunciou sobre a existência do cofre.

Em relação aos saques de seu ex-assessor, o vereador disse, em suas redes sociais, que “a pessoa sacar seu salário nunca foi crime”.

“Fato ocorrido há 10 anos! A narrativa destes é tão normal quanto dizer que homem pode ser mulher se quiser! O objetivo sempre foi um só: atingir o presidente!”, escreveu o vereador.

Folhapress

Bolsonaro diz que recuperação econômica não será rápida

Em visita a obras da pista do aeroporto de Congonhas neste sábado (5), o presidente Jair Bolsonaro admitiu que a recuperação econômica do Brasil não será rápida.

“Esperamos que volta a normalidade o país, não digo mais rápido, que não tem como ser rápido, mas não tão demorado também”, afirmou Bolsonaro.

Bolsonaro também criticou os que, segundo ele, não priorizaram a economia. “Aquele pessoal que dizia no passado, que não era eu, ‘a economia recupera depois’, está na hora de botar a cabeça pra fora e dizer como é que se recupera rapidamente a economia. Sempre falei que era vida e economia. Fui muito criticado. Mas não posso pensar de forma imediata, tenho que pensar lá na frente.”

A fala do presidente vem dias após a economia registrar retração inédita de 9,7% no segundo trimestre de 2020 na comparação com os três meses anteriores, segundo dados divulgados na terça-feira (1º) pelo IBGE.

Além de Bolsonaro, estavam em Congonhas os ministros da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, e da Justiça, André Mendonça, o secretário Nacional de Aviação Civil, Ronei Glanzmann, e o presidente da Infraero, Brigadeiro Paes de Barros.

Após compromissos no Vale do Ribeira (SP) na quinta (3) e na sexta (4), Bolsonaro adiou a volta a Brasília, que deveria ocorrer na sexta, e dormiu na capital paulista, em um quartel do Exército. Pela manhã, antes de embarcar para a capital federal, ele vistoriou as obras de recuperação da pista em Congonhas. Depois, embarcou para Brasília.

Folhapress