Estudo revela que amamentação no primeiro ano de vida é primordial por causar efeito positivo no cérebro

Ministro Arthur Chioro lança a nova campanha de aleitamento materno. Participa da solenidade a madrinha da Semana Mundial de Amamentação (SMAM) de 2014, a atriz Nívea Stelmann, com sua filha (Wilson Dias/Agência Brasil)

Considerado um ato fundamental para o desenvolvimento saudável de uma criança, o aleitamento materno tem ganhado cada vez mais atenção no Brasil. É o que revela o Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (Enani) do Ministério da Saúde. De acordo com o balanço, 14.505 crianças menores de cinco anos foram avaliadas no período entre fevereiro de 2019 e março de 2020. Desse total, 53% continua sendo amamentada no primeiro ano de vida.

Em relação às crianças menores de seis meses, o índice de amamentação exclusiva é de 45,7%. Quanto às menores de quatro meses, a taxa chega a 60%. Esses resultados, segundo o secretário de Atenção Primária à Saúde, Raphael Câmara Medeiros, representa um avanço importante, pois uma amamentação feita da maneira correta contribui, de maneira significativa, para uma vida saudável, tanto no momento atual, quanto no futuro.

“A amamentação é importante porque reduz em até 13% a mortalidade infantil, diminui as chances da criança ter alergia, infecções, diarreia, doenças respiratórias, obesidade e diabetes tipo 2. Além disso, causa um efeito positivo na inteligência, reduz as chances da mulher vir a ter câncer de mama e de ovário, não causa poluição ambiente por não ter embalagens e diminui os custos com tratamentos e para o sistema de saúde”, pontua Medeiros.

Os dados foram apresentados durante o lançamento da campanha de incentivo à amamentação, do Ministério da Saúde. A iniciativa marca o início do Agosto Dourado e da Semana Mundial do Aleitamento Materno 2020 (SMAM), que ocorre em mais de 150 países.

Na ocasião, foram apresentadas informações sobre o último dado de 2006 da Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da Criança e da Mulher (PNDS). Quando comparados ao Enani, esses dados apontam para um aumento de 15 vezes na prevalência de aleitamento materno exclusivo entre as crianças menores de 4 meses, e de 8,6 vezes entre crianças menores de 6 meses.

Por outro lado, em relação aos últimos 34 anos, percebe-se um salto de aproximadamente 13 vezes no índice de amamentação exclusiva em crianças menores de 4 meses e de cerca de 16 vezes entre crianças menores de 6 meses.

“Esses resultados mostram que o Brasil avançou nesses indicadores, revelando a importância das políticas públicas nessa área e a importância de continuar investindo em políticas públicas para promover e apoiar a amamentação. A nossa recomendação é que as crianças mamem por dois anos ou mais, sendo exclusivo nos seis primeiros meses, priorizando a amamentação na primeira hora de vida”, destaca a coordenadora Geral de Alimentação e Nutrição (CGAN) do Ministério da Saúde, Gisele Bertolini.

Amamentação na pandemia

Apesar das recomendações sobre os cuidados para evitar contágio da Covid-19 serem mantidas, o Ministério da Saúde orienta que a amamentação seja contínua mesmo durante a pandemia. Nesse caso, são levados em conta alguns pontos como benefícios para a saúde da criança e da mulher e a ausência de constatações científicas significativas sobre a transmissão do coronavírus por meio do leite materno.

A diretora substituta do Departamento de Ações Programáticas Estratégicas (DAPES), Maria Dilma Teodoro afirma que ainda é considerado o fato de não haver recomendação para a suspensão do aleitamento materno na transmissão de outros vírus respiratórios.

“A mulher deve procurar um profissional de saúde para obter orientações sobre os cuidados necessários para manter a amamentação no período da infecção por vírus. Caso ela tenha alguma dúvida ou se sinta insegura, a recomendação é procurar esclarecimentos com alguém da área e que tente não interromper a amamentação se não houver uma indicação em outro sentido”, explica Maria Dilma.

Nessa situação específica, a amamentação deve ocorrer apenas se a mãe desejar e estiver em condições clínicas adequadas para realizá-la. No caso das mães que tenham confirmação ou estejam com suspeita da Covid-19 que não puderem ou não quiserem amamentar, devem ser orientadas por profissionais de saúde a realizarem a extração do leite materno manualmente ou por bomba.
 
Fonte: Brasil 61

Lei Aldir Blanc garante R$ 3 bi ao setor cultural em todo país; Estados da região Sudeste vão receber R$ 1,1 bi

Os valores que serão repassados aos estados, Distrito Federal e municípios para apoiar ações emergenciais voltadas aos trabalhadores do setor cultural foram anunciados e o destaque é para o Sudeste do país. A região vai receber R$ 1,1 bilhão. O valor total destinado ao setor é de R$ 3 bilhões.

O Espírito Santo contará com R$ 58,6 milhões, Minas Gerais com cerca de R$ 295 milhões, Rio de Janeiro com mais de R$ 212 milhões e São Paulo com aproximadamente R$ 566 milhões. O recurso foi estabelecido pela Lei 14.017/2020, mais conhecida como Lei Aldir Blanc, sancionada pelo presidente da República no dia 29 de junho. A distribuição do dinheiro, após o repasse do governo federal, é de responsabilidade dos estados e municípios. 

O recurso poderá ser usado para pagamento de renda emergencial mensal aos trabalhadores da cultura, com um valor de R$ 600 durante três meses;  subsídio mensal para manutenção de espaços artísticos e culturais, com um valor que varia entre R$ 3 mil e R$ 10 mil; além de iniciativas de fomento cultural como, por exemplo, editais, chamadas públicas, prêmios e outros instrumentos destinados à manutenção de agentes, de espaços, de cursos, entre outros. 

O dinheiro será transferido do Fundo Nacional da Cultura, administrado pelo Ministério do Turismo, preferencialmente para os fundos estaduais, municipais e distrital de cultura. Caso não haja fundo para a realização da transferência direta, os valores poderão ser repassados para outros órgãos responsáveis pela gestão desses recursos.
 
Fonte: Brasil 61

Primeiro semestre de 2020 tem o pior resultado em mais de 20 anos

Dados do Tesouro Nacional revelam um déficit primário de R$ 194,7 bilhões no mês de junho. No mesmo período do ano passado, o saldo também foi negativo, mas o valor foi bem menor: R$ 11,8 bilhões.

No acumulado do ano, os dados mostram que o Brasil teve o pior primeiro semestre desde 1997: déficit de R$ 417,217 bilhões. Rombo quase 14 vezes maior do que o registrado nos primeiros seis meses do ano passado, quando o déficit foi de R$ 29,3 bilhões. O principal culpado pelo Tesouro Nacional, foi o aumento de 40,3% (R$ 271,1 bilhões) nas despesas totais neste semestre, em comparação ao mesmo período do ano passado. O valor se deve aos gastos no combate ao novo coronavírus, que somaram R$ 210,6 bilhões.

Os dados também mostram queda de 18,1% na receita líquida (R$ 116,5 bilhões). Em abril, o governo decidiu reduzir a zero a taxa do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para facilitar o acesso ao crédito a pessoas e empresas afetadas pela pandemia. Até o momento, a medida, que deve valer até 2 de outubro, já resultou em queda de arrecadação de R$ 6,3 bilhões. O resultado também se deve ao adiamento de tributos, que neste primeiro semestre alcançou o valor de R$ 81,3 bilhões. 

Fonte: Brasil 61

Covid-19: 14 capitais apresentam nível de transparência de dados insatisfatório

Entre todas as capitais brasileiras, 14 têm nível insatisfatório de transparência de dados sobre a situação epidemiológica do coronavírus. É o que aponta o Índice de Transparência da Covid-19, elaborado pela Organização da Sociedade Civil (OSC) Open Knowledge Brasil, que avalia a divulgação dos dados das políticas de enfrentamento à pandemia em estados e municípios. 

O boletim divulgado em 30 de julho revela que apenas nove cidades publicam base de dados detalhadas, sendo duas de forma completa e sete, parcial. Apesar da melhora desde o primeiro levantamento da OSC em nível municipal – na primeira quinzena de julho -, quando 15 cidades apresentaram índice insatisfatório, a organização ainda classifica a situação como preocupante.

A principal dificuldade das gestões locais, segundo a OSC, está na transparência de dados relativos à infraestrutura de saúde. A coordenadora de Advocacy e Pesquisa da Open Knowledge Brasil, Camille Moura, explica que municípios que têm autonomia na gestão pública de saúde apresentam mais transparência de dados quando comparados a cidades que têm o governo estadual como gestor.  

“Nos municípios que têm gestão plena de saúde, a gente detecta que existe um melhor fluxo de informação. Com essa gestão o município consegue saber o que acontece, especificamente, nas unidades de saúde e qual é a gestão de leitos. Quando a gestão não é plena os municípios agem de forma complementar à gestão estadual e não tocam a gestão pública de saúde”, avalia. 

Segundo Moura, em muitas situações, não há sinais de troca clara de informações entre as gestões municipal e estadual. “O município tem dificuldade de saber como se disponibiliza aquelas informações, como explica a situação do enfrentamento, se não é ele que está coordenando essa ação, mesmo que as ações ocorram dentro da sua área de atuação”, completa. 

A doutora em Saúde Coletiva e professora da Universidade de Brasília (UnB), Carla Pintas Marques, destaca a importância da transparência na publicação de dados relativos à saúde pública. Segundo Marques, as informações tornadas públicas norteiam as ações tomadas no enfrentamento da pandemia.

“Todas as informações são fundamentais para a população conhecer como está a evolução da doença, e, a partir daí, entender a importância das medidas que estão sendo tomadas, de fechamento do comércio, das atividades que estão sendo pensadas em serem feitas, necessidade de isolamento social. Por isso que precisamos que esses dados sejam informados e passados para a população de forma correta para que entendam a real situação”, pontua a professora. 

Melhora

Apesar do resultado negativo em boa parte das capitais, algumas cidades apresentaram melhora na transparência dos dados da Covid-19. É o caso, por exemplo, de Salvador (BA). Entre o primeiro e o segundo levantamento da Open Knowledge, a capital baiana foi líder em variação de pontos positivos. A gestão municipal passou a divulgar base de informações detalhadas em formato aberto e inseriu dados sobre ocupação de leitos da Covid-19. 

Maceió (AL) e Manaus (AM) também merecem destaque. O município alagoano aprimorou a navegação e incluiu mais detalhes sobre os casos confirmados, enquanto a capital do Amazonas apresentou melhora na divulgação de informações sobre a infraestrutura de saúde.

Por outro lado, Macapá (AP) deixou de atualizar sua base de dados detalhados sobre infraestrutura e despencou no ranking de transparência. A cidade, que ocupou a primeira posição no primeiro levantamento, caiu para a décima colocação. Em Campo Grande (MS) e Goiânia (GO), alterações em boletins epidemiológicos implicaram a perda de informações, como a descrição e conceitos dos dados apresentados, no caso de Mato Grosso do Sul, e não inclusão do gráfico de série histórica de casos confirmados, em Goiás. 

“Ser transparente não necessariamente está relacionado com o orçamento, mas claro que quando há orçamento favorável há mais facilidade e agilidade, mais pessoas. Os municípios, via de regra, dependem de repasse, não tem receita muito grande. Por conta disso, acabam tendo, muitas vezes, menos acesso a tecnologias, a softwares, que auxiliam no processamento de dados”, explica Camille Moura.

“Macapá, por exemplo, despencou no ranking porque não conseguiu atualizar os dados. Fizeram esforço de abertura de base de dados, tanto que lideraram na primeira rodada, mas não atualizaram”, complementa. 

Metodologia

O Índice da Transparência da Covid-19 nas capitais é atualizado a cada 15 dias e leva em conta três cenários. Cada um é subdividido em itens que agregam um conjunto de aspectos avaliados separadamente. O índice é representado em uma escala de 0 a 100, em que 0 significa o local menos transparente e 100, o mais transparente.

No primeiro cenário, conteúdo, são considerados itens como idade, sexo, raça/cor e hospitalização dos pacientes confirmados, além de dados sobre infraestrutura de saúde, como ocupação de leitos e testes disponíveis.

O segundo é a granularidade. Essa dimensão avalia se os casos estão disponíveis de forma individual ou anonimizada, além do grau de detalhamento sobre     a situação epidemiológica por localidade, como bairro ou município, por exemplo.

O terceiro e último cenário é o formato, onde se leva em consideração pontos positivos a publicação de painéis analíticos, planilhas em formato editável ou navegação simples. 

Fonte: Brasil 61

Desperdício: cerca de 40% da água distribuída no país não chega ao consumidor final, aponta IBGE

A mais recente Pesquisa Nacional de Saneamento Básico (PNSB), publicada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aponta que o desperdício de água no Brasil é de 38,9%. Isso quer dizer que a cada 100 litros de água que entram no sistema de distribuição (reservatórios e rede), cerca de 40 litros não chegam ao consumidor final. 
 
Entre as explicações para tamanho desperdício estão os vazamentos nos reservatórios que armazenam a água e durante o processo de distribuição, na própria rede, por exemplo. No entanto, os famosos “gatos” também contribuem para o Índice de Perdas na Distribuição (IDP), diz Gabriela Freitas, analista técnica da PNSB. 
 
“É difícil separar a perda física da água que não chega ao domicílio ou estabelecimento das perdas que a gente chama de aparentes, que são aquelas devido às ligações clandestinas. Ou seja, você tem um desvio da água daquela rede que chega a algum lugar, mas não é contabilizada pelas entidades executoras”, explica. 
 
Para se ter uma noção do tamanho do problema, são 16.713.292 metros cúbicos de água desperdiçados por dia, de acordo com o levantamento do IBGE. A quantidade daria para encher cerca de sete mil piscinas olímpicas a cada 24 horas. “Isso é uma ineficiência na distribuição de água pelas cidades e, infelizmente, esse número está aumentando em vez de diminuir. É um número muito elevado para qualquer país do mundo”, aponta Edson Carlos, presidente executivo do Trata Brasil. 

Recorte regional

Região do país com a maior disponibilidade de água, o Norte é aquela em que há maior desperdício. O IDP alcançou 48,3% na média entre os sete estados da região. Isso quer dizer que quase metade de toda a água que sai para a distribuição se perde no caminho. Dos cinco estados do Brasil que mais desperdiçam, quatro estão na Região Norte. A situação mais crítica é a de Roraima. Por lá, as perdas se aproximam dos 70%.

Para Edson Carlos, há uma relação direta entre baixo investimento em saneamento básico e maiores perdas de água durante a distribuição, o que é o caso do Norte do país. Ele acredita que a abundância de recursos hídricos na região pode ser usada como desculpa para pouco cuidado por parte das autoridades locais. “Como a região Norte é muito abundante de água, pode sim passar essa sensação de que perder água não tem problema”.
 
No ranking de desperdício, o Nordeste vem em segundo. O índice de perda na região é de 44,5%. O IBGE chama a atenção para o resultado por lá, que frequentemente sofre com a seca. O estado de Alagoas apresenta o pior resultado: 57,6% da água que sai para distribuição não chega ao consumidor final, seja nas casas ou nos estabelecimentos comerciais. 
 
Em seguida vêm o Piauí (51,6%) e Pernambuco (50,8%). Na contramão dos vizinhos, o Ceará apresenta números mais animadores. O IDP do estado é de 29,7%, um dos menores do país. 
 
As regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste apresentam desperdício abaixo dos 40%, mas ainda longe de um patamar aceitável e próximo aos países mais desenvolvidos. 

Soluções

Para tentar resolver os problemas, não é preciso apenas investir mais. É necessário direcionar melhor os recursos, aponta Edson Carlos. Ele afirma que há municípios com tubulações de até 50 anos, feitas de materiais que não eram os “mais apropriados”. Com o tempo e a pressão exercida pelos veículos sobre o pavimento, isso maximizou as perdas de água. 
 
“Hoje temos tubulações com materiais muito mais resistentes, que vazam menos. Existem tecnologias, tanto de materiais, quanto de medição, que vieram ao longo do tempo e que não foram implementadas pela maior parte das empresas de água e esgoto.”
 
Aprovado pelo presidente Jair Bolsonaro no mês passado, o novo Marco Legal do Saneamento Básico pode ajudar a minimizar o prejuízo, segundo os especialistas. “O combate à perda passa a ser obrigatório. A partir de agora, as agências reguladoras são obrigadas a verificar se existem metas de redução de perda nos contratos entre a empresa operadora e o município. Tem que ter metas de redução, senão o contrato não é válido”, explica Edson. 

Impacto em números

De acordo com um estudo do Trata Brasil sobre as perdas, os impactos do desperdício são amplos. Além do prejuízo ambiental e às pessoas mais pobres, que são impactadas primeiro pela falta de água, a economia também sente. A estimativa é de que as empresas perdem R$ 12 bilhões em faturamento por causa do desperdício em 2018. Isso é equivalente a tudo o que o que foi investido em água e esgoto no Brasil naquele ano. 

Fonte: Brasil 61

Estado do Rio prorroga suspensão das aulas presenciais até dia 20

Uso de máscara para proteção contra o novo coronavírus.

As aulas presenciais em escolas públicas e particulares em todo o estado do Rio de Janeiro permanecem suspensas até o dia 20 próximo, por causa de medidas de distanciamento impostas para combater a propagação da pandemia de covid-19. A determinação está em decreto publicado na edição de hoje (5) do Diário Oficial do estado.

O decreto inclui estabelecimentos de ensino superior e garante a manutenção do calendário recomendado pelo Ministério da Educação. A prefeitura do Rio de Janeiro informou que as escolas municipais da educação infantil e do ensino fundamental permanecem sem data para o retorno às aulas presenciais.

Em outro decreto, também publicado hoje, o governo do Rio de Janeiro autoriza a retomada antecipada de atividades práticas de cursos da área da saúde, “em instituições privadas de ensino superior, em especial, medicina, enfermagem, farmácia, odontologia e fisioterapia”.

O texto determina que, “durante as atividades práticas, fica a cargo de cada instituição de ensino superior, de acordo com o seu plano de retorno, o fornecimento dos equipamentos de proteção individual – EPI’S – a seus respectivos alunos, bem como a orientação para o seu uso adequado, em conformidade com os protocolos formulados” pela Secretaria de Educação.

O governo também determinou que todas as audiências públicas no âmbito da administração estadual ocorram “de forma exclusivamente virtual, em prestígio aos princípios da continuidade dos serviços da administração e da supremacia do interesse público”.

Academias
Também no Diário Oficial de hoje, foi publicada a lei nº 8.961, que autoriza a “suspensão da cobrança de mensalidades e pacotes contratados por alunos de academias de ginástica e de outras atividades esportivas, durante o período de isolamento social”. A decisão pela suspensão cabe ao usuário.

A lei suspende as cobranças feitas por débito automático ou cartão de crédito, além de postergar a data final de utilização dos pacotes adquiridos, sem ônus para o aluno. O usuário poderá decidir, ainda, pelo ressarcimento dos valores pagos durante o período em que o estabelecimento ficar fechado devido à pandemia.

Estão proibidas as multas por quebra de fidelidade aplicadas pelas academias aos consumidores que solicitarem o cancelamento ou mudança de plano, enquanto durar o isolamento social.

Na capital, as academias foram autorizadas a reabrir no dia 2 de julho, com agendamento de horário para os alunos.

Justiça autoriza retorno das aulas presenciais na rede privada do DF

A Justiça do Trabalho autorizou o retorno das aulas presenciais nas escolas da rede privada do Distrito Federal. A juíza Adriana Sveiter, da 6ª Vara do Trabalho de Brasília, revogou a liminar concedida no final de julho, em ação movida pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), que suspendeu a retomada das aulas, prevista no Decreto 40.939/2020 do governo do DF.

No início de julho, o governo distrital anunciou o cronograma de nova flexibilização das medidas de distanciamento em relação à pandemia do novo coronavírus com a autorização para o retorno das atividades presenciais na rede privada a partir de 27 de julho. Com a decisão desta terça-feira, as medidas do decreto voltam a valer.

Na ação civil pública, o MPT argumentou que o DF está no pico da pandemia de covid-19 e pediu que o cronograma de retorno das aulas presenciais na rede privada fosse semelhante ao da rede pública, previsto para iniciar apenas no final de agosto.

Em audiência de conciliação realizada na última segunda-feira (3), a juíza apresentou uma proposta de cronograma para retorno na rede privada a partir do dia 10, mas não houve anuência do governo do DF e do Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do DF (Sinepe-DF), que defendem a autonomia das escolas para estabelecerem seus calendários.

Para a magistrada, a autorização concedida pelo governo não é ilegal e nem afronta dispositivos constitucionais, já que o Executivo dispõe de informações necessárias para orientar e estabelecer diretrizes a serem seguidas pela sociedade para se evitar o contágio da covid-19. Na decisão, ela frisa ainda que não se pode comparar o prazo de abertura para as escolas públicas e privadas, em razão da diversidade entre as duas realidades, como a maior dificuldade para a implementação de medidas preventivas e de segurança em um ambiente público.

Em comunicado, o Sindicato dos Professores em Estabelecimentos Particulares de Ensino do Distrito Federal (Sinproep) informou que lamenta a decisão e que está em contato com o MPT para entrarem com recurso no Tribunal Regional do Trabalho, para a suspensão das aulas. “O sindicato mantém o seu posicionamento de que este não é o momento propício para o retorno das aulas presenciais, que, por certo, colocará em risco a saúde e a vida dos trabalhadores da educação, dos alunos e da comunidade escolar”, manifestou a entidade.

Associação Comercial de Pernambuco debate sobre crédito empresarial

Na próxima quinta-feira (06) será realizada mais uma edição da série “Quinta de 1ª” no Instagram da Associação comercial de Pernambuco (@nossaacpe). Esta primeira transmissão do mês de agosto contará com a temática “Brasil X Estados Unidos. Por quê o crédito brasileiro é tão caro?”, comandado por Tiago Carneiro, vice-presidente da ACP, ao lado do convidado da vez. O participante será o consultor econômico Ecio Costa, professor de economia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e colunista da CBN Recife e do Diario de Pernambuco.

“Vamos falar sobre a natureza do Federal Reserve System, que é uma espécie de Banco Central dos Estados Unidos e fazer um comparativo entre o sistema brasileiro e como podemos otimizar os custos dos financiamentos bancários para empresas e pessoas físicas”, pontua Tiago Carneiro. Na live desta edição, o convidado também irá esclarecer o motivo pelo qual acontece o alto custo dos financiamentos bancários, além de temas relacionados a economia.

O objetivo da “Quinta de 1ª” é manter os associados informados sobre temas importantes, além de estabelecer mais uma rede de relacionamento. A Associação Comercial de Pernambuco é a mais antiga entidade associativa do setor empresarial de Pernambuco, tendo sido fundada em 1839. Desde seus primeiros anos de vida, a ACP teve com princípio e como estratégia organizacional e de trabalho atuar de forma associativa e com a interação, a mobilização e a participação articulada da classe empresarial pernambucana.

Serviço:
Quinta-feira, 06 de agosto, às 19h
Instagram: @nossaacpe

Santa Cruz e Salgueiro definem novo campeão estadual nesta quarta

Chegou o dia de cruzar os dedos, entrelaçar as mãos, olhar aos céus – ou às paredes, em tempos de isolamento social por conta da pandemia do novo coronavírus – e pedir por um gol. Mais até, se possível, já que esse momento é o ápice do futebol. Às 21h30 desta quarta-feira (5), Santa Cruz e Salgueiro entram em campo, no estádio do Arruda, para travar a batalha final do Campeonato Pernambucano 2020, em jogo que vale a taça da competição. Uma edição, é fato, bem diferente do “normal”, com meses de paralisação, arquibancadas sem torcida. Mas o esporte continua mexendo com as emoções como sempre. Como o primeiro confronto terminou em 1×1, em caso de novo empate a decisão será nos pênaltis. Do contrário, quem vencer terá como única preocupação correr para o abraço e soltar o grito de campeão da garganta.

Longe de querer ser surpreendido em seus domínios, o Tricolor pode ser campeão invicto do Estadual pela segunda vez. Feito antes visto em 1932, quando o clube bateu o extinto Íris por 4×1, nos jogos de ida e volta, e conquistou, na época, o seu segundo troféu do Pernambucano. Para repetir a alcunha, após quatro anos sem sentir o gosto de um título estadual, a Cobra Coral terá sob os pés um amuleto da sorte: o Arruda.

Não por acaso, o Tricolor não perde sob seus domínios, em estaduais, desde o dia 10 de abril de 2017, ocasião em que foi derrotado por 2×1 pelo Náutico. Mais de dois anos de invencibilidade que, certamente, aumentam a confiança do elenco comandado por Itamar Schülle para agarrar o 30° Pernambucano da história do clube. Em 2020, em um total de 11 jogos pelo campeonato, são cinco triunfos e um empate em casa.

Salgueiro
Assim como nas duas outras oportunidades em que chegou à final do Estadual – em 2015, contra o Santa Cruz, e em 2017, contra o Sport -, o Salgueiro abriu a decisão desta temporada jogando em casa, mas não conseguiu transformar isso em vantagem. Mais uma vez, apenas empatou no Cornélio de Barros. Apesar de o histórico não ser favorável, já em ambas as ocasiões anteriores o Carcará acabou derrotado na Capital, o time sertanejo segue confiante de que o desfecho, agora, será diferente.

Para isso, conta com algumas peças que podem dar um gás a mais na busca pelo inédito título do Pernambucano. O técnico português Daniel Neri tem algumas cartas na manga em seu plantel para esse jogo decisivo. Buscando surpreender, ele mexeu na equipe que vinha atuando anteriormente para a partida de ida da final. Muller Fernandes, artilheiro do time com quatro gols, tinha sido reserva na semifinal do Estadual, mas ganhou a posição entre os 11 iniciais e mandou Tarcísio para o banco. A alteração deixou o Carcará mais disposto ofensivamente, em um 4-4-2 com Ciel e Fernandes no ataque.

As possibilidades de mexer na formação criam certa expectativa por possíveis novidades nesta noite, apesar de a probabilidade maior ser pela manutenção da espinha dorsal lançada no jogo de ida. Ciel e Muller Fernandes, inclusive, aparecem como pilares da equipe, ao lado do zagueiro Ranieri e do volante Bruno Sena.

Do extremo Sertão à Capital, o fato é que Pernambuco amanhecerá nesta quinta-feira (6) com a certeza com novos capítulos escritos na história do futebol estadual.

Ficha técnica

Santa Cruz
Maycon Cleiton; Toty, Danny Morais, William Alves e Fabiano; André, Paulinho e Didira; Derlis Alegre (Jeremias), Pipico e Victor Rangel. Técnico: Itamar Schülle

Salgueiro
César Tanaka; Sinho, Ranieri, Arthur e Daniel Rodrigues; Bruno Sena, Willian Daltro e Renato; Alison, Ciel e Muller Fernandes (Tarcisio). Técnico: Daniel Neri

Local: Estádio do Arruda (Recife/PE)
Horário: 21h30
Árbitro: Diego Fernando.
Assistentes: Clóvis Amaral e Bruno Vieira
Transmissão: TV Globo e Premiere

Flávio Bolsonaro admite que Fabrício Queiroz pagava suas despesas pessoais

Em entrevista ao jornal O Globo, o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) admitiu que Fabrício Queiroz, seu ex-assessor na Assembleia Legislativa do Rio, pagava suas contas pessoais. Mas, segundo o filho mais velho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), a origem desse dinheiro é lícita, sem nenhuma ligação com possíveis desvios investigados pelo Ministério Público do Rio de Janeiro em esquema de “rachadinha” em seu antigo gabinete na Assembleia.

Queiroz, que é policial militar aposentado e ex-assessor do atual senador, foi preso no dia 18 de junho em um imóvel do advogado Frederick Wassef, responsável pelas defesas de Flávio e do presidente, em Atibaia (interior de São Paulo). Queiroz e Jair Bolsonaro se conheceram no Exército e são amigos há mais de 30 anos. Foi por meio de Jair que o ex-assessor ingressou no gabinete de Flávio.

No dia 10 de julho, Queiroz deixou o Complexo Penitenciário de Gericinó, no Rio de Janeiro, para cumprir prisão domiciliar. O presidente do STJ (Superior Tribunal de Justiça), João Otávio de Noronha, concedeu o benefício a pedido da defesa.

Questionado pelo jornal sobre ter despesas pessoais pagas por Queiroz, Flávio disse: “Pode ser que, porventura, eu tenha mandado, sim, o Queiroz pagar uma conta minha. Eu pego dinheiro meu, dou para ele, ele vai ao banco e paga para mim. Querer vincular isso a alguma espécie de esquema que eu tenha com o Queiroz é como criminalizar qualquer secretário que vá pagar a conta de um patrão no banco. Não posso mandar ninguém pagar uma conta para mim no banco?

O Ministério Público suspeita que o ex-assessor operava um esquema de “rachadinha” -em que funcionários são coagidos a devolver parte de seus salários- no gabinete de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio. O filho de Bolsonaro foi deputado estadual de fevereiro de 2003 a janeiro de 2019.

No pedido de prisão de Queiroz, a Promotoria indica que o dinheiro em espécie obtido com o suposto esquema teria sido utilizado em benefício pessoal de Flávio Bolsonaro, para quitar contas de plano de saúde e mensalidade da escola das filhas.

Também indagado pelo jornal por que tantos assessores de seu gabinete deram dinheiro a Queiroz, o senador afirmou: “Ele fez um posicionamento junto ao MP (do Rio) esclarecendo essas questões. Disse que as pessoas que faziam os depósitos na conta dele eram da chamada equipe de rua. Queiroz afirma que pegava o dinheiro para fazer a subcontratação de outras pessoas para trabalharem em redutos onde ele tinha força. Sempre fui bem votado nesses locais. Talvez tenha sido um pouco relaxado de não olhar isso mais de perto, deixei muito a cargo dele”.

“Mas é obvio que, se soubesse que ele fazia isso, jamais concordaria. Até porque não precisava, meu gabinete sempre foi muito enxuto, e na Assembleia existia a possibilidade de desmembrar cargos. Outra coisa importante: mais de 80% dos recursos que passaram pelo Queiroz são de familiares dele. Então, qual o crime que tem de o cara ter um acordo com a mulher, com a filha, para administrar o dinheiro?”

Segundo o Ministério Público do Rio, 11 assessores vinculados ao então deputado estadual Flávio Bolsonaro repassaram ao menos R$ 2 milhões a Queiroz, no período de 2007 a 2018, sendo a maior parte por meio de depósitos em espécie. A Promotoria aponta o ex-assessor como o operador do esquema da “rachadinha”.

No mesmo período, no entanto, Queiroz sacou R$ 2,9 milhões, o que indica que o volume entregue a ele pode ter sido maior. Por isso, o MP-RJ ressalta que o esquema pode não ter se limitado aos 11 assessores identificados pelos registros bancários.

Folhapress