Pode ser difícil prever como o comportamento e as preferências do consumidor vão mudar após a pandemia, mas é certo que, com a necessidade de termos mais cuidados com a saúde, muitos podem hesitar em retornar às atividades presenciais que podem ser realizadas remotamente. A telemedicina, ou atendimento médico virtual, é uma dessas alternativas aos cuidados essenciais que atualmente está mais presente no dia a dia das pessoas.
Antes da COVID-19 se proliferar pela sociedade, a telemedicina só poderia ser realizada entre médicos, e a responsabilidade deste tipo de ato era do médico assistente do paciente. Agora, estão liberados serviços como a teleorientação, telemonitoramento, teletriagem e teleconsulta.
Vamos nos pautar na teleconsulta, ou seja, consulta médica remota, mediada por tecnologias, com médico e paciente localizados em diferentes espaços geográficos. Apesar da regulamentação, a resolução do CFM estabelece como premissa obrigatória o prévio estabelecimento de uma relação presencial entre médico e paciente. Nos atendimentos prolongados ou de doenças crônicas é recomendada uma consulta presencial em intervalos de até 120 dias. Ou seja, a telemedicina não vem para substituir o contato presencial entre médico e paciente e sim para melhorar a qualidade do cuidado do paciente e melhorar a eficiência do processo de gestão de saúde.
Com a pandemia, o foco de muitas empresas passou a ser priorizar a saúde, engajar e manter o colaborador produtivo. Como parte disso temos observado a implantação de ações para estimular os hábitos saudáveis, manter o equilíbrio emocional e programas de acompanhamento de doentes. Com os recursos tecnológicos da telemedicina é possível ir mais além do que a teleconsulta, abordando a linha de cuidado integral do indivíduo: prevenção, gestão de riscos/doenças, pós-alta e até mesmo acompanhamento de internações domiciliares.
Uma consulta de rotina online pode fazer você manter a saúde em dia, otimizando seu tempo e evitando usar recursos indevidos como pronto socorro. Mas a escolha deste tipo de procedimento também pode trazer transformações para a gestão de saúde nas empresas. Citando alguns exemplos, a telemedicina pode ser utilizada como pré-consulta de check up, racionalizando o protocolo de exames, como teletriagem para especialistas e/ou serviço de emergência com mapeamento de sinais e sintomas, como telemonitoramento com acompanhamento de um paciente diabético ou orientação sobre um sinal de agravo. Atuando como ferramenta integradora de informação e dos serviços de saúde, a telemedicina permitirá que as empresas tenham uma gestão de saúde mais eficiente.