UniFavip promove Semana da Enfermagem com inscrições gratuitas

Com foco em homenagear os profissionais que estão à frente no combate ao coronavírus, o Centro Universitário UniFavip promove a 14a Semana de Enfermagem, que acontece de 12 a 20 de maio, com inscrições gratuitas. Organizados pela coordenação de Enfermagem da instituição, os minicursos e palestras apresentados têm como foco temas relacionados à Covid-19, ressaltando a importância do enfermeiro – que tem o dia comemorado em 12 de maio – durante esta pandemia, como agente fundamental no combate à doença.

O Conselho Internacional dos Enfermeiros (ICN) definiu como temática: “Enfermeiros: uma voz para liderar – Levando o mundo para a Saúde”, enquanto, no Brasil, a Associação Brasileira de Enfermagem terá como temática: “Qualidade em Enfermagem e saúde na defesa do SUS”. Mas independente dos temas, este é o ano dessa profissão, pondera a coordenadora do curso de Enfermagem, Carolina Vasconcelos. “O profissional de Enfermagem faz toda a diferença na saúde, ciência e está na linha de frente desta batalha ao enfrentamento da Covid-19. É urgente a necessidade de homenagear e mostrar ao mundo todo esse trabalho”, enfatiza Vasconcelos.

Esta será a primeira vez que o evento acadêmico será virtual, devido à pandemia. “Nossa semana da enfermagem será realizada através do aplicativo Zoom, por videoconferência. A participação é gratuita, aberta ao público externo e valerá certificado e horas complementares. Basta copiar o ID da reunião no zoom e participar”, explicou a coordenadora do curso.

Essa edição do Semana de Enfermagem contará com muitos temas ligados ao coronavírus, que se misturam a outros conteúdos alusivos a assuntos do dia a dia do enfermeiro. Entre as palestras e minicursos programados estão: Cuidados com drenos, Cuidados com a Saúde Mental em Tempos de Pandemia; Inteligência emocional e a sua relevância na formação do futuro profissional de enfermagem; A teoria das necessidades humanas básicas e sua aplicabilidade ao paciente com COVID – 19; Comunicação e enfermagem: oportunidades e desafios para o século atual; Particularidades da RCP em paciente com diagnóstico de COVID-19; Regionalização e conformação de redes de atenção à saúde; Atendimento a crianças e adolescentes vítimas de violência sexual; Assistência ao Pré-Natal e Parto em tempos de COVID-19; Vigilância Epidemiológica da Covid19, entre outros.

Os interessados em participar do evento devem acessar este link https://bit.ly/2zxRB27 para conferir a programação completa e escolher a sala desejada – todos os temas terão uma sala específica, com acesso exclusivo.

Instituições promovem congressos on-line gratuitos

Buscando levar conhecimento para a população durante a quarentena, as Instituições mantidas pelo grupo Ser Educacional promovem, entre os dias 11 e 14 de maio, quatro congressos on-line. As palestras serão transmitidas ao vivo, no Youtube, e contarão com a presença de diversos profissionais renomados para debater temas relacionados à pandemia.

As atividades foram pensadas para que o público ter acesso a todas as palestras. Desta forma, os congressos foram divididos em áreas de atuação. O primeiro dia de palestra acontece já nesta segunda-feira (11), com a segunda edição do “Saúde em Foco”. Desta vez, os palestrantes destacarão a importância do profissional de biomedicina no combate ao novo coronavírus.

As palestras continuam na terça-feira (12), com o Congresso de Exatas, que terá como tema “Smartcities e o novo contexto global”. Na quinta-feira (13), será a vez da terceira edição do “Direito vs Covid-19”, destacando a influência da pandemia nas eleições 2020. Fechando a semana de atividades, o congresso “Arquitetura Efêmera” vai debater os hospitais de campanha.

“Estamos passando por um momento bastante delicado com o avanço do vírus. Sabemos que ficar em isolamento social não é nada fácil. Por isso, estamos buscando formas de levar conhecimento para as pessoas mesmo sem sair do conforto e segurança do lar”, explica a diretora acadêmica do grupo Ser Educacional, Simone Bérgamo.

Todas as palestras terão início às 19h, por meio do canal do Portal LeiaJá no Youtube (@leiajaonline). A participação é gratuita e aberta ao público. Os interessados em receber certificado de participação podem realizar a inscrição por meio do site eventos.sereduc.com.

Terceira fase de vacinação contra gripe teve início nesta segunda-feira (11)

A terceira fase da 22ª Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe teve início nesta segunda-feira (11), em Caruaru, e está dividida em duas etapas:

Etapa 1 – vai de 09/05 a 17/05, com a vacinação das crianças de 06 meses a menores de 06 anos de idade, pessoas com deficiência, gestantes e puérperas de até 45 dias.

Etapa 2 – que começa no dia 18/05 e encerra-se no dia 06 de junho, serão vacinados os adultos de 55 a 59 anos de idade e os professores das escolas pública e privadas.

Na última sexta-feira (08), através do drive-thru, a Secretaria de Saúde de Caruaru realizou uma pré-campanha de vacinação com a aplicação de 1002 doses. A meta é vacinar pelo menos 90% de cada grupo prioritário.

As unidades básicas de saúde de Caruaru funcionam de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 16h30. Além disso, ainda existe a possibilidade da vacinação noturna, que acontece no período de 17h às 19h, diariamente, nos postos de saúde da família: Vassoural I, II e III, São João da Escócia I, III e IV, Unidade escola Dr. Vieira e Santa Rosa II, III e IV. Nas segundas e quartas no PSF Nova Caruaru; nas terças e quintas no PSF Rendeiras; nas segundas e quartas, no PSF Sinhazinha e nas quartas-feiras, no PSF Maria Auxiliadora.

Para realizar a vacinação é preciso apresentar documento de identidade; cartão de vacina (se tiver); no caso de pessoas com deficiência, o laudo médico; no caso de puérperas, a certidão de nascimento do bebê e os professores devem comprovar vínculos com as instituições de ensino.

Este ano, o Ministério da Saúde antecipou o início da campanha de abril para março, para proteger os públicos prioritários contra os vírus mais comuns da gripe. A primeira fase começou no dia 23 de março e incluiu os idosos com 60 anos ou mais e os trabalhadores da saúde.

Em Brasília, quem não usar máscara será multado a partir de hoje

Consideradas essenciais para evitar o contágio por covid-19, moradores do Distrito Federal serão obrigados, a partir de hoje (11), a usar máscaras. A determinação, publicada em um decreto do governador, Ibaneis Rocha no último dia 23, estabelece a obrigatoriedade do uso em todas as vias e espaços públicos, transportes públicos coletivos, estabelecimentos comerciais, industriais e espaços de prestação de serviço.

A exigência é por tempo indeterminado, enquanto vigorar o estado de emergência no Distrito Federal, previsto no Decreto 40.475, de 28 de fevereiro de 2020. Quem for pego sem máscaras em espaços públicos poderá ser autuado e multado em valor a partir de R$ 2 mil.

Há também sanções penais previstas no Artigo 268 do Código Penal, destinado a impedir a introdução ou a propagação de doença contagiosa, como detenção de um mês a um ano, além de multa. A condenação é aumentada em um terço se o infrator for funcionário da saúde pública ou exercer a profissão de médico, farmacêutico, dentista ou enfermeiro. Para quem não tem condições de adquirir máscaras o governo do Distrito Federal previu no decreto a garantia desse material de proteção em locais que serão informados à população.

No mesmo decreto Ibaneis Rocha determina que comércios e outros estabelecimentos de atividades econômicas não deverão aceitar a presença de pessoas sem o acessório. Além disso, fabricantes de máscara para uso profissional devem priorizar na comercialização de sua produção os profissionais de saúde, fornecendo excedentes para outras categorias.

Transporte Público
Em cumprimento à determinação, nas estações do Metrô, por exemplo, não será autorizada a entrada nem a permanência de usuários sem a proteção.

O Metrô-DF já adquiriu e está distribuindo máscaras de tecido, confeccionadas conforme orientação do Ministério da Saúde, aos empregados que trabalham na linha de frente da operação.

Desinfecção
Ainda como forma de garantir a segurança de empregados e usuários, o Metrô-DF permanece com ações constantes de desinfecção e higienização. A cada semana, as 25 estações operacionais e os trens passam por processo de limpeza com quartenário de amônio, aprovado pela Anvisa e usado em outros países do mundo. Além disso, a cada 30 minutos, é feita a limpeza nos bloqueios, bilheterias e corrimãos das estações com o peróxido de hidrogênio.

Os ônibus que circulam pelo Distrito Federal também estão sendo higienizados com maior frequência. Na Rodoviária do Plano Piloto, empresas de coletivos passaram a limpar os veículos a cada vez que estes retornam de um trajeto.

Agência Brasil

‘Se continuar assim, vai afundar’, avisa Collor a Bolsonaro após passeio de jet ski

Brasília – O ministro da Defesa, Raul Jungmann, participa de audiência pública na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado, ao lado o presidente da Comissão, senador Fernando Collor

O passeio de Jair Bolsonaro de jet ski pelo Lago Paranoá, no dia em que o Brasil ultrapassou a marca de 10.000 mortos pelo novo coronavírus, não passou em branco no perfil do ex-presidente Fernando Collor de Mello no Twitter. Collor, que foi afastado da presidência em um processo de impeachment em 1992, também era adepto das lanchas aquáticas. No Twitter, na noite deste sábado (9), ele ironizou vídeo em que Bolsonaro aparece tirando fotos com seguidores, todos sem máscara. “Se continuar assim, vai afundar”, vaticinou Collor nas redes sociais.

A postagem do ex-presidente animou usuários, que passaram a fazer perguntas a ele sobre o seu impeachment. Um deles perguntou quando, para Collor, ficou claro que não escaparia do afastamento. “Quando pedi para que saíssem de verde ou amarelo num final de semana e as pessoas saíram de preto”. Tal qual bolsonaristas, Collor animava seus seguidores com as cores da bandeira nacional.

Outro internauta perguntou a Collor se ele já havia vendido a Casa da Dinda, mansão na qual o então presidente decidiu ficar, preterindo a residência oficial, no Palácio da Alvorada. Em uma das postagens, em resposta ao humorista Danilo Gentili, Collor fez uma brincadeira com a ex-presidente Dilma Rousseff, que, como ele, perdeu o cargo em um impeachment e ficou famosa pelos discursos, por vezes, confusos. Gentili perguntou quem ganharia uma corrida entre ele e Bolsonaro. “Não acho que quem ganhar ou quem perder, nem quem ganhar nem perder, vai ganhar ou perder. Vai todo mundo perder”, respondeu Collor, colecionando mais de 28 mil likes neste comentário.

Folhapress

Atendendo apenas casos de urgência, banco de sangue do Hemope chega a baixa histórica

Com as medidas de isolamento social tomadas durante a pandemia da Covid-19, a Fundação de Hematologia e Hemoterapia de Pernambuco (Hemope), vem registrando uma baixa histórica nos estoques de seu banco de sangue no Recife. Apesar das medidas tomadas pela fundação para reduzir os riscos de contaminação, ocorreu uma perda de mais de 50% nos níveis de doação, fazendo com que o atendimento pudesse ser feito, apenas a casos de urgência e de maneira limitada.

A rotina do atendimento no Hemope foi bastante afetada pela pandemia. Restringindo espaço, a fundação delimitou a distância entre os pacientes e montou uma “fila sentada” para a triagem, intercalando cadeiras que podem ou não ser dentadas, para garantir os espaços mínimos. Além disso, os pacientes passam por dois processos de higienização antes de realizar a doação. Também foi montada uma tenda externa, ao ar livre, para receber acompanhantes e doadores em espera que excedam o limite interno de 30 pessoas.

Com isso, o Hemope vem atendendo apenas casos de urgência, e, ainda, de maneira “dificultosa”. Segundo os relatos dos trabalhadores da fundação, diversas famílias vêm cobrando a distribuição de doações feitas diretamente em nome de um paciente, porém, com o baixo estoque, os casos mais emergenciais estão tendo que ser priorizados. Em média, cada bolsa de sangue pode salvar até quatro vidas.

“O sangue é o combustível da vida. Sem ele, a gente não tem condição de viver. A Covid-19 está aí, essa situação de isolamento está aí, mas ainda existem outras doenças; Tem acidentes, problemas de saúde que geram necessidade de cirurgias, inúmeras situações que necessitam de uma bolsa de sangue. E se a população, mesmo com o isolamento, não se dispor a vir aqui nos ajudar, vai ter um agravamento dessa situação”, afirmou a assistente social do Hemope, Tânia Marchesin, que afirmou se tratar de uma baixa histórica nos números da fundação.

Com as medidas, a capacidade de atendimento do Hemope sofreu uma pequena queda, indo de 450 para 350 doadores diários. Os números de atendimento, porém, sofreram um baque maior. Registrando perdas acima dos 50% no número de doadores, os estoques do banco de sangue vem operando com números que orbitam os 30% da média regular. As doações de sangue tipo O, por ser o tipo mais comum e, logo, com mais saída, vem sendo as mais requisitadas pelo Hemope, junto aos tipo A+ e AB , também em níveis críticos.

O doador Jonathan Carlos afirmou sentir uma segurança nas medidas tomadas pelo Hemope. “Assim que eu cheguei me pediram logo para higienizar as mãos, fazer toda a assepsia para evitar a contaminação. Foi legal, eu sinto que eles estão tomando os cuidados certos para não contaminar ninguém, nem aqui dentro, nem a gente mesmo. Eu tenho a prática constante de vir, a cada três ou quatro meses, eu venho, é algo prazeroso para mim”.

Apesar das medidas de distanciamento e higienização tomadas pela fundação, a importância do cuidado pessoal também foi reforçado pelo doador Alisson Henrique. “Tem gente precisando, então, se eu posso doar, por que não doar? Tem gente que está com câncer, com leucemia e está precisando. Em nenhum ponto eu me sinto totalmente seguro, eu tento me prevenir ao máximo, uso máscara, higienizo as mãos, é um trabalho individual”.

COMO DOAR

Para fortalecer o banco de sangue do Hemope e realizar a doação de sangue, o doador precisa ter entre 16 e 69 anos; pesar, ao menos, 50 kg; estar bem alimentado e sem ingerir bebida alcoólica há, pelo menos, 12 horas; e levar documento original com foto à sede do Hempoe, que, no Recife, fica no bairro das Graças, na rua Joaquim Nabuco, 171.

Diario de Pernambuco

Mercado financeiro prevê queda de 4,11% na economia este ano

O mercado financeiro revisou pela 13ª semana seguida a previsão de queda da economia este ano. A estimativa de recuo do Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país – piorou de 3,76% para 4,11%.

A estimativa consta do boletim Focus, publicação elaborada semanalmente pelo Banco Central (BC), com a projeção para os principais indicadores econômicos.

A previsão para o crescimento do PIB em 2021 segue em 3,2% e para 2022 e 2023 continua em 2,50%.

Dólar
A cotação do dólar deve fechar o ano em R$ 5, a mesma previsão da semana passada. Para 2021, a expectativa é que a moeda americana fique em R$ 4,83%, contra R$ 4,75 da semana passada.

Inflação
As instituições financeiras consultadas pelo BC também reduziram a previsão de inflação de 2020. A projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) caiu pela nona vez seguida, ao passar de 1,97% para 1,76%.

Para 2021, a estimativa de inflação também foi reduzida, de 3,30% para 3,25%. A previsão para os anos seguintes – 2022 e 2023 – não teve alterações e permanece em 3,50%.

A projeção para 2020 está abaixo da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. A meta, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 4% em 2020, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 2,5% e o superior, 5,5%.

Para 2021, a meta é 3,75% e para 2022, 3,50%, também com intervalo de 1,5 ponto percentual em cada ano.

Selic
Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, estabelecida atualmente em 3,75% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom).

Para o mercado financeiro, a expectativa é que a Selic encerre 2020 em 2,5% ao ano. A previsão anterior era 2,75% ao ano.

Quando o Copom reduz a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica. Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.

Para o fim de 2021, a expectativa é que a taxa básica chegue a 3,5% ao ano. A previsão anterior era de 3,75% ao ano. Para o fim de 2022, as instituições mantiveram a previsão em 5,5% ao ano e, para o fim de 2023, a estimativa segue em 6% ao ano.

Agência Brasil

Coronavírus se espalha e 35% dos presídios de SP têm casos suspeitos

Medidas de segurança adotadas pelo governo paulista, iniciadas em março, não estão sendo suficientes para evitar o avanço do coronavírus pelo sistema prisional.

Têm funcionários afastados ou presos isolados por suspeita ou confirmação de infecção por coronavírus 62 das 176 unidades do estado, ou 35% do total das penitenciárias e centros de detenção e recuperação sob responsabilidade da Secretaria da Administração Penitenciária.

Ao menos 27 unidades têm presos com suspeita ou confirmação de contaminação, o que representa 15% do total. São 79 presos isolados e 232 servidores afastados.

Esse número de presos isolados não inclui os colegas de cela, que também ficam confinados, sem poder acessar ao pátio de convivência, enquanto dura a investigação para saber se um detento está mesmo infectado.

Foram confirmadas 13 mortes de pessoas ligadas ao sistema: 7 de detentos e 6 de funcionários. Com exceção de uma morte em Guarulhos, as outras se concentram no interior. Em Sorocaba são dois detentos e um agente mortos.

Esses números fazem parte de um relatório interno do governo paulista obtido pela Folha com dados produzidos até sexta-feira (8) e, assim, com um quadro atual da situação que envolve uma população de cerca de 223 mil pessoas confinadas por conta de decisões judiciais, definitivas ou provisórias, e cerca de 35 mil funcionários.

Entre as medidas implementadas pelo governo paulista a partir de 15 de março, algumas espontaneamente e outras por força de determinações judiciais, estão a suspensão de todas visitas de familiares e da entrega presencial de alimentos e outros itens, os chamados “jumbos”. Essas entregas agora podem ser feitas só pelos Correios.

Também foram suspensas as assistências religiosas e educacionais com participação de integrantes externos, assim como as saídas temporárias de presos do regime semiaberto, tanto para o trabalho externo quanto para visitas às famílias em datas específicas, as chamadas “saidinhas”. Essa última decisão provocou revolta de presos em algumas unidades do estado.

Além disso, os funcionários do grupo de risco foram afastados e medidas de segurança foram adotadas em todas as unidades para evitar que funcionários infectados adentrassem as unidades, como a verificação de se estão com febre. “De todo servidor é medida a temperatura corporal; ele também precisa se higienizar para entrar na unidade, para evitar justamente o vetor de contaminação não seja de fora para dentro”, disse o secretário da Administração Penitenciária, Nivaldo Restivo.

Para o governo, a explicação possível para o vírus ter entrado no sistema e ter conseguido avançar é a mesma dificuldade encontrada em todo mundo: a transmissão por pessoas que não apresentam sinais da doença.

“Provavelmente, há grande chance de isso ter acontecido com algum servidor assintomático. Porque mesmo que ele adote as medidas de profilaxia interna, ainda assim é um vetor de transmissão”, disse.

Os dados obtidos pela Folha apontam aumento no número de presos e funcionários isolados ou afastados por suspeita de contaminação. No dia 23, o número de presos era de cerca de 40 casos “”ante atuais 79. De funcionários, eram em torno de 40 pessoas “”agora são 232.

De acordo com o governo, o acompanhamento dessa movimentação dos números é diário e eles são, por ora, considerados dentro do controle e do esperado.

O presidente do Sifuspesp (Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado de São Paulo), Fábio Cesar Ferreira, o Jabá, concorda com o secretário. “Somos nós que estamos levando [o vírus] lá para dentro”, disse.

Para ele, preocupa o crescimento do número de funcionários infectados e, por outro lado, a dificuldade de conseguir realizar exames para confirmar a doença. Uma das medidas adotadas pelo sindicato é tentar conscientizar os servidores, em especial no interior do estado, sobre a necessidade de isolamento.

Ferreira diz que muitos colegas seguem o discurso bolsonarista de minimização da gravidade da pandemia ou tratam com indiferença a quantidade de mortes. Alguns agentes chegam a recusar a usar material de proteção.

“A maioria apoiou o Bolsonaro [nas eleições] e a maioria reverbera esse discurso dele de ‘E daí se morreu muita gente?’, ‘Isso é um gripezinha’. […] Então, de vez em quando tem lá um servidor fazendo gracinha e não quer usar [os equipamentos de segurança]. Nossa recomendação é para que use”, disse.

Outro problema que a categoria também enfrenta, embora não tenha dado causa a ele, é o preconceito sofrido por servidores em algumas cidades do interior. Ele afirma que alguns prefeitos estão culpando o sistema prisional como vetor da doença e, com isso, os profissionais estão sofrendo hostilidade.

Para os sociólogos Álvaro Gullo, da USP e Luis Flávio Sapori, da PUC Minas, as medidas de segurança precisam ser mantidas, como proibição de visitas, isolamento dos presos infectados (se possível em outras unidades) e uso de equipamentos de segurança pelos agentes penitenciários.

Eles também concordam em relação a defender a soltura de presos com menor grau de periculosidade. “É preciso acentuar a política de prisão domiciliar, intensificar esse tipo de medida principalmente para presos da baixa periculosidade, média periculosidade, que estão no regime semiaberto”, disse Sapori. “Porque há um risco muito grande de ter uma mortandade de presos, em especial nos estados onde a doença está recrudescendo”, disse.

Para o professor da USP, a notícia de aumento de casos no sistema paulista é grave. “Até por que as condições do sistema, todos nós sabemos, são péssimas. São cubículos, superlotados. Acho a medida mais correta, mais adequada, mais viável, mais lógica, diante dessa situação. Para não agravar a situação dentro e fora dos presídios”, disse Gullo.

Até a última sexta-feira, foram soltos por determinação da Justiça 3.190 presos.

Priscila Pamela dos Santos, presidente da comissão de Política Criminal e Penitenciária da OAB São Paulo e diretora do IDDD (Instituto de Defesa do Direito de Defesa), diz que a soltura de presos concedida pela Justiça é insignificante.

Segundo ela, a Secretaria da Administração Penitenciária informou, ao ser requisitada, que o sistema possui 25 mil presos que se encaixam no grupo de risco.

Segundo ela, essa lista será disponibilizada para os advogados apresentarem requisição ao Judiciário. “Nós nos propusemos a criar um mecanismo dentro da própria OAB para o advogado, com procuração comprovada, faça consulta na OAB e a gente consiga dizer para ele: ‘está no grupo de risco'”, disse.

Essa lista deve disponibilizada nesta segunda-feira (11) e fornecida mediante requerimento. O OAB também solicitará ao Tribunal de Justiça que encaminhe essa lista para todos os juízes, para facilitar a consulta na hora de decidir sobre a concessão de medida.

“Não é liberar sem qualquer consequência. É soltar para continuar cumprindo a medida que foi imposta, mas em casa”, disse ela.

Folhapress

Política e serviços podem levar a outro PIB negativo em 2021 no Brasil

As perspectivas sombrias do impacto da Covid-19 e a deterioração do quadro político estão levando a previsões cada vez mais pessimistas para a economia brasileira em 2020 e 2021. Elas já incluem cenários de crescimento nulo ou negativo também no ano que vem.

A pandemia provocará um fato histórico e até então inimaginável: a queda anual superior a 10% nas horas trabalhadas no setor de serviços, de longe o maior conjunto de atividades na economia. Como comparação, a maior retração anual já registrada nesse item foi inferior a 1%, ao fim da recessão que tirou 7,2% do PIB no biênio 2015-2016, segundo dados da FGV Ibre.

Pelas projeções do órgão, o setor de serviços encolherá à taxa recorde de -4,4% neste ano –e o PIB, de -5,4%. Os serviços representam 70% da economia e dos empregos, quase a metade deles informais. É o tipo de vaga que mais crescia desde 2016 e que já limitava o PIB devido à sua baixa produtividade.

A retração nos serviços também contribuirá para derrubar a massa salarial em mais de 10% e a elevar o desemprego acima de 20%, tornando muito difícil a recuperação.
Em outras recessões, os trabalhadores dos serviços sempre encontraram meios de obter renda, dando alguma sustentação à economia. Isso é limitado agora pelo isolamento –e pela expectativa de um “abre e fecha” em razão de ondas da epidemia.

Especialistas afirmam que a atual crise política também cobrará um preço alto do Brasil pela inviabilização de um ambiente favorável a reformas no Congresso. Sem um horizonte econômico positivo, as reformas poderiam servir de âncora, sinalizando uma estabilização mais à frente, sobretudo na área fiscal.

Assim, o Brasil pode não ter notícias encorajadoras para estimular o consumo das famílias e os investimentos, que já sofrem um enorme baque.

Em março, os investimentos em máquinas, construção civil e pesquisa recuaram 8,9%, o pior tombo em 25 anos. A produção de veículos cai 39% no ano e teve, em abril, o pior resultado desde a instalação de fábricas no Brasil, em 1957. O país também registrou deflação de 0,31% em abril, a maior desde 1998 e uma boa medida da depressão atual.

Esses dados sugerem que a atividade tende a permanecer muito baixa, gerando pouca renda e arrecadação para bancar tanto a conta da crise quanto novos estímulos para acelerar o crescimento. “A grande novidade desta crise é o impacto nos serviços e a destruição de seus empregos. E não está claro se vamos implodir também o médio prazo. Além dos problemas que já temos, estamos construindo outros novos”, diz Silvia Matos, coordenadora do Boletim Macro Ibre, da FGV.

Matos não acredita em uma recuperação em “V”. Segundo ela, se por um lado o governo quer sustentar a atividade com estímulos fiscais, por outro a crise política e a perspectiva negativa no campo das reformas inibirão o consumo, o emprego e os investimentos.

A FGV Ibre prevê crescimento, em 2021, entre 2% e 3,8%, mas com enormes incertezas que podem alterar o quadro. No próprio setor de serviços, é uma incógnita o que acontecerá com atividades que concentram muita gente, como restaurantes, cinemas, shows e o setor aéreo.

O economista-chefe do banco Fator, José Francisco de Lima Gonçalves, prevê um PIB negativo de -3% em 2021 –após queda de -7% em 2020. “Há um fluxo de medo invadindo o cenário. Além dos graves efeitos da epidemia, está difícil enxergar uma estabilização política que favoreça ajustes”, diz Gonçalves.

Para Sérgio Vale, economista-chefe da MB Associados, o Brasil pode não crescer nada em 2021 pelos impactos da atual crise política e por já estar gastando, neste ano, boa parte da munição fiscal que teria para estimular a economia. “O governo vem direcionando uma metralhadora nos próprios pés na política, e a perspectiva é que não aprove mais nada de relevante”, diz.

A Instituição Fiscal Independente (IFI), do Senado, também não crê em recuperação em “V” e começa a alterar para pior a sua percepção futura. “Nosso cenário mais pessimista vai se tornando cada vez mais provável, com o risco do pós-crise crescendo em um quadro de expansão do gasto público sem coordenação”, afirma Felipe Salto, diretor-executivo da IFI.

Na previsão pessimista, o PIB cairia -5,2% neste ano e cresceria só 0,5% em 2021.
Como o tamanho da economia serve de denominador para o cálculo da dívida pública, ela aumentaria de 90% do PIB ao final deste ano para 94,4% no próximo, podendo ultrapassar os 100% em 2023.

Salto acha pouco provável que a receita tributária aumente com vigor de 2021 em diante para compensar os pacotes emergenciais, que só neste ano devem somar R$ 440 bilhões, ou 6% do PIB.

Mesmo em relação à ajuda emergencial aos que perderam o trabalho, há dúvidas se o governo não estaria gastando de uma vez boa parte da munição fiscal que poderá fazer falta mais à frente.

Marcelo Neri, da FGV Social, calcula que cerca de 11,3 milhões de famílias beneficiárias do Bolsa Família (87% do total) puderam optar pela ajuda emergencial de R$ 1.200 por três meses –quando antes recebiam, em média, R$ 192.

Em muitos casos, em apenas um trimestre essas pessoas receberão o equivalente ao que ganhariam em 18 meses. “Fomos de um extremo ao outro, e é compreensível a tentativa de ser generoso e talvez errar para mais. Mas é um dinheiro que poderia ser empregado em programas mais focalizados depois.”

Trabalho dos economistas Naercio Menezes e Bruno Komatsu, do Insper, mostra que, se a ajuda emergencial de R$ 600, por três meses, atingir 32 milhões de pessoas (e serão mais), a taxa de pobreza no país cairá de 16,7% do total da população para 6%.

Assim, além de ajudar as pessoas na crise, os benefícios poderão trazer dividendos políticos ao presidente Jair Bolsonaro a curto prazo. Segundo o Datafolha, desde que os valores começaram a ser pagos, Bolsonaro ganhou oito pontos de apoio entre os que recebem até dois salários mínimos (60% da população).

“Parece haver um receio muito grande no governo de como a crise afetará a popularidade do presidente”, diz Menezes. O risco seria Bolsonaro querer sustentar sua aprovação a um custo fiscal elevado.

Repetir os auxílios emergenciais por muito tempo, no entanto, é considerado insustentável –e eles teriam de ser substituídos à frente pela volta da atividade econômica.

Para o economista-chefe do BNDES, Fabio Giambiagi, no entanto, é provável que o Brasil tenha, em 2021, a menor taxa de crescimento entre todos os países do G20.
Embora acredite em um PIB positivo no ano que vem, Giambiagi vê como muito desfavorável o cenário futuro. “Um ambiente de luta política entre governadores, Congresso e Presidência é tudo, menos algo que traga confiança para investimentos.”

Pelo lado do consumo, o quadro também é desafiador. O Bradesco estima, por exemplo, que as famílias sairão da crise até cinco pontos percentuais mais endividadas em relação à renda disponível. Nas projeções do banco, o PIB encolherá -4% neste ano, resultando em crescimento acumulado de 0,1% na década de 2011 a 2020 –o menor, em períodos de dez anos, desde o início do século passado.

Para 2021, a previsão do Bradesco é que o PIB cresça 3,5%. “Mas ainda existe muita incerteza sobre como será a pandemia e a saída do isolamento”, diz Fernando Honorato, economista-chefe do banco. Em sua opinião, o fato de o presidente Jair Bolsonaro ter reafirmado há alguns dias a influência do ministro Paulo Guedes na economia de certa forma “blinda” a área.

Já a consultoria Tendências projeta retração de -4,1% no PIB deste ano e crescimento de 3,6% em 2021 –algo insuficiente para fazer a economia voltar ao nível de 2019. “A piora do cenário político traz dificuldades, mas a aposta é que a agenda econômica seja retomada”, diz Fabio Klein, economista da Tendências.

Para José Márcio Camargo, professor da PUC-Rio, o mais importante agora é manter a renda dos afetados pela crise, sobretudo nos serviços, e tentar retardar ao máximo o fechamento de empresas. Nesse sentido, a ajuda emergencial aos informais e a redução de salários para evitar demissões no mercado formal teriam sido muito acertadas. “Mas o problema de fundo permanece: ninguém sabe quanto tempo de isolamento ainda temos pela frente”, diz.

Folhapress

Europa deve estar preparada para 2ª onda de coronavírus, diz agência

Os países europeus devem reforçar seus sistemas de alerta para reagir rapidamente a uma segunda onda do novo coronavírus, alertou a agência europeia de controle de doenças (ECDC, na sigla em inglês).

“Em suas avaliações de risco, a agência afirmou que os governos devem informar claramente à população que a possibilidade de uma segunda onda existe, mesmo que a pandemia tenha sido vencida agora”, disse nesta segunda (11) Stefan de Keersmaecker, porta-voz da Comissão Europeia para saúde pública. A preocupação acompanha um movimento de retomada das atividades na maioria dos países que adotaram quarentena. Em alguns deles, como a Dinamarca e a Alemanha, o aumento dos encontros entre pessoas provocou um crescimento na taxa de contágio, levando os institutos a intensificarem o monitoramento dos casos.

Preparativos para uma segunda onda também estão na pauta da Otan (organização de defesa que reúne países europeus e os EUA), disse à reportagem um oficial da aliança militar (por orientação da Otan, ele não se identifica). Segundo ele, ministros da Defesa dos membros da Otan consideraram que é preciso planejar melhor as respostas a pandemias, melhorar o planejamento de continuidade dos negócios e proteger setores críticos.

Na reação à primeira onda do novo coronavírus, houve preocupação com o bloqueio do tráfego aéreo e a ruptura no fornecimento de matérias-primas e componentes para a indústria. A Otan foi acionada para manter o transporte aéreo de equipamentos médicos a longas distâncias e para a implantação de hospitais de campanha em regime de emergência.

Embora os cientistas ainda não tenham todas as respostas sobre o novo coronavírus (Sars-Cov-2), segundas ondas de infecções são comuns em doenças infecciosas, como a de influenza de 1918, conhecida como Gripe Espanhola, e a de H1N1, em 2009. Casos como o de Singapura, por exemplo, em que um novo surto de Covid-19 apareceu em um dormitório apesar da política intensiva de rastreamento de contatos, indicam que também no caso do Sars-Cov-2 há risco de ressurgência.

Os segundos picos podem ser evitados ou amenizados por vacinas, ainda inexistentes para o novo coronavírus, ou medidas de distanciamento e higiene e de rastreamento e isolamento de novos casos. A chamada imunidade de rebanho, quando ao menos 60% da população já desenvolveu defesas contra um patógeno (o que reduz a chance de contágio) também evita segundas ondas, mas estudos feitos até agora mostram que a porcentagem de infectados em diferentes países ainda não chega a 20%.

Folhapress