Brasil completa 100 dias de Covid-19 com maior curva ascendente no mundo

Brasil ultrapassou a marca de 30 mil mortes nesta semana e, nesta quinta-feira, ultrapassou a Itália na quantidade de casos fatais (Foto: Douglas Magno/AFP)Brasil ultrapassou a marca de 30 mil mortes nesta semana e, nesta quinta-feira, ultrapassou a Itália na quantidade de casos fatais (Foto: Douglas Magno/AFP)

O Brasil completou nesta quinta-feira (4) 100 dias desde que registrou o primeiro caso de coronavírus, confirmado pelo Ministério da Saúde em 26 de fevereiro. Desde então, a curva de crescimento de infectados e óbitos no país avança em níveis assustadores, o que preocupa a população e exige ações ainda mais concretas, num momento em que o poder público começar liberar gradualmente as atividades econômicas.

Diferentemente das demais nações que ocupam hoje o top-10 no número de infectados, os brasileiros são os únicos que mantiveram a evolução progressiva depois de 50 dias. É o que mostra uma pesquisa da faculdade de medicina da US Pde Ribeirão Preto, que levou em consideração estatísticas divulgadas pelos países.

 (Foto: Reprodução/USP)Foto: Reprodução/USP

Com o aumento dos casos desde o mês passado, o Brasil assumiu o segundo posto no mundo em contaminações, atrás apenas dos Estados Unidos, e ocupa o quarto lugar em mortes, ficando abaixo dos próprios norte-americanos, além de Reino Unido e Espanha – ultrapassou a Itália nesta quinta-feira. O cenário pode ser ainda muito pior, já que a Organização Mundial de Saúde (OMS) aponta que o país sul-americano não está no pico máximo da doença, o que deve ocorrer a partir da metade de julho, de acordo com especialistas.

O estudo realizado pela USP mostra que países como China, França, Itália e Espanha, que já foram epicentro de Covid-19 nos meses anteriores, mantiveram uma curva estabilizada depois do 50º dia de pandemia. Com o primeiro caso registrado em 21 de janeiro, até mesmo os Estados Unidos registraram aumentos dentro do previsto na evolução dos casos. Em 11 de março, quando completou 50 dias da doença, o país teve uma taxa de 9.385 infectados por 100 mil habitantes. Em 30 de abril, quando foi o marco dos 100 dias, o número subiu para 10.489. Já o Brasil pulou de 7.982 para 10.008 no período semelhante.

“Se colocarmos todos os países começando do zero da igual e contar os dias, observamos que o Brasil é o único país do mundo que a partir do 50º dia o número de casos e mortes estava acelerado. Em todos os demais países, houve desaceleração. A partir do 50º, os demais colocaram o pé no frio e nós não. Somos os únicos com os pés no acelerador”, ressalta o professor da USP, Domingos Alves, coordenador da pesquisa.

Para o especialista, o poder público brasileiro não seguiu corretamente o que foi determinado pelas autoridades de saúde no período mais crítico do coronavírus: “Essa situação perigosa do Brasil que observamos hoje se deve à má gestão da epidemia durante o que todo mundo chamou de medidas de restrição de mobilidade. Nós mantivemos o isolamento por quase dois meses em média por 50% e depois sempre caindo, um índice muito baixo. Hoje, por exemplo, segundo o Instituto In Loco, o Brasil atingiu 39,5% de adesão às medidas de isolamento. E esse é o grande motivo do alto número de contaminações e mortes”.

Desde a semana passada, o Brasil tornou-se o líder mundial em mortes diárias por Covid-19, chegando frequentemente a ultrapassar os 1 mil óbitos por dia. Os registros no país despencam em fins de semana e feriados, por exemplo, em virtude dos regimes de plantão nos centros de saúde e em laboratórios, o que atrasa o repasse das informações. A escassez de testes faz também que óbitos sejam incluídos no balanço apenas semanas depois da morte, pela falta de confirmação do diagnóstico.

Domingos Alves faz outra crítica à postura do poder público, que só toma atitudes concretas depois que a pandemia se alastrou: “Hoje, o boletim brasileiro divulga apenas as pessoas que estão hospitalizadas na prática. Não fazemos testes nos sintomáticos leves e nos assintomáticos. Não estamos monitoramento da forma certa. O motivo de não termos controlados a epidemia e sermos o maior foco no mundo está relacionado à política que foi adotada desde sempre de enfrentamento da epidemia. Há, na realidade, apenas uma política de avaliação das consequências. Quando você vê um gestor que está aumentando leitos ou comprando respiradores, ele está lidando com as consequências e não com as causas”.

O que é coronavírus?
Coronavírus são uma grande família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus (Covid-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doença pode causar infecções com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.

Como a Covid-19 é transmitida?
A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão, contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.

Como se prevenir?
A recomendação é evitar aglomerações, ficar longe de quem apresenta sintomas de infecção respiratória, lavar as mãos com frequência, tossir com o antebraço em frente à boca e frequentemente fazer o uso de água e sabão para lavar as mãos ou álcool em gel após ter contato com superfícies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a Covid-19.

Quais os sintomas do coronavírus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela Covid-19:
Febre
Tosse
Falta de ar e dificuldade para respirar
Problemas gástricos
Diarreia

Em casos graves, as vítimas apresentam:
Pneumonia
Síndrome respiratória aguda severa
Insuficiência renal

Os tipos de sintomas para Covid-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.

Mitos e verdades sobre o vírus
Nas redes sociais, a propagação da Covid-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus

Fonte: Diário de Pernambuco

Caruaru Shopping aberto com tês operações : Big Bompreço, Lojas Americanas e Caixa

O Caruaru Shopping, nesta época de pandemia devido ao coronavírus, está com apenas algumas operações funcionando. São elas: Big Bompreço, Lojas Americanas e agência da Caixa Econômica Federal.

O Big Bompreço está aberto todos os dias, das 8h às 20h. A Lojas Americanas funciona de segunda-feira a sábado, das 9h às 20h, e domingos e feriados, das 12h às 20h. Já a Caixa recebe os clientes de segunda a sexta, das 9h às 14h.

“A entrada para quem deseja utilizar um desses serviços é diferenciada. Para ter acesso ao Big Bompreço, o centro e compras e convivência disponibiliza dois acessos exclusivos. Um é pelo corredor da entrada social próxima a academia e o outro acesso é pela lateral do hipermercado.Dispondo também de hig contam com entradas identificadas na parte posterior do shopping. Em caso de dúvidas o shopping dispõe de seguranças e porteiros próximo as estes espaços para orientar os clientes. “, explicou Walace Carvalho, gerente de Marketing do centro de compras e convivência.

O Caruaru Shopping está localizado na Avenida Adjar da Silva Casé, 800, Bairro Indianópolis.

NBA indica que pode retomar jogos no dia 31 de julho

Lebron James, jogador da NBA

A principal liga de basquete masculino do mundo deve recomeçar em 31 de julho, com previsão de término até 12 de outubro. A estimativa é do Conselho de Administração da NBA, que, nesta quinta-feira (4), aprovou um formato para conclusão da temporada 2019-2020 reunindo 22 das 30 equipes que iniciaram a competição.

O torneio está suspenso desde 11 de março devido à pandemia do novo coronavírus (covid-19). Na ocasião, a liga registrou o primeiro caso positivo da doença: o pivô Rudy Gobert, do Utah Jazz.

Seguem na briga pelo título os 16 times que figuram na zona de classificação para os playoffs (mata-mata), sendo oito por conferência (leste e oeste), e seis equipes que ainda tinham chance de classificação. Cada equipe disputará oito partidas, definidas com base nos jogos que ainda restavam na temporada pré-pandemia. As sete franquias mais bem colocadas em cada grupo – 14 ao todo, portanto – avançam de fase. As outras duas vagas serão definidas de maneiras distintas:

– o dono da oitava melhor campanha de uma conferência se classifica automaticamente se estiver mais de quatro vitórias à frente do nono colocado.

– se a diferença for de quatro vitórias ou menos, oitavo e nono colocados se enfrentam em uma melhor de três jogos: quem vencer, segue no torneio.

O formato aprovado terá playoffs seguindo o modelo tradicional, com séries em melhor de sete partidas. A ideia da NBA é utilizar o Walt Disney World Resort, próximo a Orlando, na Flórida, como sede única para jogos, treinamentos e acomodações até o fim da atual temporada. Para isso, a liga depende de acordo com a The Walt Disney Company.

Se o calendário previsto for seguido, o draft – evento da NBA em que as franquias recrutam atletas de universidades norte-americanas e de diferentes países – será em 15 de outubro (a data original era 25 de junho). O armador brasileiro Caio Pacheco, que atua na Argentina, é um dos inscritos. A próxima temporada começaria em 1º de dezembro.

“Embora a pandemia da covid-19 apresente desafios, esperamos terminar essa temporada de maneira segura e responsável, com base em protocolos rigorosos que estão sendo finalizados com as autoridades de saúde pública e médicos especialistas”, declarou o comissário da NBA, Adam Silver, em comunicado emitido pela liga, mencionando, ainda, os recentes protestos contra o racismo, intensificadas pelo mundo após a morte do segurança negro George Floyd, por um policial branco, na cidade de Minneapolis (Estados Unidos), no dia 25 de maio.

“Também reconhecemos que, enquanto nos preparamos para retomar o campeonato, a sociedade está sofrendo com as recentes tragédias de violência racial e injustiça, e continuaremos a trabalhar em estreita colaboração com as equipes e os jogadores para usar todos os nossos recursos e influências coletivas para resolver esses problemas de maneira muito real e de formas concretas”, concluiu Silver.

Seguem na disputa pelo título:

Conferência Leste: Milwaukee Bucks, Toronto Raptors, Boston Celtics, Miami Heat, Indiana Pacers, Philadelphia 76ers, Brooklyn Nets, Orlando Magic e Washington Wizards.

Conferência Oeste: Los Angeles Lakers, Los Angeles Clippers, Denver Nuggets, Utah Jazz, Oklahoma City Thunder, Houston Rockets, Dallas Mavericks, Memphis Grizzlies, Portland Trail Blazers, New Orleans Pelicans, Sacramento Kings, San Antonio Spurs e Phoenix Suns.

Bolsonaro confirma mais duas parcelas do auxílio emergencial

Live semanal Bolsonaro

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira (4) que foi acertado o pagamento de mais duas parcelas do auxílio emergencial, mas com valor inferior aos atuais R$ 600. A informação foi dada pelo presidente durante sua live semanal, transmitida pelas redes sociais.

“Vai ter, também acertado com o [ministro da Economia] Paulo Guedes, a quarta e a quinta parcela do auxílio emergencial. Vai ser menor do que os R$ 600, para ir partindo exatamete para um fim, porque cada vez que nós pagamos esse auxílio emergencial, dá quase R$ 40 bilhões. É mais do que os 13 meses do Bolsa Família. O Estado não aguenta. O Estado não, o contribuinte brasileiro não aguenta. Então, vai deixar de existir. A gente espera que o comércio volte a funcionar, os informais voltem a trabalhar, bem como outros também que perderam emprego”, disse.

O auxílio emergencial foi aprovado pelo Congresso Nacional em abril e prevê o pagamento de três parcelas de R$ 600 para trabalhadores informais, integrantes do Bolsa Família e pessoas de baixa renda. Mais de 59 milhões tiveram o benefício aprovado. O novo valor ainda não foi anunciado pelo governo.

O presidente também antecipou um possível aumento no valor do benefício do Bolsa Família, pago a cerca de 14 milhões de famílias em situação de pobreza e pobreza extrema. O valor do eventual aumento ainda será anunciado, garantiu o presidente, sem especificar uma data.

“Acho que o pessoal do Bolsa Família vai ter uma boa surpresa, não vai demorar. São pessoas que necessitam desse auxílio, que parece que está um pouquinho baixo. Então, se Deus quiser, a gente vai ter uma novidade no tocante a isso aí”, afirmou.

Liberação de praia
Durante a live, o presidente defendeu a liberação de acesso às praias, que está proibida na maioria das capitais litorâneas do Brasil, e que a Advocacia-Geral da União (AGU) vai emitir um parecer favorável sobre o assunto.

“O governo federal vai opinar favoravelmente para aquela pessoa ir à praia, agora o juiz de cada cidade, que vai recepcionar esses mandados de segurança, é que vai decidir se o João pode ir para a praia ou não. Eu não vejo nada demais ir para a praia, praia é saúde”, afirmou.

O fechamento das praias faz parte das estratégias dos governos estaduais e prefeituras para evitar aglomerações. O isolamento social é considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e por especialistas como a principal forma de evitar disseminação em massa do novo coronavírus.

Repatriação
O presidente Jair Bolsonaro ainda afirmou que 23 mil brasileiros foram repatriados ao país desde o início da pandemia. São pessoas que ficaram retidas no exterior com o fechamento das fronteiras por centenas de países e estavam recebendo apoio logístico e diplomático do governo para retornarem.

O governo ainda deve investir mais R$ 10 milhões para a repatriação de mais 3 mil pessoas que seguem sem conseguir voltar ao Brasil.

George Floyd é homenageado em cerimônia funeral em Mineápolis

.Protesto contra morte de George Floyd nos Estados Unidos

Centenas de pessoas nesta quinta-feira homenagearam George Floyd, o homem negro cuja morte sob custódia da polícia em Mineápolis levou a uma onda de protestos nos Estados Unidos, provocando um debate sobre racismo e justiça.

Philonise Floyd, irmão de Floyd, disse na cerimônia na Universidade Central North, em Minnesota, que sua família era pobre e que George lavava as meias e roupas da família na pia e as secava no forno, pois eles não tinham secadora.

“É louco, cara, todas essas pessoas vieram ver meu irmão, é incrível como ele tocou tantos corações”, disse o irmão, que vestia um terno escuro e um broche com uma foto de seu irmão e com as palavras “Eu não consigo respirar” na lapela.

A morte de Floyd em 25 de março se tornou o último episódio de brutalidade policial contra afro-americanos, levando a questão do racismo para o topo da agenda política antes das eleições presidenciais norte-americanas de 3 de novembro.

Derek Chauvin, de 44 anos, foi demitido do departamento de polícia de Mineápolis e acusado de assassinato em segundo grau após ter sido filmado em um vídeo que viralizou se ajoelhando sobre o pescoço de Floyd por quase nove minutos enquanto Floyd gemia repetidas vezes “Por favor, eu não consigo respirar”.

A polícia disse suspeitar que Floyd, de 46 anos, estaria usando uma nota falsa para comprar cigarros.

Uma imensa multidão desafiou os toques de recolher e tomou as ruas de cidades por todo o país por nove noites em protestos por vezes violentos que levaram o presidente Donald Trump a ameaçar enviar as Forças Armadas.

Ben Crump, advogado da família de Floyd, disse no serviço memorial que a polícia agiu com maldade.

Promotores apresentaram novas acusações contra quatro policiais de Mineápolis envolvidos na morte de Floyd.

Nesta quinta, os três policiais acusados de cumplicidade na morte de Floyd apareceram em um tribunal. A fiança foi fixada em um milhão de dólares, podendo ser reduzida para 750 mil se eles aceitarem condições, como a entrega de armas de fogo pessoais.

Na cidade de Nova York, atingida por saques e vandalismo durante os protestos, milhares de pessoas participaram de um evento memorial em um parque no Brooklyn para Floyd.

Covid-19: Brasil tem 614.941 casos; total de mortes chega a 34.021

Hospital de campanha em Santo André, São Paulo, para tratar pacientes com covid-19

O balanço diário divulgado pelo Ministério da Saúde trouxe 30.925 novas pessoas infectadas com o novo coronavírus, totalizando 614.941. O resultado marcou um acréscimo de 5% em relação a ontem (3), quando o número de pessoas infectadas estava em 584.016.

A atualização do Ministério da Saúde registrou 1.473 novas mortes, chegando a 34.021. O resultado representou um aumento de 4,3% em relação a ontem, quando foram contabilizados 32.548 falecimentos por covid-19.

Do total de casos confirmados, 325.957 estão em acompanhamento e 254.963 foram recuperados. Há ainda 4.159 óbitos sendo analisados.

São Paulo se mantém como epicentro da pandemia no país, concentrando o maior número de falecimentos (8.560). O estado é seguido pelo Rio de Janeiro (6.327), Ceará (3.813), Pará (3.416) e Pernambuco (3.134).

Além disso, foram registradas mortes no Amazonas (2.183), Maranhão (1.062), Bahia (790), Espírito Santo (737), Alagoas (531), Paraíba (438), Rio Grande do Norte (378), Minas Gerais (323), Rio Grande do Sul (265), Amapá (254), Paraná (215), Piauí (202), Distrito Federal (196), Rondônia (194), Sergipe (186),  Acre (181), Goiás (164), Santa Catarina (156), Roraima (127), Tocantins (87), Mato Grosso (82) e Mato Grosso do Sul (20).

Já em número de casos confirmados, o ranking tem São Paulo (129.200), Rio de Janeiro (60.932), Ceará (59.795), Pará (48.049) e Amazonas (46.473). Entre as unidades da federação com mais pessoas infectadas estão ainda Maranhão (40.629), Pernambuco (37.507), Bahia (23.463), Espírito Santo (16.894) e Paraíba (17.579).

Boletim epidemiológico covid-19
Boletim epidemiológico covid-19 – Ministério da Saúde
Curva Crescente

Em entrevista coletiva no Palácio do Planalto, o secretário substituto de Vigilância em Saúde, Eduardo Macário, declarou que os casos no país seguem crescendo.

“Estamos em um aumento semana após semana. Estimamos uma estabilização nos próximos meses. Por conta do período sazonal, diminui a transmissão respiratória no Norte e Nordeste. Não é possível prever quando será o pico”, pontuou.

Ele voltou a destacar, como em entrevistas anteriores, que há um desenvolvimento desigual da pandemia no país. Há mais intensidade nas regiões Norte e Nordeste e menos no Sul, Centro-Oeste e Sudeste, com exceção de São Paulo e Rio de Janeiro.

Perguntado sobre a flexibilização das medidas de distanciamento e reabertura de comércio por diversos governos estaduais e prefeituras, Macário avaliou que as decisões “têm que ser adequadas e proporcionais ao risco”.

Um dos dados apresentados na entrevista de hoje pelos gestores do ministério foi o indicador chamado número de reprodução, que mede o ritmo de contágio (quantas pessoas são infectadas por um paciente contaminado). De acordo com o Ministério da Saúde, os estados com índices mais altos são o Acre (1,6 pessoas infectadas para cada paciente com covid-19); Goiás (1,6); Bahia (1,7) e Ceará (2,4). Todas as outras unidades federativas possuem números de reprodução que variam de 1,1 a 1,5.

Campanha do Sebrae ajuda microempreendedores Individuais a se reinventarem na crise

A recém-lançada campanha “MEI. Reinvente. Repense. Recrie” já traz frutos de sucesso, com casos de microempreendedores que transformaram a forma de gerar renda usando informações disponibilizadas pelo Sebrae. A página lançada com conteúdo específico para os MEI acumula 250 mil acessos em todo o país, desde seu lançamento, no dia 18 de maio.

Os microempreendedores individuais podem conferir diversos cursos on-line gratuitos, lives, palestras, oficinas, consultorias especializadas, divulgação de cases de sucesso na crise, textos, cartilhas e e-books com dicas de temas voltados para mercado, finanças e legislação, crédito, marketing e vendas e materiais para segmentos específicos. Por meio do portal é possível receber notificações sobre novidades por meio do WhatsApp e acessar os principais canais de contato do Sebrae em cada estado para tirar dúvidas, receber orientações e realizar consultorias especializadas. A página pode ser acessada no link.

Diversos paranaenses têm aproveitado a campanha do MEI para se capacitar e profissionalizar o negócio ou até mesmo para mudar completamente a sua área de atuação e atender a uma nova oportunidade no mercado.

Esse é o caso do microempreendedor individual Reginaldo Aparecido Leme, de Londrina. Ele teve que interromper, no dia 15 de março, suas corridas como motorista de aplicativo e em pequenas excursões para atrativos turísticos da região, como parques aquáticos e santuários. Com o novo cenário ele decidiu se lançar em um novo empreendimento e vender verduras.

Leme delimitou uma área para realizar as entregas, devolveu o carro locado que utilizava em suas viagens e decidiu financiar um veículo utilitário para trabalhar no novo negócio. “Antes de começar, eu liguei para o Sebrae para validar a ideia e fui incentivado a seguir em frente”, conta. Além da Ceasa, buscou bons fornecedores de hortaliças, frutas e legumes locais para oferecer uma maior variedade de produtos aos clientes. “Hoje, com a demanda crescente, distribuo os alimentos no período da manhã e da tarde e vendo para lanchonetes e restaurantes”, afirma.

O empresário divulgou o negócio no tradicional “boca a boca” e, contente com os resultados, já planeja criar uma linha fixa de produtos e um sistema de delivery para fidelizar a clientela. Para expandir seus negócios, ele diz que voltará ao Sebrae para buscar consultorias que o ajudem a analisar os custos e a precificação do serviço. “Quero fazer tudo com os pés no chão. Tenho a preocupação em fazer bem feito. Trato o alimento com muito amor e carinho”, pondera, ressaltando que pretende manter o novo negócio com as excursões após o fim da pandemia.

Já no litoral do estado, mais especificamente na Ilha do Mel, Maria Cristina Scheidt é a dona de uma pousada que paralisou os serviços há mais de 60 dias e que tem procurado transformar sua atuação para amenizar os efeitos da crise. Para manter a proximidade com os clientes, decidiu criar páginas nas redes sociais com informações sobre seu negócio. Ela avalia que a iniciativa pode ajudar a conseguir novos clientes.

“Trabalho nesse ramo há 30 anos, nunca vivi uma crise como essa. Nunca tivemos que fechar a pousada por tanto tempo. Mas há males que vem para o bem. Eu cresci com isso, iniciei nossa atuação nas redes sociais e espero que ajude na divulgação da nossa pousada”, afirma Maria Cristina.

A microempresária revela que é uma espectadora cativa das lives com convidados oferecidas pelo Sebrae, além de já ter feito cursos e consultorias. Ela afirma que pretende utilizar o conhecimento adquirido para impulsionar seus negócios ao final da pandemia.

“O Sebrae sempre foi nosso parceiro. Agora que estamos sem funcionar, isso ficou ainda mais claro. Sempre que posso assisto as transmissões ao vivo. Fiz um curso de gestão financeira, já realizei consultorias e agora quero pegar dicas de como atuar nas redes sociais para chamar atenção dos clientes para a nossa ilha. Espero que a situação seja normalizada logo e possamos voltar a receber as pessoas”, declara.

Para a consultora do Sebrae/PR, Patrícia Albanez, os empresários devem entender que o mercado e a forma de consumir produtos e serviços mudou. Segundo ela, é importante que o empreendedor conheça as novas oportunidades que estão surgindo e atenda a essas demandas.

“É muito importante que eu olhe para o que eu faço, entenda o que o cliente precisa e utilize a criatividade para pensar em novas possibilidades. Além disso, esse é o momento de pensar na adaptação dos serviços para oferecer mais segurança para o cliente e comunicar isso de forma clara. E dentro desse cenário, para que o empresário possa inovar, é preciso que ele se capacite e consuma conteúdos de qualidade para seus negócios”, destaca ela.

Pernambuco tem 37.507 confirmações e 3.134 óbitos por Covid-19

Pernambuco confirmou, no último boletim divulgado nesta quinta-feira (4), 1.044 novos casos da Covid-19. Também foram constatadas 122 mortes de pacientes com o novo coronavírus no estado. Com isso, o número de confirmações da doença subiu para 37.507, enquanto o de óbitos passou para 3.134.

Dos casos confirmados nesta quinta (4), 243 são classificados como Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) e outros 801 foram considerados leves, de acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (SES). Com isso, o estado passa a ter 15.292 pacientes graves e 22.215 leves.

A taxa global de ocupação dos leitos para Covid-19 em Pernambuco chegou, nesta quinta, a 78%. Estavam com pacientes 97% das vagas em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e 68% das enfermarias.

Além disso, o boletim desta quinta registrou mais 1.425 pacientes recuperados do novo coronavírus em Pernambuco, totalizando 20.375 pessoas curadas da Covid-19. Desse total, 5.473 são de casos graves e 14.902 casos leves.

Até esta quinta, os casos graves confirmados da doença estavam distribuídos por 164 municípios pernambucanos, além do Arquipélago de Fernando de Noronha e da ocorrência de pacientes em outros Estados e países.

Mortes

Em relação às mortes, a SES explicou, por nota, que a alta no número desta quinta (4) está relacionada ao “atraso na informação dos óbitos pela rede hospitalar”, já que, dos 122 óbitos, 81 ocorreram entre os meses de abril e maio e 41 foram registrados ao longo dos últimos quatro dias.

Os novos óbitos confirmados são de pessoas que moravam nos seguintes municípios:

Recife (56), Jaboatão dos Guararapes (16), Cabo de Santo Agostinho (7), Gameleira (4), Goiana (3), Olinda (2), Abreu e Lima (2), Paulista (2), Camaragibe (2), Vitória de Santo Antão (2), Ipojuca (2), Araçoiaba (2), Ribeirão (2), Rio Formoso (2), São Bento do Una (2), São Lourenço da Mata (1), Igarassu (1), Timbaúba (1), Paudalho (1), Água Preta (1), Xexéu (1), Bonito (1), Cortês (1), Condado (1), Cumaru (1), Palmares (1), Sanharó (1), São Vicente Ferrer (1) e Serra Talhada (1), além de duas (2) mortes de pacientes de outros estados.

As mortes ocorreram entre os dias 17 abril e 3 de junho. Os pacientes tinham idades entre 25 e 107 anos de idade, além de uma criança (sexo masculino) de 5 anos.

Dos 122 pacientes que morreram, 90 apresentavam as seguintes doenças pré-existentes (comorbidades):

Hipertensão (61), diabetes (33), doença cardiovascular (17), tabagismo/histórico de tabagismo (10), câncer (7), histórico de AVC (4), doença pulmonar (4), doença renal (4), obesidade (4), doença de Alzheimer (3), doença de Parkinson (3), etilismo/histórico de etilismo (3), doença respiratória (2), esquizofrenia (1) e doença hepática (1).

Dezoito não apresentavam comorbidades e os demais estão em investigação pelos municípios. As faixas etárias são: 0 a 9 (1), 20 a 29 (1), 30 a 39 (4), 40 a 49 (13), 50 a 59 (10), 60 a 69 (27), 70 a 79 (30), 80 ou mais (36).

Com relação à testagem dos profissionais de saúde com sintomas de gripe, em Pernambuco, até agora, 10.856 casos foram confirmados e 11.779 descartados.

As testagens abrangem os profissionais de todas as unidades de saúde, sejam da rede pública (estadual e municipal) ou privada.

Fonte: G1 PE

Caruaru registra 772 casos de Covid-19, incluindo dois novos óbitos

A Secretaria de Saúde de Caruaru informa, nesta quinta (4), que até o momento foram realizados 2628 testes, sendo 772 confirmados para a Covid-19, incluindo dois novos óbitos: homem, 88 anos, sem comorbidades, falecido em 1° de junho, e homem, 59 anos, com comorbidades, falecido em 03 de junho.

Em investigação estão 196 casos e 1660 já foram descartados. Também já foram registrados 5342 casos de síndrome gripal, dos quais 1183 foram orientados a ficar em isolamento domiciliar.

A secretaria informa ainda que 584 pacientes já foram recuperados do novo coronavírus.

Governo retira R$ 83 milhões do Bolsa Família e destina à comunicação

Uma portaria publicada nesta quinta-feira (4), no Diário Oficial da União, suspende o repasse de R$ 83 milhões ao programa Bolsa Família e destina os valores para a comunicação institucional do governo federal. De acordo com o texto da medida, a suspensão da verba atinge diretamente famílias de baixa renda do Nordeste.

A decisão é assinada pelo Secretário Especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues Júnior. A medida, que ocorre em meio a pandemia de coronavírus, atinge diretamente pessoas mais pobres, que precisam dos recursos destinados a transferência de renda.

O governo oferece, em meio a diversos problemas de avaliação e de pagamentos, um auxílio emergencial de R$ 600. No entanto, essa ajuda é temporária, e deve ser prorrogada por apenas dois meses, com valores reduzidos. A transferência de recursos do Bolsa Família para à Presidência da República ocorrem em meio a acusações de que o governo Bolsonaro atua para prejudicar moradores carentes do Nordeste.

Uma decisão do ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), tomada em março deste ano, determina que o governo suspensa cortes do Bolsa Família no Nordeste e distribua os recursos de forma igualitária para todas as regiões do país.

O caso foi parar no Supremo após denúncias de que o Executivo só distribuiu 3% dos recursos destinados a novos pagamentos do programa para famílias nordestinas, e concentrou no Sudeste, região onde o presidente Jair Bolsonaro teve maior número de votos nas últimas eleições.

Diario de Pernambuco