‘É o caso de revogar’, diz Salles sobre despacho que regularizava invasões na mata atlântica

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, assinou na quarta-feira (3) a revogação de despacho que regularizava invasões até 2008 na mata atlântica.

A iniciativa, que era vinculada a parecer da AGU (Advocacia-Geral da União) e aplicava o Código Florestal, permitia, na prática, que fossem cancelados autos de infração ambientais.

Em entrevista à Folha, o ministro disse que invalidou o despacho e que o governo decidiu ingressar com uma ADC (Ação Direta de Constitucionalidade) no STF (Supremo Tribunal Federal), tentando assim evitar questionamentos jurídicos.
Nas últimas semanas, a decisão foi contestada por entidades ambientais e o Ministério Público Federal solicitou inclusive a sua anulação.

Na conversa com a Folha, o ministro reconheceu a dificuldade em reduzir o desmatamento da floresta amazônica neste ano, mas disse acreditar que a perspectiva é positiva para 2021. Ele minimizou licitação de R$ 1 milhão para a locação de carros blindados. “Todos os ministérios têm carro blindado. Um ministro de Estado andar de carro blindado é um caso de marajá?”, questionou.

*
PERGUNTA – Após anos seguidos de aumento do desmatamento no país, o que justifica a publicação de um despacho que anistia proprietários rurais que invadiram e destruíram a mata atlântica?
RICARDO SALLES – Neste caso, não se trata de anistiar quem desmatou. Trata-se de um conflito jurídico. Nós criamos no Brasil o Código Florestal, que foi a pacificação de uma série de conflitos e significou um caminho de segurança jurídica. A Lei da Mata Atlântica é de 2006 e o Código Florestal é de 2012. O Código Florestal dá um tratamento específico às chamadas áreas consolidadas, que já estavam ocupadas anteriormente à norma.

Em 2017, o então ministro do Meio Ambiente, Zeca Sarney, mudou o entendimento da pasta e passou a não mais aplicar o Código Florestal ao bioma mata atlântica, em desacordo com o entendimento anterior. A AGU [Advocacia-Geral da União] reformulou sua posição para reafirmar que o Código Florestal é, sim, aplicável à mata atlântica. E a posição jurídica da AGU é, para nós, vinculativa. O que fizemos aqui: apenas um despacho que reconhece a validade do parecer. Não cria nada novo, só restabelece o que vigorou de 2012 a 2017.

P – Mas essa posição tem gerado uma série de contestações judiciais.
RS – Sim, esse parecer gerou uma série de contestações judiciais em vários estados.
E a AGU está entendendo por bem ingressar com uma medida judicial específica para deixar claro se o Código Florestal deve ou não ser aplicado na Lei da Mata Atlântica e qual é o marco temporal, qual a data a partir da qual essa aplicação se dará.
Então, diante dessa novidade, nós entendemos aqui no Ministério do Meio Ambiente que é o caso de revogar o despacho e deixar que a ação seja julgada na forma que será proposta.

P – O que será especificamente esse pedido da AGU?
RS – O pedido é para que se esclareça judicialmente se se aplica ou não se aplica o Código Florestal ao bioma da Mata Atlântica. O parecer da AGU mostra que eles entendem que se aplica, mas eles querem uma manifestação judicial e constitucional.
Por isso que a AGU ingressará com a medida no STF. Eu assinei nesta quarta-feira (3) a revogação do despacho. Uma vez decidido pelo Supremo, esse assunto estará pacificado.

P – A decisão tem relação com o pedido feito pelo Ministério Público Federal para que o despacho seja anulado?
RS – O que aconteceu: várias ações foram ajuizadas em vários estados. E isso criou para os órgãos ambientais, tanto os estaduais como os federais, uma insegurança jurídica muito grande. Como ainda não teve nenhum efeito prático a decisão do parecer, já que nenhuma multa foi anistiada e nenhum processo foi cancelado, entendemos que, antes que essa insegurança jurídica cause prejuízos concretos à sociedade, é conveniente o ajuizamento de uma ação. Como é a própria AGU que havia feito o parecer, cabe a nós seguir e, por isso, revogo o despacho.

P – O parecer foi feito após pressão da CNA (Confederação Nacional da Agricultura). O sr. espera uma reação negativa do setor do agronegócio?
RS – Eles entenderam em todos os estados que têm o bioma da mata atlântica que essa judicialização está prejudicando muito. Então, eu tenho a impressão de que o setor vai entender e vai concordar com a estratégia da AGU agora de ingressar com medida judicial para acabar com a insegurança jurídica.

P – Neste ano, por causa do coronavírus, a maioria dos países deve reduzir a emissão de gases do efeito estufa. Em sentido oposto, o Brasil deve aumentar. Por que o governo tem tanta dificuldade em reduzir a emissão?
RS – Na verdade, a nossa contribuição para o volume total de gás de efeito estufa no mundo é de menos de 3%. Então, ainda que o mundo reduza, eles é que são responsáveis pelos 97% de emissões. Eles podem reduzir à vontade que continuam sendo os culpados, não somos nós.
O nosso aumento de gases, dentro do limite de 3%, se dá por causa de uma condição brasileira, que são as queimadas que ocorrem em nossos diferentes biomas e períodos sazonais. Então, vai ter queimada, como todo ano tem, e eventualmente esse aumento é o que impacta. A gente não pode entender que o mundo deixou de ser o vilão da emissão e passamos a ser nós os vilões. Isso não é verdade.

P – Haverá neste ano queda do desmatamento da floresta amazônica em comparação ao ano passado?
RS – Não. O que estamos fazendo, e o vice-presidente, Hamilton Mourão, é quem está à frente desse esforço, é combater a atividade ilegal com as forças federais.
Justamente porque, no ano passado e neste ano, nós pudemos contar muito menos com o apoio das forças estaduais, o que torna muito mais relevante o emprego das Forças Armadas. Eu acho que, a partir da medição do ano que vem, é possível [reduzir], como resultado do Conselho da Amazônia.

P – Até quando as Forças Armadas devem atuar na proteção da floresta amazônica?
RS – Essa é uma decisão que cabe ao presidente, não posso dizer. Mas é necessário que elas atuem o tempo que durar o período seco. Tem orçamento para isso.

P – Mesmo com um aumento de queimadas no país, por que caíram os gastos em atividades de inspeção florestal realizadas pelo Ibama?
RS – Não caíram. Isso é um erro. As pessoas estão repetindo isso, e não é verdade. O que aconteceu: os cortes orçamentários pegaram todos os ministérios. Eles variaram de 12% a 70%. Teve ministério que teve redução orçamentária de 70%. O Meio Ambiente foi um dos menores, teve 20%. Então, está longe de ser um dos que tiveram maior corte.
E tivemos a repatriação de recursos da Petrobras. Do total, R$ 430 milhões foram metade para o Meio Ambiente e a outra metade para a Agricultura.
O ministro Alexandre de Moraes, do STF, decidiu que essa verba deveria ser executada pelos estados da Amazônia. E ficou acordado que R$ 50 milhões ficariam no ministério.
Nós colocamos esse recurso integralmente na fiscalização do Ibama. Então, na verdade, tivemos um superávit.

P – O sr. se sentiu escanteado por ter sido retirado pelo vice-presidente, Hamilton Mourão, da presidência do comitê orientador do Fundo Amazônia?
RS – Fui eu quem sugeri.

P – Mas mudar no meio do caminho o articulador do acordo não prejudica as negociações com Alemanha e Noruega?
RS – Não prejudica. Eu tive todo o desgaste de apontar os erros e colocar um freio naquilo que estava errado. E isso desgasta o relacionamento. O que eu falei para o Mourão: “Vice-presidente, o senhor entra fresquinho nessa conversa, não teve nenhum desgaste. Recebe o alemão e o norueguês como se nada tivesse acontecido”.

P – Então, acha que a imagem que o sr. criou no exterior pode ter prejudicado?
RS – Não é imagem. Eu tive de fazer o trabalho duro. O trabalho difícil de dizer “não” alguém tem de fazer. É fácil dizer, depois que alguém já fez todo o trabalho duro, que é o cara da conciliação. Eu fui há duas semanas à Vice-Presidência, em uma reunião sobre o fundo. A proposta que o Mourão apresentou aos embaixadores é minha. Exatamente minha.
Só que eu sugeri: ‘Vice-presidente, pega a minha proposta e, lá embaixo, tira Ricardo Salles na assinatura e coloca Hamilton Mourão, que vai ser mas fácil’.

P – Quando deve sair o acordo?
RS – Eu acho que está avançando.

P – Em um momento no qual o país enfrenta uma crise econômica, por que foi feita uma licitação de R$ 1 milhão para a locação de carros blindados?
RS – Todos os ministérios têm carro blindado. Aqui também tinha. Venceu o contrato antigo e nós fizemos um novo. Um ministro de Estado andar de carro blindado é um caso de marajá?

P – Mas o que justifica?
RS – Todos os ministros andam de carro blindado. Eu sou ministro de Estado. Todo mundo sabe quem eu sou. Hoje eu fui caminhar na praça e reconheceram.

Folhapress

Petrobras reajusta em 5% preço do gás de cozinha

A Petrobras informou que vai reajustar em 5% o preço médio do gás liquefeito de petróleo (GLP) vendido pela companhia às distribuidoras a partir desta quinta-feira (4). Com isso, o preço médio da Petrobras será equivalente a R$ 24,08 por botijão de 13 quilos (kg). No acumulado do ano, a redução é de 13,4%, ou R$ 3,72 por botijão de gás de cozinha de 13 kg.

A Petrobras esclarece que igualou desde novembro de 2019, os preços do gás liquefeito de petróleo para os segmentos residencial e industrial/comercial e que o GLP é vendido pela Petrobras a granel. As distribuidoras são as responsáveis pelo envase em diferentes tipos de botijão e, junto com as revendas, são responsáveis pelos preços ao consumidor final.

Agência Brasil

Secretário de Pernambuco anuncia plano para retomada do ensino público estadual

Alunos saindo de escola na Estrutural, no Distrito Federal

A retomada das atividades da educação pública em Pernambuco deve ser feita por meio de um plano específico para o setor, que já está sendo elaborado pelo Poder Executivo e discutido com as entidades ligadas ao tema no Estado. As informações são do secretário de Educação, Frederico Amancio, que participou de debate realizado pela Comissão de Educação nesta quarta (3), por meio de videoconferência.

O gestor explicou que a complexidade da área exige um planejamento exclusivo para a comunidade escolar. “Temos que pensar como vai se dar o processo, etapa por etapa, quais os cuidados que devem ocorrer e também como isso vai impactar a reconstrução do calendário escolar”, observou Amancio. Ele afirmou que o Estado foi ágil em garantir a continuidade das atividades não presenciais por meio da internet e dos canais de TV aberta, mas reconheceu as limitações do método.

Segundo o secretário estadual, o novo calendário precisa contemplar as diferentes realidades. “Cada escola, a partir do aprendizado dos estudantes e da carga horária que foi possível avançar, vai estabelecer uma agenda de reposição, observando as diretrizes da Secretaria de Educação e Esportes”, pontuou. “Isso vai ser feito de forma individualizada e olhando as peculiaridades de cada uma das unidades de ensino.” Frederico Amancio ainda sinalizou que o ano letivo de 2020 deve se estender até meados de 2021. “Mas não muito, porque senão compromete o calendário do ano que vem”, complementou.

O presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação, Heleno Araújo, reforçou que nenhuma iniciativa pode ser excludente. Para além da aprendizagem, disse ele, as medidas precisam garantir a vida e a saúde da comunidade escolar. “Em Pernambuco, somando alunos e profissionais da educação dos setores público e privado, representamos 25% da população. Se você incluir as famílias, esse percentual aumenta muito”, assinalou.

A falta de treinamento para professores atuarem nas novas plataformas e a possibilidade de disseminação do vírus nas escolas preocupam o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação, Fernando Melo. “Se houver contaminação nesse ambiente, vai ter uma explosão de casos em todo o Estado”, vaticinou. Integrante do Conselho Estadual de Educação, Edivania Arcanjo informou que a entidade já discute uma resolução para auxiliar no retorno das aulas pós-pandemia, mas ponderou que o trabalho é extenso, com muitas variáveis a serem consideradas. “A educação prisional, a quilombola, a de jovens e adultos, a especial, a indígena, o Ensino Superior, todas essas modalidades devem ser contempladas”, lembrou.

Em nome dos alunos, Adriele Andrade, integrante da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), pediu que eles fossem ouvidos nas discussões. Ela fez um relato da situação emocional preocupante de grande parte dos colegas. “Muitos estão com depressão e ansiedade, o que vem prejudicando o processo de aprendizagem também”, comentou.

Folhape

Sesc Pesqueira promove aulas online de Circuito Funcional

Diante da pandemia do novo coronavírus, que obriga as pessoas a ficarem em isolamento social, muitos buscam alternativas para se manter em forma, mesmo sem frequentar as academias ou usar os equipamentos das praças públicas. Uma das opções será oferecida pelo Sesc Pesqueira, a partir desta quarta-feira (03/06). São aulas de circuito funcional com Felipe Perazzo e Hamilton Costa, ambos professores de educação física da unidade.

Nas aulas, os professores apresentam uma série de exercícios aeróbicos e localizados, divididos em estações. Felipe Perazzo transmite as aulas pelo Instagram, todas as quartas, às 18h, pelo perfil @felipeperazzo.bjj. Já Hamilton Costa mostra suas aulas pelo aplicativo Zoom, de segunda a sexta, em três horários: 18h, 19h e 20h (neste caso, para ter acesso, os interessados precisam solicitar a senha ao Sesc Pesqueira pelo telefone (87) 3835.1164).

“As aulas podem ser feitas em qualquer espaço da casa, desde que longe de objetos que possam causar acidentes. E para participar delas, é importante que a pessoa já tenha um bom condicionamento físico porque são aulas de nível intermediário”, explica José Andreilson Miranda, instrutor de atividades esportivas e recreativas do Sesc Pesqueira.

Sesc – O Serviço Social do Comércio, seguindo as orientações de isolamento social determinadas pelo Governo de Pernambuco, em razão da pandemia do novo coronavírus, está realizando seus trabalhos em regime home office. Ações das cinco áreas fins da instituição (Educação, Cultura, Lazer, Assistência e Saúde) estão sendo realizadas com o auxílio de plataformas digitais, que contribuem para que a interação não seja interrompida. Aulas gratuitas de Pré-Enem e cultura, além do conteúdo da Educação Infantil e Ensino Fundamental estão sendo transmitidos à distância, assim como dicas de leitura, atividades físicas, brincadeiras e jogos. Profissionais da saúde estão repassando informações educativas de prevenção e combate ao Covid-19 para o público infantil, jovem, adulto e idoso. Ao mesmo tempo, o Banco de Alimentos da instituição está em campanha, em todo o estado, para arrecadar cestas básicas, alimentos não-perecíveis e produtos de limpeza e itens de higiene. Para conhecer mais sobre o Sesc e saber de novas decisões e determinações neste período de quarentena, acesse www.sescpe.org.br.

Serviço – Aulas de Circuito Funcional do Sesc Pesqueira

Programação:

Aulas do professor Felipe Perazzo – quartas, às 18h

Live pelo Instagram @felipeperazzo.bjj

Aulas do professor Hamilton Costa – de segunda a sexta, às 18h, 19, e 20h

Transmissão pelo aplicativo Zoom (solicitar acesso pelo telefone (87) 3835.1164)

Pedidos de falência sobem 30% em maio, diz Boa Vista

Os pedidos de falência avançaram 30% em maio, na comparação com abril, segundo dados com abrangência nacional da Boa Vista. Mantida a base de comparação, os pedidos de recuperação judicial e as recuperações judiciais deferidas aumentaram 68,6% e 61,5%, respectivamente. Por outro lado, as falências decretadas registraram queda de 3,3% na variação mensal.

Na análise acumulada em 12 meses, os pedidos de recuperação judicial apresentaram alta de 3,7%, assim como as recuperações judiciais deferidas (2,4%). No sentido contrário, os pedidos de falência caíram 25% e as falências decretadas 21,6%, mantida a base de comparação.

De acordo com os resultados acumulados em 12 meses, ainda se observa a continuidade da tendência de queda nos pedidos de falência e falências decretadas. No entanto, esse movimento estava atrelado à melhora nas condições econômicas apresentada entre 2017 e o início deste ano. Agora, com os impactos econômicos causados pela chegada do novo coronavírus, e como já observado na análise mensal, a tendência é de que as empresas encontrem maiores dificuldades em dar continuidade a esse movimento nos próximos meses.

Metodologia
O indicador de falências e recuperações judiciais é construído com base na apuração dos dados mensais registrados na base do SCPC, oriundos dos fóruns, varas de falências e dos Diários Oficiais e da Justiça dos estados.

A série histórica deste indicador se inicia em 2006 e está disponível em:
http://www.boavistaservicos.com.br/economia/falencias-e-recuperacoes-judiciais/

Seis pontos imperdíveis de ecoturismo no Uruguai

Respirar o ar puro das “Sierras de Las Ánimas”, fazer trilha na “Quebrada de los Cuervos”, seguindo até os riachos ou passear a cavalo pelos cerros, tocar a água com as mãos ao avistar as mais de 400 aves imperdíveis que oferece Uruguai são uma deliciosa recompensa após cumprir a quarentena.

Um destino, várias experiências para desfrutar a uma curta distância. O Uruguai propõe 6 destinos imperdíveis para visitar virtualmente, e mais para frente estar após tudo isso passar.

Ser recebido por um anfitrião local com chá ou café e uma atenção caseira recém assada é o início de uma experiencia única, que cumpre as expectativas de segurança e confiança para toda a família. Enquanto isso, podemos curtir no conforto de casa a beleza e atração desse segmento no Uruguai, pelo canal de youtube Uruguay Natural TV ou selecionar alguma das 50 escapadas pelo Guía Vacaciones en Familia Uruguay para as próximas férias.

A busca por espaços ao ar livre, por práticas de atividades típicas de cada lugar, conhecer as tradições e simplesmente observar a fauna e flora de um destino facilitam um descanso perfeito e parece ter mais sentido depois da pandemia.

Quebrada de los Cuervos

Se o que o visitante procura é paz e sentir a Natureza, a “Quebrada de los Cuervos” se tornará o destino ideal para presenciar a majestosa paisagem. Esse paraíso escondido é um acidente geográfico que combina uma fenda aberta pelo arroio “Yerbal Chico e Sierras Agrestes”.
Um destino de aventura, para experimentar a natureza de perto e apreciar 180 espécies de aves, mamíferos, anfíbios e peixes. Entre os serviços disponíveis se encontram: trilha, observação de aves, atividades de educação ambiental, centro de visitantes, serviço de guarda florestal, camping e cabanas. Também existem algumas restrições: como a entrada com animais de estimação, caça, pesca, fogueiras e recolocação de plantas.

Como chegar?

A 45 quilômetros da cidade de “Treinta y Tres”, acesso pela Rota 8 quilômetro 306, desviando pelo quilometro 24 a Oeste por uma estradinha.

Visitas guiadas: turismo33.gub.uy/

Laguna de Rocha

Um lugar, a somente 8 quilômetros de “La Paloma”, onde convivem uma grande variedades de aves autóctones e migratórias, por esse motivo é considerada a Biosfera para Educação, Ciência e Cultura pela Organização das Nações Unidas. A vegetação é abundante e se encontra cerca de 200 tipos de aves para avistamento em um trajeto curto. Além de pescar e contar com passeios em barco guiado pelos pescadores. Não se pode ir embora do local sem antes provar “La cocina de la Barra”, onde se preparam pratos artesanais com produtos do mar, elaborados por um empreendimento de mulheres da comunidade.

Como chegar?

Acesso na intersecção das rotas 10 e 15, no quilometro 8, indo para o leste por um caminho de terra. Dali outro caminho permite aproximar-se da barra, onde e possível observar a fina faixa de areia que separa do oceano.

+ info y reservas: Beatriz Ballesteros (+598)095 669 936) – Cecilia Laporta (+598)099

065 254)

O Monte de Ombúes

Percorrer o maior agrupamento de “Ombúes” – árvore nativa da Região, na zona do Prata é uma aventura que transporta e conecta diretamente com a natureza. É habitual encontrar raposas, gambás, doninhas, gatos selvagens e lagartos, entre outros animais. Os Ombúes que não crescem juntos, nesta região é uma exceção.

São 20 quilômetros beirando a “Laguna de Castillos”, localizado em Rocha. É possível acessar por bote ou lancha pelo “Arroyo Valizas” ou de alguns estabelecimentos particulares da zona.

Como chegar?

O ponto de partida do trajeto é a ponte sobre o “Arroyo Valizas”, que conecta a “Laguna Castillos” com o Oceano Atlântico e se localiza no quilometro 267 da Rota 10. Dali, vários botes saem rumo ao “Monte de Ombúes” em horários diurnos, sempre com um mínimo de seis passageiros.

+ info: http://turismorocha.gub.uy/de-interes/vacaciones-de-invierno-en-familia-en-rocha-6-planes-imperdibles-67

Valle del Lunarejo

Maravilhar-se com os riachos moldados pela água, as colinas com topos achatados e a vegetação exuberante do Parque Natural Regional do “Valle del Lunarejo”. Um destino imperdível para os amantes da conservação, com mais de 200 espécies de vertebrados identificadas, entre elas animais que não se encontram em nenhum outro lugar do Uruguai.

Como chegar ao “Valle del Lunarejo”?

No departamento de Rivera, próximo ao limite com Artígas e Salto. Acesso pela Rota 30 próxima a “Masoller” e “Tranqueras”.

Grutas del Palacio

Destino aconselhado para aqueles amantes da geologia, paleontologia e arqueologoa. Os turistas poderão visitar antigas covas formadas há 66 milhões de anos com pinturas rupestres, desfrutar de paisagens e observar os grandes lagos existentes no Geoparque, que conta com um reconhecimento da UNESCO.

Para admirar a falha geológica de mais de um quilometro de extensão deve-se chegar a Flores e tomar a Rota 3 até o quilometro 236, a 46 km destino ao norte da cidade de Trinidad.

A somente 3 km de Trinidad, está a Reserva Rodolfo Tálice, que tem uma superfície de 75 hectares, alberga ao redor de 1500 animais de mais de 150 espécies diferentes, predominando a fauna local.

Parque Nacional Esteros de Farrapos e Ilhas do Rio Uruguay

Conta com várias ilhas e constitui o último refúgio do Puma no Uruguai, é a única área protegida onde existe registros de aguará-guazú. “O Parque Nacional de Los Esteros de Farrapos e Islas del Río Uruguay” está composto por 17.496 hectares de flora e fauna nativa, típico da costa do meio, próximo ao rio Uruguai.

É considerado a porta de entrada para observar as aves no Uruguai na região litorânea do país (chamada “Corredor de los Pájaros Pintados”), dado que ali confluem 5 ecossistemas.

O Parque Nacional se desenvolve entre dois povoados, “Nuevo Berlín” ao Sul e San Javier ao Norte, este último originado da antiga colônia de imigrantes russos que chegou ao país em 1913 e que, ainda hoje, conserva algumas de suas tradições.

A localidade conta com a estação fluvial de “Nuevo Berlín” para desenvolvimento da atividade náutico-recreativa no Rio Uruguai, com um centro de informação ao turista.

Como chegar?

Para entrar no parque, pe necessário fazer-lo desde “Nuevo Berlín”, a 45 km da cidade de Fray Bentos (no departamento de Río Negro), pela Rota Nacional Nº 20.

Ciência investiga a genética do novo coronavírus e origem de transmissão da covid-19

Desde que foram relatados os primeiros casos de humanos com covid-19, na cidade de Wuhan, província de Hubei, na China, em dezembro de 2019, pesquisadores e órgãos internacionais de saúde investigam a origem da transmissão da doença. Logo que surgiram os primeiros casos, a suspeita divulgada foi de que a contaminação estaria associada à venda de animais silvestres para o consumo humano no mercado chinês de frutos do mar da cidade chinesa.

No entanto, segundo o médico-veterinário Ricardo Dias, professor do Laboratório de Epidemiologia e Bioestatística, da Faculdade de Medicina de Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo (FMVZ-USP), os primeiros casos de covid-19 não foram de pessoas com histórico de contato no mercado de Wuhan. “Uma teoria alternativa, proposta pela comunidade científica, é a de que tenha havido a transmissão zoonótica em outro local. Quando alguns infectados foram ao mercado, aí, sim, teriam transmitido para mais pessoas, espalhando a doença pela cidade”, explica.

Segundo a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE, sigla em inglês), até o momento, a fonte ou a rota original de transmissão ao ser humano não é conhecida com exatidão. As pesquisas, entretanto, sugerem que, de acordo com os dados da sequência genética do novo coronavírus (SARS-CoV-2), ele poderia ter emergido de uma fonte animal e seria um parente próximo de outros coronavírus encontrados em populações do morcego-ferradura (Rhinolophus affinis).

Numa série de sete vídeos disponíveis no YouTube, Dias, que é doutor em Epidemiologia Experimental Aplicada às Zoonoses, fala sobre o genoma dos diferentes coronavírus existentes e como está sendo para a ciência o enfretamento desse novo tipo. Assista.

Origem

De acordo com nota produzida pelos integrantes da Comissão Nacional de Animais Selvagens, do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CNAS/CFMV), os estudos genéticos revelaram que os morcegos hospedam um tipo de vírus muito semelhante ao SARS CoV-2, que possivelmente infectou uma outra espécie animal, dando origem a uma recombinação genética que resultou no vírus responsável pela pandemia. No entanto, a comissão destaca que a identidade de qualquer hospedeiro intermediário que possa ter facilitado a transmissão para humanos ainda não foi comprovada, assim como a sua forma de transmissão.

Para a CNAS, a transmissão animal-humano da covid-19 ainda precisa ser mais bem estudada. “Mas o pangolim (Manis sp.) vem sendo apontado como um possível hospedeiro intermediário do vírus, porém, ainda sem consenso entre os pesquisadores”, pondera a nota da comissão.

A médica-veterinária Hilari Hidasi, presidente da Associação Brasileira de Veterinários de Animais Selvagens (Abravas), reforça que ainda está sob investigação o surgimento desse novo coronavírus. Ela esclarece que as “pesquisas mostraram que o coronavírus encontrado em morcego tem 96% de similaridade com o SARS-CoV-2, porém, a proteína S, que constitui o receptor pelo qual o SARS-CoV-2 se liga nas células do homem, é diferente nesse vírus encontrado no morcego”. Ela acrescenta: “É importante dizer que essa espécie de morcego (R. affinis), na qual se detectou o vírus, é endêmica da China e estava em período de hibernação na época de aparecimento”.

Sobre a origem da transmissão, Hidasi concorda com a CNAS e diz que a suspeita é de que o coronavírus do morcego teria sido transmitido primeiro ao pangolim (Manis javanica), pois o R. affinis não estaria presente no mercado chinês durante a investigação. Já o pangolim teria sido encontrado no local, fruto de importação ilegal, e nessa espécie teriam identificado um coronavírus com a proteína S similar ao do SARS-CoV-2.

“Porém, o SARS-CoV-2 ainda tem um sítio de clivagem polibásico, não presente nos coronavírus encontrados no morcego e pangolim. Ou seja, a teoria mais aceita pelos cientistas é de que ocorreu nesses animais uma seleção natural para adquirir esse sítio antes da transmissão ao homem. Isso seria possível, pois há muitos tipos de coronavírus existentes em populações de animais de vida livre”, explica Hidasi.

Na visão do professor Dias, evidências apontam para o pangolim, entretanto há outros animais que poderiam ter sido hospedeiros intermediários, incluindo animais domésticos e silvestres. “Vários deles sabidamente se infectam e poderiam ter transmitido o SARS-CoV-2 a humanos”, afirma.

O fato é que, em 2012, quando ocorreu o surto de Síndrome Respiratória no Oriente Médio, causado pelo coronavírus MERS-CoV (Middle East respiratory syndrome-related coronavirus), a transmissão se deu de morcegos a camelídeos e, depois, para humanos. Dez anos antes, a Síndrome Respiratória Aguda Grave na China, causada pelo SARS-CoV-1, também tinha o morcego como reservatório, que a transmitiu a civetas (animais consumidos como fonte de proteínas) e das delas para os humanos.

“Dentre os 38 coronavírus conhecidos, 22 foram descobertos na China. Os coronavírus que têm capacidade de se ligar ao receptor ACE2 no homem [proteína presente no corpo humano, especialmente no pulmão, que atua como receptor do coronavírus] são os mais estudados, por causa do seu potencial zoonótico, e eles foram todos isolados em morcegos do gênero Rhinolophus sp., que têm distribuição cosmopolita [pode ser encontrado praticamente em qualquer lugar do mundo]”, afirma Hidasi.

A médica-veterinária explica que o sistema imune dessa espécie de morcego é diferenciado, por conta da sua adaptação para o voo, o que a torna ainda mais suscetível a diferentes vírus, quando comparada a outros mamíferos. Ao mesmo tempo, essa mesma capacidade de voo e migração favorece a disseminação do vírus.

Dias acrescenta que os morcegos são tão suscetíveis aos vírus quanto outros mamíferos. “Porém seu sistema imune é mais complacente, lidando de forma diferente com infecções virais e a resposta inflamatória”, diz o professor da USP.

“O histórico das epidemias por coronavírus, a ocorrência dos morcegos e a proximidade e relação entre possíveis hospedeiros, como animais sendo consumidos como alimento, e grande densidade populacional, facilitam a mutação viral e sua dispersão, seja por contato direto ou por fômites contaminados [qualquer objeto inanimado ou substância capaz de absorver, reter e transportar organismos contagiantes ou infecciosos de um indivíduo a outro]”, conclui a presidente da Abravas.

Efeitos da covid-19 deixam indústrias metalmecânicas sem quase nenhum faturamento

O Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Pernambuco – Simmepe divulgou na quarta-feira (3) os resultados de uma pesquisa realizada para avaliar os impactos da pandemia do novo coronavírus. O setor reúne mais de 2 mil indústrias incluindo desde gigantes como siderúrgicas e estaleiros, até pequenas empresas como serralharias e prestadores de serviços de usinagem.

Segundo o presidente do Simmepe, Alexandre Valença, o levantamento identificou que os efeitos da pandemia deixaram 32% das empresas ouvidas praticamente sem nenhum faturamento devido a queda drástica na demanda do mercado. Para outros 28%, a queda nas receitas ficou entre 21% e 50%. Apenas 8% registraram faturamento normal ou muito próximo ao normal.

A pesquisa identificou também que, junto com a retração no faturamento, o nível de utilização da capacidade produtiva registrou uma queda significativa. “Nada menos do que 56% das empresas estão trabalhando com menos de 30% de sua capacidade instalada”, destaca Valença. Além disso, 13% utilizam atualmente menos 50% de suas máquinas.

“Os dados são preocupantes principalmente por que a tendência é de que haja uma queda cada vez maior no faturamento tendo em vista que o cenário atual revela que o mercado ainda está longe da normalidade”, avalia Valença.

Para ele, as decisões dos governos em relação flexibilização de convívio das atividades econômicas com a Covid-19 deveriam levar em consideração o que se tem observado com as pessoas que trabalham nas diversas atividades econômicas que não ficaram paralisadas nestes últimos 80 dias.

“Indústrias, supermercados, pequenos comércios de alimentos, farmácias e postos de gasolina continuaram funcionando seguindo as recomendações de afastamento e, pelo que se observa, não foram registrados índices de contaminação fora do normal nos funcionários. Acho que esses segmentos podem funcionar como um grande laboratório do qual podem ser colhidas informações importantes para nortear a retomada das atividades econômicas”, afirma o empresário.

Outros dados da pesquisa revelam que, para fazer frente a queda no faturamento, as empresas foram obrigadas a tomar várias medidas com o objetivo de redução de custos. De acordo com o levantamento, 64% das empresas ouvidas realizaram demissões e 12% ainda não demitiram, mas com certeza irão dispensar funcionários. Por outro lado, 24% afirmaram que não pretendem demitir. Entre as empresas que demitiram, 21,1% informaram que a redução no quadro de pessoal é de aproximadamente de 50%.

Com relação aos benefícios criados pelo Governo Federal para dar suporte às empresas prejudicas pelos efeitos da pandemia na economia do País, 41,7% adotaram a redução de jornada e salário,

41,7% aderiram à prorrogação do pagamento de impostos, 62,5 % suspenderam contratos de trabalho, 20,8% deram férias coletivas, 50% deram férias para parte dos colaboradores e 58,3% adotarão jornada de trabalho domiciliar (home office).

Entre as indústrias pesquisadas, apenas 12% conseguiu ter acesso a alguma linha de crédito emergencial lançada pelo governo e 40% estão tentando, mas ainda não conseguiram. Os 48% restantes não tentaram obter o benefício. Das 12% que conseguiram acesso ao crédito, 66% eram pequenas empresas e, o restante, grande.

De acordo com o levantamento feito pelo Simmepe, as empresas ouvidas adotaram as medidas estabelecidas pelas autoridades sanitárias para combater a covid 19, tais como afastamento do grupo de risco, reforço da higienização, uso de máscara, uso de álcool gel.

Caruaru Shopping aberto com tês operações : Big Bompreço, Lojas Americanas e Caixa

O Caruaru Shopping, nesta época de pandemia devido ao coronavírus, está com apenas algumas operações funcionando. São elas: Big Bompreço, Lojas Americanas e agência da Caixa Econômica Federal.

O Big Bompreço está aberto todos os dias, das 8h às 20h. A Lojas Americanas funciona de segunda-feira a sábado, das 9h às 20h, e domingos e feriados, das 12h às 20h. Já a Caixa recebe os clientes de segunda a sexta, das 9h às 14h.

“A entrada para quem deseja utilizar um desses serviços é diferenciada. Para ter acesso ao Big Bompreço, o centro e compras e convivência disponibiliza dois acessos exclusivos. Um é pelo corredor da entrada social próxima a academia e o outro acesso é pela lateral do hipermercado.Dispondo também de hig contam com entradas identificadas na parte posterior do shopping. Em caso de dúvidas o shopping dispõe de seguranças e porteiros próximo as estes espaços para orientar os clientes. “, explicou Walace Carvalho, gerente de Marketing do centro de compras e convivência.

O Caruaru Shopping está localizado na Avenida Adjar da Silva Casé, 800, Bairro Indianópolis.

Mais antiga estrutura de civilização maia é encontrada no México

Imagem aérea do sítio maia Aguada Fenix, ​no Estado de Tabasco, no México

Usando um método de medição aérea remota, cientistas descobriram a maior e mais antiga estrutura da antiga civilização maia de que se tem conhecimento: uma plataforma elevada retangular colossal construída entre 1.000 e 800 a.C. no estado mexicano de Tabasco.

A estrutura, ao contrário das altas pirâmides maias de cidades como Tikal, na Guatemala, e Palenque, no México, erguidas cerca de 1.500 anos atrás, não foi feita de pedra, mas de argila e terra, e provavelmente era usada para rituais em massa, disseram pesquisadores nessa quarta-feira (3).

Situada em local chamado Aguada Fenix, perto da fronteira com a Guatemala, a estrutura media quase 400 metros de largura, 1.400 metros de comprimento e entre 10 e 15 metros de altura. Seu volume total ultrapassava o da Grande Pirâmide de Gizé, no Egito, construída 1.500 anos antes.

Não havia sinais de esculturas retratando indivíduos notáveis, o que sugere que, àquela altura, a cultura maia era mais comunal (bens e modos de produção coletivos) e só mais tarde desenvolveu a desigualdade social e uma sociedade hierarquizada, liderada pela realeza, segundo os pesquisadores.

“Por ela ser tão larga horizontalmente, se você caminha por ela, parece uma paisagem natural”, disse Takeshi Inomata, arqueólogo da Universidade do Arizona que liderou a pesquisa publicada no periódico científico Nature. “Mas sua forma surge belamente no ‘Lidar'”.

Lidar, uma abreviação de Detecção e Alcance de Luz, é uma técnica de medição remota que emprega pulsos de laser e outros dados obtidos sobrevoando um local, para gerar informações tridimensionais sobre a forma das características da superfície.

Nove estradas e uma série de reservatórios eram ligados à estrutura. Algumas partes rurais de Aguada Fenix estão cobertas por pastagens hoje em dia, e outras estão arborizadas.

“É provável que muitas pessoas de áreas próximas se reunissem para ocasiões especiais, possivelmente ligadas a ciclos do calendário”, disse Inomata. “Os rituais provavelmente envolviam procissões ao longo das estradas e dentro da praça retangular. As pessoas também depositavam objetos simbólicos, como machados de jade, no centro do planalto”.