Consumidores priorizam o pagamento de contas básicas da casa

As contas de concessionárias, como as de água, luz, gás, telefone e internet, são as despesas com os pagamentos priorizados pelo consumidor brasileiro neste momento de pandemia da COVID-19, de acordo com uma nova pesquisa feita pela Boa Vista. As contas básicas da casa são mencionadas como prioridade por 43% dos entrevistados no estudo, que ouviu cerca de 450 consumidores de todo o Brasil, ao longo do mês de abril.

Em segundo lugar, estão as contas pagas por boletos, como as de condomínio, aluguel, plano de saúde, educação, IPVA, IPTU, seguros, planos de previdência, entre outros, com 30%. Já o pagamento do cartão de crédito ficou em terceiro lugar, com 13%. Financiamentos, empréstimos e crediários são as contas menos priorizados pelo consumidor neste momento.

Entre as contas com os pagamentos priorizados, os entrevistados responderam quais exatamente pretendem pagar. Dentre os que vão privilegiar as contas de concessionárias, 72% citam a de luz. Seguidos das de água (63%) e de TV a cabo e Internet (42%).

Já entre os respondentes que vão escolher o pagamento de boletos, as prioridades serão o aluguel da casa e os planos de saúde, com 33% respectivamente. No caso do cartão de crédito, os cartões concedidos por bancos serão priorizados.

Hipótese de desemprego e queda na renda
No caso de uma eventual perda de emprego por conta da crise gerada pela pandemia, a maioria dos consumidores (41%) diz que seguirá priorizando as contas de concessionárias, seguidas dos boletos (30%), dos financiamentos (11%), do cartão de crédito (10%), empréstimos (6%) e crediários (2%).

Já em um eventual cenário de queda na renda familiar em decorrência da pandemia da COVID-19, o cenário é parecido, mas não idêntico: 45% vão priorizar as contas de concessionárias, 30% os boletos, 11% o cartão de crédito, 8% os financiamentos – nesta hipótese os financiamentos vêm depois do cartão de crédito –, 5% os empréstimos e 1% os crediários.

Consulta de score e CPF

Consumidores que já enfrentam dificuldades para manter o pagamento das contas em dia ou que já têm alguma conta com débito em aberto podem consultar, gratuitamente, como está a situação do CPF ou mesmo do score (nota de crédito) no site www.consumidorpositivo.com.br ou no aplicativo Boa Vista Consumidor Positivo, disponível nas lojas Google Play e App Store.

Metodologia

A pesquisa sobre as contas que priorizadas durante a pandemia do novo coronavírus foi feita pela Boa Vista de forma quantitativa entre 9 e 15 de abril de 2020, com cerca de 450 consumidores de todo o Brasil. Para a leitura dos resultados considerar cerca de 3 p.p. (pontos percentuais) de margem de erro e 80% de grau de confiança.

Associação Comercial de Pernambuco promove lives para fortalecer comércio

Com as lojas fechadas desde o dia 19 março, a Associação Comercial de Pernambuco (ACP) pensa em alternativas para fomentar o desenvolvimento do Estado e das empresas do comércio pernambucano. Com esse intuito, irá promover uma série de lives em seu Instagram (@nossaacp), com temáticas importantes para economia local. O professor Otávio Moraes, conselheiro da ACP, irá coordenar os debates.

A primeira edição será realizada nesta sexta-feira (22), às 16h, no Instagram da associação. Ernesto Lima Cruz, superintendente do Banco do Nordeste em Pernambuco, será o convidado desta edição, que terá a temática: Linhas de Empréstimos BNB para a Crise. A ACP irá promover uma média duas lives por semana.

Segundo Otávio Moraes, a ação será um momento para fortalecer as empresas durante a crise e pós-crise. “Queremos preparar as empresas, ao todo, para passar a crise e se organizar para os pós crise. Iremos promover lives sobre a busca de empréstimos com bancos, organização financeira e a adaptação ao novo comportamento do consumidor, durante e pós-crise. A ideia de fazer quatro lives em cada tópico”, destacou.

A Associação Comercial de Pernambuco – ACP é a mais antiga entidade associativa do setor empresarial de Pernambuco, tendo sido fundada em 1839. Desde seus primeiros anos de vida, a ACP teve com princípio e como estratégia organizacional e de trabalho atuar de forma associativa e com a interação, a mobilização e a participação articulada da classe empresarial pernambucana.

Exército auxilia na desinfecção de espaços da Funase em Petrolina

A Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase), ligada à Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude (SDSCJ), vem mantendo os cuidados necessários com a limpeza e a higienização das unidades espalhadas em todo o Estado por meio de iniciativas próprias e de parcerias com outras instituições. Nesta semana, por exemplo, o Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) Petrolina, no Sertão pernambucano, recebeu o apoio do 72º Batalhão de Infantaria Motorizado do Exército Brasileiro para ajudar na tarefa de combater possíveis focos de transmissão da Covid-19, infecção causada pelo novo coronavírus.

Água sanitária, sabão e álcool 70% foram usados para higienizar a área administrativa, o bloco pedagógico, o pátio de convivência e os alojamentos dos socioeducandos e dos funcionários. Todos os militares participantes da ação realizaram a limpeza utilizando equipamentos de proteção individual (EPIs) e aplicaram o produto com mangueiras a jato. Além disso, na unidade, a Funase está promovendo campanhas de conscientização com os adolescentes atendidos. Já foram realizadas entregas de kits de higiene, distribuição de cartazes e folders e rodas de conversas, com número reduzido de participantes, sobre como evitar o contágio.

Segundo a coordenadora técnica do Case Petrolina, Marineide Barbosa, a parceria deve se repetir. “Enviamos um ofício para o comandante do batalhão e recebemos uma resposta positiva. Todos os meses, o grupo virá até a nossa unidade e dará esse apoio tão necessário neste momento. A ação veio, sem dúvidas, para contribuir com a prevenção entre os jovens e funcionários”, disse.

Além desse apoio, a desinfecção de espaços físicos da Funase tem sido feita com pulverizadores adquiridos pela instituição. Desde abril, esse procedimento já foi realizado em instalações situadas no Grande Recife, na Zona da Mata e no Agreste do Estado.

Imagem: Divulgação

Caruaru tem Selo Casa Azul em empreendimento no bairro Indianópolis

Sao Paulo_MG, 04 de junho de 2019
MRV – Livro 40 anos
Na foto, as obras do Grand Reserva Paulista, o maior empreendimento da MRV
Imagen: Bruno Correa / NITRO

Conectada às demandas ambientais e comprometida com a aplicação de práticas sustentáveis em seus empreendimentos, a MRV conquista seu primeiro Selo Casa Azul + CAIXA em Pernambuco. Ele foi concedido ao Parque Caminho das Aroeiras, no bairro de Indianópolis, em Caruaru.

A certificação é concedida a projetos imobiliários que prezem pela eficiência completa no empreendimento, desde a concepção até a moradia e manutenção. Lançado em 2018, o Parque Caminho das Aroeiras está em fase de conclusão de obras e integra a linha Eco, que reúne nos produtos atributos de sustentabilidade, economicidade, segurança, mobilidade e acabamento diferenciado.

Para conceber o Selo Casa Azul, a instituição financeira considerou as soluções urbanísticas e arquitetônicas, bem como o uso racional e eficiente dos recursos. Entre os destaques do empreendimento estão a entrega do sistema de energia solar fotovoltaica para uso nas áreas comuns, com o objetivo de oferecer energia limpa e mais barata que a elétrica; dispositivos para redução de consumo de água e energia, como lâmpadas de LED, sensores de presença, torneiras e descargas eficientes; medição individualizada de água e gás, além da entrega de bicicletário para melhoria de mobilidade e promoção da saúde e ações de melhorias no bairro, beneficiando toda a comunidade.

A MRV é uma empresa que investe em projetos sociais, ações ambientais, assim pensando em novas perspectivas na qualidade de vida dos brasileiros. Além da certificação do Selo Casa Azul + Caixa, a empresa integra pelo quarto ano consecutivo a carteira do ISE da B3 devido ao compromisso com o desenvolvimento Sustentável. “Essa certificação reforça ainda mais as características sustentáveis do empreendimento e sua qualidade. Além disso, será possível garantir benefícios econômicos para os nossos clientes, contribuindo para uma maior satisfação com suas moradias”, afirma Raphael Lafeta, Diretor Executivo de Sustentabilidade e Relações Institucionais da MRV.

Sobre a MRV – Ao longo de 40 anos de história transformando a vida de milhares de pessoas por meio da casa própria, a MRV, maior construtora da América Latina, se tornou uma plataforma de soluções habitacionais capaz de fornecer a opção de moradia que melhor se adapte ao momento na vida dos brasileiros, seja com a aquisição de apartamentos prontos ou na planta, pela compra de um terreno em loteamentos completamente urbanizados pela Urba, ou mesmo alugando imóveis especialmente pensados, com inúmeros serviços, pela sua startup Luggo, totalmente digital e sem burocracia.

Fábricas de confecção do Agreste e da RMR fornecem novas 300 mil máscaras a ações do Governo de Pernambuco

Doze fábricas dos Agrestes Setentrional e Central são as primeiras fornecedoras de máscaras de tecido, vendendo diretamente à Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (AD Diper), por meio de credenciamento público ainda aberto aos interessados. Juntos, esse grupo produziu 240 mil itens, ou seja, 80% do total de 300 mil que formam a encomenda inicial para diversas ações em curso do Governo do Estado no combate aos efeitos da Covid-19. Os 20% restantes virão do Recife. Nesta quinta-feira (21/5), chegou a primeira remessa de 20 mil máscaras. As fábricas têm até 5 de junho para entregar todos os pedidos. A meta da AD Diper é comprar até 1 milhão de peças.

Nesta primeira rodada de fornecimento, a produção foi adquirida de cinco empresas de Caruaru, localizado no Agreste Central; quatro de Santa Cruz do Capibaribe, uma de Limoeiro; outra de Toritama e uma de Surubim, municípios integrantes do Agreste Setentrional. Representando a Região Metropolitana, a lista conta com três confecções do Recife.

O presidente da AD Diper, Roberto Abreu e Lima, convoca mais empresas para ampliar o alcance do processo. “Queremos que as confecções de vários municípios participem. Encontramos uma forma de ajudar as pequenas fábricas e quem está na ponta do combate à pandemia”, completa.

Segundo as regras do edital, disponível para os interessados no site da AD Diper (www.addiper.pe.gov.br), serão adquiridos lotes com 20 mil máscaras cada, por empresa, podendo chegar a 50 (cinquenta) lotes com a mesma quantidade. Dessa forma, um número bem maior de empresas poderá se habilitar a fornecer o insumo.

Os interessados em participar deverão encaminhar o Formulário de Credenciamento disponibilizado no site da AD Diper, preenchido eletronicamente e acompanhado dos documentos de habilitação indicados, para correio eletrônico mascaraparatodos@addiper.pe.gov.br.
A Agência está comprando somente produtos das empresas do ramo que detenham o selo de qualidade que atesta padrão de conformidade reconhecido pelo Núcleo Gestor da Cadeia Têxtil e de Confecções de Pernambuco (NTCPE), em virtude da parceria já estabelecida com essa entidade. Desde abril, as duas instituições, juntamente com a SDEC, vêm desenvolvendo o Programa Máscara Para Todos, por meio do qual mais de 100 empresas do Polo de Confecções de Pernambuco, concentrado no Agreste, receberam, até o momento, a chancela que atesta padrão de conformidade das máscaras. Por tal acordo, inclusive, a AD Diper já havia comprado 200 mil unidades desse tipo de protetor facial, que já foram repassadas a diversas secretarias e órgãos estaduais.

O NCTPE é uma organização social contratada pela SDEC para executar as políticas públicas desenhadas para o setor de têxteis e confecções. Por conta da pandemia, o Núcleo tem disponibilizado às empresas, gratuitamente, cadernos técnicos que ensinam como fabricar máscaras e outros equipamentos de proteção contra o novo coronavírus, a exemplo de batas e protetores para os pés. Os manuais estão disponíveis no site www.ntcpe.org.br e descrevem com detalhes as modelagens e insumos necessários para a fabricação de cada produto.

A ação é um desdobramento das medidas previstas pelo Decreto Estadual nº 48.969/2020. Por meio desse instrumento, o governador Paulo Câmara atribuiu à Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (SDEC), a função de formar rede de atuação colaborativa entre cidadãos, empresas, sobretudo as integrantes do Polo de Confecções do Estado, e entidades da sociedade civil, para incentivar a produção, a distribuição e a entrega de máscaras, mesmo que artesanais, para a população, por conta do coronavírus. O decreto em questão estabelece a obrigatoriedade do uso de máscara para o exercício de atividade essencial no período de enfrentamento da emergência em saúde pública.

Operação prende empresário e recolhe quase 2 mil calçados

Pedro Augusto

A Polícia Civil de Pernambuco desencadeou, ontem (21), em Caruaru, a Operação Cinderela. Nela, um empresário identificado como Thiago Rafael, de idade não informada, acabou sendo preso por receptação qualificada.

No imóvel do suspeito, no Bairro Universitário, a polícia identificou 1.875 pares de sapatos cuja as suas origens seriam provenientes de um roubo realizado em outubro do ano passado, em Araquari, Santa Catarina.

Os produtos têm como marca a “Sapatinho de Luxo” e estariam sendo comercializados, segundo a Civil, por familiares de Thiago, através do aplicativo WhatsAPP. O extenso volume de calçados foi avaliado em R$ 150 mil.

O suspeito passará por audiência de custódia, nesta sexta-feira (22).

Governo troca comandos da PRF e do Departamento Penitenciário Nacional

O policial Eduardo Aggio de Sá é o novo diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Aggio ingressou na PRF em 2005 e, atualmente, era assessor especial da Secretaria-Geral da Presidência da República. Ele substitui Adriano Marcos Furtado que estava no cargo desde fevereiro de 2019.

Formado em direito pela Universidade do Distrito Federal, Aggio tem formação em Política e Estratégia e Direito Internacional de Conflitos Armados pela Escola Superior de Guerra. Na PRF, foi diretor-geral substituto, chefe de gabinete, além de coordenador de Gestão Estratégica e do Escritório de Projetos Estratégicos e chefe do Núcleo de Inteligência. Foi diretor de Políticas de Segurança Pública no Ministério da Segurança Pública e também assessor especial da Secretaria de Governo da Presidência da República.

O governo federal também trocou o comando do Departamento Penitenciário Nacional do Ministério da Justiça e Segurança Pública (Depen). A delegada da Polícia Federal (PF) Tânia Maria Matos Ferreira Fogaça assume a diretoria-geral no lugar de Fabiano Bordignon, que estava no cargo desde janeiro de 2019.

Graduada em direito pelo Centro Universitário FIEO e pós-graduada em direito constitucional pela Universidade do Sul de Santa Catarina – Unisul. Ingressou na PF em 2003 e exercia as funções de superintendente regional da PF do Rio Grande do Norte e de professora de cursos de formação e aperfeiçoamento profissional da Academia Nacional de Polícia. Foi coordenadora operacional do Centro de Cooperação Policial Internacional da World Cup FIFA 2014 e integrou o grupo de trabalho que idealizou o Inquérito Policial Eletrônico da Polícia Federal (ePol).

As portarias com as exonerações e nomeações foram publicadas hoje (22) no Diário Oficial da União.

Agência Brasil

Militares já ocupam 21 cargos na Saúde, em postos de direção e até em áreas especializadas

Em meio à crise pelo novo coronavírus e sob comando interino de um general, o Ministério da Saúde tem ampliado o número de militares em postos-chave. O processo já atinge até mesmo cargos estratégicos em áreas especializadas de assistência em saúde. Ao longo do último mês, ao menos 21 militares foram nomeados, de acordo com levantamento feito pela reportagem em publicações do Diário Oficial da União.

A maioria é ligada ao Exército e veio de unidades ligadas a setores de pagamento e pessoal, finanças e logística. Sem experiência prévia na área da saúde, parte expressiva foi colocada em cargos de direção e coordenação na Secretaria-Executiva. Outra parte está em pastas mais técnicas, que costumavam ser ocupadas por pessoas altamente especializadas.

O processo de militarização na saúde começou com a entrada do general Eduardo Pazuello como número 2 da pasta, ainda na gestão do ex-ministro Nelson Teich. Coordenador da Operação Acolhida, voltada a apoio a imigrantes venezuelanos, Pazuello teve apoio de outros ministros generais para ocupar o cargo. Com a saída de Teich, Pazuello ficou como interino à frente da pasta. Desde então, as nomeações foram intensificadas. Só nesta semana, 13 foram publicadas.

A maioria é concentrada em cargos de direção e coordenação na Secretaria-Executiva, área que responde pela aprovação de editais, processos de logística, auditorias e administração de recursos do SUS. Recentemente, porém, houve nomeações também para cargos de direção em duas pastas estratégicas, caso das Secretarias de Atenção Primária e de Atenção Especializada, que respondem por ações voltadas a unidades básicas de saúde e hospitais.

É o caso da médica e primeira-tenente Laura Tiriba Appi, que foi nomeada inicialmente como assessora do ministro e, em seguida, como diretora de programa na Secretaria de Atenção Primária. Na prática, ela tem atuado junto ao ministro e é uma das poucas que veio da área da saúde. Procurada pela reportagem, ela não quis comentar. Marcelo Sampaio Pereira, que também é ligado ao Exército, entrou como diretor de programa na Secretaria de Atenção Especializada.

Servidores de carreira do ministério, no entanto, apontam que já há mais militares em atuação. Dentro da pasta, o grupo costuma dizer que veio para uma missão e está em força-tarefa. A lista de nomeações deve aumentar nos próximos dias.
No dia 4 de maio, o Comando do Exército publicou uma portaria no Diário Oficial da União na qual “passou à disposição” 17 militares para o Ministério da Saúde. Desse total, 11 já foram nomeados, o que indica que o número ainda deve crescer.

Além do ministro interino, militares também já respondem por duas das sete secretarias da pasta. Ex-secretário de Saúde de Roraima, cargo que ocupou entre abril e junho de 2019, o coronel Antônio Élcio Franco é hoje substituto de Pazuello na Secretaria-Executiva. Já o coronel Robson Santos da Silva, que entrou ainda na gestão do ex-ministro Luiz Henrique Mandetta, permanece à frente Secretaria de Saúde Indígena. Antes de assumir a pasta, ele atuou como assessor no Ministério da Educação e na equipe de transição. Ex-membros da equipe de Mandetta afirmam que ele era um dos poucos nomes do Exército na última gestão.

A entrada de militares tem preocupado servidores, que dizem que o cenário lembra uma intervenção e chamam a atenção para a falta de conhecimento técnico em saúde. Eles dizem ainda que, nos últimos anos, nunca houve tantos militares em cargos na pasta. Alguns substituem pessoas que estavam há anos no ministério, mas em cargos comissionados.

Mesma avaliação foi dada por Mandetta em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo. “Vi a entrada de um número grande de militares. Eles têm conhecimento de logística, de operações. Mas não trabalham com o SUS”, afirmou. O grupo recém-nomeado atuava em diferentes partes do país, como Rio de Janeiro, Fortaleza, Boa Vista, Taubaté (SP) e Manaus, além de uma parte que servia em Brasília.

Dos 21 nomeados, apenas 2 estavam atuando diretamente antes em uma área próxima da saúde, caso de Appi e do capitão Mario Luiz Ricette Costa, da Diretoria de Saúde do Exército, em Brasília, e que assumiu como assessor técnico na Subsecretaria de Planejamento e Orçamento. Em comum, alguns atuaram com Pazuello na intervenção federal em Roraima ocorrida no último ano.

Questionado pela reportagem, o Exército não informou se os nomes presentes na portaria foram solicitados nominalmente pelo Ministério da Saúde ou se foram indicações próprias. Procurado, o Ministério da Saúde também não respondeu.
Em reunião com secretários estaduais e municipais de Saúde nesta quinta-feira (21), Pazuello, porém, agradeceu o Ministério da Defesa por ter cedido profissionais e disse que a atuação é temporária.

“Em princípio serão só 90 dias. São pessoas preparadas para lidar com esse tipo de crise, e precisamos desse tipo de preparo”, disse. “É temporário e vou ter de substituí-los ao longo dos 90 dias. Vamos substituindo e colocando no momento de maior normalidade.”

Folhapress

Bolsonaro fala em reabertura ‘responsável’ da economia

O presidente Jair Bolsonaro defendeu uma reabertura “responsável” da economia no país e voltou a citar o desemprego e a falta de renda como argumento para a flexibilização do isolamento social. A declaração foi dada nesta quinta-feira (21), durante sua live semanal, transmitida nas redes sociais. Para o presidente, os governadores que montarem um plano de reabertura serão reconhecidos pela população.

“Todos têm a ganhar com a volta responsável ao serviço. O que eu digo aos senhores governadores, respeitosamente, os senhores que decidem, eu apenas estou mandando bilhões aos senhores, o estado que tiver um plano de abertura radical, obrigando a máscara, sem multa, no convencimento, vai ser um governador reconhecido, porque a ansiedade por parte da população está enorme. Estamos tornando os pobres miseráveis”, afirmou.

As medidas de isolamento social, como o fechamento do comércio não essencial, estão entre as principais recomendações defendidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e adotadas pelas autoridade de saúde de vários países como forma de conter a propagação do novo coronavírus. O Brasil ultrapassou hoje a marca de 20 mil mortes e mais de 300 mil infectados.

No Distrito Federal (DF), por exemplo, estudo publicado pela Universidade Brasília (UnB) mostra que, sem as medidas de isolamento social, a doença mataria cerca de 6,5 mil apenas na capital do país. No balanço mais recente, o DF contabiliza 84 óbitos e pouco mais de 5,5 mil pessoas infectadas.

Agência Brasil

Saiba o que fazer se o auxílio emergencial for negado

O auxílio emergencial trouxe alívio financeiro para mais de 50 milhões de trabalhadores informais, microempreendedores individuais, autônomos e desempregados.

Esse é o caso de uma moradora do interior do Piauí, Vanessa Gonçalves (a entrevistada optou por usar um nome fictício), mãe de dois filhos. Ela disse que foi dispensada do trabalho de limpeza em uma empresa. “Sou chefe de família. O auxílio emergencial me ajudou muito. Eu trabalhava na limpeza e assim que começou a pandemia, fui a primeira a ser dispensada. Com esse auxílio, comprei alimentos para os meus filhos”, acrescentou.

Há casos de pessoas, porém, que dizem se enquadrar nas regras para receber o auxílio, mas tiveram o benefício negado. Foi o que aconteceu com a microempreendedora Laura Kim Barbosa, que se cadastrou, mas recebeu como resposta que outro membro da família já recebeu o auxílio e por isso ela não é elegível. Entretanto, Laura diz que mora sozinha em São Paulo, tem um filho que é estagiário em um órgão público em outro estado e ele não fez pedido para receber o auxílio. A microempreendedora conta ainda que os pais são aposentados e não podem pedir o benefício. “O motivo é totalmente absurdo. Eu moro sozinha”.

Laura já deixou de pagar dois meses de aluguel por não ter dinheiro, e o próximo vencimento será no fim deste mês. “Já estou indo para o terceiro mês sem pagar o aluguel. Não dá para pagar porque tenho que comprar comida e pagar contas como água e luz. Como nunca fui beneficiária de nenhum programa social, não tenho desconto nas contas de água e luz”.

Ela contou ainda que entrou em contato com a ouvidoria da Caixa, que faz o pagamento do auxílio, e da Dataprev, que cruza os dados para validar quem deve receber o benefício, mas não conseguiu reverter a situação. Laura disse que mandou mensagem pelo whatsapp para a Defensoria Pública a fim de tentar entrar com uma ação coletiva na Justiça, com outras pessoas reunidas em um grupo de rede social que também não conseguiram receber. Ela aguarda resposta da Defensoria Pública

Em nota, a Caixa informou que “a responsabilidade pela análise das condições e exigências legais é da Dataprev, com homologação do Ministério da Cidadania. O papel da Caixa se restringe ao pagamento dos benefícios aprovados”.

A Dataprev disse, também em nota, que o Ministério da Cidadania é o órgão responsável pela gestão do auxílio emergencial e define as regras necessárias para adaptação dos critérios legais da concessão do benefício. “A Dataprev atua como parceira tecnológica do Ministério da Cidadania para realizar o reconhecimento do direito do cidadão, de acordo com os critérios da Lei nº 13.982, de 2 de abril de 2020. Com isso, são realizados o processamento e cruzamento de informações dos cidadãos conforme as regras definidas pelo órgão gestor do auxílio emergencial. Os dados utilizados são os constantes nas bases oficiais do governo federal”, afirmou a empresa.

A Dataprev acrescenta que o “reconhecimento do direito do cidadão leva em consideração vários critérios previstos em lei, de acordo com as informações oficiais disponibilizadas naquele momento, nas bases federais, conforme previsto na legislação”.

O Ministério da Cidadania disse que quem teve o auxílio negado, deve contestar diretamente no aplicativo da Caixa. O governo federal disponibilizou dois sites para consultar a situação do requerimento: www.cidadania.gov.br/consultaauxilio e https://consultaauxilio.dataprev.gov.br . O ministério desenvolveu uma cartilha com o passo a passo para as pessoas acessarem as informações pelos sites. No tutorial, há informações sobre como contestar o resultado do pedido de auxílio emergencial.

Como contestar
De acordo com a Caixa, se a resposta ao pedido do benefício for por “dados inconclusivos”, será permitido realizar nova solicitação. Se o resultado for “benefício não aprovado”, o cidadão poderá contestar o motivo da não aprovação ou realizar a correção de dados por meio de nova solicitação.

Para fazer a contestação, no site auxilio.caixa.gov.br, o interessado vai clicar em “Acompanhe sua solicitação”; informar o CPF; marcar a opção “não sou um robô” e clicar em continuar. É preciso informar ainda o código enviado por SMS para o celular do beneficiário. Após esse passo, vai aparecer a mensagem “Auxílio Emergencial não aprovado”, sendo informado também o motivo da não aprovação. Logo abaixo, são disponibilizados dois links. No primeiro, é possível “Realizar nova solicitação”, no caso de ter informado algum dado errado. No segundo, o cidadão deve “Contestar essa informação”, caso julgue que informou os dados corretamente, mas não concorda com o motivo da não aprovação.

Agência Brasil