Caminhoneiros não vão parar, mas pedem ajuda

Nos últimos dias, além da pandemia da Covid-19, os brasileiros precisaram lidar com notícias a respeito de uma ameaça de greve por parte dos caminhoneiros. Em Pernambuco, as principais lideranças dos sindicatos descartam a possiblidade de paralisação. Eles relatam, entretanto, dificuldades de condições básicas de trabalho pois muitos estabelecimentos que possuem autorização do estado para funcionar, como mercados, postos de gasolina e borracharias, mantém as portas fechadas. O governo vai disponibilizar, possivelmente ainda hoje, um telefone 0800 para que eles relatem suas dificuldades.

Wilton Nery, presidente do Sindicato dos Transportadores Autônomos de Cargas do Estado de Pernambuco (Sintracape), afirma disse que há pleitos sobre, por exemplo, abertura de restaurantes nas estradas. Muitos estabelecimentos estão fechados e há escassez no serviço, mas que não há possibilidade de greve. “Espalhar estes boatos, neste momento, é um ato de inconsequência de gente que só quer disseminar o pânico. Não há esta possibilidade”, afirma.

Fernando Campos, presidente da Federação dos Caminhoneiros de Pernambuco (Fetac-PE), reforça a mobilização da categoria justamente pela valorização do trabalho, e não pela paralisação. “Estamos fazendo verdadeiras campanhas motivacionais, mostrando o quanto estes profissionais tem sido verdadeiros heróis, e também iniciamos ações de reforço a questões de higiene”, afirma, enumerando, entretanto, as dificuldades encontradas em tempos de pandemia. “É verdade que, com restaurantes e lanchonetes fechados, muitas vezes, o caminhoneiro acaba almoçando ou jantando um pacote de biscoito. Não é o ideal, mas acontece. Isto é ruim, mas, quanto à alimentação, conseguimos resolver. E quanto, entretanto, à segurança e estrutura? Muitos estão com receio de ir para a estrada, furar um pneu, quebrar uma peça e não ter como consertar, ficando ao relento. Então, não é vontade de paralisar, é buscar dignidade e condições de trabalho para nós mesmos e para o sustento de todos”, relata.

A respeito das reivindicações, o governo informa que equipes do Porto de Suape e da Secretaria de Infraestrutura vem trabalhando para que categoria tenha suporte necessário por meio do Comitê Especial de Abastecimento criado pela administração estadual. Além de articulação local para que restaurantes se mantenham em funcionamento para entrega de quentinhas, evitando aglomerações, equipes do Complexo Industrial Portuário de Suape e da Secretaria de Infraestrutura – que integram o comitê – estão mantendo contato com proprietários de oficinas, borracharias, lojas de peças e serviços, para que a categoria tenha todo o suporte necessário durante as viagens. Há a previsão, ainda, de que um telefone exclusivo para o relato de dificuldades, em Pernambuco, seja disponibilizado ainda hoje.

“Temos feito o possível para que nada falte aos caminhoneiros, essenciais para a logística de abastecimento. Estamos concluindo o processo para ativar um telefone gratuito para ajudá-los a localizar estabelecimentos em funcionamento em Pernambuco, caso tenham dificuldade, e já mapeamos mais de 200 que mantêm suas atividades. Estamos, também, contatando outros para informar que eles não só podem como devem manter o funcionamento, de acordo com decretos do governo do Estado. São restaurantes, lanchonetes, postos de combustível, oficinas, borracharias e lojas de autopeças”, afirma o presidente do Porto de Suape, Leonardo Cerquinho. No Complexo, Suape ainda disponibilizou álcool gel para o Sindicato dos Transportadores Autônomos de Cargas do Estado de Pernambuco (Sintracape), suspendeu a biometria temporariamente e vem fazendo orientações no acesso ao porto.

Uma média de 1.500 caminhoneiros circulam por Suape diariamente. Levantamento da Concessionária Rota do Atlântico, responsável pela administração da rodovia de acesso ao ancoradouro, comparou o período 12 a 18 de março com o período de 19 a 25 de março e constatou uma pequena queda de 8% na circulação de caminhões, enquanto a redução dos veículos de passeio foi de 38%.

Prazos eleitorais para candidatos vencem neste sábado

Wagner Gil

Embora boa parte do país esteja praticamente parada devido ao avanço do novo coronavírus, 2020 é ano de eleição municipal e os prazos não pararam devido a pandemia que assombra o mundo. Neste sábado (04) fecha-se a famosa ‘janela partidária’ para quem quer disputar a eleição de prefeito, vice e vereador.
As eleições 2020 terão uma peculiaridade diferenciada das demais, já que não existirá coligação na disputa proporcional que elege os vereadores. Esse artifício era utilizado por legendas menores que se uniam para eleger seus quadro quando atingiam o coeficiente eleitoral. Não haverá mais esse tipo de coligação, ou seja, cada um na sua faixa. Casa sigla terá que atingir o coeficiente. “É tudo muito novo e os partidos estão atentos a essa mudança”, disse o analista político, João Américo.
Aqui em Caruaru quem saiu na frente foi o PSDB. O partido da prefeita Raquel Lyra fez um ato de filiação há cerca de dois meses, recebendo 16 edis, ou seja, praticamente dois terços da atual Câmara de Vereadores. Os tucanos têm agora 17 vereadores em sua bancada, já que o presidente da Câmara, Lula Torres, deixou o PDT há quase dois anos para migrar para o Ninho Tucano.
Com essa configuração, os tucanos trabalham na expectativa de eleger pelo menos 11 parlamentares. “Nossa expectativa é de fazer pelo menos 13 no total, contando ai com dois na sobra”, afirmou o secretário de Governo, Rubens Júnior.
O PSDB teve ter ainda em seu palanque legendas como PTB que já anunciou apoio através do ex-senador Douglas Cintra; DEM, Cidadânia, PL, PSC, Podemos e PTC, entre outros.
DIFICULDADES
Quem está encontrando muitas dificuldades para recompor sua bancada é o PDT, do ex-prefeito José Queiroz. O partido perdeu praticamente todos os edis eleitos em 2016 (Ricardo Liberato, Bruno Lambreta, Lula Torres e Leonardo Chaves). Queiroz afirma que vai disputar a prefeitura e vem tendo encontro com alguns partidos, mas até o fechamento desta edição, nenhum nome novo havia sido confirmado no PDT em Caruaru.
Atualmente Queiroz tem como aliado o vereador Fagner Fernandes e Sérgio Siqueira e os dois devem migrar para sua legenda. Existe ainda a possibilidade do PDT coligar com o PSB na majoritária, já que as movimentações em Recife sinalizam nesse sentido. Em caruaru PDT e PSB governaram a cidade de 2008 a 2016, com Queiroz prefeito e Jorge Gomes (PSB) vice.
PT EM FASE DE DECISÃO
Outra sigla que deve ter candidatura majoritária é o Partido dos Trabalhadores. Esta semana a votação para escolha do nome que vai disputar o Palácio Jayme Nejaim foi cancelada em virtude do Covid-19. Três nomes ainda disputam a indicação: os professores Marcelo Rodrigues e Zeneide Alves, além do advogado Antônio Carvalho.
No PT, votam cerca de 180 delegados. Segundo o presidente da sigla no município, Léo Bulhões, a expectativa é de fazer pelo menos três vereadores. “Conseguimos montar um bom quadro e com uma candidatura majoritária, teremos condições de surpreender”, disse Bulhões. A decisão deve sair até o dia 20 de abril. O PT tem 26 pré-candidatos a vereador.
PSD VAI COM PV
PSD e PV devem marchar juntos nas eleições proporcionais. O PV estava na base da prefeita Raquel Lyra, mas com a saída da vereadora Zezé Parteira para o PSDB, a sigla se abrigou na oposição. “Deveremos marchar juntos. O PSD já tem a candidatura majoritária de Raffiê Dellon e nós iremos juntos, com nosso partido podendo, inclusive, indicar a vice”, destacou o advogado Márcio Sales, presidente do diretório municipal.
MDB
O MDB, do deputado estadual Tony Gel, também deve encontrar dificuldade para montar uma chapa proporcional forte e com muitos candidatos. Atualmente, o parlamentar, que é pré-candidato a prefeito, conta apenas com apoio de um vereador: Galego de Lajes que deve migrar para o MDB. Nossa reportagem tentou falar com Gel, mas ele não retornou as nossas ligações.
Um almoço com o emedebista estava marcado para acontecer na última sexta-feira (27), mas foi cancelado devido à pandemia do novo coronavírus. No MDB devem ser candidatos a vereador Davi Cardoso, Jadiel Junior, Neto Sales, Wanderley Balbino, Da Pedra, Ênio Radiologista, Marco Florêncio e Nino do Salgado.
LESSA COM LIDERANÇAS
Outro pré-candidato a prefeito que tem se movimentado é o deputado Erick Lessa. Nessa eleição ele deve ter o apoio do Partido da Mobilização Nacional (PMN), que tem como destaque o presidente do Sismuc, Eduardo Mendonça.

Peru alternará homens e mulheres nas ruas para diminuir circulação

O presidente do Peru, Martín Vizcarra, endureceu ainda mais a quarentena imposta no país para conter a pandemia da Covid-19, proibindo que homens e mulheres saiam juntos para fazer as compras de comida ou remédios -únicos casos em que é permitido sair de casa. O mandatário quer evitar que casais usem a ocasião para fazer passeios mais longos.

A nova regra estabelece que homens podem sair nas segundas, quartas e sextas, e as mulheres, nas terças, quintas e no sábado. E que no domingo deve-se evitar sair completamente, salvo em caso de emergência. A quarentena no Peru estará vigente até o próximo dia 12 de abril, mas poderá estender-se caso as autoridades sanitárias considerem necessário.

Sobre a comunidade e os casais LGBT, não há uma regra específica, mas Vizcarra disse ter dado ordens para que não exista discriminação nem homofobia. “As Forças Armadas e a polícia têm instruções de não ter atitudes homofóbicas, nosso governo é inclusivo”, disse, em uma entrevista coletiva, em Lima, nesta quinta-feira (2). Além da quarentena, há toque de recolher durante a noite e as fronteiras do país estão fechadas. Até o momento, o Peru tem 1.414 casos confirmados e 55 mortos.

Folhapress

Está faltando um pouco mais de humildade ao Mandetta, diz Bolsonaro sobre ministro da Saúde

O presidente Jair Bolsonaro afirmou em entrevista à Jovem Pan nesta quinta-feira (2) que está faltando “humildade” ao ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. “Tá faltando um pouco mais de humildade pro Mandetta”, disse o presidente. “O Mandetta em alguns momentos teria que ouvir um pouco mais o presidente da República”, afirmou.

Segundo Bolsonaro, o ministro “extrapolou um pouco” na crise do coronavírus.

Procurado pela reportagem, o ministro da Saúde afirmou que não iria comentar. “Nunca fiz nenhum comentário sobre as ações dele. Não se comenta o que o presidente da República fala.”

“O Mandetta já sabe que a gente tá se bicando há um tempo”, disse o presidente.

Bolsonaro nega, porém, que pretenda demitir o ministro que ganhou protagonismo no combate à pandemia do novo coronavírus. “Não pretendo demiti-lo no meio da guerra.”

“Agora, ele [Mandetta] é uma pessoa que em algum momento extrapolou”, declarou o presidente.

Bolsonaro diz que montou um ministério de acordo com sua vontade. “A gente espera que ele [Mandetta] dê conta do recado agora.”

Os ministros Sergio Moro (Justiça) e Paulo Guedes (Economia) uniram-se nos bastidores no apoio a Mandetta e na defesa da manutenção das medidas de distanciamento social e isolamento da população no combate à pandemia.

O trio formou uma espécie de bloco antagônico, com o apoio de setores militares, criando um movimento oposto ao comportamento do presidente Bolsonaro, contrário ao confinamento das pessoas, incluindo o fechamento do comércio.

Pressionado, o titular da Saúde deixou claro ao presidente, em reunião no último sábado (28), que não vai se demitir nem mudar de posição.

Mandetta foi aconselhado por aliados a se manter firme por ter se tornado “indemissível” num momento de pandemia. Se partir de Bolsonaro uma decisão de retirá-lo de sua equipe, caberá ao presidente assumir o ônus.

“Enquanto eu estiver nominado, vou trabalhar com ciência, técnica e planejamento”, disse Mandetta em entrevista na segunda-feira (30).

Uma intervenção de Bolsonaro, no entanto, já busca tirar a visibilidade do ministro da Saúde, como ocorreu na apresentação do cenário diário da pandemia -transferida agora para o Planalto e com a participação de outros titulares de pastas do governo, e não só de Mandetta.

No campo político, o ministro da Saúde conta com o apoio dos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (AP), ambos do DEM, partido de Mandetta. É endossado ainda pelos principais governadores e prefeitos.

Segundo o Datafolha, o trabalho da pasta de Mandetta na crise do coronavírus é aprovado por 55% da população. O índice é bem superior aos 35% que aprovam o trabalho de Bolsonaro, e próximo aos 54% que aprovam a gestão dos governadores em relação ao coronavírus.

Folhapress

Medidas contra coronavírus custarão R$ 224,6 bi para o governo

Dos cerca de R$ 700 bilhões destinados até agora pelo governo para o enfrentamento à pandemia de coronavírus, R$ 224,6 bilhões corresponderão a custos efetivos para os cofres federais por envolverem aumento de gastos e redução de tributos. Em comparação ao Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e dos serviços produzidos), o montante efetivo chega a 2,97%.

A quantia elevará o déficit primário do Governo Central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) e das estatais federais para R$ 419,2 bilhões em 2020. Isso equivale a 5,55% do PIB. Originalmente, a Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2020 estabelecia meta de déficit de R$ 124,1 bilhões para o Governo Central e de R$ 3,8 bilhões para as estatais federais. O déficit primário é o resultado negativo das contas públicas excluindo os juros.

Os números foram divulgados há pouco pelo secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues. Do total divulgado, R$ 219,3 bilhões representam novos gastos públicos, que não estavam programados no Orçamento, e R$ 5,3 bilhões correspondem ao que o governo deixará de arrecadar.

A conta não inclui remanejamentos de emendas parlamentares, antecipações de gastos (como o pagamento do décimo terceiro para aposentados e pensionistas), nem adiamentos de contribuições (como os pagamentos para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço ou das contribuições patronais para a Previdência). O montante também não inclui a redução em 50% das contribuições para o Sistema S por três meses, porque esses recursos não passam pelo orçamento primário da União, nem as injeções de recursos do Banco Central e dos bancos públicos na economia.

Do lado dos gastos públicos, os maiores gastos correspondem à renda básica emergencial de R$ 600 por até três meses, que consumirá R$ 98,2 bilhões. Em segundo lugar, estão os programas de manutenção do emprego com suspensão do contrato de trabalho ou redução de jornada, com R$ 51,2 bilhões. O crédito para empresas com aval do Tesouro custará R$ 34 bilhões, e a recomposição dos repasses dos Fundos de Participação dos Estados e dos Municípios consumirá R$ 16 bilhões.

Em relação às receitas, a medida que mais terá impacto para os cofres federais será a suspensão do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para operações de crédito por 90 dias, que fará o governo deixar de arrecadar R$ 7,1 bilhões. Em seguida, vêm a redução a zero das alíquotas de importação para produtos médico-hospitalares (R$ 2,2 bilhões) e a desoneração temporária de Imposto sobre Produtos Industrializados para itens de combate à covid-19 (R$ 400 milhões).

O impacto final das desonerações ficou em R$ 5,3 bilhões por causa do remanejamento de R$ 4,5 bilhões do saldo do fundo do Seguro Obrigatório (Dpvat) para o financiamento ao Sistema Único de Saúde (SUS).

Agência Brasil

Poetas de Caruaru lançam campanha ‘Cordel em Casa’

Em meio à pandemia do novo coronavírus, membros da Academia Caruaruense de Literatura de Cordel (ACLC) vão disponibilizar obras de cordel em formato digital gratuitamente. A iniciativa tem o objetivo de difundir a literatura popular e oferecer às pessoas uma alternativa cultural neste período de isolamento social.

O cordelista Davi Geffson está coordenando a campanha. “Diariamente, vamos enviar o arquivo de um folheto de cordel. Por ser uma leitura rápida, nossa expectativa é que cada vez mais pessoas tenham acesso e apreciem esta arte”, observa.

Serão disponibilizados mais de 40 livretos, com temáticas diversas. Integram o projeto autores como Olegário Filho, Roberto Celestino, Carlos Soares, Neide Torres, Karla Maria, Cilene Santos, Esperantivo, Pedro Poeta, Jefferson Moisés e Jénerson Alves.

Quem tiver interesse em receber os arquivos, basta mandar a mensagem ‘Cordel em Casa’ para o WhatsApp (81) 9.9439-2576.

Barragem de Lamarão volta a acumular água

As chuvas que estão caindo no Agreste pernambucano têm permitido a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) reduzir rodízios e retomar o abastecimento em diversas cidades da região. Abastecida por caminhões-pipa desde novembro de 2019, Águas Belas voltará a receber água nas torneiras, após a barragem de Lamarão, com capacidade total de 120 mil metros cúbicos, recuperar 40% do seu volume, o equivalente a 48 mil metros cúbicos.

“O município de Águas Belas é abastecido pelos mananciais de Lamarão (barragem de acumulação de pequeno porte) e Comunaty (barragem de nível). Após as chuvas ocorridas no dia 30 de março, a barragem do Lamarão acumulou 40% de sua capacidade e, imediatamente, a Compesa deu início aos ajustes operacionais necessários para retomar o abastecimento via rede de distribuição”, explica o gerente da Unidade de Negócios, Aldo Brasileiro. Após esses ajustes, a Compesa estima que o regime de abastecimento ficará de três dias com água e seis dias sem, podendo ser temporário pois, para garantir esse calendário com mais segurança, é necessário que o manancial continue acumulando água.

A Compesa já anunciou melhorias na oferta de água para cerca de 30 municípios do Agreste e Serão do estado.

Observatório lança carta de reivindicações para a pesca artesanal frente ao Covid-19

Formado pelo Movimento dos Pescadores e Pescadoras Artesanais do Brasil (MPP), a Articulação Nacional das Pescadoras (ANP), a Comissão Nacional de Fortalecimento das Reservas Extrativistas e Povos e Comunidades Tradicionais Extrativistas Costeiras e Marinhas (COFREM) e a Coordenação Nacional de Comunidades Tradicionais Caiçaras (RJ-SP-PR), o Observatório dos Impactos do Coronavírus nas Comunidades Pesqueiras lança Carta de Reivindicações da Pesca Artesanal do Brasil frente à Pandemia do Covid-19. Assinado por mais de 200 entidades de todo o país, o documento demanda planos emergenciais municipais para atender as comunidades pesqueiras com casos do vírus, com estratégias de ação e assistência, disponibilizando unidades de saúde, além de informações para cada municipalidade.

Formado por núcleos, grupos de trabalho, laboratórios, pesquisadores e programas de pós-graduação de instituições acadêmicas, bem como por conselhos, associações, colônias de pesca e movimentos sociais de pescadores de todo o Brasil, o Observatório vem monitorando os impactos do Covid-19, desde o início de março, em comunidades pesqueiras de 16 municípios do Litoral, quatro do Agreste e dez do Sertão em Pernambuco, além de 16 Estados brasileiros (Bahia, Ceará, Pernambuco, Piauí, Rio Grande Do Norte, Sergipe, Maranhão, Paraíba, Espírito Santo, Pará, Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais).

Um dos principais problemas hoje é a falta de comercialização do pescado, que tem efeitos dramáticos para os pescadores, uma vez que essa é sua fonte exclusiva ou principal de renda. “As comunidades pesqueiras estão produzindo, mas desde que as autoridades determinaram o isolamento social devido ao coronavírus, os pescadores não estão conseguindo vender sua produção porque o comércio local e as feiras livres estão fechadas”, explica o agente social do Conselho Pastoral dos Pescadores – Regional Nordeste (CPP-NE), Severino Santos.

Segundo o Observatório, mesmo aqueles que estão podendo pescar para se alimentar, ao não poder vender, ficam sem poder adquirir outros itens de sua alimentação, levando a uma forte situação de insegurança alimentar e, mesmo, à fome. “A falta de renda também os impede de comprar produtos de higiene e limpeza necessários para se prevenir da pandemia, como o sabão”, alerta Severino Santos.

O coronavírus se soma às vulnerabilidades já presentes nas comunidades pesqueiras, recentemente castigadas pelo desastre ambiental costeiro provocado pelo derramamento de petróleo, e se multiplicam pela ausência de políticas públicas para o setor e pela falta de acesso aos direitos básicos da sua população. “O fechamento de bares e restaurantes também têm sido um problema para a comercialização do pescado neste período de isolamento social”, relata o agente social.

RESTRIÇÕES – O Observatório também solicita medidas urgentes na área de saúde. “Grande parte das comunidades de pesca não possui acesso adequado ao sistema público de saúde e não conta com postos de atendimento médico, muitas vezes tendo que se deslocar aos núcleos urbanos próximos. Essa situação se torna particularmente grave no cenário do avanço da pandemia da COVID-19”, alerta Severino.

As necessárias medidas de isolamento social adotadas em muitos estados têm graves repercussões nas comunidades de pesca. Em alguns lugares do Brasil, pescadores têm sido impedidos de pescar pelas autoridades, que têm restringido o acesso às praias e estuários. Em outras localidades, embora o grupo prossiga suas atividades enfrenta dificuldades para comercializar seus produtos.

A esses problemas, soma-se o fato de que muitas das comunidades vivem em áreas que são destinos de veranistas e turistas, sendo que muitos deles estão buscando essas localidades para passar a quarentena, aumentando ainda mais a exposição dos pescadores ao coronavírus. Além disso, há famílias de pescadores que são numerosas e moram em residências pequenas. “Muitas casas não têm condições adequadas para o isolamento de pessoas suspeitas de estarem contaminadas e mesmo para resguardar os idosos”, alerta Severino.

Confira a carta completa de reivindicações do Observatório neste link: https://observatoriocovid19pescadores.blogspot.com/p/notas-cartas-manifestos.html

Grau Técnico contribui com o Programa Pernambuco Solidário contra o Coronavírus

Num momento em que a solidariedade é uma das armas para combater o coronavírus, o Grau técnico se une a essa corrente, com a doação de produtos de higiene pessoal e limpeza. A ação integra o Programa Pernambuco Solidário contra o Coronavírus, do Governo do Estado, que conta com a contribuição de empresas para atender as famílias mais vulneráveis no combate à disseminação do coronavírus. Segundo a secretária de Gestão do Governo de Pernambuco, Hélida Campos, em torno de 240 mil famílias em situação de vulnerabilidade social serão beneficiadas através da parceria Grau Técnico e Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude.

“São famílias que não recebem recursos do Programa Bolsa Família, ou seja estão realmente precisando desta doação, por isso agradecemos o apoio do Grau Técnico”, acrescentou Hélida Campos, nesta quinta-feira (02), durante a ação de entrega do material.

Na ocasião, o Grupo Grau Técnico foi representado pelo gerente comercial externo, Cleidson Teixeira. “Essa iniciativa, que é uma parceria com a marca Brilux, é uma forma de dar nossa contribuição para quem mais precisa, neste momento difícil”, destacou.

Maior rede de ensino técnico particular do País, o Grau Técnico é o carro-chefe do grupo Grau Educacional. Com mais de 60 unidades, presente nas cinco Regiões do País, o Grau Técnico oferece mais de 20 cursos nas áreas de saúde, negócios, tecnologia e indústria. Os cursos duram de um ano e meio a dois anos, com aulas três vezes na semana. O alunos recebem gratuitamente apostilas técnicas e contam com salas de aula integradas aos laboratórios.

Também integra o Grau Educacional a franquia Grau Profissionalizante (antiga Nível A), fundada em 2015. “A escola da sua profissão”, como é conhecida, possui completa estrutura voltada para a qualificação de mão de obra para o mercado de trabalho e conta com mais de 30 cursos profissionalizantes, rápidos e práticos, em áreas como corpo de bombeiro civil, cuidados de idosos, eletricidade, gastronomia, informática, manutenção de smartphones, mecânica de carros e de motos, e refrigeração, entre outras. Veja mais informações no site www.grautecnico.com.br

Trump volta a fazer teste para coronavírus e resultado é negativo

O presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, fez novo teste para o novo coronavírus nessa quinta-feira (2) e o resultado foi negativo, informou a Casa Branca.

Em comunicado, o médico de Trump, Sean Conley, disse que o presidente norte-americano passou por um segundo teste para detecção do coronavírus. Ele já havia sido submetido a um exame no mês passado, após entrar em contado com a comitiva do presidente Jair Bolsonaro que teve integrantes com exame positivo para o vírus.

Conley afirmou na nota divulgada pela Casa Branca que Trump foi testado com um novo exame rápido, e que o resultado saiu em 15 minutos.

“Ele está saudável e sem sintomas”, acrescentou.