Saúde Termina hoje campanha de vacina contra sarampo para crianças e jovens

A campanha de vacinação contra o sarampo voltada para crianças e jovens com idade entre 5 e 19 anos termina nesta sexta-feira (13). Este é o público-alvo da Campanha Nacional de Vacinação contra a doença, iniciada em 10 de fevereiro, com a convocação de 3 milhões de pessoas dessa faixa etária.

O Ministério da Saúde informou que, até o início do mês, 28.783 pessoas dessa faixa etária foram vacinadas. Outras 99,6 mil pessoas já tinham sido vacinadas entre janeiro e o início da campanha.

A pasta lembra que a principal medida de prevenção e controle do sarampo é a vacinação, que está disponível durante todo o ano nos 42 mil postos de saúde do país. Para viabilizar a ação, o ministério encaminhou neste ano 3,9 milhões de doses da vacina tríplice viral, 9% a mais que o solicitado pelos estados.Este quantitativo é destinado à vacinação de rotina, às ações de interrupção da transmissão do vírus e à dose extra chamada de dose zero para todas as crianças de seis meses a 11 meses e 29 dias.

A campanha de vacinação faz parte de uma estratégia nacional para interromper a transmissão do sarampo e eliminar a circulação do vírus. As duas primeiras etapas ocorreram no ano passado. “As duas primeiras etapas já ocorreram em 2019, com a realização de campanha de vacinação nacional, em outubro, de crianças de seis meses a menores de 5 anos de idade. A segunda etapa aconteceu em novembro para a população de 20 a 29 anos”, informou o ministério.

Ainda segundo a pasta, duas outras etapas de mobilização darão continuidade às ações em 2020, além da prevista para fevereiro: entre junho e agosto, para o público com idade entre 20 a 29 anos; e em agosto, para a população de 30 a 59 anos de idade.

Casos em 2019

Segundo o Ministério da Saúde, em 2019 foram registrados 18,2 mil casos de sarampo em 526 municípios. Em São Paulo, foram registradas 14 mortes e uma em Pernambuco. O maior número de casos também foi registrado em São Paulo, 16 mil.

Com o retorno da doença, o Brasil perdeu o status de país livre do sarampo em 2019, concedido pela Organização Mundial da Saúde em 2016.

Sarampo

O sarampo é uma doença altamente contagiosa, transmitida por meio da fala, da tosse e do espirro. Os principais sintomas são mal-estar geral, febre, manchas vermelhas que aparecem no rosto e vão descendo por todo o corpo, tosse, coriza e conjuntivite. A vacina é fornecida pelo Ministério da Saúde e está disponível gratuitamente em postos de saúde de todo o país.

Quem apresentar doenças agudas febris moderadas ou graves recomenda-se adiar a vacinação até modificação do quadro com o intuito de não se atribuir à vacina as manifestações da doença. Também não é indicado o imunizante a quem recebeu imunoglobulina, sangue e derivados, transplantados de medula óssea, e também a quem apresenta alergia ao ovo e gestantes.

Novo coronavírus: governo antecipa pagamento do 13º para aposentados

O Ministério da Economia anunciou nesta quinta-feira (12) a adoção de providências para minimizar os impactos da pandemia do novo coronavírus para a população. Entre as medidas anunciadas, está a antecipação, para abril, do pagamento de R$ 23 bilhões referentes à parcela de 50% do 13º salário aos aposentados e pensionistas do Instituto Nacional da Seguridade Social (INSS). A pasta também anunciou a suspensão, pelo período de 120 dias, da realização de prova de vida dos beneficiários do INSS.

Essas são as primeiras decisões tomadas pelo grupo de monitoramento dos impactos econômicos da pandemia de Covid-19, que se reuniu ao longo do dia. O colegiado foi instituído pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, com o objetivo de acompanhar a conjuntura e propor medidas para mitigar os efeitos econômicos do avanço da infecção no país.

O grupo é constituído por representantes de todas as secretarias especiais da pasta, sob a coordenação do secretário-executivo, Marcelo Guaranys. O colegiado monitora as áreas fiscal, orçamentária, crédito, gestão pública, questões tributárias, setor produtivo, relação federativa, trabalho e previdência.

“A gente tem grandes preocupações com cadeias produtivas, verificar o que está sendo desabastecido, o que precisa de auxílio, por exemplo, com produtos hospitalares, se precisa de alguma facilidade para desembaraço aduaneiro, se precisa de alguma redução de tarifa de exportação, que medida precisa ser adotada a cada momento necessário. Estamos acompanhando, obviamente, os indicadores da economia e a necessidade de remanejamento de orçamento”, afirmou Marcelo Guaranys, ao comentar sobre como o grupo deve atuar.

Juros do consignado

O grupo de monitoramento também anunciou que vai propor ao Conselho Nacional da Previdência Social a redução do teto dos juros dos empréstimos consignado em favor dos beneficiários do INSS, bem como a ampliação do prazo máximo das operações.

“Também proporemos, ao Congresso Nacional, via medida legislativa, a ampliação da margem consignável. Existe a margem consignável que é aquela parcela que a pessoa pode comprometer do seu orçamento, do seu salário, do seu benefício [no pagamento do empréstimo]”, explicou o secretário especial da Previdência e Trabalho, Bruno Bianco. Atualmente, essa margem está em 30%, mas o governo ainda não definiu qual aumento vai sugerir na proposta.

O governo também estuda permitir novos saques imediatos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). O saque imediato do FGTS foi iniciado em 2019 e vai até 31 de março deste ano. A medida permite o resgate de até R$ 998 por quem tem conta no fundo. “Com relação ao FGTS, é sim uma medida que estamos analisando, respeitando a sustentabilidade do fundo e o dinheiro dos cotistas. Todas as medidas, por isso mesmo digo monitoramento, elas serão tomadas quando necessárias”, disse o secretário especial da Fazenda, Waldery Rodrigues Junior.

Medicamentos

Outra proposta anunciada pelo grupo é a definição, em parceira com o Ministério da Saúde, da lista de produtos médicos e hospitalares importados que terão preferência tarifária para garantir o abastecimento das unidades de saúde do país. Também serão tomadas medidas para priorizar o desembaraço aduaneiro de produtos médicos-hospitalares.

No âmbito da gestão pública, o governo deve publicar uma Instrução Normativa com recomendações relacionadas ao funcionamento do serviço público federal durante esse período de avanço das infecções pelo novo coronavírus.

“Outras medidas podem ser adotadas de acordo com o andamento dos trabalhos do grupo de monitoramento e orientações do Ministério da Saúde”, informou o Ministério da Economia, em nota.

Recuperação de crédito recua 3,3% em fevereiro

O indicador de recuperação de crédito – obtido a partir da quantidade de exclusões dos registros de inadimplentes da base da Boa Vista – registrou queda de 3,3% em fevereiro contra janeiro, já descontados os efeitos sazonais. No acumulado em 12 meses (março de 2019 a fevereiro de 2020), o indicador recuou 2,2%. Já em relação ao mesmo mês do ano passado houve alta de 2,2%.

Em termos regionais, o acumulado 12 meses apresenta alta apenas na região Norte (1%). Em sentido oposto, na região Sul foi registrada a maior redução (-5,9%), seguida do Centro-Oeste (-1,8%), Sudeste (-1,7%) e Nordeste (-1,5%).

Na comparação mensal, contudo, todas as regiões registraram retração em fevereiro. No mesmo sentido, na comparação interanual (fevereiro de 2020 contra fevereiro de 2019), apenas a região Sul apresentou resultado negativo, com variação de -2,4%.

Se, por um lado, o indicador de registros de inadimplência vem apresentando queda em 12 meses, sugerindo que boa parte dos consumidores ainda está conseguindo manter em dia o pagamento de novas dívidas, por outro lado, além da segunda queda mensal consecutiva, o indicador de recuperação também segue negativo nesta base de comparação (-2,2% em fevereiro), mostrando a dificuldade que os consumidores com dívidas em atraso encontraram para reequilibrarem sua situação financeira e saírem do cadastro de inadimplentes nos últimos meses. Entre os principais fatores por trás desta dificuldade estão os elevados níveis de desocupação e subutilização da mão de obra e o fraco crescimento da renda.

Metodologia
O Indicador de Recuperação de Crédito é elaborado a partir da quantidade de exclusões dos registros de dívidas vencidas e não pagas informados anteriormente à Boa Vista pelas empresas credoras. As séries têm como ano base a média de 2011 = 100 e passam por ajuste sazonal para avaliação da variação mensal. Em janeiro de 2014 houve atualização dos fatores sazonais e reelaboração das séries dessazonalizadas, utilizando o filtro sazonal X-12 ARIMA, disponibilizado pelo US Census Bureau.

A série histórica do indicador está disponível em:
http://www.boavistaservicos.com.br/economia/recuperacao-de-credito/

Saúde regulamenta condições de isolamento e quarentena

O Ministério da Saúde regulamentou os critérios de isolamento e quarentena que deverão ser aplicados pelas autoridades de saúde local para pacientes com suspeita ou confirmação de infecção por coronavírus no Brasil. As regras entram em vigor a partir desta quinta-feira (12) com a publicação de portaria no Diário Oficial da União (DOU). A medida faz parte das ações para enfrentamento da Emergência em Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII) decorrentes do coronavírus. O objetivo é evitar a dispersão do vírus pelo país.

O documento traz as especificações para cada uma das ações. Para o isolamento, as medidas de precaução visam conter e separar pessoas que forem classificadas como caso suspeito, confirmado, provável (contato íntimo com caso confirmado), portador sem sintoma e contactante de casos confirmados. Nesses casos, o isolamento deverá ser em ambiente domiciliar podendo ser feito em hospitais públicos ou privados, conforme recomendação médica, por um prazo de 14 dias, podendo ser estendido por até igual período dependendo do resultado do exame laboratorial.

A medida de quarentena tem como objetivo garantir a manutenção dos serviços de saúde em local certo e determinado. O procedimento de quarentena será determinado mediante ato administrativo formal estabelecido pelas secretarias de saúde dos estados, municípios, do Distrito Federal ou ministro de estado da saúde, ou superiores em cada nível de gestão e publicado em diário oficial e amplamente divulgado pelos meios de comunicação. A medida de quarentena será adotada pelo prazo de até 40 dias, podendo se estender pelo tempo necessário.

O secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Wanderson de Oliveira, esclareceu que o isolamento e a quarentena são medidas de saúde pública para o enfrentamento ao coronavírus no país. “O isolamento não é obrigatório, não vai ter ninguém controlando as ações das pessoas, ele é um ato de civilidade para proteção das outras pessoas. Já a quarentena é uma medida restritiva para o trânsito de pessoas, que busca diminuir a velocidade de transmissão do coronavírus. Essas são medidas de saúde pública”, reforçou o secretário de Vigilância em Saúde.

A medida de quarentena não poderá ser determinada ou mantida após a encerramento da Declaração de Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (ESPIN).

ATUALIZAÇÃO DOS CASOS

Subiu para 60 o número de casos confirmados de coronavírus no Brasil de acordo com as informações repassadas pelos estados ao Ministério da Saúde até 10h desta quarta-feira (11). Do total de casos confirmados, 9 (15%) são por transmissão local, quando é possível relacionar o doente a um caso confirmado e 51 (85%) casos são importados, ou seja, de pessoas que viajaram ao exterior. Atualmente, são monitorados 930 casos suspeitos e outros 947 já foram descartados.

Os casos confirmados no Brasil estão divididos em nove estados: Alagoas (1), Bahia (2), Minas Gerais (1), Espírito Santo (1), Rio de Janeiro (13), São Paulo (30), Rio Grande do Sul (4), Paraná (6)e Distrito Federal (2).

Para manter a população informada a respeito do novo coronavírus, o Ministério da Saúde atualiza diariamente, os dados na Plataforma IVIS, com números de casos descartados e suspeitos, além das definições desses casos e eventuais mudanças que ocorrerem em relação a situação epidemiológica.

MEDIDAS DE PREVENÇÃO

Para evitar a proliferação do vírus, o Ministério da Saúde recomenda medidas básicas de higiene, como lavar as mãos com água e sabão, utilizar lenço descartável para higiene nasal, cobrir o nariz e a boca com um lenço de papel quando espirrar ou tossir e jogá-lo no lixo. Evitar tocar olhos, nariz e boca sem que as mãos estejam limpas.

Lista de espera do ProUni é divulgada

O Ministério da Educação (MEC) divulgou nesta quinta-feira, 12 de março, a lista de espera dos estudantes que manifestaram interesse em participar do Programa Universidade para Todos (ProUni). Os candidatos podem verificar o resultado nas instituições de ensino que escolheram para estudar.

A lista de espera é mais uma oportunidade para candidatos que não foram pré-selecionados na primeira e segunda chamadas conseguirem uma bolsa pelo programa. Os estudantes são classificados por curso e turno, seguindo as notas obtidas no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2019.

Como são feitas duas opções de curso, são dois tipos de lista de espera. No caso da primeira opção, pode participar o candidato:

não pré-selecionado nas chamadas regulares;
pré-selecionado na segunda opção de curso, reprovado por não formação de turma

Para a segunda opção, pode participar o candidato:

não pré-selecionado nas chamadas regulares, na hipótese de não ter ocorrido formação de turma na primeira opção de curso;
não pré-selecionado nas chamadas regulares, na hipótese de não haver bolsas disponíveis na primeira opção de curso;
pré-selecionado na primeira opção de curso, reprovado por não formação de turma

O programa – O ProUni é o programa que oferece bolsas integrais e parciais em instituições particulares de educação superior. A oferta de 252.534 bolsas neste ano é recorde para um primeiro semestre. O sistema registrou mais de 1,5 milhão de inscrições.

Podem participar do ProUni:

estudantes que tenham cursado todo o ensino médio na rede pública, ou na rede particular na condição de bolsista integral da própria escola;
estudantes com deficiência;
professores da rede pública de ensino, no efetivo exercício do magistério da educação básica, integrantes de quadro de pessoal permanente de instituição pública. Nesse caso, não é necessário comprovar renda.

Para concorrer às bolsas integrais, o estudante deve comprovar renda familiar bruta mensal, por pessoa, de até um salário mínimo e meio. Para as parciais, a renda familiar bruta mensal deve ser de até três salários mínimos por pessoa.

Só pode se inscrever no ProUni o estudante que não possuir diploma de curso superior, que tenha participado do Enem mais recente e obtido, no mínimo, 450 pontos de média das notas, bem como não zerado a redação.

Ministério da Saúde convoca 5 mil médicos contra coronavírus

Para reforçar o atendimento à população durante a pandemia do coronavírus, o Ministério da Saúde lançou um edital com 5.811 vagas para médicos com CRM Brasil atuarem nos postos de saúde. Por meio do programa Mais Médicos, de forma emergencial, os profissionais serão distribuídos em 1.864 municípios de todo o país, além de 19 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI). Capitais e grandes centros urbanos voltam a fazer parte do programa, que vinha priorizando municípios mais carentes. A mudança ocorre porque grandes cidades, com maior concentração de pessoas, são locais mais propensos à circulação do coronavírus. O edital foi publicado no Diário Oficial da União desta quarta-feira (11), em edição extra, e as inscrições devem começar já na segunda-feira (16).

“O Mais Médicos é um programa de provisão emergencial de médicos e pode ser usado em emergências de saúde como a que estamos passando com o coronavírus”, explica o secretário de Atenção Primária à Saúde (SAPS), Erno Harzheim. “Ao mesmo tempo, o governo segue com a estruturação do programa Médicos pelo Brasil, criado pelo Governo Federal para apoiar os municípios mais carentes do país de forma permanente, com regras claras de seleção e contratação dos médicos, que terão carteira assinada e plano de carreira, priorizando médicos especializados em Medicina de Família e Comunidade, com gratificação para aqueles que se deslocarem até os locais mais distantes e vulneráveis”, completou o secretário da SAPS.

Das 5.811 vagas disponibilizadas, 44,5% (2.588) são para as capitais (perfil 3). Outras 688 (11,84%) estão nos municípios de perfil 1; 649 vagas (11,17%) se encontram no perfil 2; 356 (6,13%) estão em municípios de perfil 4; 352 (6,06%) fazem parte do perfil 5; 271 (4,66%) estão no perfil 6; 870 (14,97%) no perfil 7, classificadas como regiões de extrema pobreza; e 37 (0,64%) vagas são para o perfil 8 (DSEI).

A numeração dos perfis indica a ordem decrescente de vulnerabilidade dos municípios, sendo os de perfil 8 de maior vulnerabilidade e os de perfil 1 de menor vulnerabilidade. Atualmente, o Programa Mais Médicos conta com 12.258 profissionais distribuídos em 3.465 municípios em todas as unidades da federação.

A expectativa é que os médicos já comecem a atuar nos municípios no início de abril. Para garantir a contratação de todos os médicos, o Ministério da Saúde vai investir R$ 1,2 bilhão.

Além de fortalecer a Atenção Primária, que atenderá os casos mais leves, o Ministério da Saúde também está ampliando a disponibilidade de leitos de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). “Se o gestor solicitar mais leitos de UTI, porque a demanda está ultrapassando a sua capacidade de atendimento, temos uma licitação para acionar e, em uma semana ou no máximo dez dias, esses leitos são instalados, com todos os insumos necessários. O hospital só entrará com a equipe médica e de enfermagem para que o leito possa funcionar rapidamente”, explica o secretário Executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo.

CONTRATAÇÃO VALE POR UM ANO

Junto com o edital para chamamento dos profissionais médicos, o Ministério da Saúde publicou outro edital para que os municípios que já participavam do programa Mais Médicos manifestem a intenção de renovar as vagas para os novos profissionais. A partir de segunda-feira (16) os secretários municipais de saúde já podem indicar o interesse em receber os médicos.

Este edital de chamamento traz algumas diferenças em relação aos publicados anteriormente. O contrato com os médicos será de apenas um ano e a seleção poderá ter até cinco chamadas, caso todas as vagas não sejam ocupadas nas chamadas anteriores. Encerrado o período das inscrições, o Ministério da Saúde disponibilizará a relação dos médicos aptos a participarem do programa. Na etapa seguinte, eles escolhem os municípios ou DSEI em que gostariam de atuar. Cada profissional poderá indicar quatro localidades.

Para dar mais agilidade ao processo, serão selecionados médicos CRM Brasil. Como os médicos já estão habilitados para exercer a medicina no país, poderão se deslocar diretamente para atuação nos municípios. A bolsa-auxílio será no mesmo valor dos editais anteriores, de R$ 12,38 mil.

Este edital não altera o cronograma previsto para o programa Médicos pelo Brasil, sancionado em dezembro de 2019. Atualmente, o Ministério da Saúde finaliza a organização e estrutura necessárias para a criação da Agência para o Desenvolvimento da Atenção Primária à Saúde (Adaps), que será responsável pela seleção e contratação dos profissionais que atuarão pelo novo programa.

EMERGÊNCIA DO CORONAVÍRUS

Estudos indicam que a maioria dos casos de coronavírus são leves e podem ser atendidos nos serviços da Atenção Primária. Mais de 42 mil postos de saúde distribuídos pelo país são capazes de atender 90% dos casos de coronavírus. A população deve buscar os serviços quando apresentar os sintomas iniciais do vírus, como febre, tosse, dor de garganta ou dificuldade respiratória. Para isso, o Ministério da Saúde está reforçando ainda mais a capacidade assistencial dos postos de saúde durante a atual pandemia do coronavírus.

O programa Saúde na Hora, que estende o horário de atendimento dos postos de saúde para pelo menos 12 horas por dia, será ampliado. Para isso, novos critérios do programa foram criados para facilitar a adesão dos municípios ao programa. Atualmente, cerca de 1.520 postos de saúde já participam do programa, em 238 municípios. Com a nova medida, a expectativa é ampliar o horário de funcionamento em cerca de mais 5.200 mil unidades de 1.500 municípios, ampliando a cobertura de atendimento para cerca de 60 milhões de brasileiros.

Assim, a população terá mais acesso aos serviços ofertados nas unidades de saúde, como consultas médicas e odontológicas; cuidado de doenças crônicas, como diabetes e hipertensão; aplicação de vacinas; consultas pré-natal; entre outros procedimentos.

ANS inclui exame para detecção de Coronavírus no rol de procedimentos obrigatórios

A diretoria colegiada da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) aprovou, na tarde desta quinta-feira (12), em reunião extraordinária, a inclusão do exame de detecção do Coronavírus no rol de procedimentos obrigatórios para beneficiários de planos de saúde. A Resolução Normativa foi encaminhada ao Diário Oficial da União e entra em vigor na data de sua publicação.

O teste será coberto para os beneficiários de planos de saúde com segmentação ambulatorial, hospitalar ou referência e será feito nos casos em que houver indicação médica, de acordo com o protocolo e as diretrizes definidas pelo Ministério da Saúde.

A ANS orienta que o beneficiário não se dirija a hospitais ou outras unidades de saúde sem antes consultar sua operadora de plano de saúde, para informações sobre o local mais adequado para a realização de exame ou para esclarecimento de dúvidas sobre diagnóstico ou tratamento da doença.

Considerando que o conhecimento sobre a infecção pelo vírus SARS-CoV-2 (Covid-19) ainda está em construção, os protocolos e diretrizes podem ser revistos a qualquer tempo, o que poderá alterar a indicação dos casos para realização do exame com cobertura obrigatória.

A ANS esclarece que a cobertura do tratamento aos pacientes diagnosticados com o Covid-19 já é assegurada aos beneficiários de planos de saúde, de acordo com a segmentação de seus planos (ambulatorial, hospitalar).

Sobre o exame

O exame incluído no Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde da ANS é o “SARS-CoV-2 (CORONAVÍRUS COVID-19) – pesquisa por RT – PCR (com diretriz de utilização).

A cobertura é obrigatória quando o paciente se enquadrar na definição de caso suspeito ou provável de doença pelo Coronavírus 2019 (COVID-19) definido pelo Ministério da Saúde. Ressalta-se novamente que, uma vez que o conhecimento da infecção pelo vírus SARS-CoV-2 (Covid-19) ainda está em processo de consolidação, à medida que novas evidências forem disponibilizadas, a tecnologia e sua diretriz poderão ser revistas, a qualquer tempo, seja por iniciativa da ANS ou por orientação do Ministério da Saúde.

Paulo Câmara reforça comitê de acompanhamento diário do Covid-19

O governador Paulo Câmara ampliou, nesta quinta-feira (12.03), o comitê que vem acompanhando diariamente os casos relacionados à Covid-19 em Pernambuco. O chefe do Executivo estadual determinou a integração de toda a equipe de governo à estrutura que já contava com os órgãos de saúde do estado. Hoje, Pernambuco registrou os primeiros casos confirmados da doença provocada pelo coronavírus.

“O novo coronavírus tem mobilizado o mundo inteiro. Desde as primeiras notícias, tornou-se prioridade absoluta no trabalho de pesquisa, orientação, monitoramento e cuidados. Em Pernambuco também, onde instalamos um comitê que eu comando pessoalmente. Continuaremos em ação permanente, inclusive adotando os encaminhamentos necessários, em casos suspeitos e confirmados”, garantiu Paulo Câmara.

O governador frisou, ainda, que é fundamental manter a serenidade e, principalmente, seguir as orientações dos especialistas. “Vamos manter a tranquilidade e agir com calma e cautela, para inibir a propagação do vírus e de outro mal, o boato. O esforço é coletivo para conter a Covid-19, em um ambiente favorável às medidas efetivas e às informações úteis. Assim vamos superar este difícil momento que o mundo atravessa”, concluiu.

O Governo de Pernambuco reforçou a rede de saúde ampliando as equipes em unidades de referência, convocando, na última segunda-feira, 132 profissionais de saúde de diversas categorias, como médicos, enfermeiros, fisioterapeutas e técnicos de enfermagem para reforçar o quadro do Hospital Universitário Oswaldo Cruz (Huoc). Desse total, 12 médicos infectologistas, aprovados em concurso público da Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), foram nomeados, sendo sete para o Huoc e outros cinco para o Hospital Correia Picanço, referência no atendimento de casos suspeitos do novo coronavírus em crianças.

Petrobras corta preço da gasolina em 9,5%; diesel cai 6,5%

Cinco dias após os preços do petróleo começarem a derreter no mercado internacional, a Petrobras decidiu reduzir os preços dos combustíveis em suas refinarias. A partir desta sexta (13) a gasolina ficará 9,5% mais barata. O corte no preço do diesel será de 6,5%. A redução é de R$ 0,16 por litro na gasolina e de R$ 0,125 no diesel.

O movimento responde à queda abrupta nas cotações internacionais do petróleo, pressionadas pelo temor de paralisia na economia global pelo surto de coronavírus e pela guerra de preços entre Arábia Saudita e Rússia. É o quinto corte de preços nas refinarias da estatal em 2020 –a gasolina chegou a ter um reajuste positivo em meio aos cortes.

Os repasses às bombas dependem de políticas comerciais de distribuidoras e postos. Segundo a Petrobras, a gasolina vendida pelas refinarias representa 29% do preço final do produto. No caso do diesel, são 48%. O restante são margens de lucro e impostos.
De acordo com dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis), o preço da gasolina nos postos praticamente não variou desde o início do ano -na semana passada, custava R$ 4,531 por litro, apenas 0,5% a menos do que os R$ 4,555 vigentes última semana de dezembro.

Já o diesel caiu 2,4%, de R$ 3,751 para R$ 3,661 por litro. Em fevereiro, o presidente Jair Bolsonaro acusou os estados a dificultarem a queda dos preços ao não reduzir o ICMS cobrado sobre os produtos.

Folhapress

Casal do Recife são primeiros casos de coronavírus em Pernambuco

Pernambuco confirmou os dois primeiros casos importados do novo coronavírus (Sars-CoV-2) nesta quinta-feira (12). Os pacientes são um casal, uma mulher de 66 anos e um homem de 71 com viagem recente para Roma, na Itália, segundo país com mais casos do vírus no mundo. O casal reside no bairro de Boa Viagem, na Zona Sul do Recife. Eles retornaram para o Brasil no último dia 29 de fevereiro e foram internados em 5 de março. As informações foram divulgadas em coletiva de imprensa pelo secretário de Saúde de Pernambuco, André Longo.

A mulher está internada no Hospital Português, que é privado e se localiza na capital pernambucana, e o homem, na UTI dessa mesma unidade de saúde. Segundo a Secretaria de Saúde de Pernambuco (SES-PE), os sintomas relatados pelo casal foram febre, tosse e problemas respiratórios.

Em nota, o Hospital Português informou que “desde a admissão na emergência do hospital, os pacientes foram identificados como casos suspeitos e todas as medidas preconizadas pelo Ministério da Saúde para assistência médica e controle da infecção foram adotadas”. Ainda de acordo com o hospital, o quadro de saúde dos dois pacientes é considerado estável, mas ainda não há previsão de alta.

Além dos dois pacientes confirmados, um dos 17 casos suspeitos do novo coronavírus trata-se da empregada doméstica do casal, de 47 anos, moradora do bairro do Pina, também na Zona Sul. Essa paciente teve contato direto com os dois e está em tratamento domiciliar, aguardando o resultado do teste para covid-19. Caso seja positivo, será o primeiro registro de contaminação local do novo coronavírus.

“Os casos com sintomas mais leves estão ficando em acompanhamento domiciliar. Os dois casos confirmados estão internados por conta da idade e pelo risco de uma maior complicação. O casal também está tendo uma febre persistente e está fazendo um tratamento com antibióticos, mas, do ponto de vista clínico, eles estão bem e apresentam uma boa evolução”, afirmou o chefe do Setor de Infectologia do Hospital Universitário Oswaldo Cruz, Demetrius Montenegro.

Com a confirmação dos casos, Pernambuco passa a ser o terceiro estado do Nordeste a registrar o vírus, acompanhado da Bahia, com três casos, e de Alagoas, com um caso.

Em balanço divulgado na tarde dessa quarta-feira (11), a SES-PE havia informado que havia subido para 17 o total de casos suspeitos no Estado. Outros 22 foram descartados, totalizando 39 notificações desde o dia 24 de fevereiro. Dos 17, três estão em isolamento hospitalar em unidades de saúde. Os demais foram encaminhados para isolamento domiciliar. Segundo a pasta, todos apresentavam quadros de saúde estáveis e com boa evolução clínica.

“No momento, as pessoas que têm sintomas como febre acompanhada de tosse, espirro e tem histórico de viagem ao exterior ou contato com pessoas suspeitas devem procurar as unidades de saúde. É importante lembrar que no Recife a porta de entrada para os atendimentos são as unidades de atenção primária, então a população deve procurar o posto de saúde mais próximo da sua casa”, declarou o secretário de Saúde do Recife, Jailson Correia.

Os laudos oficiais do Instituto Evandro Chagas (IEC), do Pará, ainda não foram oficialmente divulgados, mas o secretário André Longo adiantou, nesta quinta-feira, que mais sete casos foram descartados. Entre esses descartes, duas crianças.

O médico infectologista, Demetrius Montenegro, reforçou as medidas de prevenção que devem ser adotadas pela população. “A população deve manter a calma e principalmente prestar atenção nos seus atos de higiene com as mãos, isso é o que realmente vai proteger cada um de se contaminar com o coronavírus. Devemos evitar os hábitos de coçar os olhos, roer as unhas, colocar a mão no nariz e sempre lavar as mãos. É preciso criar um novo hábito de se perguntar todos os dias quantas vezes nós lavamos as mãos e pôr em prática sempre que possível”, disse.

Nesta quinta-feira (12), Pernambuco instituiu um Comitê de Operações de Emergências (COE) para coordenar os esforços em tempo real do combate ao novo coronavírus. O comitê vai realizar reuniões diárias para acompanhar o avanço do Covid-19 no estado e elaborar políticas de prevenção e assistência, com o objetivo de conter a transmissão da doença.

Questionado sobre as medidas de prevenção que serão tomadas a partir da confirmação dos casos, o secretário André Longo afirmou que Pernambuco segue as recomendações do Ministério da Saúde. “Neste momento, o grande foco ainda é na vigilância e na contenção dos casos. Na fase de incubação, provavelmente teremos que adotar outras medidas, mas, por enquanto, nós não podemos adiantar as etapas das ações. Vamos aguardar as instruções do Ministério da Saúde e, assim, lidar com esse problema de acordo com as recomendações”, disse.

Em relação a planos de suspensão de aulas e eventos, André Longo afirmou que não há nada previsto até o momento. “Ainda não há nenhuma restrição técnica por parte do Ministério da Saúde nem das secretarias municipais e estaduais para que a gente altere o calendário escolar ou cancele qualquer evento, mas essa é uma medida deste momento, não significa que futuramente isso não possa ser alterado”, afirmou o secretário.

Brasil
Até o fim da quarta-feira, o Brasil somava 69 casos confirmados do novo coronavírus. O Ministério da Saúde havia confirmado 52 casos à tarde. Em seguida, a Bahia registrou mais um e o hospital Albert Einstein, em São Paulo, divulgou a confirmação de 16 novos casos. Entre as novas confirmações, 11 ocorreram em São Paulo, cinco no Rio de Janeiro, uma no Rio Grande do Sul e outra no Distrito Federal. Com a atualização em Pernambuco, ao menos oito estados e o DF já têm registros do covid-19. .

Uma análise do Instituto Pensi, centro de pesquisa clínica em pediatria do Hospital Infantil Sabará, apontou que, a partir do momento em que o Brasil tiver 50 casos confirmados de coronavírus, o país poderá chegar a mais de 4 mil casos em 15 dias e cerca de 30 mil casos em 21 dias.

Pandemia
A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou nessa quarta que a covid-19, que infectou mais de 125 mil pessoas e matou quase 5 mil em todo o mundo, é uma pandemia.

O chefe da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, estimou que, “nos próximos dias e semanas”, o número de casos, mortes e países afetados aumentará. A organização voltou a pedir aos países, porém, que atuem para “conter” a pandemia. “Devemos ser mais agressivos”, insistiu, , enfatizando que essa “pandemia” pode “ser controlada”.

Tudo o que você precisa saber sobre o novo coronavírus
O que é coronavírus?
É uma família de vírus que podem infectar animais e seres humanos e causar doenças respiratórias que variam de resfriados comuns até a Sars (síndrome respiratória aguda grave). Seu nome vem dos picos de suas membranas que lembram uma coroa.
O novo coronavírus foi batizado de Sars-CoV-2, e o nome da doença respiratória que ele causa é covid-19.

Como ele é transmitido?
O vírus é transmitido pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como:
gotículas de saliva;
espirro;
tosse;
catarro;
contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão;
contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.

Segundo a OMS, a fonte primária do surto tem origem animal, e as autoridades de Wuhan disseram que o epicentro da epidemia era um mercado de peixes e animais vivos. Não se sabe qual bicho teria passado o vírus a humanos.

E quão facilmente ele é transmitido de pessoa para pessoa?
Ainda não está claro com que facilidade o Sars-CoV-2 é transmitido de pessoa para pessoa. Seu N0 (número de quantas novas pessoas, em média, são infectadas por cada doente) está numa faixa de 1,5 a 3,5, segundo as estimativas feitas até agora. Ele parece se equipar ao dos vírus da gripe e provavelmente supera o vírus da dengue, cujo número nunca chega a 2. O N0 do sarampo, por exemplo, é 20.

Qual é o período de transmissibilidade?
De uma forma geral, a transmissão viral ocorre apenas enquanto persistirem os sintomas. É possível que ocorra a transmissão apesar da ausência de sintomas, mas os pesquisadores ainda estudam esse aspecto em relação ao novo coronavírus.

Quais são os sintomas?
Os sintomas mais comuns são febre, cansaço e tosse seca. Algumas pessoas têm dores no corpo, congestão nasal, coriza, dor de garganta ou diarreia. Uma em cada seis pessoas desenvolve dificuldade para respirar. Outras não desenvolvem sintoma nenhum, segundo a OMS.

Pessoas mais velhas e com doenças de saúde como pressão alta, diabetes e doenças cardiovasculares têm mais chance de desenvolver um quadro grave da doença.

Crianças, idosos e pacientes com baixa imunidade podem apresentar manifestações mais graves. No caso do novo vírus, ainda não há relato de infecção sintomática em crianças ou adolescentes.

O que devo fazer se tenho esses sintomas?
Quem não viajou para lugares com muitos casos nem teve contato com um possível doente provavelmente tem um resfriado ou outro tipo de gripe. Segundo o infectologista da USP Esper Kallás, pessoas com quadros leves (pouca tosse, febre baixa, nariz escorrendo) deveriam receber orientações para ficar em casa com ​remédios para os sintomas, hidratação e repouso.

“A pessoa que vai para o hospital com dor de cabeça e um pouco de febre tem grande chance de pegar coronavírus na sala de espera do sujeito ao lado.” Já a falta de ar progressiva, a tosse intensa, catarro com pus, febre alta com calafrios e pontas dos dedos e lábios arroxeados são sinais de infecção grave pelo novo coronavírus. Nesse caso, é preciso ir a um hospital. Em caso de dúvida, consulte um médico para receber orientações sobre o que fazer.

Como prevenir a infecção pelo coronavírus?
Segundo a OMS, as medidas protetoras gerais são:

– Lave frequentemente as mãos usando água e sabão ou álcool em gel 70%, especialmente após contato com pessoas doentes, lugares muito movimentados (como transporte público) e antes de se alimentar

– Quando tossir ou espirrar, cobrir a boca e o nariz com as mãos (e lavá-las depois) ou com a dobra do cotovelo ou lenços descartáveis

– Mantenha pelo menos 2 metros de distância de quem estiver tossindo ou espirrando ou tenha febre

– Mantenha os ambientes ventilados

– Evite tocar nos olhos, nariz e boca

A OMS aconselha o uso racional de máscaras para evitar desperdício, ou seja, usá-las apenas em caso de sintomas respiratórios, suspeita de infecção por coronavírus ou em caso de profissionais que estejam cuidando de casos de suspeita.

Álcool em gel e máscaras estão em falta?
No início de março, a OMS mostrou-se preocupada com a escassez de equipamentos de proteção, como máscaras, em alguns países. A entidade destacou que tais itens são importantes para a proteção dos profissionais de saúde que lidam diariamente com a doença. Sem esses equipamentos, os profissionais ficam mais expostos ao risco e podem adoecer, o que complica ainda mais a situação do surto, considerando que a resposta de saúde fica comprometida.

Somente pessoas com o covid-19 (ou com sintomas sugestivos) têm orientação do uso de máscaras para evitar propagar a doença. Em farmácias de São Paulo já havia dificuldade para encontrar máscaras cirúrgicas desde o fim de janeiro. Quanto aos hospitais, principalmente do SUS, o Ministério da Saúde, em nota, afirma que “tem trabalhado para garantir insumos e medicamentos com diferentes fornecedores nacionais e internacionais para os pacientes atendidos”.

Qual é o tratamento?
Não há um medicamento específico para a infecção. Indica-se repouso e ingestão de líquidos, além de medidas para aliviar os sintomas, como analgésicos e antitérmicos.
Nos casos de maior gravidade com pneumonia e insuficiência respiratória, suplemento de oxigênio e mesmo ventilação mecânica podem ser necessários.

A OMS afirma que antibióticos não devem ser usados para prevenir ou tratar infecção por coronavírus. Os antibióticos funcionam apenas contra bactérias. Segundo a OMS, a maioria das pessoas (80%) se recupera sem precisar de tratamento especial.

Não são tratamentos contra a doença causada pelo coronavírus:
– Vitamina C
– Chás de ervas
– Antibióticos
– “Shots” de imunidade
– Ozonioterapia
– Água quente

Quão letal é o novo coronavírus e quem tem maior risco de morte?
É difícil avaliar a letalidade de um novo vírus com rapidez. Especialistas destacam que o balanço de mortos ainda é relativamente baixo. Pelos dados disponíveis até agora, a estimativa é de que a letalidade seja em torno de 3,5%.

É uma cifra pouco maior que a do sarampo -2,2%- , e bem menor que a do ebola -51%. Assim como nos casos de gripe e da Sars (síndrome respiratória aguda grave, também causada por um coronavírus), o novo coronavírus costuma vitimar pessoas que tenham moléstias como diabetes (quem tem a doença tem 8,1 vezes o risco de morrer em relação a uma pessoa sem problemas crônicos de saúde), hipertensão (6,7), doenças cardiovasculares (11,7) e doenças respiratórias crônicas (7,0).

Além disso, quanto mais velha a pessoa, maior o risco: aquelas com 80 anos ou mais infectadas pelo novo coronavírus têm 6,4 vezes a probabilidade do resto da população de morrer.

Mas, se o número total de mortes assusta (cerca de 4.200 até o dia 10 de março), é preciso levar em conta que, todos os anos, gripes e pneumonias matam por ano 80 mil pessoas no Brasil. Nos EUA, 200 mil pessoas são internadas com gripe nos EUA e cerca de 35 mil morrem.

Folhape