As previsões estão se confirmando: este é o verão mais quente dos últimos tempos. E a estação mais esperada do ano chegou trazendo não só o calor, como também algumas preocupações. Não podemos esquecer do protetor solar, de beber bastante líquido, usar roupas leves, não se expor ao sol em determinados horários… Mas, e com os pets? Já pensou que, assim como nós, eles também precisam de cuidados extras?
As altas temperaturas afetam a nossa disposição e bem-estar assim como dos pets. Este fato ocorre, pois, assim como os seres humanos, os pets são mamíferos homeotérmicos, ou seja, sempre mantém a temperatura do corpo constante. No caso de cães e gatos a temperatura corpórea normal está entre 37,5°C a 39,5°C e o organismo busca formas para regular esta temperatura (aumentando e diminuindo). Toda esta regulação, especialmente quando estamos em épocas quentes do ano, leva em consideração a temperatura ambiental, mas também a temperatura e geração de energia pelo metabolismo normal do organismo.
O processo de digestão de alimentos gera muita energia e, consequentemente, muito calor ao animal e, por isso, quando temos uma situação de alta temperatura ambiental, chegando até ao estresse térmico, o pet buscará formas para regular esta temperatura, seja bebendo água fresca, diminuindo o nível de atividade física, buscando um lugar mais fresco e arejado para descansar, assim como diminuindo a geração de energia/calor pelo metabolismo da digestão, ou seja, consequentemente reduzindo o consumo calórico devido a diminuição do apetite.
Quando temos uma situação de alta temperatura ambiental, chegando até ao estresse térmico, o pet buscará formas para regular esta temperatura, seja bebendo água fresca, diminuindo o nível de atividade física, buscando um lugar mais fresco e arejado para descansar. Para evitar que seu animal de estimação sofra com o forte calor, a Dra. Flávia Rossi, Médica-Veterinária da Mars Petcare, separou algumas dicas que podem fazer toda a diferença e ajudar a família e o seu pet a curtirem, juntos, este verão.
· Evite expor o pet ao sol entre às 10h e 16hs. Esse é o período do dia em que o sol está mais quente. Prefira horários mais frescos para os passeios (início do dia e começo da noite).
· Fique atento ao piso quente, que pode queimar as patas e causar sofrimento aos pets. Evite passeios no asfalto e areia que, geralmente, estão quentes nesta época do ano.
· Buscar estratégias para troca de calor (chão mais frio, brincadeiras e enriquecimento ambiental com água e gelo, banhos, ventilação, tosa de animais mais peludos, etc) é um excelente caminho.
· Na hora do passeio, leve uma garrafinha de água fresca e ofereça com frequência ao animal. Molhar a barriga e patinhas também ajuda a refrescar.
· Reforce a atenção com a alimentação do pet, uma vez que o apetite pode diminuir e o consumo em momentos e em quantidades inadequadas pode gerar mal-estar. Subdividida a quantidade de alimento em mais porções ao longo do dia e ofereça em horários mais frescos em que o animal já apresente mais conforto térmico. Esse manejo alimentar favorece uma menor geração de calor pelo processo digestivo evitando os desconfortos gástrico e térmico.
· O alimento úmido (sachê), que também é completo e balanceado, é um bom recurso para estimular a ingestão de alimentos neste período, já que é composto por 60 a 90% de água, contribuindo com a ingestão hídrica. O tutor pode oferecer apenas ele ou, então, misturar com o alimento seco, o que tornará ainda mais palatável a refeição.
· Mantenha sempre água limpa e fresca à disposição e aumente o número de vasilhas com águas em casa. Incluir pedrinhas de gelo na vasilha ou disponibilizar água gelada também são recursos interessantes para estimular a ingestão de água. No caso de gatos, espécie que por natureza já ingere pouca água, o uso de fontes (água corrente) também é um recurso muito interessante. Vale lembrar que a água é um nutriente essencial para a vida.
· Evite oferecer sorvete, água de coco ou frutas para seu pet. Independente da época do ano, o recomendado é manter a alimentação específica que ele está acostumado a consumir. Outros itens/alimentos podem se tornar vilões e causar, inclusive, problemas gastrointestinais e aumentarem as chances de um quadro de obesidade. O alimento completo e balanceado oferecerá todos os nutrientes em quantidade ideal para a manutenção do animal. Sempre busque a orientação e o acompanhamento de um profissional para introduzir e alterar o manejo alimentar do pet.