Poder salvar vidas em casos de urgência é o objetivo do projeto Viva Coração, em Fernando de Noronha, que vai realizar mais uma capacitação com treinamento intensivo em emergência cardiovascular. Durante quatro dias, entre 20 e 23 de maio, profissionais de diversas áreas que atuam no arquipélago vão receber qualificação sobre reanimação cardiopulmonar e utilização do desfibrilador externo e automático, além de manobras de desobstrução de vias aéreas. Estão sendo oferecidas 90 vagas, distribuídas nos três turnos. Para participar, é necessário realizar a inscrição entre os dias 29 de abril e 1° de maio, na direção do Hospital São Lucas, das 8h às 17h.
O Viva Coração anterior, que aconteceu em dezembro de 2023, foi voltado para profissionais de saúde. Desta vez, o curso tem como público-alvo profissionais de outras áreas, como pessoas que trabalham com turismo, guarda-vidas, guias turísticos, mergulhadores, policiais militares e civis, Corpo de Bombeiros, professores, agentes comunitários de saúde e pessoas da comunidade em geral. No curso, eles vão aprender a atuar no salvamento através da compressão torácica e como utilizar o desfibrilador automático, entre outras técnicas.
O projeto acontece na ilha desde 2007, quando foram instalados os Desfibriladores Externos Automáticos (DEAs) em pontos turísticos da ilha. Atualmente existem 12 equipamentos em funcionamento no arquipélago, com kits de controle de hemorragia. Danielle Gomes, gestora de urgência e emergência de Fernando de Noronha, ressalta a necessidade de realização do treinamento, porque a chance de sobrevivência de uma pessoa cai em dez por cento a cada minuto em que a reanimação cardiopulmonar não é realizada.
“Quem primeiro presencia uma urgência é alguém da família, algum guia turístico, um professor na escola, um mergulhador ou um agente comunitário de saúde. E o que salva a vida de vítimas de parada cardíaca e engasgo é o atendimento imediato dessas pessoas. São manobras de reanimação cardiovasculares e desobstrução das vias aéreas que salvam vidas. Por isso a importância da realização periódica de treinamentos nesta área”, enfatizou.
A gestora ressaltou ainda que mais de 94% dos casos de asfixia por engasgo ocorrem em crianças menores de sete anos. “Geralmente ocorrem quando a criança leva à boca ou ao nariz qualquer objeto que ocasione a obstrução da passagem de ar”, disse.
Os treinamentos vão ser no auditório da Unidade de Saúde da Família Dois Irmãos, com os equipamentos utilizados em emergências, simulando atendimentos reais. O projeto é realizado pela equipe do Laboratório de Treinamento em Emergências Cardiovasculares do Hospital Agamenon Magalhães, do Recife, com protocolo internacional da American Heart em atendimento de urgência e emergência cardiovascular.