ARTIGO — A inclusão começa em casa

Ceres Costa Rosa

Depois de anos trabalhando em salas de aula, não foi surpresa para mim a constatação, por meio de pesquisa, de que uma das grandes barreiras enfrentadas no processo inclusivo de crianças com necessidades educativas especiais, era oriunda das próprias famílias. Pais simplesmente não aceitavam a condição dos filhos e não passavam informações para a escola. Eram frequentes os casos em que os pais omitiam questões sobre a saúde dos filhos. Eles conheciam as escolas no período de matrículas (sem as crianças), faziam muitas indagações acerca dos processos pedagógicos, mas apenas no primeiro dia de aula que a professora conhecia a criança e se deparava com a deficiência aparente. Casos evidentes, como a síndrome de Down, hidrocefalia ou até deficiência visual eram ignorados pelos pais no contato anterior com a escola.

Devido a observações realizadas acerca do comportamento e do baixo rendimento, quando a escola realizava a primeira reunião com os pais, trazendo relatos e solicitando auxílio de um pediatra, é que alguns casos eram desvendados: autismo, síndromes comportamentais, entre outros. Havia ainda relatos de que, mesmo diante dos dados levantados pela escola, os pais se posicionavam contra buscar ajuda pediátrica e diziam que seu filho era “normal”, que a escola anterior nunca disse o contrário. Quando, na verdade, a busca dessas famílias por novas escolas é dada justamente pelo fato de não aceitarem o posicionamento da escola anterior e de laudos já realizados por especialistas.

Ainda hoje recebo relatos de que, infelizmente, os dados da pesquisa, feita há mais de uma década, ainda são atuais e reais. Ainda que apresentemos progresso nas leis e que elas assegurem maior acessibilidade aos lugares sociais e às escolas, há muito ainda para avançar. Não bastam mudanças arquitetônicas: rampas com largura mínima de 80 cm, área de circulação nas salas permitindo rotação de 360 graus, lousas instaladas a uma distância de 90 cm do chão, elevadores. As mudanças precisam ser internas, de concepção, de paradigma, de reeducação, de convivência, de aceitação, de respeito.

É insuficiente oferecer capacitação somente aos gestores, professores e funcionários. Toda comunidade escolar deve ser preparada para essa realidade, inclusive alunos e seus familiares, com ou sem deficiência. A escola só é inclusiva quando todos caminham na mesma direção, respeitando e convivendo com as diferenças, dando o apoio e suporte necessários para que a comunidade escolar possa ter acesso às informações necessárias e contribua com essa caminhada.

Com base no que traz a Constituição Federal de 1988 e o estatuto da Criança e do Adolescente, o discurso entre escola e família precisa ser aberto e transparente. A indicação da escola deve ser sempre a busca pelo pediatra, e é esse profissional que fará a indicação para demais especialistas como neurologistas, fonoaudiólogos, psicólogos, entre outros. Lembrando que somos educadores, não podemos opinar no achismo: “acho que é autista porque não brinca com outras crianças”. Deixemos os laudos para os profissionais da saúde. Podemos reunir dados que facilitarão o laudo, mas não podemos fazê-lo.

As escolas precisam se posicionar baseadas nas leis, sendo seu dever assegurar que qualquer diagnóstico seja realizado da forma mais precoce possível, a fim de que a criança tenha a assistência necessária para desenvolver habilidades e ter sua aprendizagem respeitada. Família e escola precisam estar de mãos dadas.

Aplicativo de transporte LEVA agora pode ser baixado também em Caruaru

Aplicativo de transporte LEVA agora pode ser baixado também em Caruaru. O sistema começa a funcionar no próximo dia 15 de dezembro e promete oferecer transporte com segurança, conforto, rapidez e preço justo. Os interessados em ser motorista do aplicativo já podem se cadastrar no site www.levataxi.com.br

Os aprovados na seleção passam a um treinamento com técnicas de atendimento. Todos os veículos são vistoriados e têm que estar dentro dos padrões e normas de segurança. Mais informações podem ser obtidas no site www.levataxi.com.br

O Lions Caruaru realiza, neste domingo (1º), o último bazar solidário do ano

O Lions Caruaru realiza, neste domingo (1º), o último bazar solidário do ano, das 8h30 às 13h, na Escola Dom Bernardino Marchió, no Residencial Luiz Bezerra Torres. O objetivo é vender produtos a preços populares para levantar dinheiro, necessário na realização do Natal Lions, que beneficia uma instituição de caridade no mês de dezembro.

No bazar são oferecidos produtos masculinos, femininos e infantis com valores a partir de R$ 2. Além de roupas, as pessoas podem encontrar acessórios, calçados e eletrodomésticos. O Bazar Solidário do Lions Caruaru tem uma parceria com a OAB Caruaru e a loja maçônica Dever e Humanidade. A festa de Natal acontece no dia 21 de dezembro com distribuição de presentes para as crianças, brincadeiras, guloseimas, parque e entrega de cestas básicas para os pais.

Livro conta a história de Manoel Eudócio

Jaciara Fernandes

Um momento especial para a arte figurativa produzida no Alto do Moura, em Caruaru. Será lançado o livro ‘Mestre Manuel Eudócio Rodrigues’ que conta a história de um dos maiores representantes da geração que criou a escola do barro, arte reconhecida internacionalmente. A noite de autógrafos acontece na próxima quinta-feira (05), no Sobrado 7 – Shopping RioMar, na Capital pernambucana. A obra é conta com textos do jornalista Bruno Albertim, também antropólogo e escritor membro da Associação Brasileira de Críticos de Artes (ABCA).

A concepção e curadoria levam as assinaturas de Lurdinha Vasconcelos e Ana Veloso, além de produção da 2AbadDesign e fotografias de Eudes Santana. Mestre Eudócio foi um dos principais expoentes da arte popular de sua época. É, inclusive, um dos mestres apresentados no Portal do Artesanato de Pernambuco. Seu valor enquanto artista e produtor de arte foi reconhecido ainda em vida. Em 2005, tornou-se Patrimônio Vivo de Pernambuco e, em 2008, a sua peça “Família de Retirantes” foi presenteada ao Papa Bento XVI pelo então presidente Lula.

Para Lourdinha Vasconcelos, que manteve uma amizade com o Mestre Manoel Eudócio ao longo de 30 anos, com a morte do artesão, aos 85 anos, em 2006, se fechou um ciclo iniciado por ele e por Mestre Vitalino e Mestre Zé Caboclo. “Eles formaram um tripé que deu o pontapé a tudo o que hoje é não só o Alto do Moura, mas a arte popular brasileira. A amizade, confiança e a cumplicidade entre eles era tanta que fizeram apenas um carimbo comunitário para ser usado nas peças do trio. O que nos alegra é que outras gerações seguem o legado deixado por eles”, ressaltou Lurdinha.

O jornalista Bruno Albertim enxergava o artista como um cronista atento a cultura popular tradicional, mas sempre valorizando as mudanças com a contemporaneidade. “Ele foi o primeiro artista a confeccionar todos as figuras do bumba meu boi e a partir de aí os artesãos do Nordeste inteiro começaram a copiar suas peças, numa grande homenagem”, frisou Albertim.

Homens precisam fazer reposição hormonal?

Além de falar sobre a importância de diagnosticar precocemente o câncer de próstata, a campanha Novembro Azul também alerta para outros problemas que podem afetar a saúde do homem. A hiperplasia da próstata e a deficiência de testosterona estão entre eles e podem acometer homens com idade avançada.

O urologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo Dr. Augusto Caparica explica que a deficiência de testosterona é uma síndrome com sinais e sintomas clínicos.

Segundo ele, a deficiência de testosterona é mais frequente na medida em que o homem envelhece, por isso é conhecida pela sigla DAEM (Deficiência Androgênica do Envelhecimento Masculino).

Entenda a seguir mais sobre essa síndrome:

Quais os sintomas da DAEM?

Os sintomas da deficiência de testosterona são piora na vida sexual (queda na libido), perda de massa muscular, cansaço, obesidade central e irritabilidade.

Como a síndrome influencia a vida do homem?

O homem com deficiência de testosterona pode sofrer com alterações de humor, sensação de tristeza e desânimo, queda da libido e diminuição de energia e força muscular, influenciando seu bem-estar.

É possível reverter? Quais os tratamentos?

Há vários tratamentos disponíveis para reposição hormonal. Os mais usados são gel transdérmico ou injeção intramuscular trimestral.

O médico frisa que o acompanhamento é feito com dosagens regulares do nível hormonal no sangue.

Já a hiperplasia de próstata se caracteriza pelo crescimento do tecido glandular da próstata. Assim como a DAEM, a doença é mais comum com o avanço da idade.

Abaixo, o urologista explica quais são suas principais causas, sintomas e tratamentos:

Quais são as causas?

“É como se o ‘miolo’ da próstata aumentasse de tamanho, o que ocasiona obstrução da saída de urina da bexiga”, conta o especialista.

Estima-se que 80% dos homens aos 80 anos terão a doença. Não há causa estabelecida para o problema, mas acredita-se que a testosterona tenha um papel fundamental no desenvolvimento da doença.

Há sintomas?

Segundo o Dr. Caparica, os sintomas mais frequentes são aqueles associados ao ato da micção: urgência para urinar, aumento na frequência, jato miccional fraco e sensação de não esvaziar a bexiga completamente.

Casos mais graves podem apresentar infecções urinárias recorrentes, sangramento na urina e retenção urinária aguda.

Quais são os tratamentos para a hiperplasia de próstata?

O tratamento pode ser feito com medicações para auxiliar no esvaziamento da bexiga ou na diminuição do tamanho da próstata. Casos mais graves ou refratários às medicações são tratados com cirurgia.

“Dispomos de técnicas pouco invasivas e altamente eficazes para solucionar o problema e melhorar significativamente a qualidade de vida dos pacientes”, recomenda o especialista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo.

Rede de Hospitais São Camilo

A Rede de Hospitais São Camilo é composta por três hospitais modernos em São Paulo, que ficam nos bairros da Pompeia, Santana e Ipiranga, capacitados para atendimentos eletivos, de emergência e cirurgias de alta complexidade, como transplantes de medula óssea.

Excelência médica, qualidade diferenciada no atendimento, segurança, humanização e expertise em gestão hospitalar são os principais pilares de atuação.

Hoje, a Rede de Hospitais São Camilo presta atendimento em mais de 60 especialidades, oferece ao todo 736 leitos e um quadro clínico de mais de 6,8 mil médicos qualificados. As unidades possuem importantes acreditações internacionais, como a Joint Commission International (JCI), renomada acreditadora dos Estados Unidos reconhecida mundialmente no setor, e a Acreditação Internacional Canadense.

A Rede de Hospitais São Camilo faz parte da Sociedade Beneficente São Camilo, uma das entidades que compreende a Ordem dos Ministros dos Enfermos (Camilianos), uma entidade religiosa presente em mais de 30 países, fundada pelo italiano Camilo de Lellis, há mais de 400 anos. No Brasil, desde 1928, a Rede conta com expertise e a tradição em saúde e gestão hospitalar.

Documentário sobre HIV e AIDS no Brasil chega na Netflix, Now, Vivo Play e Oi Play

Depois de passar pelos cinemas de 13 capitais do país, CARTA PARA ALÉM DOS MUROS chega na Netflix, Now, Vivo Play e Oi Play no Dia Mundial Contra a AIDS, com o objetivo de ampliar o acesso ao documentário, que narra a trajetória da epidemia que escancarou ignorância e preconceitos. Dirigido por André Canto, o filme investiga o estigma e a discriminação como produtos de uma sociedade que insiste em manter marginalizadas as pessoas que vivem com HIV – até hoje, passados mais de 30 anos, muitas ainda enfrentam situações de medo, insegurança e exclusão. A obra chama a atenção para, entre outras coisas, o viés do genocídio da população negra.

Morrem, por ano, no Brasil, mais de 11.500 pessoas em decorrência da AIDS, e constata-se uma prevalência absoluta entre a população negra, mostrando que esta parcela da população, por estar dentro de vários círculos de exclusão, como a dificuldade de acesso ao sistema de saúde, é a mais atingida pela epidemia.

O documentário, o primeiro do gênero a refazer a cronologia do HIV e da AIDS no país, encabeça o projeto #PrecisamosFalarSobreIsso, que também conta com uma série documental para a TV e um livro-reportagem que relatará todo o processo de sua pesquisa e realização.

No filme, o jovem Caio conta sobre quando descobriu que vive com HIV, momento a partir do qual teve que enfrentar seus próprios fantasmas, além do preconceito da família e da sociedade. Usando o depoimento de Caio como fio condutor, o filme passa a intercalar imagens de arquivo e entrevistas com médicos, pessoas que vivem com HIV, ativistas e figuras públicas, não só para contar a história do HIV e da Aids no Brasil, mas também para investigar o processo de construção do preconceito e estigma que ainda hoje recaem sobre Caio e todas as pessoas que vivem com o vírus – que vão desde a denominação da doença como “peste gay” na época do seu surgimento, passando pela classificação estigmatizante de “grupos de risco”, até o sensacionalismo de parte da imprensa, além dos julgamentos morais e religiosos no desenrolar da epidemia.

O Dr. Dráuzio Varella encabeça a lista de 36 pessoas que dão depoimento no filme. Além dele, os ex-ministros da Saúde José Serra e José Gomes Temporão, a cineasta e ex-VJ Marina Person, a mãe de Cazuza, Lucinha Araújo, e os médicos Ricardo Tapajós, Rosana Del Bianco e Valéria Petri, que identificou o primeiro caso de Aids no Brasil, expõem os motivos pelos quais a impressionante evolução na resposta médica e científica ao HIV não veio acompanhada de uma mudança de mentalidade e de preconceitos em relação à infecção.

O Dia Mundial contra a AIDS (que acontece em 1º de dezembro), foi criado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), com o apoio da Organização das Nações Unidas (ONU) em 1987.O Brasil desde 2017, celebra também o Dezembro Vermelho, um mês inteiro com o objetivo de promover a conscientização nacional sobre prevenção ao HIV e à AIDS. Durante esse período o filme “Carta Para Além do Muros” será exibido também em diversas sessões especiais pelo país.

Secretaria de Saúde de Caruaru promove atividades em alusão ao Dezembro Vermelho

[14:14, 29/11/2019] Ceica: Tem início na próxima segunda-feira (02), com um café da manhã para os pacientes do Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) e do Centro de Saúde Amélia de Pontes, a campanha Dezembro Vermelho, que vai promover ações direcionadas ao enfrentamento do HIV/AIDS e outras infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). A campanha terá foco na prevenção, assistência, proteção e promoção dos direitos humanos dos pacientes.

Em Caruaru, as ações serão realizadas pela Secretaria de Saúde, por meio do Programa Municipal de IST/HIV/AIDS e Hepatites Virais e seguirão até o dia 17 de dezembro. A programação conta com palestras educativas, testes rápidos, simpósio e CTA Itinerante no Parque 18 de Maio.

“A importância de discutir temas que incluem a diversidade de comportamentos, de escolhas, sobre sexualidade, que envolvem respeito e tolerância, perpassa as ações do Dezembro Vermelho. É sobre não deixar invisível um tema tão importante que é o HIV e a AIDS como um fenômeno social que atingiu e atinge várias pessoas, e sobre como trabalharmos com as novas e velhas ferramentas de prevenção, como a PrEP e a PEP, o preservativo, as testagens e discutir sobre estigma, preconceito e algumas atitudes nossas discriminatórias e infundadas”, explicou a coordenadora do Programa de IST/HIV/AIDS e Hepatites Virais, Eline Gomes.

Confira a programação:

Programação Geral
02/12: abertura do dezembro vermelho no CTA e no SAE com café da manhã para os pacientes;
03/12 Início do atendimento para PrEP no SAE
04/12 Roda de conversa no SAE com Renata psicóloga
05/12 Início do atendimento para PrEP no CTA
05/12 Atividade educativa no Rotary pela equipe do CTA;
10/12 II Simpósio Multidisciplinar em HIV e AIDS do Agreste – minicursos
11/12 II Simpósio Multidisciplinar em HIV e AIDS do Agreste – palestras e mesa redonda
12/12 Atividade educativa no Hospital Mestre Vitalino pela equipe do CTA;
14/12 CTA Itinerante na feira do parque 18 de maio
17/12 Palestra encerramento no SAE (Centro de Saúde Amélia de Pontes)
[14:14, 29/11/2019] Ceica: Programação Simpósio

Dia 10/12 (terça-feira)
8h – Apresentação de trabalhos (formato pôster)
9h-12h – Minicursos
Minicurso 1: LGBT fobia na educação – Rafael Vieira (Coletivo Lutas e Cores) e equipe CTA Caruaru (Kedma Santiago / Giselda Melo). Público: professores dos estudantes secundaristas
Minicurso 2: Por que o que mais mata a pessoa com HIV é a tuberculose? E o que fazer para prevenir essas mortes? – dra Magda Maruza (HUOC/UPE)
Minicurso 3: Acolhimento da População LGBT em serviços de saúde – Airles Ribeiro (Política de Atenção Integral à Saúde da População LGBT do Recife)
Minicurso 4: Saúde do Homem. Público: profissionais de saúde e estudantes – Rafael Moreira (SMS Caruaru)
Minicurso 5: Diagnóstico de pessoas com sífilis e suas parcerias sexuais (casos clínicos e tira-dúvidas) –Augusto Cezar Dal Chiavon (SMS Caruaru) e Lucyanne Karla (Laboratório Central de Caruaru)

13h-16h – Minicursos
Minicurso 6: Co-infecção HIV e hepatites virais – Waldenio Soares (SAE Caruaru)
Minicurso 7: Fluxogramas das ISTs – Efraim Naftali (VE Caruaru). Público: profissionais e professores universitários dos cursos de saúde
Minicurso 8: PEP e PrEP na Prevenção Combinada – Fátima Moura (SMS Olinda) / Eline Gomes (SAE Caruaru e UFPE). Público: profissionais do sexo
Minicurso 9: Comunicação na Mídia e Zero Discriminação em HIV e AIDS – profissionais da área de comunicação – Jonatan (Programa Estadual IST, HIV/AIDS e HV)
Minicurso 10: Lesões em mucosa oral de pacientes soropositivos: diagnóstico diferencial e biosegurança – Rafael Saboia (ASCES) Público alvo: odontólogos e outros profissionais e estudantes de saúde

DIA 11/12 (quarta-feira)
8h – Apresentação de trabalhos
9h – Mesa de Abertura
9h20 – Conferência de abertura: Como alcançar o fim da epidemia em 2030? – Camila Dantas (Programa Estadual IST, HIV/AIDS e HV)
9h50 – Simplificação do tratamento em HIV/AIDS – Eline Gomes (SAE Caruaru/ UFPE)
10h20 – Co-infecção Hanseníase e HIV: casos clínicos – Dr Ailton Romero Santos (SAE Caruaru)
10h50 Intervalo
11h – Direitos sexuais e reprodutivos da mulher soropositiva – Nilene Oliveira (UFPE)
11h30 – Imagens e estigma em saúde: há como superar? – João Luís (UFPE)
12h – Intervalo para almoço
TARDE
14h – CASOS INTERATIVOS (com a presença de arte-educadores) Mediador/a: Eline Gomes (SAE Caruaru/UFPE)
14h30 – Roda de conversa – Experiência em serviços: (10 min para cada)
Mediador/a: Renata Casé (SAE Caruaru)
O modelo da logística de medicamentos em Caruaru – Jean Sá (SMS Caruaru)
A experiência da Clínica do Homem AHF Recife – François Figueiroa (Programa Estadual IST, HIV/AIDS e HV)
A experiência do ambulatório LGBT Patrícia Gomes – Airles Ribeiro (Política de Atenção Integral à Saúde da População LGBT do Recife)
Mobilizando pares para ações de prevenção – Emerson Santos (Coletivo Lutas e Cores / Caruaru)
Direitos Sociais do paciente com HIV – (INSS)
15h20 debate
15h40 Apresentação do Boletim Epidemiológico (Efraim Naftali e Eline Gomes)
16h Encerramento

Governo reduz fundo eleitoral em 2020 para R$ 2 bilhões

como utilizar a urna eletrônica

O governo federal encaminhou ao Congresso Nacional, na terça-feira (26), uma previsão menor de recursos para financiar campanhas de candidatos a prefeituras e câmaras municipais nas eleições do ano que vem. A previsão de gasto para o financiamento de campanha eleitoral é de menos meio bilhão de reais: passou para R$ 2,035 bilhões.

Em agosto, quando encaminhou a proposta original do Orçamento, o governo previa gastar R$ 2,5 bilhões em 2020.

O pedido de correção foi feito pelo Partido Novo ao Ministério da Economia.

O Orçamento de 2020 ainda será votado pelo Congresso Nacional, até a primeira quinzena de dezembro.

A mudança precisa ser analisada pela Comissão Mista de Orçamento (CMO), que decidirá se o novo valor constará da proposta do relator, deputado Domingos Neto (PSD-CE).

Correio Braziliense

STF vai julgar regra de conteúdo na internet

O Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), entidade responsável pela governança da internet no País, publicou na quinta-feira, 28, uma carta em defesa do artigo 19 do Marco Civil da Internet, que define as responsabilidades de conteúdos de terceiros na internet. O artigo deve ter a sua constitucionalidade julgada pelo Supremo Tribunal Federal em 2020, na discussão sobre dois casos envolvendo remoção de conteúdo na internet – um envolve o Orkut e é anterior ao Marco Civil; outro diz respeito ao Facebook e é posterior à promulgação da lei. Segundo especialistas, a anulação do artigo pode iniciar a uma onda de censura na internet do País.

O artigo 19 foi um dos principais pontos de discussão durante a criação da lei que rege a internet brasileira. Ele determina que empresas que atuam na internet, como provedores, redes sociais, veículos de imprensa, blogs, sites de comércio eletrônico, plataformas de streaming e outras empresas online, só sejam obrigados a remover conteúdos após uma decisão judicial. É esse mecanismo, por exemplo, que impede que políticos determinem a remoção imediata de posts no Facebook que consideram problemáticos para a sua imagem.

Parte do documento diz que o CGI “reconhece a importância do disposto no art. 19 do Marco Civil da Internet para a preservação da liberdade de expressão, para a vedação à censura e para a garantia do respeito aos direitos humanos”.

O temor entre diferentes setores da sociedade é de que a derrubada do artigo 19 provoque uma onda de censura na internet brasileira. Sem o dispositivo de proteção, as empresas adotariam uma postura mais cautelosa e removeriam qualquer tipo de material sob a ameaça de serem multadas.

“Corremos o risco de substituir uma regra amplamente debatida no Congresso por uma ausência de regras num cenário de menor discussão”, explica Francisco Brito Cruz, diretor do centro de pesquisa em direito e tecnologia InternetLab.

Na quarta, organizações acadêmicas e da sociedade civil especializadas em direito digital, como o Instituto de Tecnologia e Sociedade do Rio de Janeiro (ITS-Rio), já publicaram uma carta em defesa do o artigo.

Quando pedidos de remoção terminam na Justiça, sua taxa de sucesso é baixa, o que significa que os tribunais reconhecem a legitimidade da maioria dos conteúdos. O jornal O Estado de S. Paulo apurou que o número de remoções de uma das empresas envolvidas no caso é baixo – quase metade das decisões é pela manutenção do conteúdo.

Impacto de ‘fake news’
O debate sobre o artigo 19 ganhou uma nova camada graças à discussão sobre “fake news” que tomou Brasília neste ano.

Em setembro, o presidente e relator do caso do Facebook no STF, Dias Toffoli, disse em um seminário promovido pela Câmara dos Deputados: “O julgamento tem o objetivo de analisar se é obrigatória a ida à Justiça para que seja removido um conteúdo falso ou se as plataformas, a partir da denúncia do próprio ofendido ou de um usuário, que demonstre que ele é manifestamente inverídico, seja obrigada a retirá-lo sob pena de não o fazendo, depois, aí, sim, junto com a Justiça, arcar com as penas adequadas”.

“O tema ‘fake news’ está afetando bastante esse julgamento”, diz Carlos Affonso de Souza, diretor do ITS-Rio e um dos principais responsáveis pela criação do artigo 19 (leia entrevista ao lado).

Startups
Além do receio em relação à censura na internet brasileira, outros setores se preocupam com o impacto sobre pequenas empresas e startups. Como muitos modelos de negócios se escoram em conteúdo de terceiros, o temor é de isso iniba novas empresas. “Há o risco de muitas startups não prosperarem nesse cenário”, diz Ana Paula Varize Silveira, advogada da ABStartups.

Agência Estado