Sete estados já pediram apoio federal para combater incêndios

Um despacho do presidente Jair Bolsonaro, publicado em edição extra do Diário Oficial da União (DOU) neste domingo (25), autorizou o emprego das Forças Armadas no combate aos incêndios florestais no Acre, Mato Grosso e Amazonas. Com isso, são sete os estados que solicitaram apoio federal nas operações, já que Roraima, Rondônia, Tocantins e Pará haviam feito o pedido desde a última sexta-feira (23), quando o presidente assinou o decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) que permite a atuação dos militares da União. A medida vale para áreas de fronteira, terras indígenas, em unidades federais de conservação ambiental e outras áreas da Amazônia Legal

Segundo o texto, o emprego dos militares será autorizado apenas mediante requerimento do governador de cada estado da região. A Amazônia Legal é um território que abrange os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, de Rondônia, Roraima e parte dos estados de Mato Grosso, do Tocantins e do Maranhão.

Ontem (24), o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, afirmou que cerca 44 mil militares das Forças Armadas estão continuamente na Região Amazônica e poderão ser empregados nas operações.

Já o Ministério da Economia informou hoje (25), em nota ter aprovado o descontingenciamento imediato R$ 38,5 milhões do orçamento da Defesa para custear os trabalhos de combate aos incêndios conduzidos pelas Forças Armadas.

Aviões em operação

A Força Aérea Brasileira (FAB) está empregando, desde ontem (24), duas aeronaves C-130 Hércules no combate aos focos de incêndio na Amazônia. Os aviões são operados pelo Primeiro Esquadrão do Primeiro Grupo de Transporte e têm usado o aeroporto de Porto Velho como base.

‘Todos ministros têm ingerência minha’, diz Bolsonaro sobre Moro

O presidente Jair Bolsonaro afirmou neste sábado, 24, que não tem problemas com o ministro da Justiça, Sérgio Moro, mas reagiu quando questionado se Moro teria carta branca: “Eu tenho poder de veto em qualquer coisa, senão eu não era presidente. Todos os ministros têm ingerência minha. Eu fui eleito para mudar”, disse.

Como informou o Estadão/Broadcast, plataforma de notícias em tempo real do Grupo Estado, Bolsonaro indicou na sexta-feira, 23, cinco nomes para integrar o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Apesar de o Cade ser formalmente ligado ao Ministério da Justiça, de Moro, o ministro não foi consultado e não teve influência em nenhuma das indicações.

Segundo a reportagem apurou, ao menos dois deles foram negociados com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), dos advogados Luiz Augusto Hoffmann e Lenisa Rodrigues Prado, indicada para o cargo de procuradora-geral do órgão.

Além deles, Bolsonaro indicou para o conselho o também advogado Sérgio Costa Ravagnani e o economista Luiz Henrique Bertolino Braido. O atual superintendente-geral do órgão, Alexandre Cordeiro, foi reconduzido ao cargo. Todos os indicados passam por sabatina em comissão do Senado e precisam ter seus nomes aprovados pelo plenário da Casa.

A indicação de Cordeiro também foi defendida por senadores. Ainda há uma vaga no conselho, que também deverá ser preenchida por indicação do Senado.

A tentativa de atender senadores vem em um momento em que os parlamentares devem avaliar a possível indicação do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-RJ) para embaixador nos Estados Unidos. No início do mês, Bolsonaro retirou outros dois nomes indicados por ele mesmo em maio e que não teriam agradado aos senadores – eles haviam sido escolhidos pelos ministros da Economia, Paulo Guedes, e da Justiça, Sérgio Moro.

Tradicionalmente, os escolhidos para o conselho são apontados pelas equipes da Economia e da Justiça. A equipe de Guedes foi quem escolheu Braido. Ele é PHD em economia pela Universidade de Chicago, onde Guedes também estudou, e é professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV) no Rio de Janeiro.

Bolsonaro justifica ao STF falas sobre Dilma e Santa Cruz

Foto: José Cruz/Agência Brasil
Foto: José Cruz/Agência Brasil
Diário de Pernambuco
O presidente Jair Bolsonaro apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) esclarecimentos sobre declarações controversas que foram contestadas no tribunal pela presidente cassada Dilma Rousseff e pelo presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz. A Advocacia-Geral da União (AGU) pediu o arquivamento das interpelações.
No processo movido por Dilma, a petista pediu que Bolsonaro esclarecesse uma fala em que teria sugerido que a ex-presidente participou de ações armadas durante a ditadura militar que resultaram na morte do capitão do Exército americano Charles Chandler.
Bolsonaro informou que a fala, dita em maio durante prêmio de ‘Personalidade do Ano’ oferecido pela Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos, em Dallas (EUA), foi “genérica, não tendo destinatário certo e específico”.
“Quem até há pouco ocupava o governo, teve em sua história suas mãos manchadas de sangue na luta armada, matando inclusive um capitão, como eu sou capitão, naqueles anos tristes que tivemos no passado. Eu até rendo homenagem aqui ao capitão Charles Chandler”, disse o presidente.
O capitão americano Charles Chandler foi morto em 12 de outubro de 1968, no Sumaré, na zona oeste de São Paulo, em um atentado feito por três militantes da Vanguarda Popular Revolucionária (VPR) e da Ação Libertadora Nacional (ALN).
Dilma nunca pertenceu a nenhum desses grupos. A ex-presidente foi condenada e presa por integrar o grupo guerrilheiro VAR-Palmares durante a ditadura, mas não existem evidências da participação da ex-presidente em ações violentas.
OAB
No segundo processo, Bolsonaro negou que tenha tido a intenção de ofender quem quer que seja, muito menos a dignidade do presidente da OAB e de seu pai, Fernando Augusto de Santa Cruz Oliveira.
Bolsonaro apresentou no mês passado uma versão sobre a morte do pai do presidente da OAB que não tem respaldo em informações oficiais. Ele disse que Fernando Santa Cruz foi morto por correligionários nos anos 70.
“O interpelado (Jair Bolsonaro) apenas afirmou que, segundo suas próprias convicções, formuladas a partir de conversas que circulavam à época, esta (a morte) teria decorrido de ação de pessoas (ou grupo) político a que pertencia”, escreveu a AGU.
“Do mesmo modo, não se pode extrair das declarações do interpelado o animus de ofender quem quer que seja, muito menos a dignidade do interpelante ou do seu pai”, informou o órgão. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Agressão a travestis: Secretaria emite nota de repúdio

Nota de Repúdio

A Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos de Caruaru (SDSDH) vem por meio desta nota manifestar repúdio em relação à ação criminosa ocorrida com mulheres transexuais na madrugada deste sábado (24). Os agressores foram presos em flagrante pela Polícia Militar. As vítimas, que já são usuárias dos serviços da Coordenação de Promoção à Diversidade Sexual da SDSDH, foram localizadas pela equipe e serão acolhidas pelo Centro de Referência Especializada em Assistência Social (CREAS), que apoia efetivamente vítimas de violação dos direitos humanos no município, e receberão acolhimento jurídico e psicossocial.

A assessoria jurídica da Gerência de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos acompanhará de perto o desfecho do inquérito e ação penal e reforça que nenhum tipo de violência LGBTfóbica será tolerada em nosso município.

Protesto contra desmatamento na Amazônia reúne ativistas e artistas

Manifestantes se reuniram na tarde no domingo (25) na Praia de Ipanema, na zona sul do Rio de Janeiro, para pedir o combate ao desmatamento e às queimadas na Floresta Amazônica.

O ato contou com a presença de organizações não-governamentais, ativistas, políticos e artistas como os cantores Caetano Veloso, Criolo e Tereza Cristina. O protesto percorreu a pista da Avenida Vieira Souto junto à orla, em direção ao Jardim de Alah.

Os manifestantes cantaram clássicos da música popular brasileira e ergueram cartazes com dizeres como “Não queimem o nosso futuro” e “A Amazônia não aguenta mais”.

Entre os manifestantes havia crianças, idosos, jovens e adultos, e o ato transcorreu com tranquilidade. Não houve impacto no trânsito, já que a pista da Avenida Vieira Souto é fechada como espaço de lazer todos os domingos.

Na última sexta-feira, mais protestos contra o desmatamento levaram manifestantes a diversas cidades brasileiras, entre elas Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília .

Os incêndios na Amazônia chamaram a atenção da comunidade internacional nesta semana e foram discutidos na Cúpula do G7, que reuniu os chefes de Estado de Estados Unidos, Alemanha, Japão, França, Reino Unido, Itália e Canadá. Anfitrião do encontro, o francês Emmanuel Macron, declarou neste domingo que é necessário ajudar os países da Amazônia a combater os incêndios o mais rápido possível.

Também na sexta-feira (23), o presidente Jair Bolsonaro assinou um decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) autorizando o emprego das Forças Armadas no combate aos incêndios. O envio dos militares dependerá da solicitação de cada governador da região, que inclui os estados de Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e parte dos estados de Mato Grosso, Tocantins e Maranhão. Entre esses estados, apenas Maranhão e Amapá ainda não requisitaram o apoio federal.

Israel enviará avião para ajudar no combate aos incêndios na Amazônia

O governo de Israel enviará um avião para auxiliar as Forças Armadas brasileiras no combate aos incêndios na Floresta Amazônica. A informação foi dada hoje (25) pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) após reunião, no Palácio do Alvorada, com o presidente Jair Bolsonaro, o ministro da Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e o assessor para assuntos internacionais da Presidência da República, Filipe Martins. A reunião começou por volta das 15h e durou cerca de duas horas.

Segundo postagem de Eduardo Bolsonaro em sua conta no Twitter, o envio da ajuda foi acertado após um telefonema entre o presidente brasileiro e o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.

Caixa começa a pagar PIS para cotistas a partir de 60 anos

Quem trabalhou com carteira assinada na iniciativa privada entre 1971 e 4 de outubro de 1988 e tem pelo menos 60 anos começa a receber hoje (26) as cotas do Programa de Integração Social (PIS). Os interessados devem procurar a Caixa Econômica Federal para fazer o saque.

O saque de até R$ 3 mil poderá ser feito nas lotéricas, correspondentes Caixa Aqui e nos terminais de autoatendimento, utilizando o cartão Cidadão, com senha. Outra opção é nas agências da Caixa. Acima de R$ 3 mil, somente nas agências da Caixa. Para saber se tem direito às cotas do fundo, o correntista deve consultar o endereço www.caixa.gov.br/cotaspis.

Segundo a Caixa, 10,4 milhões de trabalhadores terão direito ao saque das cotas do PIS. O pagamento deve injetar até R$ 18,3 bilhões na economia brasileira. No dia 19, o banco fez o crédito automático para quem tem conta corrente ou poupança na instituição. Em 2 de setembro, será a vez de os cotistas com até 59 anos começarem a sacar.

Segundo a Medida Provisória (MP) 889/2019, os recursos do fundo ficarão disponíveis para todos os cotistas, sem limite de idade. Diferentemente dos saques anteriores, agora não há prazo final para a retirada do dinheiro.

O PIS atende aos trabalhadores da iniciativa privada. A MP facilita o saque por herdeiros, que passarão a ter acesso simplificado aos recursos. Eles terão apenas de apresentar declaração de consenso entre as partes e a declaração de que não existem outros herdeiros conhecidos.

Pasep
As cotas do Pasep, que atende a servidores públicos, militares e trabalhadores de empresas estatais, podem ser sacadas desde a semana passada. Responsável pelo fundo, o Banco do Brasil (BB) informa que estão disponíveis para saque R$ 4,5 bilhões pertencentes a 1,522 milhão de cotistas.

Cerca de 30 mil correntistas do BB participantes receberam automaticamente o dinheiro no dia 19. Os cotistas clientes de outras instituições financeiras, com saldo até R$ 5 mil, podem transferir o saldo da cota por meio de Transferência Eletrônica de Documento (TED), sem nenhum custo, desde a última terça-feira (20). Os demais cotistas, assim como herdeiros e portadores de procuração legal, podem realizar os saques diretamente nas agências do BB, desde a última quinta-feira (22).

A opção de transferência oferecida pelo BB pode ser feita tanto pela internet, no endereço eletrônico www.bb.com.br/pasep, quanto pelos terminais de autoatendimento. O cotista ainda pode obter informações por meio da Central de Atendimento BB, pelos telefones 4004-0001 (capitais e regiões metropolitanas) ou 0800-729-0001 (demais localidades).

Encceja é aplicado neste domingo em 611 municípios brasileiros

Pessoas que não terminaram os estudos na idade adequada fazem neste domingo (25) a prova do Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja), para obter a certificação de conclusão do ensino fundamental ou médio. Serão quatro provas objetivas, cada uma com 30 questões de múltipla escolha, e uma redação.

As provas serão aplicadas 611 municípios. Os portões de acesso aos locais do exame serão abertos às 8h e fechados às 8h45 para as provas aplicadas pela manhã. À tarde, os candidatos podem entrar as 14h30 até 15h15, de acordo com o horário oficial de Brasília.

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), organizador do exame, recomenda que todos os participantes estejam com o Cartão de Confirmação impresso no dia da prova, apesar de a apresentação não ser obrigatória para a realização do exame. O documento traz endereço, data, local, número de inscrição, horário das provas, indicação das áreas de conhecimento e do nível de ensino, solicitação de atendimento especializado e nome social, se for o caso.

Para chegar ao cartão de confirmação o estudante deve acessar a página do Encceja e, no sistema, clicar em “página do participante”. A próxima etapa é preencher os campos de CPF, senha, selecionar a figura indicada, e clicar em “enviar”. A página será diretamente direcionada à imagem do Cartão de Confirmação de Inscrição na qual o participante encontrará o endereço do local onde fará a prova.

Juiz dá 72 horas para Bolsonaro explicar medidas para controlar queimadas

O juiz federal Rolando Valcir Spanholo, da 21ª Vara do Distrito Federal, deu 72 horas para o governo Jair Bolsonaro (PSL) explicar medidas que tem adotado para combater queimadas na Amazônia. Também ordenou que sejam informadas as providências adotadas por autoridades para punir envolvidos com incêndios criminosos na vegetação. Ele acolhe parcialmente ação popular movida pelo advogado Carlos Alexandre Klomfahs.

Em decisão, o magistrado afirma que ‘nossa Constituição não deixa dúvidas acerca da responsabilidade do Poder Público em coibir, dentre outras, o emprego de técnicas e métodos que coloquem em risco a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente’.

“Da mesma forma, não se pode ignorar que o texto constitucional, depois de deixar claro que a região da Floresta Amazônica constitui patrimônio nacional dos brasileiros, também impõe que o seu uso/exploração se dê “dentro de condições que assegurem a preservação do meio ambiente, inclusive quanto ao uso dos recursos naturais” (§4º)”, escreve.

Segundo o juiz, ‘assiste razão ao autor popular quando atribuiu ao Poder Público a responsabilidade por regular, fiscalizar e punir atividades envolvendo o meio ambiente naquela região (que é de vital importância para o mundo)’.

Responsabilidade dividida
O magistrado, no entanto, pondera que ‘a responsabilidade por proteger o meio ambiente e combater a poluição gerada pelas queimadas também é dos Estados e dos Municípios nas quais elas são geradas’. “Não é apenas responsabilidade da União, como erroneamente se tem difundido”.

Estiagem
O juiz afirma que, ‘embora indesejado, não podemos ignorar que, em grande medida, o agravamento do quadro (aumento do número de focos de incêndio, maior demora nos seus controles, amplitude das áreas atingidas etc.) também guarda relação direta com o período de estiagem/seca que todos os anos atinge grande parcela do território brasileiro neste período do outono/inverno’.

“O que, infelizmente, potencializa os efeitos adversos das queimadas e acaba não sendo considerado por muitos que, naturalmente, por desconhecimento ou maldade, imediatamente, procuram correlacionar o fenômeno com o também nem sempre legal manejo/corte de árvores na região amazônica (não é supérfluo lembrar que a própria Europa, Austrália e Estados Unidos enfrentam ciclos de incêndios devastadores nos seus respectivos períodos de redução pluviométrica)”, relata.

Spanholo afirma que, ‘se de um lado não podemos ignorar que a exploração dos recursos naturais naquela parte do território nem sempre segue os ditames da lei (que vem agravada pela fiscalização deficitária etc.), de outro, como o próprio autor popular alertou em sua inicial, também não podemos ignorar que muitos não são totalmente verdadeiros quando pousam de “defensores da Amazônia – o pulmão do mundo”‘.

Ingênuos!
“Não somos ingênuos!”, exclamou o juiz, ao afirmar que ‘há muito interesse econômico em jogo, tanto no ambiente interno do País, como no seio de grande parcela da comunidade internacional’. “Infelizmente, interesses pouco nobres acabam se misturando e maculando (no mínimo gerando dúvidas indevidas) o trabalho sério de milhares de outras iniciativas (nacionais e internacionais) que, verdadeiramente, apenas querem ver a nossa região amazônica continuar cumprindo o seu papel ambiental com o mundo, sem relegar a uma condição de injustificada pobreza aos milhões de brasileiros que lá residem”, anotou.

O juiz prossegue. “Aliás, não podemos esquecer que, em grande medida, a força econômica de muitos países, empresas e pessoas que hoje criticam (algumas vezes com razão, noutras nem tanto) a nossa forma de gerenciar a exploração dos nossos recursos naturais amazônicos, no passado, conquistaram o seu poder econômico exatamente por meio da exploração predatória do seu solo e dos recursos naturais que possuíam”.

O magistrado justifica que ‘não se está aqui defendendo que os erros e os abusos por eles cometidos no passado servem de “salvo conduto” para que o Brasil e os brasileiros também incorram em erros idênticos’. “Contudo, uma coisa é demonstrar a boa intenção de colaborar para que a região amazônica não deixe de ter a importância ambiental que ela tem para o mundo”.

“Outra bem diversa é querer usar discursos vazios e até mal intencionados (que não ultrapassam um simples olhar diante do espelho da própria história) para avocar a si um poder que a soberania brasileira jamais outorgou a terceiros (que sequer aqui vivem, que sequer aqui conhecem adequadamente)”, afirma. “Cometemos erros, sim, cometemos! Precisamos corrigir rumos, também!”, constata.

O juiz afirma que, porém, ‘o povo brasileiro é soberano para tomar suas decisões e sempre pautou a sua atuação perante a comunidade internacional com muito respeito, sendo uma das nações que menos praticou ingerência e/ou beligerou acerca dos assuntos internos de outros Países’.”Temos nossas limitações, nossos governantes muitas vezes acabam não sendo muito felizes nas suas decisões e atitudes, mas não somos incapazes, e muito menos aceitaremos, de maneira imposta, que terceiros venham decidir sobre nossos assuntos internos”, anota.

ONU
O magistrado rejeitou pedido do advogado Klomfahs para que o Brasil se submeta à ‘inspeção de organismos internacionais como a ONU para aferir os dados sobre o desmatamento da Amazônia”, conforme requerido pelo autor’. “Igualmente, em nome do Princípio da Separação dos Poderes (art. 2º), rejeito o pedido para impor “ao Presidente da República que proceda a demonstração em rede nacional de Rádio e TV, do relatório oficial sobre a real situação da floresta Amazônica”, escreve.

Segundo o magistrado, ‘no atual estágio do processo, não há como sequer reconhecer se, de fato, o atual e os anteriores governos (afinal, o longo histórico de desmatamento na floresta amazônica não surgiu agora) deixaram de registrar ou manipularam informações relativas à cobertura vegetal lá existente’.

AE

Sport vacila no fim e empata com a Ponte Preta

Faltou pouco para o Sport voltar da maratona fora de casa com seis pontos. Porém, os rubro-negros retornam com o nono empate na Série B, após ficar no 2×2 com a Ponte Preta, em duelo disputado na noite deste sábado, no Moisés Lucarelli, pela 18ª rodada. O Leão conseguiu aplicar uma virada no segundo tempo, além de possuir um jogador a mais na reta final da partida. Mesmo assim, Roger fez o ex-clube novamente de vítima, com dois gols na conta. Por outro lado, o torcedor rubro-negro pode ficar contente com o quarto lugar na competição. A equipe pernambucana volta as atenções para o Atlético Goianiense, adversário de terça-feira (27), na Ilha do Retiro.

A Macaca demonstrou que estava em busca da vitória logo a partir do momento em que a bola rolou. A primeira oportunidade surgiu com um minuto, quando Roger recebeu na pequena área, mas chutou fraco e facilitou a intervenção de Maílson. O time rubro-negro tinha dificuldades de fazer ligação com o ataque, especialmente porque ainda não havia se encontrado na partida. O Leão da Ilha apareceu com perigo, enfim, aos 12 minutos, após bom cruzamento de Norberto na direção de Juninho, que cabeceou e o goleiro Ivan realizou a defesa. A equipe mandante descobria espaços com certa facilidade e aproveitava a improvisação de Raul Prata na lateral esquerda.

No entanto, a forte pressão ponte-pretana da primeira metade da etapa inicial desapareceu, com o duelo não apresentando grandes emoções. A aposta de Guto Ferreira estava nos contra-ataques, porém, a execução final de Guilherme ou Hyuri terminava não sendo ideal. Sem conseguir ultrapassar a eficaz marcação leonina, restou para a Ponte Preta tentar na bola parada. Aos 41, Henrique Trevisan subiu até o quarto andar para desviar de cabeça e por pouco não abriu o placar no Moisés Lucarelli. Já nos acréscimos, Gerson Magrão recebeu livre na grande área e balançou as redes, porém, o bandeirinha assinalou o impedimento rapidamente e estragou a festa alvinegra.

Logo no intervalo, o comandante rubro-negro promoveu a primeira mudança na equipe. Diferentemente da atuação no triunfo diante do Vila Nova, Juninho demonstrou desconcentração em boa parte do jogo em Campinas e Guto decidiu colocar Leandrinho para conduzir o time. Ainda assim, não deu muita sorte. Aos 5 minutos, Gerson Magrão avistou Roger e realizou um cruzamento rasteiro. O camisa 9 utilizou o faro de artilheiro e só fez desviar para abrir o placar em Campinas. Era natural o gol da Macaca mudar o panorama da partida, se não fosse a boa fase de Hyuri. Aos 9 minutos, o ponta arrancou no lado direito e arriscou o cruzamento, mesmo sem ninguém na área. A bola teve um percurso inesperado por Ivan, que estava adiantado, e não conseguiu evitar o gol rubro-negro.

Se o primeiro gol não foi decisivo, a história após o empate pernambucano foi diferente. Os leoninos ganharam confiança e empurraram os mandantes para a defesa. Aos poucos, o domínio no meio de campo estava no lado do Sport, comandado por Marcão. Aos 27, Raul Prata fez ótima jogada pelo lado esquerdo e foi derrubado na grande área, sendo pênalti na avaliação do árbitro. Hernane cobrou com precisão e deslocou Ivan, virando a partida na casa do adversário. Por pouco, Yan não ampliou o marcador após ficar de frente com o goleiro alvinegro. No minuto seguinte, Camilo cometeu falta forte em Raul Prata e foi expulso. Esses momentos aconteceram de maneira consecutiva e o Sport pareceu ter o controle da partida até então.

Porém, os últimos lances dos jogos geralmente não são positivos para a torcida leonina. Foi dessa forma que Roger, aos 41 minutos, surgiu novamente na área, aproveitando mais uma vez o cruzamento e contando com a saída confusa de Maílson para empatar o jogo. Apesar de tentar no desespero, os rubro-negros falharam em desfrutar os vacilos da equipe mandante e repetem o sentimento de frustração das outras rodadas com um empate.

FICHA DO JOGO
Ponte Preta 2 x 2 Sport

Ponte Preta
Ivan; Diego Renan, Airton (Alex Maranhão), Reginaldo e Henrique Trevisan; Edson, Camilo, Gerson Magrão (Arnaldo), Rafael Longuine (Matheus Vargas) e Marquinhos; Roger. Técnico: Jorginho.
Sport
Maílson; Norberto, Rafael Thyere, Adryelson e Raul Prata; Marcão, Charles e Juninho (Leandrinho); Hyuri (Yan), Guilherme e Hernane Brocador (Élton). Técnico: Guto Ferreira.
Local: Moisés Lucarelli, em Campinas/SP
Árbitro: Paulo Roberto Alves Júnior (PR)
Assistentes: Rafael Trombeta e Jefferson Cleiton (ambos do PR)
Gols: Roger (4’ e 42′ do 2º T) (PON); Hyuri (9’ do 2º T) e Hernane Brocador [Pen] (29’ do 2º T) (SPO)
Cartões Amarelos: Aírton, Henrique Trevisan, Marquinhos, Edson (PON); Hyuri (SPO)
Cartão Vermelho: Camilo (PON)
Público: 3.639 torcedores

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