A Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) promoveu, nesta segunda-feira (20.05), em sua sede, no Bongi, webconferência com os municípios pernambucanos sobre a campanha de vacinação contra a influenza. Durante o evento, foram apresentados os dados epidemiológicos da doença no Estado, além das coberturas vacinais. O objetivo foi sugerir estratégias para ampliar a imunização do público contemplado na campanha, que segue até o próximo dia 31 de maio.
Até o momento, mais de 1,89 milhão de pernambucanos já estão protegidos contra a influenza, representando 71,77% do público total, formado por mais de 2,6 milhões de pessoas. A meta mínima é de imunizar, no mínimo, 90%. “O percentual de vacinação de Pernambuco está cima da média nacional, mas precisando continuar mobilizando a população para que todos os contemplados na estratégia possam ser imunizados durante a campanha”, afirmou a coordenadora do Programa Estadual de Imunização, Ana Catarina de Melo.
De acordo com a coordenadora, municípios com população em área rural podem intensificar a vacinação casa a casa. Já para os grandes centros, a indicação é disponibilizar postos volantes em localidades com alta circulação de pessoas. Ela ainda sugere imunização nos dias de feira livre dos municípios e no próximo sábado (25.05), o último antes do fim da campanha. “Quanto maior a disponibilidade de acesso à vacina, maiores as chances de termos sucesso nesta campanha. Lembrando que todos os municípios pernambucanos estão abastecidos e aptos a atender sua população”, destacou Ana Catarina.
A gerente de Atenção Primária de Moreno, Lane Santigo, explicou que o município realizou ações em igrejas e em escolas, objetivando ampliar a vacinação de idosos e crianças. Até o momento, Moreno já atingiu 94,15% de cobertura, acima da meta mínima. Apenas os grupos de idosos (86%) e comorbidades (88%) não atingiram ainda os 90%. Já Olinda (66,90% de cobertura) disponibiliza, desde o início da campanha, o Quiosque da Praia, em Bairro Novo, como opção para a população da cidade.
DADOS DE VACINAÇÃO – Até o momento, puérperas (96,17%), população indígena (92,70%) e funcionários do sistema prisional (162,92%) já atingiram a meta mínima. Em relação aos municípios, 18 cidades, além de Fernando de Noronha (96,88%), atingiram a meta mínima: Xexéu (99,61%), Gameleira (99,48%), Canhotinho (95,50%), Arcoverde (95,45%), Jucati (95,44%), Jatobá (94,85%), Moreno (94,15%), Verdejante (92,36%), Abreu e Lima (91,76%), Afogados da Ingazeira (91,58%), Terezinha (91,57%), Triunfo (91,38%), Jupi (91,32%), Manari (90,75%), Dormentes (90,73%), Jaqueira (90,67%), Tupanatinga (90,49%) e Igarassu (90,11%).
“Em 2018, atingimos a meta em todos os públicos, exceto o de crianças, o que mostra que precisamos ter um olhar específico para essa população. Os municípios também precisam ficar atentos para ter uma homogeneidade nas coberturas, para que grupos específicos não fiquem desprotegidos”, reforçou a coordenadora do Programa de Imunização. Até o momento, 71,08% das crianças entre 6 meses e 5 anos, 11 meses e 29 dias já estão imunizadas.
Podem se vacinar contra a influenza: crianças entre 6 meses e 5 anos, 11 meses e 29 dias; gestantes, idosos (60 anos ou mais), puérperas (até 45 dias após o parto), trabalhadores da saúde, professores das escolas públicas e privadas e povos indígenas. A imunização, que protege contra as influenzas A(H1N1), A(H3N2) e B, ainda contempla portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais, que devem apresentar prescrição médica no ato da imunização, de acordo com recomendação do Ministério da Saúde (MS); adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas, população privada de liberdade e os funcionários do sistema prisional. Além disso, o MS orienta vacinar policiais civis, militares, bombeiros e membros ativos das Forças Armadas, que devem apresentar documento comprobatório no ato da vacinação, assim como os professores e profissionais de saúde.
SRAG – Até o dia 4 de maio, foram registrados 1.043 casos de casos de síndrome respiratória aguda grave (Srag). Desse total, 9 tiveram resultado laboratorial confirmado para influenza A(H1N1), 13 para influenza B e 1 para influenza A não subtipado.
Quando comparado com o mesmo período de 2018, com 656 casos, houve um aumento de 58,9%. Desses 656, 92 tiveram resultado laboratorial positivo para influenza A(H1N1), 42 para influenza A(H3N2), 2 para influenza B e 3 para adenovírus.
A síndrome respiratória aguda grave pode ser provocada por diversos agentes (vírus, bactérias) e é caracterizado pela necessidade de internação de pacientes com febre, tosse ou dor de garganta associado à dispneia (desconforto respiratório).
Em relação aos óbitos por Srag, foram 9, sendo 1 confirmado laboratorialmente para influenza A não subtipada, 4 finalizados como Srag não especificada e 4 ainda em investigação.