Artigo – China, fábrica de startups

Há anos que a China vem se desenvolvendo a galope. Com altas taxas de crescimento (mesmo isso podendo ser um risco), o país mais populoso do mundo se mostra competitivo em diversos setores. Na área de tecnologia, os chineses se tornaram vanguardistas em inovação. Por lá, o número de startups cresce exponencialmente e o ecossistema já é muito maior, por exemplo, que o do Vale do Silício. O país já é líder mundial em startups financeiras (fintechs), educacionais (edtechs) e varejistas.

É da China, por exemplo, a atual startup mais valiosa do mundo: a Bytedance foi avaliada, em 2018, em US$ 75 bilhões, superando a Uber, que ficou na casa dos US$ 72 bi. Logo em seguida, na terceira colocação, mais uma chinesa, a Didi Chuxing, plataforma de transporte privado, com valor de mercado de US$ 56 bilhões. Para se ter uma ideia, enquanto, no Brasil, há apenas cinco startups unicórnios (as que passam o valor de US$ 1 bilhão: 99, PagSeguros, Nubank, Stone e iFood), a China já registra mais de 160 delas.

Essa pujança das techs chinesas se deve a um plano de investimentos forte empreendido pelo próprio governo: só em 2015, foram US$ 230 bilhões aportados. As startups locais recebem financiamento direto e isenção de impostos, principalmente para iniciativas na área de inteligência artificial. O acelerado crescimento da economia chinesa contribui para esse salto da tecnologia. Por lá, por exemplo, já quase não se usa mais dinheiro para pagamentos e o cartão de crédito está perdendo força; a maioria das transações são feitas por pagamento digital, por meio de smartphones.

O crescimento do mercado de tecnologia chinês também pode ser proveitoso para o Brasil, já que as startups desenvolvidas aqui podem receber investimentos de empresas ou fundos maiores de lá. E isso já vem ocorrendo. A brasileira 99 alcançou a marca de unicórnio após aporte de US$ 100 milhões da chinesa Didi Chuxing. Já a Nubank recebeu investimento de US$ 200 milhões da Tencent. Cabe agora, ao Brasil, saber aproveitar essa relação.

Temos muito a aprender com o país asiático, um dos nossos principais parceiros comerciais e que vem demonstrando estar muito à frente em diversos setores. É verdade que, atualmente, nossa principal exportação à China é a soja, mas, com as medidas e os investimentos corretos, podemos ir muito além e fazer desenvolver ainda mais o ecossistema de inovação nacional.

Janguiê Diniz – Mestre e Doutor em Direito – Fundador e Presidente do Conselho de Administração do grupo Ser Educacional – janguie@sereducacional.com

Vacinação contra gripe ainda não atingiu metade da meta no País

Mais da metade da população apta a tomar a vacina contra gripe (influenza) ainda não compareceu aos postos de saúde brasileiros. Um mês após o início da campanha e após o Dia D – data em que todos os postos abrem durante o final de semana exclusivamente para vacinas – apenas 43,93% tomaram suas doses. A meta do Ministério da Saúde é imunizar 58,6 milhões de pessoas que integram os grupos de risco (veja lista abaixo) até o dia 31 de maio.

A gripe é coisa séria: afeta de 3 a 5 milhões de pessoas e mata até 650 mil delas todos os anos. Esse número baixo de adesão à vacinação é uma característica que vem sendo observada há algum tempo por conta de uma série de boatos sobre sua eficácia. Um dos mais comuns, é o de que a pessoa vacinada fica gripada após tomar a dose. Na realidade, os pedaços de vírus utilizados na fabricação estão inativados e não conseguem causar nem um espirro. Até quem tem alergia ao ovo, que antes não podia tomar a dose, está liberado em 2019. O único evento adverso pode surgir da picada da agulha, como uma pequena alergia no local.

Mas e aquela sua prima que tomou a vacina e ficou gripada? De acordo com a infectologista Flávia Maciel Porto, médica cadastrada na Doctoralia, plataforma líder global em agendamento de consultas presente em 15 países, o tempo para ser imunizado pode ser de até três semanas num período no qual o risco de adquirir uma gripe é bastante alto. Por isso a campanha acontece antes de o frio aparecer de vez no Brasil.

“Nessa época do ano inicia-se uma sazonalidade de infecções respiratórias causadas não só pela influenza, então, existe uma coincidência de tomar a vacina e uns dias depois a pessoa pegar outro vírus. Existe a tendência de atribuir isso à vacina, o que é um erro, afinal a vacina não causa gripe, é extremamente segura e não tem contraindicação nenhuma”, explica a infectologista.

De acordo com os cientistas do Centro de Controle de Doenças, órgão americano que trabalha com a proteção da saúde pública e da população, a aplicação da dose reduz em 65% o risco de morte devido à doença em pessoas saudáveis que tenham entre 6 e 17 anos. No caso de crianças com condições médicas de alto risco, como pneumonia e bronquite, a vacina reduziu o risco de morte em 51%.

“O risco da população não se vacinar é termos casos mais graves com o passar dos anos, além da possibilidade de uma epidemia e de maior mortalidade relacionada a infecção por influenza. É necessário pensar que a gripe causa problemas de afastamento do trabalho, algumas pessoas podem desenvolver casos mais graves e mesmo quem está com o quadro imunológico saudável, como a maioria dos jovens, corre o risco, afinal, vimos em 2015 na epidemia de H1N1 muitos adolescentes chegarem a óbito”, conta Dra. Flávia.

Nesse sentido, a infectologista inclusive recomenda que mesmo que a pessoa não esteja nos grupos de risco do Ministério da Saúde, e tenha condições de tomar a vacina na rede particular, se previna com a dose anual. Na rede privada, o valor da vacina varia entre R$100 e R$200.

Em 2019, completam-se 20 anos do início da vacinação contra a gripe no Brasil. Durante essas duas décadas, muita coisa mudou na campanha, a quantidade de pessoas que integram o público-alvo da vacina só cresceu, bem como o número de doses oferecidas e as cepas de vírus utilizadas na fabricação do produto.

A principal mudança em relação a 2018 é a ampliação do limite de idade no público infantil. Até o ano passado, o imunizante era aplicado apenas nas crianças de 6 meses a 5 anos incompletos. Agora, aquelas com até 6 anos incompletos podem tomar sua dose nos postos de saúde.

Neste ano, até 23 de março, foram registrados 255 casos de influenza em todo o país, com 55 óbitos. Até o momento, o subtipo predominante no país é influenza A H1N1, com 162 casos e 41 óbitos. O estado do Amazonas é o que apresenta a maior circulação do vírus, com 118 casos e 33 mortes. Por isso, o Ministério da Saúde antecipou a campanha de vacinação para o estado, que já está vacinando a população desde o dia 20 de março.

Grupos prioritários:

Indivíduos com mais de 60 anos
Crianças de 6 meses até 6 anos incompletos (5 anos, 11 meses e 29 dias de idade)
Gestantes
Mulheres que tiveram um filho nos últimos 45 dias (puérperas)
Trabalhadores da área da saúde
Professores de escolas públicas e privadas
Povos indígenas
Portadores de doenças crônicas e outras condições clínicas
Adolescentes e jovens de 12 a 21 anos sob medidas socioeducativas
População privada de liberdade
Funcionários do sistema prisional

Dia das Mães pode alavancar em até 10% as vendas do médio varejista

O Dia das Mães é reconhecido pelo mercado varejista como uma das principais datas do calendário de vendas anual. Com o objetivo de compreender quais são os desafios deste ano e antecipar alguns movimentos, a CREDZ – emissora e bandeira de cartões de crédito de loja, realizou uma sondagem com suas redes parceiras para identificar quais são as expectativas para 2019.

De acordo com Flávio Simões, diretor de desenvolvimento de negócios da CREDZ e responsável pela análise, a perspectiva dos varejistas parceiros nos segmentos analisados é alavancar em pelo menos 10% o tíquete médio durante todo mês de maio, comparado com maio/18, e alguns fatores contribuem para este incremento:

1. Este ano, com a previsão de uma queda maior da temperatura e a troca da coleção outono/inverno, projeta um incremento nos segmentos de calçado, têxtil e vestuário. As roupas e calçados desta estação, por exemplo, possuem um tíquete médio maior comparado a outras estações.

2. O Dia das Mães em 2018 foi impactado pela greve dos caminhoneiros. Muitas mães receberam apenas “pequenas lembranças” que resultou em um tíquete médio menor no varejo.

Além dos dois fatores acima, a CREDZ está otimista em relação ao Dia das Mães desse ano por conta do co-branded firmado com a Visa, projetando mais que dobrar o seu faturamento em maio, comparado com Maio/18. “Os cartões de nossas lojas parceiras agora são CREDZ/Visa, completos, digitais e internacionais. Isso aumenta o interesse do cliente em obter o cartão e ativá-lo nas compras em sua loja favorita e também fora, nas despesas do dia a dia, nas compras pela internet, incluindo sites internacionais, nos aplicativos, entre outros. O cartão CREDZ/Visa se firma como um importante instrumento de crédito e meio de pagamento para os nossos clientes. Por isso, estamos constatando mais clientes querendo os cartões nas lojas parceiras, acelerando sua ativação e intensificando o seu uso. Isso se traduz em mais vendas para as nossas redes parceiras e clientes ainda mais fiéis. Até o Dia das Mães, a CREDZ espera ter 100% de sua base de cartões migrada para os cartões CREDZ/Visa”, conclui Flávio Simões.

Sobre a CREDZ – bandeira e administradora de cartão de crédito para o varejo no modelo open private label (cartão de loja utilizado também em outros estabelecimentos) que trabalha com foco no varejista de pequeno e médio porte e atende o consumidor da camada emergente, geralmente ainda pouco assistido pelo sistema financeiro. Possui uma rede com mais de 48 parceiros varejistas, distribuída em 2 mil pontos de venda e mais de um milhão e duzentos mil cartões emitidos. Mais recentemente firmou uma parceria inédita com a Visa ao proporcionar um instrumento de pagamento com duas bandeiras (CREDZ e Visa).

Sesc leva musicalidade indígena para o Parque Ruber Van der Linden

O Parque Ruber Van der Linden, no centro de Garanhuns, vai receber a 22ª edição do Sonora Brasil, nesta sexta-feira (10/05), às 16h. Com entrada gratuita, o projeto, considerado o maior de circulação musical do país, vai apresentar a musicalidade e a cultura de grupos indígenas brasileiros. Na cidade, o público vai conhecer os grupos Dzubucuá, da comunidade Kariri-Xocó (AL), e o Memória Fulni-ô, do povo Fulni-ô (PE).

Ambos vão mostrar cantos e danças, embalados por instrumentos de sopro e percussão, através de um ritual tradicional tanto dos Kariri-Xocó quanto dos Fulni-ô: o toré. Trata-se de um ritual sagrado que envolve performance corporal e música. No caso dos indígenas alagoanos, as letras cantadas em português contribuem para a transmissão da história do povo ao falar de seu cotidiano religioso e histórico.

Já para o grupo pernambucano, o ritual é coletivo, cantado em dialeto próprio, sendo o mais antigo dessa comunidade. O grupo vai apresentar ainda as cafurnas, manifestações que se referem à dança, à música, aos modos de cantar, à profecia, ao estilo e tradição e à estética, que tratam de temas como a preservação da natureza, a reverência aos animais e a identidade indígena.

Com curadoria assinada por Sônia Guimarães, professora de música do Sesc, e pelas professoras de artes da instituição, Ailma Andrade e Cristina Barbosa, a programação também vai acontecer na Região Metropolitana do Recife e ne Sertão de Pernambuco. “Estamos com uma programação que se dividiu em etapas, conforme se mostraram ligações, diálogos, fazeres artísticos e experiências culturais, a partir e presente nos artistas locais e suas criações”, afirma Sônia.

Sonora Brasil – Promovido pelo Departamento Nacional do Sesc, o projetojá alcançou 750 mil pessoas, com 6.098 concertos, de 85 grupos, em mais de 150 cidades brasileiras. Ao todo, 431 músicos já se apresentaram no circuito, que a cada biênio aborda duas temáticas diferentes e promove a circulação dos artistas por todas as regiões brasileiras. Em 2019/2020 os temas apresentados serão “Líricas Femininas – A presença da mulher na música brasileira” e “A Música dos Povos Originários do Brasil”. Até o fim de 2019, os 63 artistas dos dois temas farão 350 apresentações, em 97 cidades. O tema “Líricas Femininas” circulará pelas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste enquanto o tema “A Música dos Povos Originários do Brasil” seguirá pelas regiões Norte e Nordeste. No ano seguinte os grupos invertem as regiões fazendo com que todos circulem por todo o país.

Sesc – O Serviço Social do Comércio (Sesc) foi criado em 1946. Em Pernambuco, iniciou suas atividades em 1947. Oferece para os funcionários do comércio de bens, serviços e turismo, bem como para o público geral, a preços módicos ou gratuitamente, atividades nas áreas de educação, saúde, cultura, recreação, esporte, turismo e assistência social. Atualmente, existem 20 unidades do Sesc do Litoral ao Sertão do estado, incluindo dois hotéis, em Garanhuns e Triunfo. Essas unidades dispõem de escolas, equipamentos culturais (como teatros e galerias de arte), restaurantes, academias, quadras poliesportivas, campos de futebol, entre outros espaços e projetos. Para conhecer cada unidade, os projetos ou acessar a programação do mês do Sesc em Pernambuco, basta acessar www.sescpe.org.br

Serviço: 22º Sonora Brasil em Garanhuns

Data: 10 de maio

Local: Parque Ruber Van der Linden, Centro

Horário: 16h

Entrada gratuita

Informações: (87) 3761-2658

Fernando Rodolfo vai a Tasso e MP do saneamento beneficia área rural

O relatório da Medida Provisória 868/2018, aprovado na última terça-feira (7) pela Comissão Mista, vai à votação do plenário da Câmara dos Deputados incorporando sugestões do deputado federal Fernando Rodolfo (PR-PE) que tornam mais precisa a inclusão da área rural, da população de baixa renda e das pequenas comunidades como beneficiárias da meta de universalização do saneamento básico.

A necessidade de deixar claros os beneficiários da universalização na MP que estabelece o novo marco regulatório do saneamento foi acertada, pouco antes do início da votação, entre Rodolfo e o relator da Comissão Mista que analisou a medida provisória, Tasso Jereissati (PSDB-CE). Em reunião no seu gabinete, o senador cearense concordou com as ponderações do deputado segundo as quais poderia haver o risco do texto da nova legislação atender apenas as áreas urbanas.

Desta forma, Tasso detalhou, no artigo 5º da MP, que a meta de universalização do saneamento deve abranger, também, a população de baixa renda e, conforme as definições do IBGE, a área rural, as pequenas comunidades, vilas, aglomerados rurais, povoados, núcleos, lugarejos e aldeias.

Parcerias – Fernando Rodolfo ressaltou que os 100 milhões de brasileiros atualmente excluídos da coleta de esgoto, pelas graves deficiências do sistema de saneamento básico – que, na sua visão, a MP ajudará a solucionar – têm de abranger, necessariamente, “os pequenos, os distantes e os desprotegidos e não apenas o brasileiro urbano”.

Entre outras mudanças, a MP facilita a criação de parcerias público-privadas (PPP) no setor e transfere das prefeituras para o governo federal a atribuição de regulamentar o sistema de águas e esgotos e fixar as tarifas. A MP autoriza a União a participar de um fundo para financiar serviços técnicos especializados no setor de saneamento.

Embora abrigando a maior PPP de saneamento do país, presente em 15 municípios do Grande Recife, Pernambuco, com uma população de quase 9,5 milhões, tem 1,9 milhão de pessoas sem acesso à rede de água e 3,8 milhões sem coleta de esgoto.

Maternidade e meio digital: psicólogo destaca desafios de ser mãe nos dias atuais

Neste domingo (12), em todo o Brasil, é celebrado o Dia das Mães, oportunidade de reconhecer ainda mais o papel delas no dia a dia dos filhos e das famílias. Mas quais os principais desafios de ser mãe nos dias atuais, sobretudo em meio a uma sociedade cada vez mais digital?

O psicólogo e coordenador do curso de Psicologia da UNINASSAU Caruaru, professor Carlos Mendonça, afirma que a realidade de uma sociedade global, absolutamente marcada pelas novas tecnologias, nas quais as relações são predominantemente virtuais, tem causado um impacto nas famílias, particularmente, no que diz respeito ao exercício da função materna.

Isto decorre, segundo o profissional, do fato de que as tecnologias têm promovido a intensificação dos direitos, ao ponto de confundir pais e filhos quanto às suas liberdades. “A família é uma das únicas instituições onde não pode existir uma democracia plena, sob pena dos filhos acharem que têm os mesmos direitos dos pais e, em muitos casos, até mais direitos que os pais, perdendo-se em virtude de suas imaturidades e inexperiências”, alerta. Nesse caso, “deve-se considerar a família como sendo uma organização participativa, na qual a palavra final deve, necessariamente, ser dos pais”, explica o coordenador.

“A tecnologia, principalmente as redes sociais, tem minado esse campo, ao ponto de muitas mães terceirizarem a função materna, entregando seus filhos, mesmo em tenra idade, aos cuidados das mídias sociais e das babás virtuais, algo danoso à formação do caráter de sociabilidade dos filhos”, destaca o docente.

Como aliar rede social e limites

Segundo o psicólogo, primeiramente, é preciso entender que nada substitui o toque, afeto, cuidado, frustrações e restrições impostas pelo saudável exercício do ser mãe. ‘’É preciso impor limites. Esse é um dos maiores desafios de ser mãe na modernidade, constituindo-se, contudo, na maior demonstração de amor possível’’, elenca.

“É importante, também, as próprias mães buscarem ajuda profissional para suas respectivas demandas pessoais, posto que um psicólogo pode, em muito, ajudar a resolver suas questões particulares, preparando-as quanto a orientação do desempenho em ser mãe nos dias atuais”, conclui o psicólogo.

Fãs do Rap terão oportunidade de conferir a Tribo da Periferia

Wagner Gil

Neste sábado (11), Caruaru recebe uma das bandas de mais destaque no cenário do rap nacional: Tribo da Periferia. O evento acontece no estacionamento da Faculdade Pitágoras (centro) onde funcionou o antigo Atacadão Caruaru, nas proximidades do Tiro de Guerra. A promoção é da Hiago Promoções e neste evento existe o ingresso solidário que proporciona desconto de até R$ 20,00 para quem levar alimentos não perecíveis.

Segundo o promotor, o objetivo é unir música de qualidade, oportunidade para duas bandas de Caruaru e solidariedade. “Estamos fazendo um evento onde duas bandas de Caruaru se apresentarão tendo oportunidade de se destacar no cenário nacional já que alguns produtores da região sul e sudeste estarão aqui conhecendo esse novo espaço de shows e as duas bandas. Os alimentos serão doados para a Casa dos Pobres São Francisco de Assis e Centro Social São José do Monte (Irmã Werburga)”, disse Hiago Henrique.

A Tribo- Tribo da Periferia é um grupo de rap brasiliense que nasceu nas raízes do Distrito Federal. A formação original contava com Duckjay e os ex-integrantes Mano Marley e Alisson. Atualmente, Tribo é formada por Duckjay, Look e pelo DJ Lerym. Com um leque extenso de histórias e vivências na periferia de sua cidade, a temática das músicas não poderia ser outra

O grupo, como a grande maioria de artistas de regiões carentes do DF, passou por perrengues no início. “No começo da carreira nós enfrentávamos muitos empecilhos para divulgar o trabalho. Você tinha de estar vinculado a uma gravadora. Havia dificuldade para ter acesso a estúdio e a nossa situação financeira também era um problema enorme”, explica Look, que também é vocalista e compositor.

Mesmo com todas as dificuldades, em 2002 o grupo lançou o primeiro álbum. Com 12 músicas e poucos recursos. O álbum ‘Verdadeiro Brasileiro’ atingiu fama regional, e ajudou a formar a imagem poética e militante do grupo. Em 2003, o grupo lançou o primeiro sucesso nacional, ‘Carro de malandro’. Para gravar o clipe da música e também realizar as gravações do áudio, a Tribo sofreu. “Nós pegávamos câmeras emprestadas, tínhamos uma idéia na cabeça e saíamos gravando. Um filmava, um dirigia, contávamos com amigos para ajudar a editar e fazíamos acontecer”, recordou Duckjay.

SUCESSO- Desde então, a carreira deslanchou. Duckjay falou em entrevista ao Jornal Vanguarda, que vai ao ar na Caruaru FM (de segunda à sexta, das setes às oito) de duas situações em que percebeu que o sucesso havia chegado. “Um momento inesquecível foi quando fomos convidados para cantar no show da Marília Mendonça no Festeja de Goiânia. Quando chegamos no palco, na capital do sertanejo, nós cantamos e vimos aquela multidão cantando junto. Foi surreal ver nosso som sendo recebido de forma tão positiva ali”, recordou.

O grupo possui seis álbuns gravados e alguns sucessos nacionais como ‘Alma de pipa’ e ‘Insônia’, além de ter um estúdio próprio para fazer suas gravações. Eles são conhecidos como referência do rap em todo o Brasil e estão completando 21 anos de carreira. “Vamos celebrar essa data com todos caruaruenses. Nossa expectativa é enorme em apresentar nosso trabalho numa cidade tão falada e cheia de ícones culturais”, disse Duckjay.

No clima de comemoração dos 21 anos, Tribo da periferia traz alguns hits do sétimo álbum. “Terá muita coisa diferente, tanto no repertório quanto na estrutura do espetáculo. Vamos trazer elementos novos para esse tão esperado show. Será um evento cheio de emoções e inesquecível”, promete a dupla de vocalistas do Tribo.

O que? Tribo da Periferia 21 anos, 3km e Astúcia

Quando? Sábado , 11 de maio a partir das 21h

Quanto: Back80,00 front 50,00

Ingresso : Banca Terceiro Mundo
Reservas: Hiago Henrique (87) 99925-0127
Mais Informações:
Massa Comunicação & Assessoria
(81) 99104-9802 (Vivo)
(81) 99631-9959 (TIM e Zap)

Catedral terá show de Rosimar Lemos no Dia das Mães

Celebrando o domingo do dia das mães, 12 de maio, a Catedral de Nossa Senhora das Dores terá todas as suas celebrações dominicais (06h30, 11h e 18h) com momentos de homenagens às mulheres. Após a missa das 18h haverá quermesse musical, uma oportunidade de confraternizar, fazer um lanche e participar do show de Rosimar Lemos, que promete trazer muita emoção para comemorar a data.

Durante a quermesse haverá a venda de rifas com sorteios de um relógio feminino e um eletrodoméstico. Toda a renda arrecadada com o evento será destinada à conclusão das obras de reforma da Catedral.

Decreto de Bolsonaro permitirá que 255 mil possam andar armados nas ruas

O presidente Jair Bolsonaro assinou na terça-feira, 7, decreto que facilita o porte de arma de fogo e o acesso a munições para caçadores, atiradores esportivos e colecionadores (CACs), além de praças das Forças Armadas com mais de dez anos de serviço. Levantamento do Instituto Sou da Paz, com base em informações oficiais do Exército, de dezembro, aponta que a medida vai permitir que 255 mil CACs tenham permissão para andar armados.

Entre as principais mudanças, segundo o Planalto, está o aumento do limite de compra para 1 mil cartuchos (para cada arma de uso restrito) e para 5 mil (arma de uso permitido). Segundo Bolsonaro, o texto foi discutido por mais de dois meses. “Não é um projeto de segurança pública. É, no nosso entendimento, algo mais importante: um direito individual daquele que, por ventura, queira ter uma arma.” O texto oficial do decreto não havia sido divulgado até as 23 horas.

No discurso, Bolsonaro destacou que os CACs terão permissão para transportar uma arma municiada e pronta para uso no trajeto entre a casa (ou o acervo) e o local das atividades. Embora essa autorização para atiradores já estivesse prevista em uma portaria do Exército, de 2017, ela ganha força com o decreto.

Importação

Segundo o presidente, o decreto também vai regulamentar a importação no País. “Nós quebramos também o monopólio e isso entra em vigor em 30 dias”, afirmou. Hoje, a Taurus detém o mercado de armas. A taxação da atividade, porém, ainda será discutida. “Você não podia importar e, agora, acabamos com isso aí. Mesmo havendo similar aqui, você pode importar armas e munições”, disse.

Outra mudança que aparece no texto do Planalto é que o porte passa a ser vinculado à pessoa, e não mais à arma. “Isso quer dizer que o cidadão não mais precisa tirar um porte para cada arma”, diz o texto. O conceito de residência também deve mudar, com o porte passando a valer em toda a extensão da área particular. “Inclusive quando se tratar de imóvel rural, âmbito no qual o cidadão estará livre para a defesa de sua propriedade e de sua família contra agressão”, afirma o governo.

Tanto apoiadores quanto críticos afirmam que o decreto representa um “passo fundamental” para esvaziar o Estatuto do Desarmamento, de 2003. Como é uma lei, no entanto, o estatuto só poderá ser alterado pelo Congresso. “Não temos mais uma política nacional voltada ao desarmamento”, avaliou o presidente do Movimento Viva Brasil e líder do movimento pró-armas, Bene Barbosa. “O grande problema (do Estatuto) é que ele se tornou desconexo com a realidade social após o referendo de 2005.”

Para Barbosa, o decreto responde a reivindicações antigas da classe de atiradores esportivos, que formou a base de apoio a Bolsonaro. “O acesso a 50 munições acabava fazendo com que o proprietário legal de uma arma de fogo não conseguisse treinar”, afirmou.

Críticas

Pesquisadores e entidades de segurança pública defensoras do desarmamento criticaram as medidas. “Aos poucos, o presidente está desconfigurando o Estatuto”, diz Rafael Alcadipani, professor da FGV-EAESP. Diretor-presidente do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o sociólogo Renato Sérgio de Lima foi na mesma linha. “O governo vai autorizar vários segmentos a ter porte e ainda diminuir a fiscalização, na base da boa-fé”, diz. “O Exército perde o poder de fiscalizar, vira só um lugar para registrar arma.”

O Sou da Paz, também defensor do desarmamento, soltou nota em que diz que “o presidente beneficia um pequeno grupo de indivíduos em detrimento da segurança pública – uma vez que há impacto real na sociedade com 255 mil pessoas que poderão andar armadas nas ruas”.

Ainda de acordo com o instituto, que usa dados obtidos via Lei de Acesso à Informação (LAI), o Exército tem hoje mais de 350 mil armas nas mãos de CACs. “São recorrentes os casos de desvio para o mercado ilegal.” Outra crítica é à ampliação do limite de munições. “Em 2018, atiradores desportivos compraram mais munições do que as Forças Armadas do Brasil, não sendo plausível alegar que enfrentem uma escassez.”