Moro avaliará consistência de denúncias contra integrantes do governo

O juiz federal Sergio Moro, futuro ministro da Justiça de Jair Bolsonaro (PSL), disse que será um conselheiro do presidente eleito em casos em que integrantes do governo sejam acusados de corrupção. Ele ajudará o presidente a avaliar se uma denúncia é consistente ou não e se existe motivo para afastamento do denunciado.

“Eu defendo que em caso de corrupção se analise as provas e se faça um juízo de consistência, porque também existem acusações infundadas. Mas é possível analisar desde logo a robustez das provas e emitir um juízo de valor. Não é preciso esperar as cortes de Justiça proferirem um julgamento”, disse Moro. Perguntado se seria ele a fazer esse juízo de valor para o presidente a resposta de Moro foi provavelmente”.

“O que me foi assegurado e foi uma condição -não é bem uma condição, eu não fui lá estabelecer condições- mas eu não assumiria um papel de ministro da Justiça com risco de comprometer a minha biografia, o meu histórico. E isso foi objeto de discussão e a afirmação do senhor presidente eleito que ninguém seria protegido se surgissem casos de corrupção dentro do governo”, disse.

Moro foi entrevistado pelo Fantástico, dominical da TV Globo. Ele falou sobre a flexibilização da lei que regula a posse de armas de fogo, bandeira de Bolsonaro.
“Eu acho que isso (regra para a compra de arma) não pode ser muito além de uma afirmação de que eu quero ter uma arma em casa, estou preparado, eu não tenho antecedentes criminais e fiz os testes, o psicotécnico e assim, eu quero ter uma arma porque eu me sinto mais seguro por isso”, disse.

Questionado se o armamento da população teria efeitos sobre a criminalidade ele disse que não necessariamente esse é o foco de uma mudança nas regras. “Acho que a questão não é exatamente a diminuição ou não da criminalidade. O presidente foi eleito com base nessa proposição e me parece que existe aí um compromisso com seus eleitores.” Moro disse que tem uma arma em casa e que normalmente não anda armado.

Questionado sobre declarações de Bolsonaro na eleição defendendo o fim do “ativismo”, Moro disse que acompanhou a campanha eleitoral e não viu propostas de cunho discriminatório contra homossexuais feitas pelo presidente eleito. Moro falou sobre a possibilidade de ser convidado no futuro para integrar o Supremo Tribunal Federal (STF). “Às vezes é até um pouco indelicado ficar falando em Supremo quando não existem vagas. É uma perspectiva, uma possibilidade que se coloca no futuro quando surgir uma vaga meu nome pode ser cogitado assim como o nome de outras pessoas.”

O juiz federal já participa de reuniões da equipe de transição do novo governo, mas ainda não se exonerou do cargo, o que tem provocado críticas. “Eu já anunciei publicamente que eu vou pedir a exoneração. O que a Constituição proíbe é que um juiz assuma um cargo no executivo. Eu não assumi nenhum cargo. Eu estou apenas, assim, colaborando para a formação de um futuro governo”, disse.

“Não estou praticando nenhum ato oficial. Eu tenho recebido por conta dessas políticas que nós queremos implementar lá em Brasília diversas ameaças. Vamos supor que daqui a algum tempo eu peço exoneração e daqui alguns dias acontece alguma coisa comigo, um atentado. Eu, tudo bem morro lá, faz parte da profissão, não gostaria, evidentemente. Mas minha família ficaria desamparada. Fica sem qualquer pensão”, disse.

Moro pediu férias antes de assumir o cargo no governo. “O que eu espero é passar esse período de férias, a meu ver não estou fazendo nada de errado, e em seguida eu assumo.”

Folhapress

Adutora do Pajeú entra em operação e beneficia 280 mil moradores do Sertão

A partir do fim de novembro, aproximadamente 280 mil moradores do Sertão do Pajeú e da Paraíba receberão água tratada nas suas casas, com a entrada em operação da segunda etapa do Sistema Adutor do Pajeú. A obra, que teve a primeira fase entregue há quatro anos, está com 62% dos trabalhos concluídos.

A informação foi confirmada pelo Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (Dnocs), órgão vinculado ao Ministério da Integração e que está à frente das obras. O empreendimento, orçado em R$ 483,4 milhões do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2) – sendo R$ 190,8 milhões destinados à primeira etapa e R$ 292,6 milhões para a segunda – faz parte do conjunto de ações do Governo Federal a fim de garantir maior oferta de água aos sertanejos.

Os serviços deste segundo trecho incluem montagem de tubulação e instalação de equipamentos hidromecânicos, o que oferece um “grande grau de complexidade às obras”, segundo o Dnocs, ao justificar o porquê de a entrega ocorrer quatro anos após a primeira etapa. Nesta segunda fase, a água será distribuída a 32 localidades dos estados de Pernambuco e Paraíba, por meio do ramal localizado em Sertânia, no Sertão do Estado. A primeira etapa, em operação desde 2014, já beneficia mais de 173.300 pessoas. Com a conclusão das duas etapas da adutora do Pajeú, a previsão é de que aproximadamente 505 mil habitantes de 32 localidades de Pernambuco e Paraíba sejam beneficiados.

Só em Pernambuco, segundo o Dnocs, serão contemplados o povoado Nazaré do Pico, no município de Floresta; três distritos (Canaã, em Triunfo, Tupanaci, em Mirandiba e Riacho do Meio, em São José do Egito); e mais 20 cidades, sendo Floresta, Betânia, Carnaubeira da Penha, Serra Talhada, Calumbi, Triunfo, Santa Cruz da Baixa Verde, Flores, Carnaíba, Quixaba, Afogados da Ingazeira, Iguaraci, Ingazeira, Solidão, Tabira, Tuparetama, Santa Terezinha, São José do Egito, Itapetim e Brejinho. Já na Paraíba, oito municípios serão contemplados pelo projeto, sendo eles Imaculada, Desterro, Livramento, São José dos Cordeiros, Taperoá, Princesa Isabel, Teixeira e Cacimbas.

O projeto

De acordo com o Dnocs, todo o projeto da adutora do Pajeú, dividido em duas etapas de implementação, contemplam obras de captação no lago de Itaparica, nas estações de bombeamento (EBV) 4 e 6 do eixo leste da transposição do Rio São Francisco e a construção de 20 estações elevatórias, entre outras intervenções. A extensão da obra é de 598 quilômetros, sendo 196,8 quilômetros na primeira fase e 402 quilômetros na segunda.

Folha de Pernambuco

Tereza Cristina tem encontro com Bolsonaro e almoço com deputados

A deputada federal Tereza Cristina (DEM-MS), confirmada para assumir o Ministério da Agricultura, chega a Brasília no final da manhã desta segunda-feira (12) e pretende se reunir com técnicos ao longo de toda a tarde. Ela quer se preparar para a reunião com o presidente eleito Jair Bolsonaro, marcada para as 11h.

O encontro ocorrerá no Centro Cultural Banco do Brasil. Depois da conversa que pode definir questões como a integração de áreas – Pesca e Agricultura Familiar – à sua pasta, além de estratégias para garantir maior segurança jurídica aos produtores brasileiros, Tereza Cristina vai almoçar com integrantes da Frente Parlamentar Agropecuária da Câmara. Assessores da futura ministra organizam entrevista coletiva à imprensa para as 15h de amanhã (13).

Meio Ambiente
Tereza Cristina também aguarda a indicação de Bolsonaro sobre o nome para o Meio Ambiente que terá de trabalhar em consonância com a Agricultura. O presidente eleito disse nas redes sociais que escolherá o novo comando da pasta, e o anúncio deverá ser feito esta semana.

Bolsonaro também alertou que não aceitará intervenção de interesses de organizações internacionais e cobrará trabalho “de verdade” e não “por interesse”. O capitão da reserva também afirmou que vai implantar turismo em unidades de conservação de forma não só a preservar o meio ambiente, mas também de gerar renda. Há cerca de duas semanas, a bancada ruralista no Congresso anunciou que seria responsável por indicar o nome para a pasta.

Agência Brasil

Paulo Guedes quer alterar regras trabalhistas

O futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, deverá receber a superpoderosa Secretaria de Políticas Públicas de Emprego, após o fim do Ministério do Trabalho, no governo Jair Bolsonaro (PSL). Com as atribuições do órgão, Guedes terá sob sua responsabilidade a carteira de trabalho, quando poderá criar a carteira verde e amarela, promessa de campanha. A nova carteira, que começa a ser delineada, vai assegurar apenas direitos constitucionais, como férias remuneradas, 13º salário e o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço.

Além da carteira, atual secretaria concentra programas como seguro-desemprego e abono salarial, além do Conselho do Fundo de Amparo ao Trabalhador ( Codefat), o que amplia a força de Guedes. O FAT tem previsão orçamentária de R$ 76,8 bilhões. O rearranjo ministerial com essa estrutura bilionária integra um conjunto de mudanças planejadas pelos assessores de Bolsonaro dentro de um projeto maior que prevê o aprofundamento da reforma trabalhista de Michel Temer. As novas regras da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) completaram, neste domingo (11), um ano. O principal efeito da reforma se deu no volume de processos na Justiça do Trabalho.
Na esteira das ideias liberais de Guedes, a equipe do presidente eleito que trata do tema tem a meta de avançar na flexibilização dos contratos de trabalho, sob o argumento de que o fim do engessamento tende a ampliar empregos.

Críticos, porém, preveem um esvaziamento da CLT com a carteira verde e amarela. A previsão é que o regime mais flexível, em que o trabalhador aceita menos direitos trabalhistas em troca de uma remuneração maior, seja registrado no novo documento. Os demais direitos, bem como deveres, seriam fixados em negociação entre empregador e trabalhador, individualmente, ao exacerbar “o negociado sobre o legislado”.

Novos trabalhadores

A livre escolha, em princípio, caberia apenas aos novos trabalhadores, aqueles que ainda não tiveram nenhum vínculo empregatício e estão chegando ao mercado.A carteira verde e amarela também seria a porta de entrada para o regime de Previdência de capitalização (em que a aposentadoria é resultado do que o trabalhador foi capaz de poupar na vida).

Durante a campanha, Guedes disse à GloboNews que a carteira azul representaria o emprego tradicional. “Porta da esquerda: você tem sindicato, legislação trabalhista para te proteger, encargos.” A CLT valeria para os contratos da carteira azul, do “sistema antigo”. A verde e amarela seria o “novo sistema”.

“Se houver para os mais jovens uma mera opção, na carteira verde e amarela, as empresas vão aceitar quem tem a verde e amarela e, em 20 anos, não teremos trabalhadores da CLT”, afirmou Guilherme Feliciano, presidente da Anamatra (associação dos juízes trabalhistas) e professor da Universidade de São Paulo (USP).
“Ela torna obsoleta a CLT, torna letra morta a CLT. Preocupa sob vários aspectos.” O presidente eleito já sinalizou a intenção de fazer mudanças. “Aqui no Brasil tem direito para tudo, só não tem emprego”, disse Bolsonaro na última sexta-feira, em transmissão ao vivo em redes sociais.

Quem optar pela carteira verde e amarela que está sendo proposta por Paulo Guedes, provavelmente deve seguir com ela durante a carreira, até mesmo porque não contribuirá para o atual sistema de Previdência. Iniciativa inédita, ela é alvo de críticas. O chefe do Ministério Público do Trabalho, Ronaldo Fleury, criticou o argumento de que a flexibilização é capaz de gerar emprego.”(Mais flexibilização) não vai aumentar a empregabilidade, não vai diminuir a informalidade. Só vai tirar direitos.”

Quase 2,5 milhões de pessoas já assinaram abaixo-assinado contra aumento para STF e PGR

Em atualização feita no início da tarde do sábado (10), já são 2,38 milhões as pessoas que assinaram o abaixo-assinado que pede para que o presidente Michel Temer (MDB) vete o reajuste salarial concedido nesta semana a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e a chefes da Procuradoria-Geral da República. Criada na última quarta-feira (7), quando o aumento foi aprovado no Senado (veja como cada senador votou), a petição online ultrapassou a marca de duas milhões de adesões na manhã da sexta (9).

O número de duas milhões de assinaturas foi atingido em dois dias. Segundo o Partido Novo, responsável pela iniciativa, a meta é atingir três milhões de assinaturas antes que Temer analise os projetos de lei enviados pelo Congresso com os reajustes. A partir da data de publicação das matérias, o presidente tem 15 dias para vetar os projetos, parcial ou integralmente, ou sancioná-los sem vetos, dando-lhes validade legal.

Além de pedir assinaturas para a petição online, o partido também pede mobilização nas redes sociais por meio das hashtags #AumentoNão e #VetaTemer. Há também a convocação para manifestação contra o aumento para este domingo (11), em Brasília. Caso o presidente sancione os projetos de lei sem vetos, os salários dos ministros do STF, que representam o teto remuneratório do funcionalismo, passarão de R$ 33,7 mil para R$ 39,2 mil, reajuste de 16,38%.

No texto da petição, o partido afirma que o plano dos parlamentares é aumentar o teto remuneratório constitucional para incrementarem os próprios salários e de outras funções públicas. O Novo afirma ainda que o impacto do reajuste nas contas públicas é de R$ 6 bilhões, mas não cita fonte da estimativa. Segundo estudo da Consultoria de Orçamentos, Fiscalização e Controle do Senado, o impacto será de pelo menos R$ 5,3 bilhões.

“Vamos juntos chegar aos 2,5 milhões? Assine e compartilhe nossa petição online para que o presidente Michel Temer não sancione a lei. Vamos juntos mostrar que o Brasil não aguenta mais pagar a conta”, conclamou o partido na própria petição online.

Fonte: Congresso em Foco
Foto: Nelson Jr. / STF

“Governo não manda no Enem”, diz presidente do Inep

Presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), autarquia responsável pela aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), a educadora Maria Inês Fini foi taxativa ao comentar a natureza do exame. “Não é o Governo que manda na prova”, disse a doutora em Ciência, à frente do Inep desde maio de 2016.

Fundadora da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Maria Inês concedeu entrevista ao grupo do jornal espanhol El País, que atua no Brasil, na última segunda-feira (5), cinco dias antes da transmissão de vídeo em que o presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), criticou uma questão do Enem relativa à espécie de dialeto falado por gays e travestis, o “pajubá” (veja abaixo a reprodução da questão, usada para abordar conhecimento técnico especificamente relacionado ao patrimônio linguístico brasileiro).

Na sexta (9), durante o registro de vídeo no Facebook, Bolsonaro disse que esse tipo de pergunta será excluído do Enem, e que sua equipe vai vistoriar as provas antes da aplicação.do exame, que dá a estudantes acesso a mais de 500 universidades públicas e privadas.

“Este tema, da linguagem particular daquelas pessoas… O que temos a ver com isso, meu Deus do céu? Quando a gente vai ver a tradução daquelas palavras… um absurdo, um absurdo! Vai obrigar a molecada a se interessar por isso, agora?”, reclamou Bolsonaro, elencando as “ideologias de gênero” entre as questões que ele diz considerar desimportantes.

Bolsonaro e seus seguidores têm espalhado a versão de que universidades e escolas brasileiras promovem “doutrinação de esquerda” e fomentam a discussão sobre “ideologia de gênero”. As críticas são lançadas principalmente por meio de redes sociais (veja exemplo abaixo, no Twitter), mas também em entrevistas de TV e rádio.

Fonte: Congresso em Foco
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil

Equipe econômica de Bolsonaro não durará seis meses, projeta Cid Gomes

Senador eleito pelo PDT do Ceará, o ex-governador Cid Gomes até diz torcer para que o governo Jair Bolsonaro (PSL) dê certo, mas demonstra um pessimismo decorrente do realismo ao falar sobre o ministro escolhido para capitanear a política econômica a partir de 1º de janeiro de 2019, o economista e empresário Paulo Guedes. Para Cid, o estilo “truculento” do futuro superministro – ele abarcará as pastas da Fazenda e do Planejamento, no que será chamado de Ministério da Economia – o levará à queda prematura.

“A palavra que define melhor [o futuro governo] é imponderabilidade”, disse o engenheiro civil de formação, neste domingo (11), em entrevista ao programa Poder em Foco (SBT), apresentado pela jornalista Débora Bergamasco.

“Eu, sinceramente, não arrisco um prognóstico em relação ao governo Bolsonaro. Arrisquei, aqui, alguns palpites. Acho que a equipe econômica e o Bolsonaro não conseguirão se relacionar num período superior a seis meses”, acrescentou, ao final do programa de TV.

O Congresso em Foco integrou a bancada de convidados para sabatinar o pedetista. Instado a comentar não só o futuro do próximo governo, mas também o que está em curso no governo de transição, com ministro desautorizando colegas, Cid manifestou preocupação com os rumos do país – embora diga, por exemplo, que o Brasil não corre risco de reviver os “anos de chumbo” do golpe militar.

“Acho que, se não foi intencional, mas acabou sendo uma coisa extremamente importante para ele, Bolsonaro, foi a escolha do general Hamilton Mourão [PRTB] como vice. As pessoas vão pensar duas vezes antes de fazer um impeachment”, ironizou Cid, referindo-se ao oficial do Exército que, ainda em agosto, defendia intervenção militar caso o ex-presidente Lula (PT), preso e tornado inelegível com base na Lei da Ficha Limpa, conseguisse se candidatar nas eleições deste ano.

Dizendo-se preparado para a batalha que enfrentará com a extrema-direita no Congresso, Cid falou sobre temas espinhosos como o projeto escola sem partido (“Escola não deve ser espaço de aparelhismo partidário”), a escolha do juiz Sérgio Moro para a equipe ministerial (Justiça e Segurança Pública) e a relação que já começou tumultuada entre Paulo Guedes e os atuais membros do Congresso.

Informado pelo Congresso em Foco sobre a conversa “ríspida” que o economista travou com o presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), com o objetivo de pressioná-lo em nome da reforma da Previdência, o ex-governador lamentou o fato de que o futuro ministro Paulo Guedes, “em vez de tratar bem [os congressistas], é ríspido, grosseiro”.

Fogo amigo

Cid ganhou os holofotes na reta final da corrida presidencial ao cobrar do PT, em um palanque repleto de petistas e de uma plateia idem, um “mea culpa” pelos erros na condução do país com Lula e Dilma Rousseff. No dia seguinte, o senador eleito gravou vídeo em que explica a bronca nos petistas, mas reafirma voto no presidenciável Fernando Haddad.

Fonte: Congresso em Foco

Bolsonaro volta a Brasília para agenda de transição de governo

O presidente eleito Jair Bolsonaro volta a Brasília nesta semana para intensificar a agenda de transição. Entre os temas prioritários desta semana na agenda do presidente eleito e de sua equipe estão reforma da Previdência, definição de novos ministros e reunião com a futura ministra da Agricultura em seu governo, a deputada Tereza Cristina (DEM-MS).

Expectativa é que Bolsonaro defina nomes para comandar os ministérios do Meio Ambiente, Defesa, Saúde e Relações Exteriores nesta semana. Há alguns dias, ele afirmou que sua pretensão era definir os nomes ainda nesta semana, e reconheceu dificuldades para escolher seu ministro da Educação.

A futura ministra da Agricultura Tereza Cristina afirmou que considera fundamental adotar medidas para frear o que chamou de “indústria de multas” e proteger produtores rurais. O presidente eleito já afirmou, durante a campanha e após sua eleição, que pretende limitar demarcações de terras indígenas.

Reforma da Previdência

A equipe do presidente eleito quer aprovar algumas medidas da reforma da Previdência. Na semana passada, Bolsonaro recebeu uma série de propostas, mas disse não ter definido ainda quais vai levar adiante. Em seu Twitter, no fim da semana passada, negou que sua equipe seja a autora da proposta que prevê elevar para 40 anos o período mínimo de contribuição para o recebimento integral da aposentadoria.

Na mesma publicação, o presidente eleito também rechaçou a proposta de aumentar de 11% para 22% a alíquota do INSS. Bolsonaro destacou que a Previdência do setor público é a mais deficitária e precisa ser revista.

Em mais de uma ocasião, Bolsonaro disse que não quer ver o Brasil “transformado” em uma Grécia – onde os contribuintes tiveram que aumentar o pagamento do desconto linear para 30%, segundo Bolsonaro.

Reajuste

Considerado “inoportuno” pelo presidente eleito, Bolsonaro afirmou que, se fosse o atual presidente Michel Temer (MDB), vetaria o reajuste de 16% sobre o salário dos magistrados e da Procuradoria-Geral da República com base na Lei de Responsabilidade Fiscal.

O Senado aprovou o aumento na semana passada e precisa ser sancionado por Temer.

Fontes: Congresso em Foco com informações da Agência Brasil

Socioeducandos expõem artesanato no Polo Comercial de Caruaru

Quem se dirigir ao Polo Comercial de Caruaru nos fins de semana de novembro poderá conferir uma exposição de artesanato produzido durante oficinas de arte e cultura ministradas na Casa de Semiliberdade (Casem) Caruaru, uma das unidades da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase) no Agreste de Pernambuco. A mostra reúne móveis e itens de decoração feitos com cordas, pneus, retalhos de tecidos e outros materiais reaproveitados. O destaque fica por conta dos artigos natalinos, produzidos na mais recente oficina dentro da unidade. Tudo é feito pelos socioeducandos com a ajuda de voluntários que atuam como oficineiros.

Além de expostos, os produtos também podem ser adquiridos pelo público por preços que variam de R$ 2 a R$ 250. No catálogo há, por exemplo, pufes feitos com almofadas sobre pneus empilhados e pintados, que custam entre R$ 50 e R$ 60. Ainda há mesas de centro fabricadas com pneus revestidos por cordas, que têm preços a partir de R$ 220. Garrafas decoradas custam entre R$ 10 e R$ 12. Já os artigos natalinos foram confeccionados em feltro, em oficinas iniciadas em outubro por meio de uma parceria entre a Casem Caruaru e alunos do curso de Serviço Social do campus Caruaru da Universidade Paulista (Unip).

A exposição teve início na última sexta-feira (9) e seguirá aberta ao público neste sábado (10) e no domingo (11), sempre das 9h às 17h. A programação no Polo Comercial de Caruaru seguirá nos dois próximos fins de semana (de 16 a 18 de novembro e de 23 a 25 de novembro), no mesmo horário. No caso dos artigos natalinos, o retorno financeiro com o que for arrecadado será dividido: uma parte entre os socioeducandos participantes, e outra, destinada à compra de materiais para a realização de mais oficinas. “É uma oportunidade de apresentar à sociedade os trabalhos produzidos pelos adolescentes, valorizando o talento e as habilidades deles”, destaca a coordenadora geral da Casem Caruaru e idealizadora das oficinas de arte e cultura na unidade, Anabel Brandão.

Para o coordenador do Eixo Profissionalização, Esporte, Cultura e Lazer da Funase, Normando Albuquerque, o evento acontece como culminância de um projeto estruturado e que reforça a vocação daquela unidade para o trabalho com artesanato junto aos socioeducandos. “A Casem Caruaru tem desenvolvido um trabalho consistente na produção de peças artesanais. É uma ação que demonstra um pouco das possibilidades criativas dos socioeducandos. Cada peça reflete um pouco do que eles trazem na bagagem e contribui para que eles passem a reconhecer o valor daquilo que vem deles e que a oficina faz aflorar”, avalia Normando.

Câncer de próstata é a neoplasia mais frequente no sexo masculino

No Brasil, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o tumor de próstata é o segundo mais comum entre homens – ficando atrás apenas do câncer de pele não melanoma – chegando a 68.220 novos casos diagnosticados no país. Ao receberem o diagnóstico do câncer de próstata, muitos homens se questionam sobre as causas da doença e os possíveis tratamentos que podem ser seguidos. No começo, pelo fato dos sintomas serem silenciosos, o câncer de próstata é de difícil diagnóstico, já que a maioria dos pacientes apresentam indícios apenas nas fases mais avançadas da doença.

Segundo Dr. Andrey Soares, oncologista do Centro Paulista de Oncologia (CPO) – Grupo Oncoclínicas, casos familiares de pai ou irmão com câncer de próstata, antes do 60 anos de idade, podem aumentar o risco em 3 a 10 vezes em relação à população em geral. “A neoplasia afeta somente os homens, já que é uma glândula que faz parte exclusivamente do aparelho reprodutor masculino. Parentes de primeiro grau com tumor de próstata, em idade jovem são fatores de risco. Em alguns casos, apesar de discutível, a má alimentação pode ser um fator que aumenta as chances da doença se desenvolver”, explica.

Quando aparentes, os primeiros sintomas que são detectados no câncer de próstata podem ser semelhantes ao crescimento benigno da glândula como dificuldade para urinar seguida de dor ou ardor, gotejamento prolongado no final, frequência urinária aumentada durante o dia ou à noite. Em fases mais avançadas da doença, é possível a presença de sangue no sêmen e impotência sexual, além de sintomas decorrentes da disseminação para outros órgãos, tal como dor óssea nos casos de metástases ósseas.

Por ser difícil de ser diagnosticado, é recomendável que homens a partir de 50 anos (e 45 anos para quem tem histórico da doença na família) façam o exame clínico (toque retal) e o PSA anualmente para rastrear o aparecimento da doença. O PSA é uma proteína especifica produzida pelas células da glândula (presente apenas em homens) e cuja taxa, em média, deve ser de quatro nanogramas por mililitro. Uma alteração deste valor para números mais elevados, um aumento muito rápido entre duas medidas, ou até mesmo valores menores, porém em pacientes jovens e com próstata pequena pode ser um indicativo do câncer e é importante aliado para a detecção da condição em sua fase inicial, quando ainda é assintomática.

Quando estas alterações aparecem e há uma suspeita da doença no organismo do homem, é indicada uma biópsia através de ultrassonografia transretal para a confirmação do diagnóstico.

Entenda os possíveis tratamentos da doença

O tratamento depende do estágio e da agressividade em que a doença se encontra. Eles devem ser projetados individualmente para cada paciente de acordo com o seu quadro clínico pessoal. No caso em que a doença se encontra no estágio inicial e com características de baixa agressividade, o acompanhamento vigilante com consultas e exames periódicos deve ser discutido com o paciente, uma vez que é possível poupar os mesmos de algumas toxicidades que o tratamento causa. Nos outros casos de doença localizada, a cirurgia, a radioterapia associadas ou não a bloqueio hormonal e a braquiterapia (também conhecida como radioterapia interna) pode ser realizada com boas taxas de resposta positiva. “Após realizarem a cirurgia, em alguns casos é necessário realizar o procedimento de radioterapia pós-operatória para a diminuição do risco de recaídas”, completa Dr. Andrey.

Quando os pacientes apresentam metástases, diversos tratamentos podem ser realizados com excelentes resultados como o bloqueio hormonal, a quimioterapia, novos medicamentos que controlam os hormônios por via oral e também uma nova classe de remédios que são conhecidas como radio isótopos, partículas que se ligam no osso e emitem doses pequenas de radioterapia nestes locais.

Sobre o CPO

Fundado há mais de três décadas pelos oncologistas clínicos Sergio Simon e Rene Gansl, o Centro Paulista de Oncologia CPO , unidade São Paulo do Grupo Oncoclínicas, oferece cuidado integral e individualizado ao paciente oncológico. Com um corpo clínico com mais de 50 oncologistas e hematologistas e uma capacitada equipe multiprofissional composta por: psicólogos, nutricionistas, farmacêuticos, farmacêuticos clínicos, enfermeiros, reflexologistas e médico especializado em Medicina Integrativa. Oferece consultas médicas oncológicas e hematológicas, aplicação ambulatorial de quimioterápicos, imunobiológicos e medicamentos de suporte, assistência multidisciplinar ambulatorial, além de um serviço de apoio telefônico aos pacientes 24 horas por dia e acompanhamento médico durante internações hospitalares.

O CPO possui acreditação Canadense nível diamante (Accreditation Canada), do Canadian Council on Health Services Accreditation, o que confere ao serviço os certificados de “excelência em gestão e assistência” e qualifica a instituição no exercício das melhores práticas da medicina de acordo com os padrões internacionais de avaliação. A instituição possui também uma parceria internacional com o Dana Farber Institute / Harvard Cancer Center, que garante a possibilidade de intercâmbio de informações entre os especialistas brasileiros e americanos, bem como discussão de casos clínicos. Além disso, proporciona a educação médica continuada ao corpo clínico do CPO e médicos especialistas, com aulas e eventos com novidades em estudos e avanços no tratamento da doença. Atualmente o CPO possui duas unidades de atendimento em São Paulo, nos bairros de Higienópolis e Vila Olímpia.

Sobre o Grupo Oncoclínicas

Fundado em 2010, é o maior grupo especializado no tratamento do câncer na América Latina. Possui atuação em oncologia, radioterapia e hematologia em 11 estados brasileiros. Atualmente, conta com 55 unidades entre clínicas e parcerias hospitalares, que oferecem tratamento individualizado, baseado na melhor prática clínica.