Haddad deve ser anunciado como candidato do PT em frente à PF na tarde desta terça-feira

A decisão do PT sobre a substituição do candidato à Presidência deve ser comunicada a aliados e militantes na tarde desta terça-feira, 11, em frente à Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, onde o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva está preso desde abril. O ex-prefeito Fernando Haddad deve ser oficializado como candidato na cabeça de chapa da coligação.

Apoiadores estão sendo chamados para um ato no terreno da “vigília” de apoio a Lula a partir das 15 horas. O horário do anúncio, porém, pode ser alterado conforme os desdobramentos da reunião da Executiva Nacional do PT, marcada para começar às 11 horas em um hotel da capital paranaense.

Enquanto o PT sacramenta sua decisão, os outros partidos da coligação marcaram reuniões em São Paulo para oficializar em ata a substituição na chapa, que terá Manuela D’Ávila (PCdoB) na vice.

Agência Estado

Asces-Unita e Confederação Nacional dos Municípios promovem Diálogo UniverCidades

A Asces-Unita e a Confederação Nacional dos Municípios (CNM) promovem, na próxima quinta (13), o evento Diálogo UniverCidades. A iniciativa reunirá gestores municipais e academia para apresentarem inovações colaborativas entre instituições de ensino superior e municípios brasileiros.

Estarão presentes representantes de várias Instituições, do PNUD Brasil, da Associação municipalista de Pernambucio – Amupe e do CNM para debater o fomento ao diálogo entre centros de ensino e pesquisa e municípios. As atividades serão realizadas no auditório do Campus I da Asces-Unita, das 9h às 13h.

Em pauta na programação, temas como “Inovações colaborativas entre instituições de educação superior e os municípios brasileiros”, “A Agência ODS Pernambuco”, e Relatos de Experiências Inovadoras em Gestão Municipal.

De acordo com o coordenador do curso de Relações Internacionais da Asces-Unita, prof. Marconi Aurélio, será um momento proveitoso e propício para as discussões a serem disseminadas. “É uma excelente oportunidade para construir parcerias em prol do desenvolvimento sustentável”, afirmou.

As inscrições podem ser feitas neste link, onde também está disponível toda a programação para ser consultada.

Sesc Caruaru recebe 21ª edição do projeto Sonora Brasil

O Sesc Caruaru recebe nesta quinta (13/9) a 21ª edição do Sonora Brasil. A apresentação é gratuita e será comandada pela Sociedade Musical União Josefense, do estado de Santa Catarina. Acontecerá a partir das 20h, no Teatro Rui Limeira Rosal, localizado na rua de mesmo nome, s/n, no Bairro Petrópolis. A entrada é gratuita.

No biênio 2017/2018 o projeto Sonora Brasil apresenta os temas “Na pisada dos cocos” e “Bandas de música: formações e repertórios”. A Sociedade Musical União Josefense vai apresentar ao público repertório com especial atenção aos dobrados e marchas religiosas e também a inclusão de gêneros populares dançantes típicos das gafieiras.

Em março de 2016, a União Josefense recebeu o título de Patrimônio Cultural Imaterial de São José (SC). A instituição mantém uma escola de música que oferece aulas gratuitas de instrumentos de sopro e percussão a jovens maiores de 12 anos, com o objetivo de contribuir para a formação educacional dos alunos, além de garantir a longevidade do grupo. A banda é composta por Fábio Agostini Mello (flauta, flautim, saxofone soprano e tenor), Ney Platt (flauta, saxofone alto e tenor), Braion Johnny Zabel (clarinete, sax alto), Rui Gilvano Da Silva (clarinete), Jean Carlos da Silva Rodrigues (trompete), João Paulo Trierwaller (trompete), Carlos Felipe Andrade Schmidt (bombardino e trombone), João Geraldo Salvador Filho (tuba), Artur José Fernandes (trombone), Jean Leiria (percussão) e Cristiano Canabarro Forte (percussão) sob a condução do regente Jean Gonçalves (clarinete e regência).

Sonora Brasil – considerado o maior projeto de circulação musical do país, o Sonora tem como objetivo desenvolver programações que se comuniquem com a história da música no Brasil, permitindo assim o contato da população com a diversidade da música brasileira. É importante destacar que todas as apresentações do projeto são acústicas, valorizando assim a qualidade do que é produzido.

Sesc – O Serviço Social do Comércio (Sesc) foi criado em 1946. Em Pernambuco, iniciou suas atividades em 1947. Oferece para os funcionários do comércio de bens, serviços e turismo, bem como para o público geral, a preços módicos ou gratuitamente, atividades nas áreas de educação, saúde, cultura, recreação, esporte, turismo e assistência social. Atualmente, existem 19 unidades do Sesc do Litoral ao Sertão do estado, incluindo dois hotéis, em Garanhuns e Triunfo. Essas unidades dispõem de escolas, equipamentos culturais (como teatros e galerias de arte), restaurantes, academias, quadras poliesportivas, campos de futebol, entre outros espaços e projetos. Para conhecer cada unidade, os projetos ou acessar a programação do mês do Sesc em Pernambuco, basta acessar www.sescpe.org.br.

Jarbas sofre nova derrota na Justiça Eleitoral

A Justiça Eleitoral negou, ontem, o mandado de segurança impetrado pelo candidato ao senado, Jarbas Vasconcelos, para censurar comerciais da coligação Pernambuco Vai Mudar que questionam a união do emedebista com o PT do candidato a senador Humberto Costa. As inserções na propaganda dos candidatos a senador da coligação Pernambuco, Bruno Araújo (PSDB) e Mendonça Filho (DEM), fazem um resgate histórico, com declarações públicas à imprensa, da relação entre o emedebista e o PT. O vídeo questiona: “Jarbas é filiado ao mesmo partido de Temer, o MDB. Jarbas votou para afastar Dilma. Jarbas é contra o Bolsa Família e disse na Veja que o Bolsa Família é o maior programa de compra de votos o mundo. No Blog do Jamildo, Jarbas diz que será uma cena bonita ver Lula sendo preso na Lava Jato. Jarbas com o PT de Humberto? Vale tudo pelo voto?”.

O desembargador Júlio Alcino de Oliveira Neto negou o mandado de segurança e ratificou a decisão anterior do desembargador Stênio José de Souza Neiva Coelho, que indeferiu a liminar por não vislumbrar indícios de trucagem ou montagem no vídeo, apenas a exibição de recortes de notícias que foram publicadas, em veículos de comunicação, no passado, com o sobrestamento de imagens de notícias jornalísticas. Para o juiz Júlio Alcino de Oliveira Neto, o mandado de segurança não é adequado para socorrer situações de inconformismo, provenientes de decisão judicial formalmente regular.

“É cediço que o uso indiscriminado do mandado de Segurança não é admissível sem que haja a comprovação de que o ato judicial reveste-se de teratologia ou de flagrante ilegalidade nem demonstre a ocorrência de abuso de poder pelo órgão prolator da decisão. Percebe-se que o alegado ‘ato coator’, na verdade, não se mostra abusivo”, complementa o desembargador.

“A interferência requerida pelo candidato Jarbas Vasconcelos, não poderia prosperar. Afinal, não pode o candidato negar o seu passado e sua história. Se disse isso ou aquilo em outro momento não pode querer simplesmente vetar a menção a esses fatos históricos por parte de seus adversários”, afirmou o advogado do jurídico da Coligação Pernambuco Vai Mudar, Eduardo Porto, ressaltando que a veracidade das afirmações atribuídas ao candidato Jarbas Vasconcelos constitui fato incontroverso no processo.

“Vamos fazer um grande pacto pela geração de empregos”, afirma Paulo

Considerado o Estado mais eficiente do Norte/Nordeste do Brasil, Pernambuco voltará a ter novas oportunidades de emprego e crescimento econômico. Com esse compromisso o governador e candidato à reeleição Paulo Câmara (PSB) comandou, na noite desta segunda-feira (10), mais uma edição do Prosa Política, em Ipojuca. Acompanhado dos companheiros de chapa majoritária – Humberto Costa (PT) e Jarbas Vasconcelos (MDB) -, da deputada Simone Santana (PSB), do candidato a deputado federal João Campos e do ex-prefeito Carlos Santana, Paulo afirmou que, na sua próxima gestão, será feito um pacto pela economia, que proporcionará a geração de novos empregos, afetados com a crise gerada no Brasil.

“Vamos trabalhar um grande pacto pela geração de empregos para devolver aquilo que a crise tirou. Pernambuco nunca recebeu tantos turistas como nos últimos anos e Ipojuca foi beneficiada com esse conjunto de ações. A gente vai trabalhar também para que o homem do campo tenha condições de trabalhar, para que ele tenha água na sua terra, e tenha seu título de posse”, afirmou Paulo Câmara. O gestor ainda destacou o crescimento de Pernambuco no primeiro semestre de 2018. Mais uma vez, o Estado apresentou o dobro do PIB do Brasil.

No ato, Paulo reforçou que, para continuar promovendo avanços para o povo pernambucano, é necessário investir na Educação. “Esse estado conseguiu avançar em todas as áreas. Temos a menor taxa de abandono escolar, a menor diferença entre escola pública e privada. Ou seja, a menor diferença entre escola do rico e do pobre. A gente não vai deixar de trabalhar enquanto as escolas não tiverem o mesmo nível e mesmas oportunidades em Pernambuco”, ressaltou. O gestor ainda falou que, além de continuar com os avanços no Estado, a população pernambucana deve contribuir para a retomada da esperança no Brasil, elegendo Lula e Haddad para a Presidência da República. “O Brasil tem que voltar a ser feliz e vocês sabem como. É para a gente votar no 13. Não querem deixar o Lula ser candidato. Vamos votar no Haddad”, completou.

O ex-prefeito Carlos Santana fez uma defesa firme em favor da eleição de Paulo, Humberto Costa, Jarbas Vasconcelos e de Lula, ressaltando o desenvolvimento do Estado quando PT e PSB estiveram juntos. “Esse time é de guerreiros e tem história. É o conjunto que sempre esteve ao lado dos mais necessitados e que olha para o futuro. Os outros estão no lado de Temer e a turma de Temer não vai ter vez, não”, defendeu.

O senador Humberto Costa também lembrou que a parceria entre o ex-presidente Lula e o ex-governador Eduardo Campos resultou em um dos melhores momentos econômicos para Pernambuco e para o município de Ipojuca. O petista destacou que, mesmo em um período de crise econômica, Paulo Câmara foi responsável por elevar a educação de Pernambuco, manter o controle do funcionalismo público e fazer importantes obras, sobretudo na área de recursos hídricos. “Se ele foi capaz de fazer tudo isso imagine se a gente tiver um presidente amigo de Pernambuco e do Nordeste. Por essa e outras razões vamos votar fechado no 40”, cravou Humberto Costa.

Também presente no encontro, o senador Jarbas Vasconcelos falou sobre o trabalho de Paulo Câmara e sua responsabilidade com a gestão pública. “Paulo tem trabalhado com pouco recurso, é uma pessoa correta e leal. É uma pessoa honesta e a gente precisa disso. De um homem honesto à frente dos destinos de Pernambuco”, enalteceu.

“Vamos implantar o Comando Cidadão e resgatar o Pacto pela Vida”, garante Armando

O restabelecimento da autoridade do governador como comandante em chefe da segurança do Estado é a chave para a redução efetiva dos índices de violência que têm tirado a tranquilidade dos pernambucanos. Esta foi a mensagem-chave passada pelo candidato ao governo pela coligação Pernambuco Vai Mudar, senador Armando Monteiro (PTB), em sabatina na tarde desta segunda 10, durante o NETV1, na Rede Globo Nordeste. “Nós vamos assumir a coordenação, restabelecer a autoridade e resgatar o Pacto pela Vida”, afirmou Armando ao apresentador Márcio Bonfim.

“O tema da segurança é central: 16.400 pernambucanos perderam a vida nos últimos três anos e meio. Esse ano nós já temos 2.800 mortes. Nós temos 1.600 assaltos a ônibus registrados esse ano. E uma média de quase seis estupros por dia”, citou Armando, para, logo em seguida, explicar como pretende recuperar os ganhos obtidos no Estado durante o governo Eduardo Campos (2007-2013): “Criar o Comando Cidadão vinculado diretamente ao Gabinete do Governador. Coordenar as ações. Motivar os policiais, oferecendo a eles, naturalmente, condições mais adequadas, criando centrais de comando e inteligência, implantando as patrulhas rurais, porque hoje quem mora no interior de Pernambuco também vive sobressaltado”.

Armando criticou a falta de comando do governador Paulo Câmara, que permitiu o aumento dos índices de criminalidade. “A principal mensagem é a seguinte: o governador de Pernambuco vai assumir a questão. Não vai ficar atrás do balcão. Vai para linha de frente, coordenar os esforços, mobilizar a sociedade, investir em inteligência e não ficar como ocorreu nos últimos anos, culpando a crise por esses problemas”, prosseguiu. “Nós temos condições, nessa área de segurança, de fazer investimentos. Instalar um centro de comando e inteligência, que é uma experiência que Goiás já adotou. Cada centro representa um investimento de 10 milhões de reais. Não é algo fora de propósito. Colocar as delegacias para funcionar 24 horas é uma coisa concreta”.

O candidato também propôs a substituição dos policiais militares que atuam em funções administrativas por quadros oriundos das Forças Armadas. “Podemos ampliar os efetivos, colocando em funções administrativas, por exemplo, egressos do serviço militar. Em vez de você ter policiais treinados fazendo funções administrativas, na retaguarda, vamos liberá-los para que eles possam ir para rua. E vamos colocar nessas funções jovens ou pessoas egressas do serviço militar. É uma medida prática, que implica em usar o efetivo, que já é da folha do Estado. Não significa aumento de gastos”, arrematou.

Rands fala das suas propostas para os empresários da construção

Plano estratégico de desenvolvimento, propostas inovadoras para geração de empregos com aumento da infraestrutura viária e uma forma para o pagamento dos fornecedores do Estado foram algumas das ideias que o candidato a governador pela coligação O Pernambuco que você quer (PROS, PDT, Avante), Maurício Rands, apresentou para os empresários que compareceram ao Sindicato da Construção de Pernambuco (Sinduscon). O evento teve a participação, também, da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi) e Sindicato da Habitação (Secovi).

Maurício Rands mostrou aos empresários como é possível fazer Pernambuco sair da estagnação em que se encontra a partir de propostas inovadoras, que têm como base a boa política, na qual o governador retoma assume o protagonismo que o Estado sempre possuiu. “Eu tenho trânsito em Brasília, tenho relações nas instituições internacionais, já trabalhei como empresário e como parlamentar: é esse capital político que ofereço para o meu Estado, se tiver a honra de ser eleito”, argumentou.

Uma das propostas de Maurício Rands que mais agradou o público foi o plano para o pagamento dos fornecedores do Estado. Uma dívida superior a R$ 2 bilhões. “Estes recursos estão fazendo falta à economia de Pernambuco, como um todo, pois fornecedor que não recebe tem dificuldade em pagar suas obrigações”. Rands propõe pagar os fornecedores com criptomoedas, já regulamentadas pelo Banco Central. As moedas poderam pagar parte dos impostos, que a empresa deve ao Estado e, também, poderam ser negociadas com outras empresas que, por sua vez, vão poder pagar parte dos tributos estaduais. “Com essa medida, injetamos dinheiro na economia e resolvemos um enorme passivo oficial”.

Com relação à geração de empregos, Maurício Rands propôs uma solução que, além de criar novos postos de trabalho, aumenta a malha viária e oferece novos contratos para a indústria da construção. Rands defende um modelo de edital no qual as empresas que ganhassem a licitação para construção ou ampliação de determinado trecho de estrada, também seriam responsáveis pela manutenção por um período de 20 anos. “É uma proposta de ganha-ganha”, comparou: as empreiteiras que ganham a licitação poderão conseguir financiamento através dos títulos que possuem, de que vão receber pela manutenção por 20 anos. O cidadão ganha nova malha viária. O Estado ganha rodovias de qualidade, porque as empreiteiras não farão com material de qualidade inferior, uma vez que vão ter de assumir a manutenção. “E o melhor de tudo é a geração de empregos por todas as doze regiões do Estado”.

Maurício Rands se comprometeu com a adoção de um plano estratégico para o desenvolvimento de Pernambuco. Ele disse que a ideia é adotar um plano de Estado e não um plano de governo – como princípio para o projeto estratégico não sofrer com as mudanças naturais que ocorrem com a rotatividade do poder. “Precisamos tocar corações e mentes, para retomarmos o caminho do desenvolvimento – necessário a todos os pernambucanos”, disse.

Universitária FM
Antes de se apresentar aos empresários, Maurício Rands foi o primeiro dos candidatos ao governo de Pernambuco a ser entrevistado pelo Programa Fora da Curva, das rádios Universitária AM e FM. Rands foi sabatinado pelos jornalistas Carmem Silva, da ONG SOS Corpo, Laércio Portela, da Marco Zero Conteúdo, e pelo radialista Wagner Souto, da Associação Brasileira de Rádios Comunitárias (Abraço). A professora Paula Reis foi a âncora do programa.

Por uma hora, Maurício Rands apresentou suas propostas para a saúde, segurança, educação e abastecimento de água. Abordou temas como o combate ao feminicídio, ideias para a TV Pernambuco, criação de novas redes de distribuição de água e sua visão sem restrição prévia dos novos modelos de gestão, como as PPP (parcerias público privada), apropriadas para a construção de novos presídios, ou as OS (organizações sociais), que têm sido utilizadas para a administração de unidades de saúde.

Tony Gel faz campanha na zona rural de Caruaru

A agenda de compromissos do deputado estadual e candidato à reeleição, Tony Gel (MDB), foi dedicada à zona rural de Caruaru, neste domingo (09). Depois de visitar duas feiras de bairro o candidato seguiu em comitiva para área rural do município e visitou diversas comunidades, entre elas, Sítio Medeiros, Xique Xique, Firmeza, Xicuru, Serrote dos Bois e Lajedo do Cedro, no 4º distrito.

Recebido pelos moradores, o candidato debateu sobre propostas e relembrou tudo que já fez em benefício da zona rural. “Quando o senhor foi prefeito colocou esse calçamento aqui na comunidade, mas agora ele está destruído, infelizmente não temos assistência”, lamentou o agricultor Antônio José, e demais moradores do Sítio Medeiros.

A líder comunitária e presidente do Conselho de Segurança Cidadã dos Bairros e Zona Rural de Caruaru – CONSEC, no 4º distrito, Madelon Pereira, acompanhou o candidato e destacou que na sua trajetória política a zona rural sempre foi prioridade. “Nós não tínhamos tanta dificuldade como temos hoje, principalmente na saúde, a área mais carente da população rural”, enfatizou.

“Tenho um compromisso especial em ajudar os moradores da zona rural, oferecendo melhor estrutura e segurança para essas áreas, por isso conto com o apoio de todos para mais uma vez representar o município na Assembleia Legislativa e batalhar por mais conquistas”, afirmou Tony Gel durante as visitas.

Varejo cresceu 0,9% em agosto ante julho, diz Serasa Experian

As vendas do comércio varejista no País cresceram 0,9% em agosto na comparação com o desempenho registrado em julho, revela indicador da Serasa Experian. Já em comparação a agosto de 2017 subiu 7,9%, enquanto no acumulado do ano a alta é de 6,7% em relação ao período equivalente do ano passado.

O segmento de veículos, motos e peças (3,4% ante julho) sustentou a alta de agosto, aponta a Serasa Experian, “beneficiado pela expansão do crédito neste segmento, bem como pela recuperação do setor de supermercados, hipermercados, alimentos e bebidas”.

A instituição lembra que o movimento ocorre após os efeitos inflacionários temporários da paralisação dos caminhoneiros em maio terem sido superados.

Também registraram alta nos negócios os setores de móveis, eletroeletrônicos e informática (0,1%); combustíveis e lubrificantes (0,8%); material de construção (0,5%). Apenas o segmento de tecidos, vestuário, calçados e acessórios registrou retração (-1,9%).

Entre janeiro e agosto, os segmentos de móveis, eletroeletrônicos e informática e o de veículos, motos e peças cresceram 14,8% e 6,3%, respectivamente.

Já em terreno negativo estão: supermercados, hipermercados, alimentos e bebidas (-2,6%); combustíveis e lubrificantes (-3 0%); tecidos, vestuário, calçados e acessórios (-1,7%); material de construção (-5,8%).

Agência Estado

Com chances de crescimento, João Amoêdo começa a incomodar centro-direta

Aos 55 anos, João Dionísio Filgueira Barreto Amoêdo é um homem de números e cálculos. R$ 425.066.485,46 de bens, dois cursos universitários — incluindo engenharia civil, que tem a matemática como princípio —, mais de dois milhões de likes e seis ironmans, a modalidade de triatlo com 3,8km de natação, 180km de ciclismo e 42km de corrida. Pode-se elencar outras cifras ou contas, a partir de patrimônio, gastos financeiros de campanha, milhas acumuladas, impulsionamentos nas redes sociais ou tempos de provas, mas o mais importante para Amoêdo, neste momento, são os votos que terá no primeiro turno da eleição presidencial como candidato do Partido Novo.

Até agora, se os percentuais não são favoráveis a ele, pelo menos trazem alguma esperança de pontuar em 7 de outubro. Basta ver, por exemplo, a pesquisa do Instituto Opinião Pública, encomendada pelo Correio Braziliense. No levantamento estimulado e sem a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Amoêdo empata com Henrique Meirelles (MDB). Na espontânea — quando os nomes dos candidatos não são apresentados —, ele fica no mesmo patamar de Álvaro Dias (Podemos). Os percentuais não ultrapassam os 2%, mas hoje poderiam levar o candidato do Novo a um sexto lugar.

É prematuro apostar até onde vai o fôlego de triatleta de Amoêdo. Mas há um fato: ele começa a incomodar. Na semana anterior ao ataque contra Jair Bolsonaro (PSL), na cidade mineira de Juiz de Fora, simpatizantes ligados à direita mais radical começaram a espalhar memes contra o candidato do Novo. Uma das imagens mostra Amoêdo dentro de um barril, como um náufrago: “O boi de piranha para a esquerda ganhar no segundo turno”. Em entrevista por telefone há 10 dias, o próprio Amoêdo apontou para a turma dos simpatizantes de Bolsonaro: “Tem coisas bem pesadas. Como a candidatura tem crescido, acho que a estratégia deles é a de tentar matar ainda na origem”. Depois do atentado, o candidato do Novo disse ser lamentável o episódio contra o ex-capitão do Exército. “Independentemente de divergências políticas, não é possível aceitar nenhum ato de violência. Que o agressor sofra as devidas punições. Meus votos de melhoras para o candidato”, escreveu no Twitter.

Para Amoêdo, as pautas parecidas com as dos candidatos de centro-direita o transformam num adversário a ser batido. “O problema é que essa semelhança não ocorre na prática. Somos diferentes, os planos são outros”, afirma. A questão é que eleitores de Bolsonaro, por exemplo, podem estar apontando para o alvo errado. “É muito difícil um apoiador do capitão reformado largar um candidato lá na frente por alguém bem abaixo nas pesquisas”, avaliou Ricardo Caldas, professor do Instituto de Ciência Política da Universidade de Brasília (UnB). Para o acadêmico, o eleitor típico de Amoêdo é aquele que não teria candidato caso o engenheiro não estivesse na corrida. “Ele não é alguém carismático, mas é simpático e, claro, pode avançar, sim, sobre votos ainda não consolidados de Meirelles, Álvaro Dias e Alckmin.”

Estudante

Nascido em 22 de outubro de 1962, no Rio de Janeiro, Amoêdo é filho de um médico paraense com uma administradora de empresas potiguar. Casado, é pai de três mulheres. O Correio localizou três amigos do presidenciável da época da faculdade, um deles, morador de Brasília. “Desde aquela época, ele se mostrava alguém especial, sempre focado em objetivos”, afirmou o engenheiro Almerindo Torres, 60 anos, que frequentou a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) na mesma época de Amoêdo. Torres faz campanha aberta para o colega, e se mostra irritado com as críticas. “A candidatura dele fez com que voltasse a me empolgar com a política. Alguns falam que ele é rico, que era do mercado financeiro. E qual é o problema?” A carreira de Amoêdo começou ainda em 1985 como trainee no Citibank, passando por outras instituições até chegar a membro do conselho de administração do Itaú-BBA.

A trajetória profissional de Amoêdo o tornou alguém mais do que rico, pelo menos para a imensa maioria dos brasileiros. A declaração de bens apresentada ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) revela que ele tem por volta de meio bilhão de reais, o que o coloca num grupo de privilegiados apenas comparado a nomes estrangeiros. A título de comparação, Meirelles — ex-presidente internacional do BankBoston — declarou R$ 377 milhões. Um dos apelidos do presidenciável do Partido Novo, visto aqui e ali na rede, é João das Moedas. “Isso não é algo necessariamente ruim, aliás, eventuais crescimentos estarão por conta da baixa rejeição que ele tem”, diz o professor Ricardo Caldas. “Um candidato bem-sucedido é bem-visto por parte do eleitorado. Não é um motivo para ele ter poucos apoios. O mais importante será o voto útil, definido na véspera das urnas, por eleitores mais estratégicos, de olho nos favoritos. Isso, sim, pode atrapalhá-lo.”

Sem tempo de televisão para concorrer com os políticos de partidos com maior representação, os estrategistas do Novo se apoiam nas redes sociais para fortalecer a candidatura. A legenda conta hoje com mais de dois milhões de likes no Facebook — os números se repetem no Instagram e no Twitter. Uma boa medida do avanço de Amoêdo pode ser testada nos grupos de WhatsApp da família e de amigos. Sempre aparece um ou outro eleitor simpático ao fundador do Novo, mesmo que não crave o voto. Por trás de tal movimento, está o próprio Amoêdo, que, na entrevista ao Correio, disse ter investido R$ 5 milhões na criação da legenda. “Hoje, ela se paga a partir das contribuições dos filiados”, diz ele. A campanha deve consumir mais R$ 7 milhões, com o presidenciável investindo, desse total, cerca de meio milhão.

Propostas

“O que está por trás da campanha do Amoêdo é uma estratégia de marketing eficiente, a começar pelo próprio nome do partido criado por ele. Mas isso não é uma novidade, é só lembrar como Fernando Collor se apresentava”, diz Paulo Kliass, doutor em Economia pela Universidade de Paris 10 e especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental, uma das carreiras mais prestigiadas do governo federal. A pedido do Correio, Kliass analisou alguns planos de Amoêdo. “As propostas dele não são novas, inclusive têm, pelo menos algumas, similaridade com a austeridade que tenta ser implantada no governo Michel Temer.” A redução do número de ministérios, por exemplo, sempre apareceu como promessa de campanha de um ou outro político. “É uma medida política, sem impacto na realidade, pois não mexe na ponta da estrutura do Estado, o que é muito mais complexo”, afirma Kliass.

Na entrevista ao Correio, Amoêdo rechaçou a comparação com Collor. “Não tenho parentes na política, fundei um partido com o apoio de várias pessoas, de um sem-número de segmentos, e minha família nunca teve relação com empresas de comunicação. Não há nada que possa ser comparado ao Collor”, disse ele, que transformou a rotina nos últimos seis meses. Perdeu a conta de viagens em voos comerciais — ele diz ser raras as vezes em que precisou alugar jatinhos para campanha —, o que o tem afastado dos treinos de triatlo. “Antes, treinava cerca de seis vezes por semana, agora mal tenho conseguido me exercitar uma vez a cada sete dias.” A prática do esporte é exaltada pelos amigos como uma qualidade de quem consegue fazer várias atividades ao mesmo tempo. “Ele consegue tempo para tudo, mas faz tudo com foco e precisão”, admira-se um colega de faculdade de Amoêdo, que hoje mora na Ásia, mas, por exigências contratuais da empresa onde trabalha, não pode falar sobre política.

Entre as propostas defendidas por Amoêdo, há uma surpresa para gente mais ligada à esquerda: a manutenção do Bolsa Família. “É um ótimo programa, não tenho dúvida.” As alterações previstas por ele estariam na porta de saída do programa. “Tem de ser mais gradual, há muita gente que não formaliza o trabalho porque não quer perder o benefício. Tem de ter regras mais flexíveis para a saída do cidadão do programa.” Amoêdo, entretanto, é direto sobre outras políticas, como a privatização de estatais e a criação de vale educação, para que alunos de baixa renda tenham acesso às escolas privadas. A ideia é começar por um pequeno grupo. “Não vamos acabar com a escola pública, mas sabemos que a qualidade da escola privada hoje é melhor, então a gente não acha justo impedir que as pessoas mais pobres coloquem os seus filhos no ensino privado”, disse.

Para Paulo Kliass, tratar responsabilidades do Estado como mercadoria é um dos maiores erros. “É preciso valorizar o ensino público. Os exemplos de iniciativas até agora mostram que a iniciativa privada acaba funcionando como grandes fábricas para vendas de diplomas ou certificados”, afirmou o economista. Amoêdo parece disposto ao debate, chegando, em determinados momentos, a perguntar ao interlocutor o que ele faria para resolver questões imediatas. E diz que, apesar da rotina pesada, está se divertindo. “Você vai aprendendo. É como fazer os primeiros triatlos, você sempre perde um tempinho aqui ou outro ali, principalmente nas transições (os intervalos para troca de equipamentos entre cada uma das provas).” De uma forma geral, nas provas amadoras, os competidores mais experientes sabem que concorrem contra si mesmos. “A grande aposta dele, assim, pode estar daqui a quatro anos”, afirmou o professor Ricardo Caldas.

Correio Braziliense