Candidaturas coletivas viram tendência nas eleições de 2018

Apesar de não serem reconhecidas pela Justiça Eleitoral, candidaturas coletivas se proliferam Brasil afora e aparecem como tendência nas eleições de 2018. Em vez de eleger uma pessoa, a ideia é escolher um grupo para exercer o cargo. O modelo parece até promoção: vote em um, leve quatro, cinco, 18… Reunidos em torno de um único número de urna, essas pessoas propõem compartilhar responsabilidades, numa nova forma de mandato parlamentar. Este ano, pelo menos seis movimentos se apresentam como pré-candidatos ao Legislativo e disputam vagas a deputado estadual, federal e senador. Embora inovadora, a candidatura coletiva não é inédita. Em 2016, cinco cidadãos se elegeram para uma vaga de vereador em Alto Paraíso (GO).

Nas eleições de 2018, São Paulo reúne o maior número de iniciativas nessa linha, como a Bancada Ativista, que conta com nove pessoas em uma só candidatura, e o Conjunto 18, que propõe mandato com três senadoras titulares. Em Pernambuco, cinco mulheres formam a Juntas, pré-candidata à deputada estadual. No Distrito Federal, são quatro nomes compondo uma única candidatura a deputado distrital. Os grupos se diferem nos modelos de gestão, mas, em comum, pregam uma atuação participativa e coletiva. Na prática, os grupos se propõem a tomar todas as decisões em conjunto, desde projetos, votos a salário.

Mas, formalmente, somente um dos integrantes do grupo de mandatos coletivos terão registro eleitoral e foto na urna, já que a Justiça Eleitoral não aceita candidaturas de um grupo para um mesmo cargo público. Se eleita, apenas essa pessoa é diplomada, toma posse e detém o poder de legislar e demais atribuições parlamentares. “A candidatura é individual, o mandato é personalíssimo e candidaturas coletivas não fazem parte do ordenamento jurídico”, informa o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Em caso de morte, os demais membros do grupo não poderão sucedê-lo no exercício do mandato, a não ser que seja seu vice ou suplente.

No Distrito Federal, quatro pessoas, todas representantes de minorias e movimentos sociais, se juntaram para o Mandato Coletivo DF, que concorre a deputado distrital. “É uma forma de hackear o sistema político trazendo o povo pra dentro das decisões”, afirma um dos pré-candidatos a deputado distrital, Eduardo Borges, coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto.

Além dele, a índia Airy Galvão, a advogada Nádia Nádila e o ativista político Thiago Ávila, único filiado ao Psol, integram a chapa. Em elaboração pelo grupo, um documento garante a participação popular e tarefas compartilhadas entre os codeputados, além da realização de assembleias populares. Assim como as funções, o salário também será dividido por quatro. Eles calculam que, para se elegerem, precisarão de 30 mil votos.

Já o Mandato Cidadanista, em São Paulo, aposta em outro modelo e traz 13 codeputados em torno do nome do historiador Célio Turino (Psol), único a ser registrado. Os codeputados representam as mais diversas causas, de moradia a agroecologia e atuarão diretamente nas decisões. “Queremos quebrar a lógica do sistema”, destaca Turino. Como uma mandala, o Mandato Cidadanista estruturou um sistema de funcionamento circular que quer aumentar a fiscalização e participação popular. “O seqüestro da política é quando é tratada como profissão, e não como missão”, ressalta.

SENADO
A doutora em administração pública Ana Paula Massonetto, a militante em educação Beatriz Soares e Nilza Camillo, da Frente Favela Brasil, são pré-candidatas ao Senado pelo Conjunto 18 e, se eleitas, exercerão o mandato juntas. “Desenhamos estruturas para que qualquer pessoa consiga implementar nossa proposta, maior do que qualquer pessoa”, explica Ana Paula, ressaltando que há mais sabedoria no conjunto do que em uma pessoa. A candidatura do grupo, lançada pela Rede, de Marina Silva, foi construída coletivamente e culminou com a escolha das três mulheres para encabeçar a eleição, trabalhando junto com outros 18 cosenadores.

Uma das três será a cabeça de chapa e as outras duas suplentes. Na prática, valendo-se da legislação eleitoral que permite o afastamento do cargo, elas farão um rodízio no mandato. A remuneração segue o padrão tradicional e elas não vão dividir o salário. Quem não estiver como titular do cargo’ receberá salário como funcionária do gabinete. Os 18 cosenadores serão voluntários. “Queremos promover uma reforma gerencial, profissionalizar a gestão e abrir um processo seletivo para os cargos do gabinete e trazer gente qualificada”, diz.

O professor de direito da Universidade Federal de Minas Gerais Rodolfo Viana reforça que a iniciativa ocorre em âmbito político, e não jurídico. “Juridicamente, não existe nem registro de candidatura nem exercício coletivo do mandato. Portanto, não há nenhuma garantia jurídica para o eleitor, muito embora seja uma inovação interessante”, afirma.

Tramita na Câmara dos Deputados Proposta de Emenda à Constituição (PEC 379/2017), de autoria de Renata Abreu (SP), do mesmo partido do Mandato Coletivo Alto Paraíso, que insere parágrafo à Constituição Federal para possibilitar o mandato coletivo no âmbito do Poder Legislativo. A PEC está na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC).

Experiências na Câmara Municipal de BH e em GO

Apesar de inovadora, a experiência do mandato coletivo não é inédita e já foi testada nas eleições municipais de 2016, quando cinco pessoas conseguiram conquistar uma vaga a vereador na Câmara Municipal de Alto Paraíso, em Goiás. O guia turístico Ivan Anjo Diniz, o advogado João Yuji, a bióloga Laryssa Galantini, o analista de sistema e engenheiro Luiz Paulo Veiga e Professor Sat, mestre em química, formam o Mandato Coletivo Alto Paraíso. Outra referência vem da Gabinetona, em Belo Horizonte. Áurea Carolina e Cida Falabella, ambas do Psol, uniram seus gabinetes para conduzir coletivo, aberto e com a participação popular.

As duas parlamentares fazem parte das Muitas, movimento que propõe uma nova lógica para a política, com maior representatidade popular. Em 2016, os candidatos das Muitas usaram números distintos de urna, mas fizeram campanha compartilhada, pedindo votos uns para os outros. Alguns deles, que não se elegeram, hoje também integram a equipe da Gabinetona. Na campanha deste ano, as Muitas repete a mesma linha de atuação.

No mandato coletivo em Alto Paraíso, cada um cuida de uma área: jurídico, meio ambiente, comunicação, entre outras. As decisões são tomadas coletivamente e, se há divergência, a opinião da maioria prevalece. “Fazer tudo pelo consenso é utópico. Tem que ter respeito”, afirma o advogado. O grupo é abrigado no Podemos, embora somente Yuji seja filiado. “Registramos nossos compromissos em cartório. E, se quiser votar tudo sozinho, sou responsabilizado civil e criminalmente”, diz Yuji.

Quase na metade do mandato, o coletivo já percebeu, entretanto, pontos que não funcionam. “Somos totalmente voluntários e ter um trabalho fora da vereança fica muito pesado. Poderíamos ter previsto gastos particulares, como uma compra de supermercado”, reconhece. A remuneração do vereador em Alto Paraíso é de R$ 3.405, conforme consta em prestação de contas do grupo. O recurso é empregado no exercício do mandato e em benefícios para a população.

Estado de Minas

Pré-selecionados do Fies têm até sexta-feira para completar inscrição

Os estudantes pré-selecionados para o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), do primeiro semestre de 2018, têm desta segunda-feira (30) até sexta-feira (3) para fazer a complementação da inscrição.

O processo de complementação deve ser feito por meio do acesso à página do Fies na internet. A página do Fies orienta passo a passo o que fazer. Por exemplo, a porcentagem a ser financiada e os dados da agência bancária para receber o benefício.

Dúvidas e informações estão contidas no item “Complementação da inscrição no FiesSeleção” .

Detalhes

O Fies é um programa do Ministério da Educação destinado a financiar a graduação na educação superior de estudantes matriculados em cursos superiores não gratuitas na forma da Lei 10.260/2001.

Podem recorrer ao financiamento os estudantes matriculados em cursos superiores que tenham avaliação positiva nos processos conduzidos pelo Ministério da Educação.

Desde o segundo semestre de 2015, os financiamentos concedidos com recursos do Fies passaram a ter taxa de juros de 6,5% ao ano.

Segundo o MEC, o valor contribui para a sustentabilidade do programa, possibilitando sua continuidade enquanto política pública perene de inclusão social e de democratização do ensino superior.

Agência Brasil

Aumento nos casos de autismo acende alerta

Lucas, 4 anos, tinha um ano quando a mãe percebeu que havia algo anormal no comportamento dele. Foram dois anos para fechar o diagnóstico de autismo. Ele já havia passado por três neuropediatras e a suspeita maior era de Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH). A mãe, a enfermeira Rebeka Kelly, 33 anos, nunca desistiu de buscar o diagnóstico. Há cinco meses, ele está em atendimento na Clínica Desenvolver Natália Spinelli, na Ilha do Leite. O autismo é uma das especialidades da clínica que hoje trata cerca de 100 crianças com algum tipo de transtorno no comportamento.

“Lucas está desenvolvendo muito bem e está interagindo. Eu sei que ele vai conseguir ter uma vida normal interagindo com as outras pessoas”, disse a mãe. O comportamento do filho de três anos de Lucie Jodasova, 35 anos, também acendeu a luz vermelha. O diagnóstico inicial é de Transtorno Opositivo-Desafiador (TOD). Há um ano, ela pesquisava sobre o comportamento do filho. “Fui para vários médicos e muitos disseram que era típico da idade e você acaba se acalentando e acreditando, mas lá no fundo sabia que havia algo errado”, contou. Pela internet, ela encontrou a Clínica Desenvolver Natália Spinelli e com três meses de tratamento já percebe melhoras no comportamento do filho. “Ele ficava muito irritado e se jogava no chão porque não conseguia expressar o que queria e hoje ele já consegue dizer. Ele está bem melhor e estou mais tranquila sabendo que há tratamento e que ele não será um adulto problemático”, afirmou Lucie.

Um estudo divulgado pelo CDC (Center of Deseases Control and Prevention), órgão ligado ao governo dos Estados Unidos, revela que uma criança a cada 100 nasce com o Transtorno do Espectro Autista (TEA). Os dados revelam um aumento no número de casos de autismo em todo mundo. Até há alguns anos, a estimativa era de um caso para cada 500 crianças. Com isso, estima-se que no Brasil existem dois milhões de autistas. As pesquisas ainda revelam que os meninos são mais afetados pelo transtorno do que as meninas.“Algumas pessoas me perguntam porque há 20 anos não se via tantos casos de autismo, que hoje é praticamente uma ‘epidemia’. Acredito que há uma mutação genética e também acredito que hoje em dia exista muito isolamento em razão do acesso em demasia aos equipamentos eletrônicos”, avaliou Natália.

O diagnóstico dos transtornos vem ocorrendo cada vez mais cedo o que ajuda no tratamento. “Antes eu recebia crianças com cinco ou seis anos e hoje já recebemos crianças a partir de um ano”, contou. O tempo de tratamento não varia em cada caso e não há uma cura, mas existe a possibilidade da criança receber alta. “A alta significa que a gente não consegue mais visualizar nenhuma característica do autismo. É o que alguns neuropediatras chamam de sair do espectro do autismo”, explicou.

Na clínica são até oito profissionais para trabalhar por criança. “A gente atende diariamente, também atendemos a domicílio e damos suporte no ambiente escolar. Há uma grande diferença de um professor itinerante e assistente pedagógico de um terapeuta especializado que trabalhará com a linguagem e o comportamento sensorial”, ressaltou. Uma vez por mês, os pais participam das atividades, mas na maior parte das vezes eles acompanham por um vidro. “Nós limitamos o acesso porque as crianças mudam muito na presença dos pais”, afirmou Natália.

Do Diario de Pernambuco

Eleição expõe briga entre autores do impeachment

A aproximação da advogada Janaina Paschoal com o deputado Jair Bolsonaro (PSL), que a convidou para ser vice em sua chapa, provocou um racha entre os principais personagens do movimento que levou ao impeachment da presidente cassada Dilma Rousseff (PT).

“Recebi com muita tristeza a aproximação de Janaina com Bolsonaro. Há uma contradição dele com a democracia. É impossível que qualquer democrata vote no Bolsonaro”, disse o jurista Miguel Reale Junior à reportagem.

Orientador de Janaina no mestrado e doutorado de direito da USP, Reale convidou a advogada em 2015 para ajudá-lo a elaborar o documento que seria a base do pedido do impeachment da petista.

Filiado ao Podemos, o jurista é cotado para ser vice na chapa de Alvaro Dias na disputa presidencial. Mais tarde, o advogado e ex-petista Hélio Bicudo se juntou ao grupo na elaboração do pedido de impedimento de Dilma que foi protocolado na Câmara dos Deputados.

Reale lembrou que seu primeiro discurso após o pedido de impeachment chegar ao Senado foi uma crítica ao deputado do PSL por ele ter elogiado no plenário o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, ex-chefe do DOI do 2.º Exército, um dos órgãos da repressão política durante a ditadura militar.

“Eu disse em nome dos três (que assinaram o pedido) que era lamentável que o impeachment tenha servido para que ele (Ustra) fosse homenageado.”

Reale e Janaina não se falam há cerca de um ano. Nota divulgada terça-feira na Coluna do Estadão mostrou que Janaina tem dito aos aliados do PSL que foi pressionada a desistir do pedido de impeachment por Reale.

Líder do Nas Ruas, um dos grupos que lideraram o movimento pelo impeachment de Dilma, a ativista Carla Zambelli, que se filiou ao PSL e vai disputar uma vaga de deputado federal, escreveu um livro sobre esse episódio, o Não foi golpe. “Eu conto a saga da Janaina tentando manter o pedido, enquanto Reale queria retirar para dar o pedido da OAB”, disse Carla.

“Eu não fazia questão de ser o proponente (do impeachment). Teria muito mais força um pedido da OAB do que de três pessoas físicas. Isso faria desaparecer o discurso do golpe. Mas ela bateu o pé”, relatou Reale. Ele lembrou que também foi o autor do pedido do impeachment de Fernando Collor de Mello, mas, naquele caso, a OAB foi a proponente.

‘Inepta’

Pelo Twitter, a ativista do Vem Pra Rua Luciana Reale, filha do ex-ministro, subiu o tom. “Sua peça, Janaina, era inepta. Se não fosse o aditamento do meu pai não teria passado. Você e o Bolsonaro se merecem.”

Ex-líder do Vem Pra Rua e pré-candidato a governador de São Paulo pelo Novo, Rogério Chequer também criticou a aproximação de Janaina com Bolsonaro. “É difícil de entender como uma pessoa que se posicionou tão fortemente contra práticas que não estavam ajudando a população no governo petista cogitar entrar num projeto que traz políticos da velha política”, disse Chequer. Janaina não respondeu aos contatos da reportagem.

Centrão: um consórcio pelo poder em época de corrida eleitoral

No ápice da fragmentação partidária brasileira, o artifício de negociação com o Executivo em blocos de partidos saltou de forma inédita da arena legislativa para o palco político eleitoral. Se no Legislativo os agrupamentos de partidos médios e nanicos – em geral fisiológicos – ganham força para trocar com o Executivo a sustentação política e apoio às pautas de interesse por cargos, recursos e favores; na véspera do fim do prazo das convenções partidárias para a aprovação de coligações e candidaturas, o escambo político muda de figura e agora envolve a aposta em torno da expectativa de poder.

Após colocar em leilão o seu tempo de propaganda eleitoral gratuita e negociar com o pré-candidato Ciro Gomes (PDT), o DEM, o PP, o PR, o PRB e o Solidariedade fecharam o negócio com o tucano Geraldo Alckmin, não sem antes, e isoladamente, o PR, através de seu cacique Valdemar da Costa Neto – presidente de fato da legenda, mas não de direito – ter também feito incursões junto a Jair Bolsonaro (PSL). O blocão recupera o nome de Centrão – homônimo da força suprapartidária formada na Assembleia Nacional Constituinte -, e, décadas depois, ressuscitada com o núcleo do PP e PR sob o comando do ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (MDB).

“Formaram o consórcio dos partidos sem candidato a presidente, o consórcio do desespero”, avalia o cientista político e professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Jairo Nicolau. Fechado o negócio, os cinco partidos que, para efeitos de cálculo do tempo de propaganda eleitoral carregam uma bancada eleita de 129 deputados federais, entregaram ao PSDB um quinhão 2,4 vezes maior do que teria sozinha a legenda, que em 2014 elegeu 54.

O Centrão recebe em troca e de imediato, a indicação do vice da chapa e participação da coordenação da campanha. Não entrará com um tostão de seu fundo eleitoral na campanha tucana, reservando-o para a eleição de bancadas federais. Nos estados, os partidosmembro não têm restrições e estão liberados para viabilizar as coligações segundo o melhor desempenho das projeções para a eleição das bancadas federais. E se ganhar a aposta nacional eleitoral de muito mais risco do que as articulações legislativas para apoio do Executivo, o Centrão já pediu a presidência da Câmara dos Deputados e a do Senado Federal. Em resumo se vencer a eleição presidencial com Alckmin, o Centrão terá poder para encurralar o futuro governo.

Mas e se o Centrão perder a aposta eleitoral? “Dependerá das bancadas que conseguir eleger nestas eleições”, afirma Nicolau. Na avaliação do cientista político, as novas cláusulas de desempenho previstas na legislação vão forçar partidos pequenos a se fundir com outros.

Do Diario de Pernambuco

PSB-PE pode divergir de diretório nacional em apoio à presidência

Pela primeira vez, o PSB de Pernambuco deverá perder uma decisão nacional a ser tomada pelo conjunto do partido. Tal realidade não acontecia desde que o ex-governador Miguel Arraes assumiu o comando do partido há 27 anos. Os socialistas pernambucanos, mesmo com uma representatividade forte na direção nacional, devem perder a batalha para o grupo que defende o alinhamento da legenda com o pré-candidato do PDT, Ciro Gomes. O cenário desenhado hoje mostra que a maioria dos diretórios estaduais tende a aprovar a aliança com o ex-ministro.

O governador Paulo Câmara (PSB), que é vice-presidente do PSB nacional, antecipou o anúncio do apoio ao ex-presidente Lula (PT), mesmo com as articulações para fechar o acordo em andamento. A direção estadual também já havia se posicionado a favor do petista. Nos bastidores, no entanto, os socialistas ponderam que a neutralidade seria o melhor opção para o partido, tese que deve ser rejeitada na Congresso Nacional do PSB marcado para o próximo domingo.

O encontro será realizado no Hotel Nacional, em Brasília, das 9h às 17h. A reunião será no mesmo dia da convenção estadual do PSB, que irá homologar o nome de Paulo Câmara como candidato à reeleição pela Frente Popular de Pernambuco. Mesmo assim, a assessoria do líder socialista confirmou a presença dele no evento nacional do partido.

Mesmo tendo a maioria dos diretórios a favor de Ciro Gomes, o PDT não está insatisfeito com a demora do partido para definir o caminho que irá seguir. Para forçar um posicionamento formal, os pedetistas aderiram, na última quinta-feira, ao palanque do governador Márcio França (PSB). Segundo uma fonte, o nome do ex-ministro também conta com a aprovação de Carlos Siqueira, que não aceita a neutralidade do partido em uma eleição que, na avaliação dele, vai ocorrer no momento em que o Brasil enfrenta uma crise política-econômica bastante grave.

Quem acredita que a neutralidade pode acalmar os ânimos do partido alega que, mesmo com o PSB apoiando formalmente um candidato, a verticalização não será obedecida nos estados em razão das diferenças regionais. Em São Paulo, por exemplo, ainda prossegue a expectativa de Márcio França caminhar ao lado de Geraldo Alckmin, de quem foi vice no governo paulista. Nesse caso, ele receberia da direção nacional a permissão para fechar parceria com o tucano. Aos filiados do PSB está vetada coligações com candidaturas consideradas de extrema direita, a exemplo de Jair Bolsonaro (PSL) e Álvaro Dias (Podemos).

Por outro lado, a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, também continua trabalhando para ter o apoio do PSB. Na sexta-feira passada, ela deixou claro, depois de uma visita ao presidente Lula, preso na Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba, que a aliança com os pernambucanos depende da coligação formal com os socialistas no campo nacional. Caso a parceria PSB/PT se confirme, a précandidatura da vereadora do Recife Marília Arraes (PT) será retirada da disputa para o governo do estado.

Do Diario de Pernambuco

Realização de cirurgias bariátricas no SUS cresce 215%

O número de cirurgias bariátricas realizadas no Sistema Único de Saúde (SUS) cresceu 215% entre 2008 e 2017. O aumento na rede pública é superior à média anual do setor privado, que registrou 7% nos últimos anos – no SUS, a taxa é de 13,5%. No Brasil, mais de 5 milhões de pessoas têm indicação para o procedimento. Os dados são da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM).

A obesidade cresce aproximadamente 60% na última década, de acordo com o Ministério da Saúde. A cirurgia é alternativa para tratar a doença e condições associadas ao sobrepeso, como hipertensão e diabetes tipo 2.

Fontes da RS Press que podem repercutir esses dados:

Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva: a SOBED disponibiliza seu Núcleo de Endoscopia Bariátrica para esclarecimentos a respeito do tratamento da obesidade, bem como outras alternativas, como balão intragástrico.

Federação Brasileira de Gastroenterologia: o médico gastroenterologista é aquele responsável por acompanhar o paciente obeso desde a indicação para a cirurgia bariátrica até o processo de recuperação. A Federação Brasileira de Gastroenterologia (FBG) representa esses especialistas e possui fontes por todo o país que podem falar a respeito do crescimento de cirurgias pelo sistema público nos últimos anos.

Seminário da Fiepe em Caruaru terá Leandro Karnal

A Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (Fiepe), irá realizar o seminário “Gestão de Mudanças e Inovação” com os especialistas Leandro Karnal, Luis Rasquilha, Othon Bastos e Edson Monteiro. Será no dia 3 de outubro, com carga horária de 6h, com programação começando às 15h. O seminário tem como objetivo orientar sobre a importância da gestão de mudanças para o desenvolvimento da inovação dentro das empresas de qualquer porte e tempo de mercado.

O que motivou a entidade a promover o evento é a dinâmica constante dos cenários político, econômico e de mercado representa um desafio para as empresas brasileiras. As organizações precisam estar preparadas para implementar mudanças significativas, sejam elas estruturais, operacionais ou táticas, que proporcionem uma maior vantagem competitiva. Para preparar as empresas do Agreste neste sentido, a Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (Fiepe) promove o seminário “Gestão de Mudanças e Inovação” com os especialistas Leandro Karnal, Luis Rasquilha, Othon Bastos e Edson Monteiro.

O Seminário tem como objetivo orientar sobre a importância da gestão de mudanças para o desenvolvimento da inovação dentro das empresas de qualquer porte e tempo de mercado. Esta abordagem se refere a uma nova postura organizacional que precisa ser adotada por todos os níveis dentro do ambiente corporativo, a fim de somar competências e habilidades e evitar que os negócios fiquem estagnados. O processo de mudança se faz necessário por diferentes fatores, entre eles o comportamento do consumidor, os recursos da empresa, a atuação da concorrência e os impactos da instabilidade político-econômica.

Para falar do assunto com propriedade, a Fiepe Agreste traz para a Capital do Agreste o historiador, filósofo e antropólogo, doutor pela Universidade de São Paulo (USP), Leandro Karnal. Ele é autor de publicações aclamadas pelo público e a crítica como: “Conversas com um jovem professor”; “Pecar e Perdoar”; “Detração – breve ensaio sobre o maldizer”; “Felicidade ou Morte”; “Verdades e Mentiras”; “Crer ou não Crer” e “Santos Fortes”. Karnal tem mais de um milhão de seguidores no Facebook e seus vídeos são populares na internet.

O evento contará com mais três palestras, apresentação de cases de sucesso da indústria e momentos de networking para estreitar relações entre profissionais e empresas na perspectiva de futuros negócios e parcerias. Com o tema “Como adotar a inovação através da gestão da mudança”, Luis Rasquila, que é CEO da Inova Consulting, da Inova Business School e da RWear, irá compartilhar sua experiência como autor e coautor de 18 livros técnicos sobre marketing, comunicação, futuro, tendências e inovação e como consultor internacional de 10 das 50 empresas mais inovadoras do mundo na Europa, África, Estados Unidos e América do Sul.

“Liderança inovadora para o desempenho máximo” será a abordagem da palestra do fundador e diretor há 18 anos do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Empresarial (IBDE), Othon Bastos. Professor, escritor e consultor empresarial nas áreas de marketing, motivação e desenvolvimento da excelência humana, ele tem expertise no desenvolvimento do potencial humano, na melhoria contínua do desempenho das pessoas e em dialogar sobre os desafios da revolução digital e das novas realidades do Brasil e do Mundo.

Com mais de 30 anos de experiência na área de Recursos Humanos e liderança, exercendo cargos de gestão, Edson Monteiro fará a palestra “Gestor do futuro, gestor de gente, transformando conhecimentos em resultados”. Consultor em Gestão de Pessoas e Liderança para a Fiepe tem especializações em Liderança pela Fundação Dom Cabral (MG) e em Foco do Cliente, através da Escola de Marketing Industrial de São Paulo, além de ser professor universitário, palestrante internacional e facilitador em Total Performance Management –TPM, pela IMC International Coaching por Valores pela Gestion MDS Management, Canadá.

As inscrições para participar do seminário “Gestão de Mudanças e Inovação” já estão abertas e podem ser feitas pelo site da Fiepe (www.fiepe.org.br), pelo e-mail: regional.agreste@fiepe.org.br ou pelos telefones (81) 3722.5667 e (81) 99123.7888. O investimento é de R$ 250, que pode ser dividido em até 3x sem juros nos cartões. A Fiepe dispõe de uma política de descontos: até 20% para indústrias associadas, sendo que a cada cinco inscrições realizadas com o mesmo CNPJ, a empresa pode optar por mais uma inscrição de cortesia ou 10% de desconto. Para estudantes e idosos, o desconto é de 15% (no caso dos estudantes, é necessária a apresentação de comprovante estudantil).

Curso de formação empreendedora é realizado no Sesc Ler Buíque

Entre os dias 1º de agosto e 17 de setembro, empreendedores terão a oportunidade de se capacitar e adquirir novos conhecimentos sobre gestão. É que será realizado o projeto Forme – Formação Empreendedora. As inscrições estão abertas e podem ser realizadas até o dia 30 deste mês ou até todas as vagas serem preenchidas. O curso é gratuito e será ministrado no Sesc Ler Buíque.

Estão sendo ofertadas 30 vagas e os interessados devem se inscrever no Sesc Ler Buíque, que fica na Rua Projetada, s/n, no bairro São José; na Associação Comercial de Buíque (ACB), que fica na Rua Coronel José Gomes Anjos, 42, no Centro; ou ainda na Secretaria de Juventude da cidade, que funciona na Rua Cícero Tenório de Barros, 64, no Centro. Para fazer a inscrição, é preciso levar os documentos pessoais, além de comprovante de residência.

O Forme tem o objetivo de qualificar microempreendedores formais e empreendedores informais, buscando, assim, desenvolver competências relacionadas às atitudes empreendedoras e ampliar as oportunidades de negócio. O curso é uma realização da Fecomércio e Sebrae e conta com a parceria do Sesc Ler Buíque, da Prefeitura Municipal e da Associação Comercial da cidade.

Sesc – O Serviço Social do Comércio (Sesc) foi criado em 1946. Em Pernambuco, iniciou suas atividades em 1947. Oferece para os funcionários do comércio de bens, serviços e turismo, bem como para o público geral, a preços módicos ou gratuitamente, atividades nas áreas de educação, saúde, cultura, recreação, esporte, turismo e assistência social. Atualmente, existem 19 unidades do Sesc do Litoral ao Sertão do estado, incluindo dois hotéis, em Garanhuns e Triunfo. Essas unidades dispõem de escolas, equipamentos culturais (como teatros e galerias de arte), restaurantes, academias, quadras poliesportivas, campos de futebol, entre outros espaços e projetos. Para conhecer cada unidade, os projetos ou acessar a programação do mês do Sesc em Pernambuco, basta acessar www.sescpe.org.br.

Festival Fartura terá representante pernambucano

Mapear a gastronomia brasileira com seus personagens, produtores, cozinheiros, chefs, receitas, produtos e ingredientes – e seu caminho da origem até a mesa. Este é o trabalho realizado pela Plataforma Fartura – Comidas do Brasil. E nos dias 4 e 5 de agosto, a terceira edição do Festival Fartura – Comidas do Brasil São Paulo, no Jockey Club, materializa todo este conteúdo para o público com mais de 75 atrações gastronômicas, sendo o único evento que reúne na cidade representantes de todos os estados brasileiros. Quem representa Pernambuco é o chef André Saburó, do Restaurante Quinta do Futuro, de Recife. No espaço Chefs e Restaurantes, ela vai preparar seu Ebi Korokke.

No Festival, os visitantes terão a oportunidade de experimentar pratos, participar de palestras, aulas teóricas e interativas, assistir às cozinhas ao vivo e levar produtos e ingredientes para casa. Além de curtir uma programação artística pensada especialmente para o evento. Entre as atrações desta edição, estão o pianista de blues Ari Borger, o grupo instrumental Duo Finlândia e a banda Charanga do França, liderada pelo saxofonista e compositor Thiago França, entre clássicos da música brasileira e do jazz e composições próprias.

Todas as atrações gastronômicas do evento foram pesquisadas por meio da Expedição Fartura – Comidas do Brasil, que já percorreu todos os Estados brasileiros, mais o Distrito Federal. Foram mais 70 mil quilômetros, visitando mais de 200 cidades e entrevistando mais de 500 personagens da culinária do país, coletando informações sobre chefs, produtores, produtos, ingredientes, mercados e receitas.

Neste ano, os Festivais acontecem do Sul ao Norte, em todas as regiões do Brasil. Já passou por Porto Alegre, em maio, e além de São Paulo acontecem em Tiradentes (de 24 de agosto a 2 de setembro), Belo Horizonte – nas versões tradicional (22 e 23 de setembro) e Kids (29 e 30 de setembro), Brasília (a informar), Fortaleza (10 e 11 de novembro), e Belém (26 e 27 de janeiro/19). A Plataforma Fartura também expandiu suas fronteiras e foi atrás de suas origens, em Portugal. No início de novembro, acontece a segunda edição do Festival Fartura – Comidas do Brasil em Lisboa.

A presença dos Festivais Fartura em todas as regiões, assim como a amplitude de suas pesquisas e o detalhamento dos conteúdos produzidos, consolidam o Fartura – Comidas do Brasil como a mais completa plataforma e fonte gastronômica do país. Confira os números e mais informações abaixo, após o serviço sobre o Festival em São Paulo.