Festa das Marocas terá GD, Bonde do Brasil e Samyra Show

A Prefeitura de Belo Jardim, por meio da Secretaria de Cultura, Turismo, Esporte e Eventos, lançou, nesta quarta-feira (4), a programação da 48ª edição da Festa das Marocas. O evento será realizado entre os dias 13 e 17 de julho e contará com uma vasta programação cultural, com shows e apresentações artísticas. Entre as atrações estão Gabriel Diniz, Bonde do Brasil e Samyra Show.

Para o secretário de Cultura, Turismo, Esporte e Eventos, Sílvio Romerio, a festa será um resgate da tradição. “Este ano, estendemos a área do evento, que incluirá a tradicional Avenida José Mendonça Bezerra e a Avenida Coronel Antônio Marinho. A tradição do evento é ser no centro e estamos preservando isso”, disse. A festa homenageará Dona Dora, conhecida pelo amor a Festa das Marocas.

A programação da festa começa às 5h30 da sexta-feira (13), com o tradicional café da manhã das Marocas, em frente à prefeitura. Às 16h, será a concentração, na Praça das Crianças, no Bairro Cohab I, para o desfile do Carro da Pitú. O trio elétrico irá percorrer as principais ruas da cidade. A partir das 21h30, shows com Henry Cássio e Samyra Show.

No sábado (14), haverá apresentação de quadrilhas, cirandas, bacamarteiros e trios pé de serra. No palco principal, a festa será comandada por Pegada Top e Forró Vumbora. A programação começa cedo no domingo (15). A partir das 20h, com Ary Queiroz, Jota Santos e Geraldinho Lins. Gabriel Diniz e Bonde do Brasil são as atrações da segunda-feira (16).

Para encerrar a programação, a tradicional levada do Carro da Pitu. Na volta, a animação fica por conta do trio e banda Asas da América.

Mãe de criança com alergia alimentar pede ajuda para tratamento da filha

Diario de Pernambuco

Correr contra o tempo é essa sensação que cerca a mãe da pequena Ana Lis desde que descobriu que a filha, que agora tem 1 ano e cinco meses, estava com alergia alimentar múltipla e deficiência no sistema imunológico. Desde então, Ana Carolina Rosendo tem pedido ajuda por meio de vaquinha online para custear o tratamento da menina. Ela precisa de R$ 50 mil até o dia 19 de julho, mas até o momento ela conseguiu arrecadar apenas R$ 6 mil.

Sem o apoio do pai da menina, que nem mesmo registrou a filha, Ana Carolina segue se desdobrando para tomar conta da criança e conseguir ajuda para o tratamento. Ana, que tem outro filho com 5 anos, esperava conseguir arrecadar uma quantia por fora da vaquinha por meio da ajuda de rifas, que ela espalharia pela cidade em que reside, Bom Conselho, interior do estado. O que ela não previu foi mais uma internação da filha, que está no Hospital Esperança há 16 dias, com pneumonia.

Chuchu, proteína, alface, ouro, látex e remédios podem causar alergia na bebê, que já causou muitos sustos na família. Um deles, relata a mãe, foi dentro do carro durante volta da capital pernambucana para a cidade onde mora. “Estavamos no meio da estrada, sem nenhum hospital próximo, quando ela começou a passar mal. Ela nem se quer tinha comido algo, para que eu pudesse saber ao que ela estava com alergia”, conta a mãe.

No início estava tão preocupada com o que minha filha comia que comecei a pedir ajuda por meio das redes sociais. A gente entrou na justiça pedindo auxílio para que o governo custeasse com a alimentação dela. A mãe da criança revelou que uma lata do leite, único alimento que ela consome, custa R$ 200 e a criança por só consumir o leite, utiliza 18 latas por mês.

“O dinheiro da vaquinha servirá para custear um tratamento em São Paulo, a expectativa é que ela consiga parar de ser tão sensível. “Às vezes não sabemos se ela tem alergia a determinada comida ou se o corpo dela está em estado alérgico de um alimento consumido anteriormente”, desabafa a mãe.

Contas para doação
Banco do Brasil
Conta Poupança nº 28.201-4, variação: 051, agência: 0278-X

Banco Bradesco
Conta Corrente nº 4008-8, agência: 6037

Santander
Conta corrente nº 010476673, agência:4060

Caixa Econômica
Conta Corrente: 22.136-9, agência: 3547

Mais informações:
87 99810-7825 / 87981607772

Lula divulga manifesto e garante que será candidato à Presidência

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a afirmar, nesta terça-feira (3), que será candidato à Presidência da República em 2018, no momento em que crescem os sinais de que o PT já prepara seu plano B, tendo o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Hadad, como candidato.

Em manifesto lido pela presidente do partido, a senadora Gleisi Hoffmann (PR), durante a reunião da Executiva Nacional do PT, em Brasília, Lula voltou a afirmar que foi condenado de forma injusta e sem provas e que vai se increver como candidato em 15 de agosto.

“Não cometi nenhum crime. Repito: não cometi nenhum crime. Por isso, até que apresentem pelo menos uma prova material que macule minha inocência, sou candidato a Presidente da República. Desafio meus acusadores a apresentar esta prova até o dia 15 de agosto deste ano, quando minha candidatura será registrada na Justiça Eleitoral”, afirma o petista no último parágrafo do texto (leia a íntegra a seguir).

No texto, Lula critica mais uma vez a Força Tarefa da Operação Lava-Jato, afirmando que não conseguiu provas contra ele, e volta sua artilharia também para o Supremo Tribunal Federal, criticando decisões recentes do ministro Edson Fachin que inviabilizaram o julgamento de um recurso pela Segunda Turma da Corte.

O manifesto, então, elenca uma série de outros questionamentos sobre a atuação da Justiça para concluir: “Se não querem que eu seja Presidente, a forma mais simples de o conseguir é ter a coragem de praticar a democracia e me derrotar nas urnas”.

Íntegra da carta de Lula divulgada nesta terça (3/7)
Meus amigos e minhas amigas,

Chegou a hora de todos os democratas comprometidos com a defesa do Estado Democrático de Direito repudiarem as manobras de que estou sendo vítima, de modo que prevaleça a Constituição e não os artifícios daqueles que a desrespeitam por medo das notícias da Televisão.

A única coisa que quero é que a Força Tarefa da Lava Jato, integrada pela Polícia Federal, pelo Ministério Público, pelo Moro e pelo TRF-4, mostrem à sociedade uma única prova material de que cometi algum crime. Não basta palavra de delator nem convicção de power point. Se houvesse imparcialidade e seriedade no meu julgamento, o processo não precisaria ter milhares de páginas, pois era só mostrar um documento que provasse que sou o proprietário do tal imóvel no Guarujá.

Com base em uma mentira publicada pelo jornal O Globo, atribuindo-me a propriedade de um apartamento em Guarujá, a Polícia Federal, reproduzindo a mentira, deu início a um inquérito; o Ministério Público, acolhendo a mesma mentira, fez a acusação e, finalmente, sempre com fundamento na mentira nunca provada, o Juiz Moro me condenou. O TRF-4, seguindo o mesmo enredo iniciado com a mentira, confirmou a condenação.

Tudo isso me leva a crer que já não há razões para acreditar que terei Justiça, pois o que vejo agora, no comportamento público de alguns ministros da Suprema Corte, é a mera reprodução do que se passou na primeira e na segunda instâncias.

Primeiro, o Ministro Fachin retirou da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal o julgamento do habeas corpus que poderia impedir minha prisão e o remeteu para o Plenário. Tal manobra evitou que a Segunda Turma, cujo posicionamento majoritário contra a prisão antes do trânsito em julgado já era de todos conhecido, concedesse o habeas corpus. Isso ficou demonstrado no julgamento do Plenário, em que quatro do cinco ministros da Segunda Turma votaram pela concessão da ordem.

Em seguida, na medida cautelar em que minha defesa postulou o efeito suspensivo ao recurso extraordinário, para me colocar em liberdade, o mesmo Ministro resolveu levar o processo diretamente para a Segunda Turma, tendo o julgamento sido pautado para o dia 26 de junho. A questão posta nesta cautelar nunca foi apreciada pelo Plenário ou pela Turma, pois o que nela se discute é se as razões do meu recurso são capazes de justificar a suspensão dos efeitos do acordão do TRF-4, para que eu responda ao processo em liberdade.

No entanto, no apagar das luzes da sexta-feira, 22 de junho, poucos minutos depois de ter sido publicada a decisão do TRF-4 que negou seguimento ao meu recurso (o que ocorreu às 19h05m), como se estivesse armada uma tocaia, a medida cautelar foi dada por prejudicada e o processo extinto, artifício que, mais uma vez, evitou que o meu caso fosse julgado pelo órgão judicial competente (decisão divulgada às 19h40m).

Minha defesa recorreu da decisão do TRF-4 e também da decisão que extinguiu o processo da cautelar. Contudo, surpreendentemente, mais uma vez o relator remeteu o julgamento deste recurso diretamente ao Plenário. Com mais esta manobra, foi subtraída, outra vez, a competência natural do órgão a que cabia o julgamento do meu caso. Como ficou demonstrado na sessão do dia 26 de junho, em que minha cautelar seria julgada, a Segunda Turma tem o firme entendimento de que é possível a concessão de efeito suspensivo a recurso extraordinário interposto em situação semelhante à do meu. As manobras atingiram seu objetivo: meu pedido de liberdade não foi julgado.

Cabe perguntar: por que o relator, num primeiro momento, remeteu o julgamento da cautelar diretamente para a Segunda Turma e, logo a seguir, enviou para o Plenário o julgamento do agravo regimental, que pela lei deve ser apreciado pelo mesmo colegiado competente para julgar o recurso?

As decisões monocráticas têm sido usadas para a escolha do colegiado que momentaneamente parece ser mais conveniente, como se houvesse algum compromisso com o resultado do julgamento. São concebidas como estratégia processual e não como instrumento de Justiça. Tal comportamento, além de me privar da garantia do Juiz natural, é concebível somente para acusadores e defensores, mas totalmente inapropriado para um magistrado, cuja função exige imparcialidade e distanciamento da arena política.
Não estou pedindo favor; estou exigindo respeito.

Ao longo da minha vida, e já conto 72 anos, acreditei e preguei que mais cedo ou mais tarde sempre prevalece a Justiça para pessoas vítimas da irresponsabilidade de falsas acusações. Com maior razão no meu caso, em que as falsas acusações são corroboradas apenas por delatores que confessaram ter roubado, que estão condenados a dezenas de anos de prisão e em desesperada busca do beneplácito das delações, por meio das quais obtêm a liberdade, a posse e conservação de parte do dinheiro roubado. Pessoas que seriam capazes de acusar a própria mãe para obter benefícios.

É dramática e cruel a dúvida entre continuar acreditando que possa haver Justiça e a recusa de participar de uma farsa.

Se não querem que eu seja Presidente, a forma mais simples de o conseguir é ter a coragem de praticar a democracia e me derrotar nas urnas.

Não cometi nenhum crime. Repito: não cometi nenhum crime. Por isso, até que apresentem pelo menos uma prova material que macule minha inocência, sou candidato a Presidente da República. Desafio meus acusadores a apresentar esta prova até o dia 15 de agosto deste ano, quando minha candidatura será registrada na Justiça Eleitoral.

Braga Netto anuncia que haverá transição na intervenção no Rio

Agência Brasil

O general Walter Braga Netto conhece bem o Brasil inteiro. Não morou apenas em São Paulo. Mineiro de Belo Horizonte, conta que é da época em que se torcia por mais de um clube no Brasil. Por isso, é Cruzeiro em Minas Gerais. Santos em São Paulo. E Botafogo no Rio de Janeiro. Cidade aliás que ele conhece muito bem. Convocado pelo governo federal para ser o interventor na segurança pública do estado do Rio, Braga Netto tem vasta experiência. À frente do Comando Militar do Leste, convive diretamente com o problema da violência urbana desde os Jogos Olímpícos de 2016, quando era o responsável pelo evento como representante do Exército.

Braga Netto atendeu à equipe da Agência Brasil após a cerimônia de entrega de um novo lote de 265 viaturas para a Polícia Militar (PM). Equipar e treinar os policiais do estado é um dos legados que o interventor pretende deixar para sociedade. Assim como um modelo de gestão que inclui a valorização do policial e das corregedorias. Ele é categórico ao dizer que a intervenção vai até 31 de dezembro, mas espera conversar com o futuro governador, caso este queira. “[A prorrogação é] completamente desnecessária. Se não, vocês vão ficar dependentes o resto da vida.”

Braga Netto garante ainda que o carioca e o fluminense irão ver “uma melhora palpável, cada vez mais, até o fim do ano”. Segundo ele, já há uma mudança de postura do policial. “O policial tem de respeitar a população e a população tem de ver a polícia como uma autoridade. Hoje em dia, a palavra autoridade perdeu muito o conteúdo. O pessoal confunde autoridade com autoritarismo”, diz. E completa: “O crime nunca vai acabar. O que vai acontecer é que este crime de ostentar fuzil nós vamos combater com firmeza.”

Agência Brasil: O senhor esperava encontrar uma crise dessa proporção no Rio de Janeiro?
General Walter Braga Netto: Eu fui o coordenador dos Jogos Olímpicos para o Exército. Participei de praticamente todas as operações no Rio de Janeiro. O que a gente via num crescente era a deterioração econômica do Rio. O que nós estamos fazendo na intervenção, neste primeiro momento, é uma melhoria gigantesca de gestão. Estamos conseguindo resultados, mas o recurso federal tem uma burocracia que tem de ser seguida, mesmo com dispensa de licitação. O TCU [Tribunal de Contas da União] me pautou normas que tenho de seguir. O recurso ainda não foi utilizado. O que foi dado inicialmente foi um choque de liderança e gestão que fez cair os índices. Quando começarem a chegar as aquisições, isso deve melhorar muito. A população brasileira é muito imediatista. Ela quer o resultado assim: começou a intervenção hoje e, no dia seguinte, caíram todos os índices de criminalidade. Isso é paulatino. O Instituto de Segurança Pública [ISP] vai lançar agora os índices de junho e você vai ver que eles caíram de novo.

Agência Brasil: Quais índices caíram?
Braga Netto: Roubo de carga, de veículo. O próprio roubo de rua caiu. Você tem várias maneiras de ver a estatística. Se você compara todo o período do ano passado com todo o período deste ano, há uma distorção, porque houve uma greve [da Polícia Civil] em janeiro, fevereiro e março. Então a Polícia Civil não fez diversos registros. Mesmo assim, os índices caíram.

Agência Brasil: O senhor falou da lentidão e da burocracia na liberação das verbas.
Braga Netto: Eu tenho de especificar cada verba. Já foi feita toda a burocracia de mais ou menos 40% do valor que a intervenção recebeu. Isso dá quase R$ 500 milhões. Boa parte em cima de coletes, uniformes, armamento, viatura, material para a polícia técnica. [Todo esse recurso] está praticamente pronto para ser liberado.

Agência Brasil: No início, o senhor anunciou que a intervenção seria dividida em três partes. Haveria um choque, depois treinamento e aparelhamento, e finalmente a mudança na estruturação das polícias. Em que fase estamos?
Braga Netto: O primeiro gabinete que eu montei era uma estrutura de um quartel. Por quê? Porque eu recebi uma ligação no dia 15 de fevereiro e a minha publicação saiu no final de fevereiro. O anúncio foi em fevereiro e a aprovação para eu poder trazer pessoal de fora, que não seja militar, foi só em junho. Você imagina o seguinte. Eu te digo que eu tenho uma vaga com um DAS 6 [direção e assessoramento superior no nível mais alto]. O senhor vem trabalhar comigo? Mas tem um probleminha, eu te falo isso em abril e digo que a estrutura não está aprovada. Como a estrutura não está aprovada, não passou pelo Congresso, você não vai receber agora nem vai receber retroativamente. Ou seja, você vai pensar umas dez vezes antes de vir. Por isso é que a estrutura básica é de militares e por isso só agora começamos a chamar pessoal da AGU [Advocacia-Geral da União], do TCU, do governo do estado. Eu não gerencio, mas acompanho as finanças do estado. Tenho de tomar muito cuidado para não gerar custos ao governo estadual. Porque em 31 de dezembro acaba a intervenção.

Agência Brasil: O senhor vai conseguir cumprir o prazo? O Congresso já aprovou a prorrogação desses cargos comissionados até junho de 2019.
Braga Netto: Esses são os cargos basicamente técnicos que vão fazer a gestão. A intervenção acaba. O que fica depois de 31 [de dezembro] é o pessoal que vai fazer a transição e o legado. Eu já estou treinando esse pessoal. Quando nós sairmos, eles vão continuar a transição. Como eu falei, não há necessidade de permanecer a intervenção. Nós estamos deixando esse planejamento pronto. Há necessidade de mantê-lo e não deixar depois a segurança pública ser contaminada novamente por indicações políticas. Segurança pública tem de ser técnica, tem de ser por meritocracia.

Agência Brasil: O que o senhor está fazendo é uma estrutura para ser continuada?
Braga Netto: Exatamente. Estou ensinando a eles. Nosso pessoal está ensinando a eles. Aqui no Rio, o pessoal tinha perdido o hábito de planejar e de cumprir o rito administrativo. As compras eram muito por oportunidade. E não é assim. O pedido tem de ser feito dentro de uma logística. Os pedidos eram muito regionalizados. Não se pensava no estado do Rio de Janeiro como um todo.

Agência Brasil: O senhor teve dificuldades?
Braga Netto: A gente teve uma fase de adaptação. Não tivemos problemas operacionais. Também não me meti a ensinar para eles [policiais militares e civis] a fazer operação. Eles sabem fazer isto muito bem. Até melhor do que a gente. O que nós mostramos para eles é que havia necessidade de se fazer uma sequência logística. E pensar na vida útil dos materiais. Vou te dar um exemplo. O cara me pede 4 mil viaturas. Eu vou lá e compro. O que vai acontecer? Elas vão ficar velhas ao mesmo tempo. Eu vou precisar comprar mais 4 mil viaturas. Mas se eu tiver uma diagonal logística, eu vou lá e compro 2 mil este ano, 2 mil daqui a dois anos. E uso esse material para manutenção. Daqui a dois anos, ele vai ter 2 mil novas e 2 mil antigas em condição de uso. O que acontecia aqui é que ia rodando, rodando, até acabar.

Agência Brasil: Como é esta reestruturação das policias de que o senhor fala?
Braga Netto: Vou te dar o exemplo da UPP [Unidade de Polícia Pacificadora] da Mangueirinha. O pessoal dizia assim: quando acabar a UPP, vai ficar abandonado. A UPP da Mangueirinha acabou, os quatro batalhões da área foram beneficiados porque receberam o pessoal da Mangueirinha. E Mangueirinha continuou sem nenhum problema. Ninguém vai abandonar nada. O que nós estamos fazendo é um estudo e uma distribuição mais adequada.

Agência Brasil: Quanto tempo demora esta reestruturação?
Braga Netto: Isto vai ter de continuar. Eu vou dar início. Não fui eu quem planejou isto não. A própria PM já tinha planejado. A PM não teve oportunidade de implementar. Nós demos uma ajustada no planejamento.

Agência Brasil: Tem muita gente que pede a prorrogação da intervenção.
Braga Netto: Completamente desnecessária. Se não, vocês vão ficar dependentes o resto da vida. Não vai sair nunca. A qualidade do policial civil e do policial militar é muito boa. Tem gente que dá problema? Tem, como em qualquer instituição. Ela precisa ser valorizada e o chefe tem de ter liderança sobre a sua tropa.

Agência Brasil: O seu planejamento prevê tirar esta banda que dá problema?
Braga Netto: As corregedorias estão funcionando. Não só da Polícia Civil, como da Militar. Em todos os níveis. O pessoal acha que a corregedoria vai atacar só o nível mais baixo. A corregedoria está atuando em [casos de] oficiais, praça, delegado, agente. Já tem vários casos. Fortalecemos a corregedoria não só da polícia como da Seap [Secretaria de Administração Penitenciária].

Agência Brasil: E quando o senhor acha que acaba?
Braga Netto: Não tem data. Se não houver uma fiscalização constante, você sempre corre o risco de alguém se desvirtuar. Seja policial, das Forças Armadas, político, qualquer poder. Meu pai dizia o seguinte: a oportunidade não faz o ladrão, revela. Então você sempre tem de ter uma fiscalização. Nós vamos mostrar que ela está funcionando e se fortalecendo. E a nossa intenção é prover meios que facilitem o gerenciamento destes problemas. Estamos falando de tecnologia para deixar como um legado.

Agência Brasil: De que tipo?
Braga Netto: Transformar o Centro Integrado de Comando e Controle [CICC] numa central que concentra todo o tipo de informação. Você vai olhar a localização de todas as viaturas que estão andando. Vai facilitar a gestão e o controle. O comandante vai ter ciência de quantas vezes a unidade dele foi acionada pelo Disque-Denúncia. Se recebeu 19 acionamentos, mas só respondeu a três. Por quê? Só que ele vai ter acesso a essa informação, como o secretário vai ter acesso e a corregedoria também. A fiscalização é que faz a pessoa funcionar.

Agência Brasil: Neste período da intervenção, aconteceram duas situações críticas: o assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes e a operação no Complexo da Maré que resultou na morte do estudante Marcos Vinicius.
Braga Netto: Quem fala sobre a Marielle é só a Homicídios. E não fala nada. Está correndo em segredo de Justiça. Temos equipes dedicadas exclusivamente ao caso. O pessoal está investigando para fazer uma aquisição de provas bem sólida. Não adianto nada do caso porque nem eu pergunto. Nem eu pressiono. Só pergunto ao secretário se está andando e ele fala que está andando muito bem. Quanto ao caso da Maré, foi aberta investigação por parte da Secretaria [de Segurança] para poder acertar os procedimentos do uso de helicóptero, na questão do horário de escola, utilização de armamento letal e menos letal. Estão ajustando os protocolos.

Agência Brasil: O Rio de Janeiro é uma vitrine, e a segurança é um problema do Brasil inteiro, em todas as esferas. A intervenção no Rio vai ajudar ou prejudicar nas eleições?
Braga Netto: A eleição não tem nada a ver com a intervenção. O que pode acontecer é que o modelo que estamos usando, de planejamento de gestão, seja adotado em outros estados. Não há necessidade de intervenção, mas um modelo de gestão que tenha de ser adaptado a cada região do país. Eu já rodei o país inteiro. Cada região tem um tipo de procedimento. São “países” diferentes. Aqui tem milícias, não é uma só, e diferentes facções. Em São Paulo tem uma facção só. Em cada estado, a abordagem da questão de segurança é diferente.

Agência Brasil: Quando é que o morador do Rio de Janeiro vai se sentir totalmente seguro?
Braga Netto: Eu não posso dizer para você quando vai se sentir, mas eu garanto que ele vai ver uma melhora palpável, cada vez mais, até o fim do ano. Você já vê pela própria postura do policial militar. Você já vê mais viaturas. O policial tem de respeitar a população, e a população tem de ver a polícia como uma autoridade. Hoje em dia, a palavra autoridade perdeu muito o conteúdo. O pessoal confunde autoridade com autoritarismo. O crime nunca vai acabar. O que vai acontecer é que este crime de ostentar fuzil nós vamos combater com firmeza.

Agência Brasil: Quantas pessoas vão ficar no grupo de legado para fazer a transição em 2019?
Braga Netto: Autorizados são 60 e poucos, mas eu tenho 45. Não vão ficar todos. Deve ficar um terço ou menos. Depois de junho nós saímos. Este prazo de junho não significa que eles sairão em 30 de junho. Pode chegar em abril e a gente concluir que terminou.

Agência Brasil: Muda alguma coisa depois de 31 de outubro?
Braga Netto: Em 31 de outubro, eu vou procurar o novo governador e apresentar para ele o que está sendo feito. Caberá a ele decidir tocar. Mas para mim o que vale é o decreto presidencial.

Forças Armadas cumprem mandados judiciais no Rio

As Forças Armadas fazem hoje (4) uma operação nas comunidades do Bateau Mouche e Barão, na região da Praça Seca, em Jacarepaguá. Os militares cumprem, nas favelas da zona oeste, mandado judicial decretado pela Justiça Militar da União.

Ainda não há informações sobre o mandado da 4ª Auditoria da 1ª Circunscrição Judiciária Militar. As informações foram divulgadas pelo Comando Conjunto da segurança no Rio de Janeiro.

Saques do PIS/Pasep serão retomados em agosto

Cotistas do PIS/Pasep que não fizeram o saque deste ano até junho poderão acessar o recurso a partir do dia 14 de agosto, quando começa a segunda etapa do cronograma de liberações. Os valores serão repassados de forma corrigida. A informação foi divulgada ontem (3) pelo Ministério do Planejamento.

Na segunda etapa, a partir de agosto, empregados de quaisquer idades poderão solicitar suas cotas. A suspensão durante o mês de julho será utilizada para o cálculo do rendimento do exercício 2017-2018. No ano passado, o rendimento foi de 8,9%.

As cotas são retiradas anuais de recursos depositados em contas de trabalhadores entre 1971 e 1988, quando ficaram inativas em razão da Constituição Federal. Até 2017, o saque era permitido para pessoas com mais de 70 anos, em caso de aposentadoria e em outras situações específicas. A partir do ano passado, o governo federal flexibilizou o acesso para pessoas de todas as idades.

Na primeira etapa do cronograma, encerrada no dia 29 de junho, 1,1 milhão de trabalhadores fizeram o saque, retirando uma soma de R$ 1,5 bilhão. Os valores foram disponibilizados apenas para empregados com idade acima de 57 anos.

Na segunda etapa, serão disponibilizadas, inicialmentem, as cotas dos correntistas da Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil. O crédito em conta será efetuado automaticamente no dia 8 de agosto. A partir do dia 14, correntistas de quaisquer bancos poderão reivindicar o recurso. O prazo ficará aberto até 29 de setembro.

HR tem aumento de 37% no atendimento a queimados no período junino

Folhape

Entre o dia 15 de junho e a manhã da última segunda-feira (2), 76 pessoas foram atendidas – entre crianças e adultos, no Setor de Queimados do Hospital da Restauração, localizado no bairro do Derby, na área central do Recife, em decorrência de queimaduras dos fogos e fogueiras do período junino. Deste total, 30 pessoas precisaram ficar internadas e 16 ainda permanecem na unidade de saúde – sendo 10 crianças, uma mulher e cinco homens.

O balanço, divulgado pela unidade na terça-feira (3), mostra que, em comparação com 2017, o número de atendimentos cresceu 37% e de internamentos, 33%. No ano passado, 55 pessoas foram atendidas e 20 delas precisaram ficar internadas – sendo 9 adultos e 11 crianças. A cada 10 atendimentos, 4 resultaram em internação.

O comerciante Valdir Expedito, de 59 anos, é um destes pacientes. Ele se preparava para acender uma fogueira na véspera de São Pedro, na casa da família, no Janga, em Paulista, quando acabou se queimando ao misturar álcool e fogo. “Eu sei que eu tiro disso uma coisa boa e uma ruim. A boa é que agora eu vou servir de exemplo para outras pessoas não se arriscarem e acabarem se queimando que nem eu. A ruim, é que nesse acidente, eu queimei minha camisa do Santa Cruz”, lamenta.

O médico Marcos Barretto, chefe do Setor de Queimados do Hospital da Restauração, classificou, pela gravidade das lesões, o período junino deste ano mais grave do que em 2017. “Ainda temos casos de homens que perderam dedos, tiveram lesões que envolvem a ortopedia e a parte vascular. Isso é ainda mais grave que a queimadura porque envolve especialidades e um maior cuidado”, explica.

As queimaduras em crianças também chamaram atenção da equipe médica. Casos como o de Wesley do Vale, de 8 anos, que pegou uma bombinha apagada que o avô havia soltado e que terminou explodindo em sua mão, em Lagoa de Itaenga; da pequena Júlia, 2 anos, que acabou caindo na fogueira da casa vizinha, em São Caetano; e do Thauann Fred, de 9 anos, que estava brincando com o primo quando um punhado de pólvora explodiu em seu rosto, em Caruaru; chamam a atenção para o cuidado com os pequenos que deve ser sempre redobrado.

Copa do Mundo
As queimaduras também podem ter ligação com a Copa do Mundo da Rússia e as comemorações pelas vitórias e classificação do Brasil na competição. “Ontem tivemos duas crianças que pegaram uma bomba que já estava sem pavio mas acabou explodindo. A menina teve queimaduras na mão e nos joelhos, o menino, apenas nos joelhos”, completou Marcos Barretto. Em 2014, durante a toda a Copa do Mundo do Brasil, 57 pessoas foram atendidas na unidade – sendo 19 desses casos, necessários de internação.

É dada a largada à Fenearte, no Centro de Convenções

Folhape

A 19ª edição da Feira Nacional de Negócios do Artesanato (Fenearte) abre hoje e seguirá até o próximo dia 15, no Centro de Convenções de Olinda. Evento aguardado por todos que gostam de arte e cultura, neste ano a Fenearte conta com doze dias de duração (um a mais que as edições anteriores) e vai expor materiais de mais de cinco mil participantes, em 800 estandes de todos os estados brasileiros e também de outros 22 países. A previsão é de que seram gerados mais de R$ 43 milhões em negócios.

“A feira está linda, recheada de várias linguagens e produtos de gastronomia, arte, dança e música”, adianta Thiago Angelus. Entre as novidades que vão estar expostas na Fenearte, quatro novos países vão trazer produtos para a feira: Itália, Egito, Polinésia Francesa e Países Baixos.

Além de peças feitas por artesãos de Pernambuco e de outros estados, haverá o Salão de Arte Popular Ana Holanda e a Alameda dos Mestres Janete Costa (reunindo 64 artistas pernambucanos que simbolizam a resistência de nossa identidade), com palestra dos mestres convidados Juão de Fibra (GO), que faz objetos trançados com caoim colonião, e Lupércio dos Anjos (MT), que cria e pinta lamparinas artesanais.

Entre as atrações musicais, que se apresentam diariamente, à tarde e à noite, pode-se destacar a abertura com o Maracatu Piaba de Ouro (comandado pela família Salustiano) e as apresentações do mestre Galo Preto, Maracatu Porto Rico e Afoxé Alafin Oyó, entre outros. Para as crianças também haverá opções, como o Baú da Camilinha e as histórias africanas Luanda Ruanda.

Colocada no viaduto do Pina, uma estátua imensa de Mestre Salustiano, que está sendo homenageado pela feira, convoca os recifenses e os turistas que circulam pela Zona Sul a comparecerem ao evento, que este ano traz muitas novidades, a começar pela maior facilidade de acesso (uma queixa recorrente em outras edições).

Segundo o coordenador da Fenearte, Thiago Angelus, desta vez os ingressos podem também ser comprados pela internet através do site www.ticketfolia.com, otimizando um tempo que era perdido na fila das bilheterias. A entrada da feira agora está mais larga e o tráfego nos corredores, melhor organizado.

O translado para quem quiser vir de ônibus foi modificado: haverá um serviço de microônibus gratuitos, saindo a cada 15 minutos dos Shoppings Tacaruna e RioMar diretamente para o Centro de Convenções. O pagamento do estacionamento nos shoppings não será progressivo, e o ponto final dos microônibus está localizado bem próximo às bilheterias.

Quem, ainda assim, preferir ir de carro, poderá contar com um estacionamento de 3,5 mil vagas, a um custo fixo de R$ 7,50 (válido das 7h às 0h). Para mais comodidade, a dica é baixar o aplicativo desenvolvido por alunos da rede pública de Pernambuco: ele inclui a localização dos expositores, programação e orientação sobre translado, mapas e palestras, além de possibilitar a compra online de ingressos. O aplicativo já está disponível para download para aparelhos Android, iOS e Windows Phone no endereço m.app.vc/fenearte.

Opções gastronômicas
Foi construído um mezanino especial, com diversas opções gastronômicas, inclusive mostra de cervejas artesanais pernambucanas. Haverá transmissão ao vivo dos jogos da Copa, e o consagrado Bar de Seu Luna vai vender pratos típicos regionais (entre os quais, seu famoso chambaril).

Uma ampla estrutura de alimentação será montada, com 12 restaurantes distribuídos em uma área de 2.418m², além de estandes, quiosques, foodbikes e foodtrucks comercializando guloseimas (Acarajé da Bahia, China in Box, Burgogui Coreano, Casa da Macaxeira, República dos Pastéis, Rei das Coxinhas de Gravatá, MyBurguer, Manthara, Plim Pizzas e Massas, Casa do Pará, Massa Delas Cone Pizza e Bar da Fava). Na Passarela Fenearte, estudantes de moda e criadores locais vão exibir seus trabalhos para o público, com desfiles às 18h e 19h.

Serviço:
19ª Fenearte
Quando: De 4 a 15 de julho, das 14h às 22h (segunda a sexta-feira); 10h às 22h (sábado e domingo)
Onde: Centro de Convenções de Pernambuco
Quanto: : R$ 10 e R$ 5 (meia-entrada) – Segunda a sexta
R$ 12 e R$ 6 (meia-entrada) – Sábado e domingo
Pontos de venda de ingressos: shoppings Tacaruna, RioMar, Boa Vista, Recife, Guararapes; Centro de Artesanato de PE e bilheterias do evento
Venda online: www.ticketfolia.com

Preso suspeito de estuprar jovens em banheiro de bar no Agreste

Folhape

A Polícia Civil de Pernambuco prendeu o suspeito de estuprar duas mulheres no banheiro de um bar e restaurante em Belo Jardim, no Agreste de Pernambuco. O crime aconteceu no dia 5 de maio deste ano. Imagens de José Natalino da Silva, de 33 anos, foram divulgadas pela polícia no dia 9 de maio.

O suspeito é foragido e chegou a ser preso em 2003 no Centro de Ressocialização do Agreste, acusado de estupro e atentado violento ao pudor. Ele também responde por homicídio e roubo em São Paulo.

As informações sobre a prisão do criminoso serão divulgadas durante coletiva de imprensa nesta quarta (4) no auditório da Diretoria Integrada do Interior 1 (Dinter 1), na BR-104, em Caruaru.

Relembre o caso
Segundo a polícia, por volta da 1h30 do dia 5 de maio, as duas jovens foram ao banheiro feminino do bar, onde, em seguida, José Natalino entrou armado com um facão.

Imagens de câmeras de segurança do estabelecimento mostram o suspeito nas portas que dão acesso ao banheiro feminino e masculino antes do crime, vestido com um casaco preto. O suspeito foi reconhecido pelas vítimas e qualificado pela equipe da Delegacia de Belo Jardim, chefiada pelo delegado João Carlos Azevedo.

Raquel Lyra sanciona leis dos Conselhos Municipais de Juventude e de Igualdade Étnico-Racial

Nesta quarta-feira (04), a prefeita de Caruaru, Raquel Lyra irá sancionar as leis que instituem no município os Conselho Municipais de Juventude e de Igualdade Étnico-Racial, aprovadas na Câmara de Vereadores. A solenidade acontecerá na Sala de Monitoramento da Prefeitura de Caruaru, às 12h, e além de contar com a presença da prefeita, contará também com o secretário de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos do município, Fernando Silva, e demais secretários municipais.

Serviço:

Sanção das Leis que instituem os Conselhos Municipais de Juventude e de Igualdade Étnico-Racial.

Data: 04.0718 (quarta-feira)

Hora: 12h

Local: Sala de Monitoramento da Prefeitura de Caruaru (Gabinete)

Endereço: Praça Pedro de Souza, nº 30, Centro.