Poesia em destaque no Caruaru Shopping até final do mês

O Caruaru Shopping está sediando, desde o dia 17 de maio, a exposição Amor por Caruaru, bem como o evento ‘Poemas de Caruaru’, que ocorreu no dia 18, em homenagem ao aniversário da Capital do Agreste, que completou 161 anos na última sexta-feira. 

A exposição, que reúne peças de vários artistas da cidade (ceramistas, cordelistas, entre outros), acontece na galeria que fica no corredor do hipermercado. A mostra é aberta ao público.

No dia 18, em homenagem ao aniversário de Caruaru foi  realizada uma tarde de declamações de poesias e cordéis. “Na ocasião, contamos com a presença de Raudenio Lima e de vários integrantes da Academia Caruaruense de Literatura de Cordel”, recordou Walace Carvalho, gerente de Marketing do centro de compras e convivência.

O Caruaru Shopping tem mais de 200 operações e é considerado o maior centro de compras, lazer e convivência do Interior do Norte e Nordeste. Oferece ainda 3.300 vagas de estacionamento, além de uma oferta completa de serviços, para atender o cliente com maior comodidade.
O Caruaru Shopping fica localizado na Avenida Adjar da Silva Casé, 800, no Bairro Indianópolis.

Lula prepara pré-candidatura à Presidência da República para o dia 27

Preso na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba desde 7 de abril, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pretende lançar sua pré-candidatura no próximo domingo (27). A informação é do deputado federal Wadih Damous (PT-RJ) que visitou Lula nesta segunda-feira (21), na capital paranaense.

Brasília - Para o deputado Wadih Damous, a reconhecida habilidade do ex-presidente Lula de dialogar e formar consensos vai ajudar o governo a superar as inúmeras dificuldades com a base aliada, especialmente com o PMDB  (Antonio Cruz
O deputado Wadih Damous visitou o ex-presidente Lula na sede da PF em Curitiba (Arquivo/Agência Brasil

 

“O [ex-] presidente Lula está bem, de excelente humor, bem agasalhado e fazendo exercícios”, afirmou Damous após a primeira visita ao ex-presidente. “Mas está indignado com a situação de injustiça que perdura contra ele há mais de 40 dias. Ele quer ver sua inocência provada.”

Damous disse ainda que o PT prepara ações em cerca de 3 mil cidades nas quais o partido está organizado para fazer o lançamento da pré-candidatura de Lula. “Não importa que cada ato tenha 500 pessoas. O que importa é o somatório. O importante é deixar claro que o presidente Lula é o nosso candidato”, disse o deputado.

Ex-presidente da Seccional da Ordem dos Advogados dp Brasil (OAB) no Rio de Janeiro, Damous acrescentou que Lula pode ser candidato à Presidência da República, mesmo detido na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba. “O [ex-] presidente reafirma sua vontade de ser candidato à Presidência da República.”

Lula foi condenado a 12 anos e um mês de prisão pelos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção.

Ele respondeu à acusação de ter obtido vantagens indevidas provenientes de um esquema de corrupção envolvendo três contratos entre a empreiteira OAS e a Petrobras. A vantagem seria um apartamento tríplex em Guarujá (SP).

Poupadores que perderam com planos econômicos já podem se cadastrar

Já está no ar a página na internet que receberá os pedidos de habilitação dos poupadores que tiveram perdas financeiras com planos econômicos das décadas de 80 e 90. Caberá aos próprios poupadores ou seus representantes legais (advogados, defensores públicos ou herdeiros) fazer o cadastro no site e incluir as informações sobre o processo, que serão remetidas às instituições financeiras responsáveis pelos pagamentos. Os dados serão conferidos e validados e a instituição financeira poderá confirmar as informações, devolver ou negar o pagamento. Em caso de negativa, o interessado poderá requerer uma nova análise.

A plataforma, disponibilizada pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), será lançada nesta terça-feira (22), às 9h30, em cerimônia no Palácio do Planalto com a participação do presidente da República Michel Temer.

O acordo com os poupadores foi homologado em março pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e prevê a compensação das perdas dos poupadores com os planos econômicos Bresser (1987), Verão (1989) e Collor 2 (1991).

Negociado entre o Instituto de Defesa do Consumidor (Idec), a Frente Brasileira dos Poupadores (Febrapo) e a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) há mais de duas décadas, o acordo foi mediado pela Advocacia Geral da União (AGU) e teve supervisão do Banco Central (BC). A estimativa é de que os valores devidos somem cerca de R$ 12 bilhões, que deverão se pagos em até 24 meses.

Ao final do processamento de cada pedido na plataforma, umas lista dos poupadores deverá ser divulgada. A adesão ao acordo é voluntária e quem optar por essa alternativa terá sua ação extinta na Justiça. Cerca de um milhão de ações judiciais poderão ser extintas a partir desse acordo e, segundo o Idec, aproximadamente 3 milhões de pessoas poderão ser beneficiadas.

Terão direito ao pagamento das perdas os poupadores com ações na Justiça e também seus herdeiros. Os poupadores que tenham até R$ 5 mil a receber terão o valor creditado à vista na conta bancária. Já os que tem saldo entre R$ 5 mil e R$ 10 mil, receberão em três parcelas, sendo uma à vista e duas semestrais. A partir de R$ 10 mil, o pagamento será feito em uma parcela à vista e quatro semestrais. A correção para os pagamentos semestrais será feita pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

O acordo também prevê descontos para poupadores que receberão quantia superior a R$ 5 mil. O deságio varia conforme o saldo e começa em 8% para aqueles que receberão entre R$ 5 mil e R$ 10 mil; 14% para os que receberão na faixa de R$ 10 mil a R$ 20 mil; e 19%  para investidores que têm direito a receber mais de R$ 20 mil.

Partidos políticos devem fazer convenções de 20 de julho a 5 de agosto

Em dois meses, partidos políticos poderão começar a realizar convenções para escolher oficialmente candidatos a presidente e vice-presidente da República, governador e vice-governador, senador e respectivos suplentes, deputado federal, deputado estadual ou distrital. De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), essas convenções devem ocorrer entre 20 de julho e 5 de agosto.

Depois, segundo o calendário eleitoral de 2018, eles têm até as 19h do dia 15 de agosto para apresentar ao TSE o requerimento de registro de candidatos a todos os cargos pleiteados. No dia 16 de agosto, ficará permitida a propaganda eleitoral.

Até lá, a partir do momento em que houver a deliberação da chapa na convenção e o registro dela, fica permitida a formalização de contratos que gerem despesas e gastos com a instalação física e virtual de comitês. O pagamento efetivo, contudo, só poderá ocorrer após a obtenção de registro de CNPJ do candidato e a abertura de conta bancária específica para a movimentação financeira de campanha e emissão de recibos eleitorais.

eleições votação

 

 Pré-campanha
Antes da oficialização, há a possibilidade de efetivação da chamada pré-campanha. Essa etapa passou a ser legalizada pela minirreforma eleitoral de 2015, que reduziu o tempo oficial de campanha de 90 para 45 dias. A minirreforma introduziu, na Lei Geral das Eleições (Lei 9.504/97) a figura do pré-candidato, ao qual é permitido expor posições políticas e a menção à pretensa candidatura, mas não pedir votos.
O secretário judiciário do TSE, Fernando Maciel de Alencastro, explica que “está contemplada a divulgação de posicionamento pessoal sobre questões políticas, inclusive nas redes sociais”. A pré-campanha começou a valer nas eleições municipais em 2016, mas está mais difundida nesta, inclusive pela possibilidade de pré-candidatos arrecadarem recursos por meio de sites cadastrados pelo TSE.

A orientação geral para o período é de que nesta fase devem ser evitados gastos de campanhas. “Não se vê, nesse período da pré-campanha, previsão de prestação de contas. Se presume que não haverá gastos substanciais pelo menos”, explica Alencastro.

Limite de gastos

O dia 20 de julho é também o último dia para a Justiça Eleitoral divulgar os limites de gastos para cada cargo eletivo em disputa. Antes, no 31 de maio, o TSE divulgará, na internet, o quantitativo de eleitores por município, dado essencial para o cálculo do limite de gastos e do número de contratações diretas ou terceirizadas de pessoal para prestação de serviços referentes às atividades de militância e mobilização de rua nas campanhas eleitorais. Já no dia18 de junho será divulgado o montante de recursos disponíveis no Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC).

Desabrigados de edifício que caiu passam segunda noite de frio na rua

Dezenas de famílias acampadas em barracas no Largo do Paissandu estão enfrentando nesta segunda-feira (21) a segunda noite de frio intenso no centro da capital paulista. Parte delas é de ex-moradores do edifício Wilton Paes de Almeida, que desabou no último dia 1º em razão de um incêndio.

Na última madrugada, São Paulo registrou a menor temperatura do ano, com termômetros marcando, em média, 8 graus Celsius (°C). Às 21 horas de hoje, a região central da cidade estava com 14ºC. Segundo o Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas (CGE) da prefeitura, a cidade deverá registrar, em média, na próxima madrugada, 9ºC.

“Está sendo muito difícil para nós. Choveu e molhou todas as nossas roupas. Está tudo em cima das barracas. O meu colchão não presta mais, estou dormindo em cima de um lençol. Estamos aqui há 21 dias. Hoje ganhei essa coberta aqui, já que a minha se foi, por causa da chuva, e não presta mais”, disse Leofábia Rodrigues da Silva, de 35 anos, que está acampada no largo com seus dois filhos, uma menina de dez anos e um menino de 16.

Leofábia, que trabalha como auxiliar de limpeza em um cinema próximo, afirma que era moradora do edifício que desabou, e que não está recebendo o auxílio aluguel. “Se estivessem pagando auxílio, todo mundo já teria saído daqui”. Ela ressalta que não pretende ir para os albergues da prefeitura porque não se considera moradora de rua. “Albergue ficou para morador de rua. Nós somos trabalhadores, nós queremos nossa moradia digna”. De acordo com ela, há 108 famílias acampadas na praça, com cerca de 60 crianças.

Adriana Santos Silva, de 38, também permanece acampada em uma barraca no largo com seus seis filhos. Ela disse não sentir segurança em levar as crianças para um albergue em razão de não ter conhecimento sobre o comportamento dos demais moradores de rua que o frequentam.

“O frio está demais, está dando para segurar, mas a chuva molhou as coisas. Eu tenho seis crianças, como que eu vou para o abrigo com elas? Albergue aceita qualquer coisa, e se tiver um pedófilo lá? As pessoas brigam lá dentro, nem os funcionários seguram. Já não basta o transtorno que meus filhos estão passando aqui?”.

São Paulo - Desabrigados do prédio que desabou após incêndio acampam em frente a Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, no Largo do Paissandu, região central.
Desabrigados do prédio que desabou após incêndio acampam no Largo do Paissandu (Rovena Rosa/Agência Brasil)

Adriana afirma também não receber o auxílio aluguel, apesar de ter sido moradora do edifício desabado. “A única coisa que a gente queria é que a prefeitura [responsável pela listagem das pessoas que podem receber o auxílio aluguel] nos visse e nos desse auxílio aluguel para a gente esvaziar a praça. Ninguém está aqui porque gosta”. O auxílio aluguel está sendo pago a parte das famílias, de acordo com a Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU), do estado.

A Defensoria Pública de São Paulo e a Defensoria Pública da União ingressaram na tarde de hoje com uma ação civil pública pedindo atendimento emergencial às famílias que viviam no prédio que desabou. A ação, proposta na Justiça Federal de São Paulo, pede liminarmente, que União, estado e município forneçam um imóvel adequado para abrigar todas as famílias.

No pedido, são sugeridos três edifícios – imóveis vazios, próximos ao incidente e próprios para uso habitacional. É solicitado ainda o pagamento do auxílio aluguel por prazo indeterminado, que deverá ser reajustado anualmente, até a entrega de atendimento habitacional definitivo.

Além disso, a ação solicita também que, até o fornecimento da habitação, seja oferecida “uma estrutura digna de abrigamento” às vítimas que estão instaladas no Largo Paissandu, como tenda para proteção, local para armazenamento de doações recebidas e segurança dos ocupantes, local para a realização de alimentação e higiene pessoal, com disponibilização de banheiros químicos.

Temer autoriza uso das Forças Armadas nas eleições de outubro

O presidente Michel Temer autorizou o uso das Forças Armadas para os dias de votação e apuração das eleições deste ano. Ele assinou nesta segunda-feira (21) um decreto que será publicado nesta terça-feira (22) no Diário Oficial. O efetivo uso das Forças Armadas, no entanto, dependerá de solicitação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

“Fica autorizado o emprego das Forças Armadas para a garantia da votação e da apuração das eleições de 2018. […] As localidades e o período de emprego das Forças Armadas serão definidos conforme os termos de requisição do Tribunal Superior Eleitoral”, diz o decreto.

Os eleitores irão às urnas no dia 7 de outubro, para votar em candidatos a deputado estadual/distrital, deputado federal, senador, governador e presidente da República. Em caso de candidatos a governador ou a presidente irem ao segundo turno, os eleitores votam novamente no dia 28 de outubro.

Dólar fecha em queda de 1,35% após seis altas seguidas

O dólar comercial encerrou o pregão desta segunda-feira (21) em queda de 1,35%, cotado a R$ 3,689. O resultado ocorre após seis altas consecutivas da moeda norte-americana frente ao real. Ao longo da semana passada, o dólar se valorizou 3,85% e chegou a valer mais de R$ 3,74 na sexta-feira (18).

O dólar turismo, usado para quem vai fazer uma viagem internacional, estava sendo vendido a R$ 3,83 nas casas de câmbio de São Paulo, no fim da tarde, já incluídas as taxas de impostos. Na versão cartão pré-pago, incluindo taxas, a moeda norte-americana estava sendo cotada a R$ 4,03.

O mercado de câmbio reagiu à nova intervenção do Banco Central (BC), que reforçou na manhã de hoje a oferta de swap cambial, equivalente à venda de dólares no mercado futuro, por meio do leilão de 15 mil novos contratos e a renovação (rolagem) dos contatos que vencem no dia 1º de junho. Com a medida, o governo conseguiu manter a aplicação em moeda norte-americana no país, reduzindo seu valor frente ao real.

dólares

 

Caminhoneiros fecham estradas e fazem protestos na maior parte do país

A paralisação nacional de caminhoneiros deflagrada nesta segunda-feira (21) teve adesão da categoria em boa parte dos estados. Segundo balanço da Associação Brasileira de Caminhoneiros (ABCam), houve participação em 17 unidades da federação. Foram realizadas manifestações diversas, desde pontos de concentração de motoristas à interdição de rodovias. Já levantamento a Polícia Rodoviária Federal apontou mobilização maior, em 21 estados.

A ABCam não informou número de profissionais que se juntaram ao movimento. A entidade reivindica a isenção de PIS, Cofins e Cide sobre o óleo diesel utilizado por transportadores autônomos. A associação também propõe medidas de subsídio à aquisição de óleo diesel, que poderia ser dar por meio de um sistema ou pela criação de um Fundo de Amparo ao Transportador Autônomo.

A categoria alega que os caminhoneiros vêm sofrendo com os aumentos sucessivos no diesel, o que tem gerado aumento de custos para a atividade de transporte. Segundo a associação, o diesel representa 42% dos custos do negócio e 43% do preço do combustível na refinaria vem do ICMS, PIS, Cofins e Cide.

Mapa da PRF

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) monitora as interdições de estradas em tempo real. Os estados com mais pontos de bloqueio de estradas são Paraná (20), Bahia (14), Rio de Janeiro (14), Minas Gerais (11) e Goiás (9).

Conforme o mapa da PRF, o movimento está mais intenso no Sudeste e Centro-Oeste. Na Região Norte, não foram registradas interdições em Roraima, Amapá e Acre. Em Rondônia e no Amazonas houve apenas um registro em cada, enquanto no Pará houve dois e em Tocantins, três.

No Rio de Janeiro, por exemplo, há protestos: na BR-101, no sentido Espírito Santo, e no km 75 em Campos dos Goytacazes e na BR-040, no km 112, em Duque de Caxias, onde manifestantes atearam fogo em pneus e as pistas laterais em ambos os sentidos foram bloqueadas.

Segundo o presidente do Sindicato dos Transportadores Autônomos de Cargas de Volta Redonda e Região Sul Fluminense (Sinditac-VR), Francisco Wild, além da alta do combustível, a categoria cobra a votação do Projeto de Lei 528/2015, que cria uma tabela com valores mínimos para o frete cobrado no transporte rodoviário de cargas. A proposta já foi aprovada na Câmara dos Deputados e aguarda apreciação no Senado Federal.

Continuidade

A ABCam enviou um ofício ao governo feral sobre as reivindicações e, como não teve retorno, convocou a paralisação para esta segunda-feira. De acordo com o presidente da associação, José da Fonseca, o movimento teve início pela manhã em três estados – São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo – e ganhou força ao longo do dia. Ele credita o crescimento da adesão durante o dia ao anúncio de novo aumento nos combustíveis pela Petrobrás.

Até o início da noite de hoje, a ABCam esperava um posicionamento do governo federal. Segundo Fonseca, se não houver retorno às demandas apresentadas, a tendência é que o movimento continue e possa, inclusive, se intensificar.

“As coisas estavam indo bem, calmas. Só que hoje aumentou diesel e gasolina, e isso foi considerado como ato de provocação. Em São Paulo, há pontos em que já queimaram pneus. Não é isso que nós queremos, mas o governo nessa morosidade parece que quer ver isso”, diz Fonseca.

Governo e Petrobras discutem nesta terça preço dos combustíveis

O governo marcou para esta segunda-feira (22) uma reunião técnica com a Petrobras para tratar da alta no preço dos combustíveis. O encontro será realizado às 9h no Ministério da Fazenda e terá a presença do chefe da pasta, Eduardo Guardia, além do ministro de Minas e Energia, Moreira Franco, e do presidente da Petrobras, Pedro Parente.

O primeiro encontro para tratar do tema foi no início da noite desta segunda-feira (21). Convocados por Temer em caráter de urgência, os ministros Moreira Franco (Minas e Energia), Eliseu Padilha (Casa Civil), Eduardo Guardia (Fazenda), Esteves Colnago (Planejamento) e o secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, se reuniram no Palácio do Planalto.

Antes de entrar na reunião, Padilha afirmou que o governo estuda uma forma de tornar os preços dos combustíveis mais “previsíveis”. “Com o dólar subindo e o petróleo subindo internacionalmente, por certo tínhamos que ter um aumento dos combustíveis. O que vamos tentar é ver se encontramos um ponto em que possa ter um pouco mais de controle nesse processo”. Nenhum resultado da reunião de hoje foi divulgado.

A reunião foi convocada no momento em que os caminhoneiros deflagraram uma paralisação por tempo indeterminado e que bloqueiam rodovias em vários estados. A categoria reclama do reajuste das tarifas do diesel, que encarecem o valor do serviço.

41% dos poupadores sacaram parte de suas reservas em março, revela indicador do SPC Brasil e CNDL

O Indicador de Reserva Financeira apurado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) revela que parte dos consumidores está tendo que recorrer às suas reservas financeiras para lidar com imprevistos, entre outras situações. Em cada dez poupadores, quatro (41%) sacaram ao menos parte dos recursos que possuem guardados no último mês de março.

A maior parte recorreu a esse dinheiro para lidar com alguma situação emergencial, citada por 12% das pessoas ouvidas. Outros 9% utilizaram parte da reserva porque os rendimentos que possuem não foram suficientes para cobrir as despesas e demais compromissos. Os que fizeram saques para adquirir algum bem também somam 9% da amostra.

“A grande vantagem de ser um poupador é poder contar com uma reserva para situações inesperadas. Isso traz mais segurança e previsibilidade no dia a dia do consumidor, que não precisará recorrer a empréstimos para superar um momento de dificuldade financeira”, explica a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti.

73% dos brasileiros não puderam guardar dinheiro em março; baixa renda e imprevisto são principais motivos

De modo geral, o indicador revela que mesmo com a tímida melhora recente do cenário econômico, o hábito de poupar continua pouco frequente entre os consumidores brasileiros, o que indica que a crise econômica não é o principal motivo desse comportamento. No último mês de março, apenas 20% dos brasileiros conseguiram concluir com sobras no orçamento para investir. E a quantia média foi de R$ 491,06. Os que não guardarem nenhum centavo de seus rendimentos formam 73% dos entrevistados, dado ligeiramente maior que o observado em março do ano passado, quando estava em 76%.

Questionados sobre o hábito de poupar, e não somente sobre a poupança no último mês, quase um terço dos consumidores sondados (32%) disse possuir esse costume, sendo que 10% estipulam um valor fixo a ser poupado e 22% guardam apenas o que sobra do orçamento. Os que não possuem o hábito de poupar formam 60% dos consumidores.

Entre aqueles que não pouparam em março, a baixa renda é a razão mais mencionada, com 44% de citações. Isso faz com que a taxa de poupadores das classes C, D e E seja ainda menor do que a média total, de apenas 15% dos entrevistados (contra 37% dos brasileiros de mais alta renda).

Outras razões também dadas como justificativas para não pouparem são os imprevistos (19%), não possuírem renda no momento (14%) e o descontrole financeiro (9%). “O fato de tantas pessoas citarem imprevistos por não conseguirem encerrar o mês com dinheiro sobrando no salário apenas reforça a ideia de que é preciso contar com um dinheiro aplicado, já que acontecimentos de emergência podem acontecer e, nem sempre, é possível cobri-los apenas com a renda. Outra situação preocupante é que as pessoas deixam de poupar porque não são controladas o suficiente no manejo do dinheiro. A disciplina é fundamental para formarmos cidadãos equilibrados financeiramente”, alerta o educador financeiro do portal ‘Meu Bolso Feliz’, José Vignoli.

52% dos poupadores mantém reserva para situações de emergência e seis em cada dez recorrem à caderneta de poupança

Entre aqueles que costumam poupar, novamente o imprevisto é a razão mais citada para se ter esse tipo de precaução. Mais da metade (51%) dos entrevistados citaram essa opção ao serem questionados. Quase um terço (32%) guardam dinheiro para garantir um futuro melhor a família, enquanto 27% querem estar preparados para uma situação de desemprego e 19% almejam realizar alguma viagem.

O levantamento demonstra que os brasileiros que guardam dinheiro, contudo, precisam melhorar quando o assunto é onde eles aplicam esse dinheiro que sobra no orçamento. A caderneta de poupança continua como o principal destino das reservas financeiras dos consumidores, com 63% de citações. Em seguida aparecem aqueles que guardam o dinheiro em casa (25%) ou na conta corrente (21%), alternativas arriscadas do ponto de vista da segurança ou que deixam de gerar rendimento a partir de juros.

As modalidades mais sofisticadas e que podem proporcionar melhores retornos foram citadas por uma pequena parcela desses consumidores. Os fundos de investimento, por exemplo, foram citados por 11% e a previdência privada, por 7%. Em seguida, apareceram o Tesouro Direto (4%), os CDBs (4%) as LCIs e LCAs (2%) e o Dólar (2%). Para os poupadores que fazem as opções mais conservadoras de manter em casa, na conta corrente ou mesmo na poupança, a principal razão foi a preferência por ter o dinheiro a disposição em um lugar fácil de retirar (29%), além da falta de conhecimento para fazer outros tipos de investimentos (28%).

“É preciso aprimorar os hábitos dos poupadores para que eles busquem alternativas mais rentáveis, pois aplicar o dinheiro com inteligência é fundamental para atingir objetivos financeiros no futuro. Para cada tipo de meta, existem diferentes aplicações. Se a preocupação do consumido for a liquidez, ou seja, poder sacar a qualquer momento, o dinheiro pode ser depositado em uma conta poupança. O Tesouro Direto Selic, por exemplo, também pode ser uma alternativa mais rentável para o curto prazo. Mas quando se fala no médio e longo prazo, a diversificação é essencial. Deixar uma reserva parada na conta corrente ou em casa não é uma atitude saudável”, afirma Vignoli.

Metodologia

O indicador abrange 12 capitais das cinco regiões brasileiras: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Recife, Salvador, Fortaleza, Brasília, Goiânia, Manaus e Belém. Juntas, essas cidades somam aproximadamente 80% da população residente nas capitais. A amostra, de 800 casos, foi composta por pessoas com idade superior ou igual a 18 anos, de ambos os sexos e de todas as classes sociais. A margem de erro é de 3,5 pontos percentuais a uma margem de confiança de 95%. Baixe a íntegra do indicador em https://www.spcbrasil.org.br/pesquisas/indices-economicos