Após enchentes, Aeroporto Salgado Filho reabre nesta segunda no RS

Brasília (DF) 20/10/2024 - Aeroporto Salgado Filho em Porto Alegre (RS)
Foto: Aeroporto Salgado Filho/Arquivo/Divulgação
Aeroporto Salgado Filho em Porto Alegre (RS). Foto: Aeroporto Salgado Filho/Arquivo/Divulgação

Os voos comerciais serão retomados a partir desta segunda-feira (21) no Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, após cerca de 170 dias fora de operação devido aos estragos causados pelas chuvas que atingiram o estado em abril e maio.

De acordo com o governo do Rio Grande do Sul, cerca de 9 mil passageiros circularão já no primeiro dia de operação, que contará com 71 voos (37 partidas e 34 chegadas).

Segundo a Fraport, concessionária que administra o aeroporto, as primeiras rotas abrangem voos com origem ou destino a Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro.

A expectativa é que a movimentação seja ampliada pouco a pouco, já que, mesmo operando com apenas parte da pista principal, o Salgado Filho já comporta até 128 operações domésticas por dia.

“Antes do Natal, o aeroporto estará 100% funcionando, [inclusive] com voos internacionais”, assegurou o ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom), Paulo Pimenta, em um vídeo postado nas redes sociais.

“E vamos manter toda essa ampliação da malha aeroportuária que criamos no interior do estado, durante este período de dificuldade”, acrescentou Pimenta, destacando a importância do Salgado Filho para o processo de reconstrução e a retomada da atividade econômica no Rio Grande do Sul.

Com a volta gradual das operações, check-in, despacho de bagagens, embarque e desembarque de passageiros serão feitos no próprio aeroporto – temporariamente, na área internacional, com acesso pelas portas 5 e 6 do segundo piso.

Os primeiros estabelecimentos da praça de alimentação também começarão a funcionar na próxima semana. A previsão da Fraport é recuperar toda a pista de pouso e decolagem e restabelecer os primeiros voos internacionais até 16 de dezembro.

Concentração

Responsável por mais de 90% do tráfego aéreo no Rio Grande do Sul, o Aeroporto Salgado Filho teve que ser integralmente fechado em 3 de maio, quando a catástrofe socioambiental que afetou mais de 2,34 milhões de pessoas em 468 das 497 cidades do Rio Grande do Sul, ceifando ao menos 183 vidas, alagou as pistas de pouso e decolagem e o terminal de passageiros.

Em meados de julho, a Fraport Brasil retomou parcialmente o processamento (check-in e desembarques) de passageiros e o controle de segurança no aeroporto, mas os clientes continuaram sendo transportados, em ônibus, de/para a Base Aérea de Canoas, a cerca de 10 quilômetros de distância, de onde os aviões partiam ou chegavam.

O fechamento do Salgado Filho evidenciou a necessidade de investimentos públicos e privados em aeroportos regionais. E levou a concessionária a pedir ao governo federal a revisão extraordinária do contrato de concessão, alegando que, com a interrupção das atividades e necessidade de reparar os estragos das cheias, sofreu um impacto financeiro significativo.

Em agosto, a diretoria da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) aprovou a liberação, pelo Ministério de Portos e Aeroportos, de R$ 425,96 milhões para a empresa.

No último dia 27, o Palácio do Planalto autorizou, por meio da Medida Provisória nº 1.260, o Ministério de Portos e Aeroportos a repassar à Fraport a quantia aprovada pela Anac. O dinheiro será repassado à concessionária em parcelas, à medida que for comprovada a necessidade dos gastos. Consequentemente, o valor ainda pode ser ajustado.

São Paulo ainda tem 14 mil pessoas sem energia elétrica

São Paulo (SP), 17/10/2024 - Praça Salim Farah Maluf, bairro de Santo Amaro em São Paulo, que foi afetado pela falta de energia devido as chuvas na capital. Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil
© Paulo Pinto/Agência Brasil
A Enel, concessionária de energia de São Paulo, informou que 14.821 usuários ainda estão sem energia elétrica, conforme balanço nesta tarde de domingo (20). De acordo com a empresa, o número equivale a 0,18% do total de clientes e a situação é considerada “dentro da normalidade”.

A capital paulista é a mais atingida, em número absolutos, com 10.355 imóveis sem luz. Na sequência, está Diadema, com 1.079 clientes afetados.

Direitos do consumidor

O Procon-SP informou que reforçou o atendimento na cidade de São Paulo, especialmente para quem está com problemas de falta de energia elétrica. De segunda-feira (21) a sexta-feira (25), das 9h às 15h, os consumidores paulistanos poderão registrar reclamações em postos presenciais montados nas subprefeituras de Capela do Socorro, Cidade Ademar, Parelheiros e Santo Amaro.

Não há necessidade de agendamento de horário, e o consumidor precisará levar uma conta mensal de energia elétrica para registrar a queixa.

Segundo o Procon-SP, os pontos foram instalados na região sul da cidade por ser a mais impactada pela interrupção no fornecimento, desde o temporal do último dia 11.

Entre os direitos dos consumidores, o órgão aponta o direito ao ressarcimento de valores pelos danos materiais em razão da falta de energia elétrica, como alimentos ou medicamentos perdidos e aparelhos elétricos danificados. Além disso, é dever da empresa dar informações de forma clara e transparente sobre a retomada dos serviços e também sobre como o consumidor deve fazer para ter os valores ressarcidos.

Chuva

A Defesa Civil do estado de São Paulo informou que o sistema de baixa pressão que atua no Centro-Oeste perdeu força e o corredor de umidade da Amazônia desviou para os estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro, deslocando a chuva para lá.

“Nas últimas 48 horas, já choveu 151 mm [milímetros] no município de Itajubá e 146 mm em Santa Rita do Sapucaí, estado de Minas Gerais. E 138 mm em Mangaratiba, estado do Rio de Janeiro”, divulgou o órgão, no início da tarde.

Governo federal prepara reforma administrativa

O governo federal pretende fazer uma ampla reforma administrativa, com a construção de uma nova legislação que venha substituir o Decreto-Lei nº 200/1967. O decreto foi instituído durante a ditadura cívico-militar (1964-1985) e que ainda hoje “dispõe sobre a organização da administração federal.”

O propósito, segundo o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI), é tornar a legislação compatível com a Constituição Federal.

Para isso, o MGI e a Advocacia Geral da União (AGU) criaram uma comissão formada por mais de uma dezena de especialistas, entre juristas, servidores públicos, pesquisadores e acadêmicos.

O grupo tem até abril de 2025, doze meses após a instalação da comissão, para elaborar a proposta de revisão do decreto-lei.

Além da encomenda na alteração do decreto, já com 57 anos, o MGI editou em agosto uma portaria fixando diretrizes das carreiras do serviço público (Portaria MGI nº 5.127). A norma estabelece princípios e orientações gerais que os órgãos públicos deverão seguir para apresentar as suas propostas de reestruturação de cargos, carreiras e planos.

“Ela é o primeiro instrumento normativo desde a Lei 8.112 de 1990”, enfatiza José Celso Cardoso Jr., secretário de Gestão de Pessoas do MGI, em referência ao Estatuto do Servidor.

Em entrevista à Agência Brasil, Cardoso Jr. confirma que “o governo federal já está fazendo uma reforma administrativa na prática.” Segundo ele, a reforma está “em ação” desde 2023 e ocorre “por meio de uma série de medidas de natureza infraconstitucional e incremental que já vem sendo adotadas, para melhorar a estrutura e as formas de funcionamento da administração pública.”

Para o secretário, iniciativas somadas como o concurso público nacional unificado e a realização do dimensionamento da força de trabalho, para quantificar e definir os perfis mais adequados de servidores, e as novas normas para aperfeiçoamento da política nacional de desenvolvimento de pessoas “configuram uma reforma administrativa já em andamento.”

PEC 32

A realização da reforma administrativa foi anunciada pela equipe de transição do atual governo em dezembro de 2022. Na avaliação de especialistas, a reforma em andamento é mais abrangente do que a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) nº 32, apresentada em setembro de 2020 ao Congresso Nacional, e chegou a ser aprovada em comissão especial da Câmara dos Deputados, mas que não foi levada à votação no Plenário por falta de apoio.

“Politicamente, era uma coisa que não fazia sentido ali”, opina o cientista político Leonardo Barreto que acompanha o dia a dia do Parlamento há mais de duas décadas.

A professora e pesquisadora no Instituto de Ciência Política da Universidade de Brasília (UnB), Michelle Fernandez, assinala que a PEC 32 “nasceu obsoleta” e “tem um objetivo estritamente fiscal, de diminuição de gastos. Portanto, não olha para a atuação do Estado. A existência do servidor público é para atender a sociedade e colocar de pé políticas públicas.”

“A PEC 32 trata dos funcionários públicos. Olha para uma pequena fatia do funcionamento do Estado”, opina Sheila Tolentino, pós-doutora em Ciência Política, pesquisadora do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e integrante da comissão de especialistas que discute a legislação para substituir o Decreto-Lei nº 200. Segundo ela, o país precisa fazer a reforma administrativa “olhando para o serviço que é entregue à população.”

Representantes dos servidores públicos ouvidos pela Comissão de Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados no final do ano passado alertaram aos parlamentares que a PEC 32 poderia afetar a impessoalidade das contratações na administração pública, terceirizar carreiras permanentes em áreas como saúde, educação e assistência social, e dificultar as investigações de casos de corrupção que hoje são apurados por servidores com estabilidade.

Contas públicas

Entidades empresarias, como a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), defendem que a PEC 32 poderia gerar economia e impactar na diminuição da dívida pública.

Para o sociólogo Félix Garcia Lopes Jr., pesquisador do Ipea, visões fiscalistas de setores empresariais partem de premissas erradas, como, por exemplo, a de que ocorre aumento de gasto público com servidores.

“A trajetória ao longo do tempo mostra que nunca tivemos crescimento excessivo do número de servidores ou inchaço da máquina pública. Isso está documentado”, diz o pesquisador, citando dados do Atlas do Estado Brasileiro (Ipea), estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e análise recente da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Os dados nesses estudos mostram que há no Brasil cerca de 11 milhões de servidores públicos, menos de 13% do número de trabalhadores do país. Proporção menor do que dos países mais desenvolvidos que formam a OCDE (20,8%).

Seis de cada dez servidores brasileiros trabalham para as prefeituras (6,5 milhões de funcionários públicos). Três de cada dez servidores têm vínculo com os governos estaduais (3,4 milhões de funcionários).

O maior contingente de servidores municipais e estaduais é formado por professores, profissionais da saúde e o pessoal da segurança pública, três categorias que fazem atendimento direto à população.

O restante de servidores públicos, 1,2 milhão de pessoas, é ligado à União, desses 570 mil estão na ativa. No nível federal, o maior contingente é de professores universitários. Os maiores salários estão concentrados no Poder Judiciário e no Poder Legislativo. Nos últimos cinco anos, diminuiu o número de servidores federais civis.

gráfico reforma administrativa

Visões concorrentes

Félix Garcia aponta para “um certo paradoxo” nas percepções coletivas da sociedade brasileira. Há visões concorrentes como a de que “o Estado pode estar muito grande, inchado, e que a burocracia é excessiva” e ao mesmo tempo que os cidadãos “querem mais serviços públicos, mais médicos, mais professores, querem mais políticas de bem-estar.”

“Nesses episódios de crise, como vimos na pandemia, fica evidente quão central é a burocracia pública para atacar problemas coletivos”, acrescenta Michelle Fernandez, do Instituto de Ciência Política da UnB. Ela lembra que as empresas privadas também demandam uma administração pública bem estruturada.

“A burocracia nasce associada à necessidade de racionalidade econômica do setor privado, porque ela permite previsibilidade.”

De acordo com Sheila Tolentino, pesquisadora do Ipea, por trás das medidas em discussão no governo não está “uma simples redução de gasto”.

“O corte, em si, não traz os ganhos necessários para o futuro. O que precisamos construir para o futuro? Capacidade. Isso é o que precisamos construir”, resume.

Na próxima quinta-feira (24), em Brasília, a comissão de especialistas que discute a legislação para substituir o Decreto-Lei nº 200 se reúne para discutir inovação e controle na administração pública. O evento poderá ser acompanhado em tempo real.

Chanceler Mauro Vieira chefia delegação do Brasil na Cúpula do Brics

Brasília- DF 03/10/2024 Reunião de coordenação entre Itamaraty, Ministério da Defesa e FAB sobre operação de repatriação de brasileiros no Líbano. ( Ministro José Múcio, ministro Mauro vieira, e comandante da aeronáutica,  Marcelo damasceno) Foto Valter Campanato/ Agência Brasil

O ministro das Relações Exteriores do Brasil, o chanceler Mauro Vieira, vai chefiar a delegação brasileira na cúpula dos Brics em Kazan, na Rússia, entre esta terça (22) e quinta-feira (24). O ministro foi designado para representar o país depois que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sofreu um acidente doméstico no sábado (19).

Os médicos recomendaram, por precaução, que Lula evite viagens de longas distâncias. O presidente segue trabalhando normalmente em Brasília nesta semana e participa da reunião de chefes de Estado da cúpula dos Brics por videoconferência.

A Rússia, que preside os Brics neste ano, informou que 32 países confirmaram presença na cúpula em Kaza, sendo 23 chefes de Estado. Dos dez membros plenos, apenas o Brasil e a Arábia Saudita não vão enviar o representante máximo da nação. Os sauditas também vão enviar o ministro das relações exteriores.

Este será o primeiro encontro dos Brics com os novos membros que ingressaram no bloco neste ano. Formado até então por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, o Brics agora conta também com Irã, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Egito e Etiópia como membros plenos.

Além disso, existe a expectativa de novos parceiros serem anunciados como membros associados. “É nisso que é consumido o nosso trabalho neste semestre, quais são os critérios para essa modalidade, e há uma expectativa de que, aprovada essa modalidade, possa ser feito um anúncio dos países que seriam convidados para integrar essa categoria”, disse o embaixador Eduardo Paes Saboia, secretário de Ásia e Pacífico do Itamaraty.

Os membros do bloco também devem discutir medidas para reduzir a dependência do dólar no comércio entre os países, além de ações para fortalecer instituições financeiras alternativas ao Fundo Monetário Internacional (FMI) e ao Banco Mundial, controlados principalmente por potências ocidentais.

Para especialistas consultados pela Agência Brasil, os Brics têm o papel de contornar as dificuldades impostas pelos Estados Unidos (EUA) e seus aliados ao avanço comercial e tecnológica da China.

Países que sofrem bloqueios econômicos de potências ocidentais – como Irã e Rússia – também precisam do bloco para contornar a asfixia financeira das sanções. Enquanto isso, Brasil deve se equilibrar entre os dois principais blocos geopolíticos em disputa para colher benefícios comerciais e tecnológicos.

Estima-se que o Brics concentre cerca de 36% do Produto Interno Bruto (PIB) global, superando o G7, grupo das maiores economias do planeta com Estados Unidos, França, Reino Unido e Alemanha, que concentra cerca de 30% do PIB mundial. Além disso, o Brics concentra cerca de 42% da população mundial.

Senac conquista o primeiro lugar em maratona de segurança cibernética

O Senac mais uma vez é destaque em competições na área de tecnologia. Desta vez, a instituição ficou em primeiro lugar na 9ª Maratona CiberEducação da Cisco Brasil (categoria Redes). Entre as academias participantes do Senac no Brasil, o Instituto de Ciência e Tecnologia – ICT Senac PE, unidade embarcada no Porto Digital, alcançou a primeira posição.

A maratona faz parte do programa CiberEducação, uma iniciativa da Cisco Networking Academy (NetAcad) que visa desenvolver uma nova geração de jovens profissionais de cibersegurança no Brasil. A ideia é oferecer formação de ponta aos estudantes e gerar um legado educacional para transformar o mercado de trabalho em segurança cibernética no país.

Ao todo, mais de 20 mil alunos, oriundos de 180 academias da Cisco do país inteiro, participaram do desafio. Desse total, seis mil conseguiram concluir a maratona, mas apenas 1.500 foram selecionados para seguirem nas próximas etapas do programa CiberEducação. Entre as escolas de todos os estados, o Senac Pernambuco contou com o maior número de concluintes: 286.

Para o gestor do ICT Senac PE, Carlos Eduardo Soares, a participação exitosa de Pernambuco na maratona da Cisco reforça o compromisso da instituição em promover uma educação tecnológica e preparar os alunos para os desafios do futuro. “Essa conquista reflete o comprometimento dos nossos alunos e docentes. Agora, seguimos confiantes para as próximas etapas, certos de que nossos estudantes continuarão brilhando e se destacando”, afirmou Soares.

Para manter os alunos motivados na maratona, o gestor destacou a importância dos professores Ricardo Dornellas, Ivo Leonardo, Ítalo Nunes, Rafaella Leandra, Felipe Prazeres, Vinícius Dantas, Altemar Antônio e Thalyta Robertta. Eles atuam em unidades do Senac Pernambuco localizadas em Recife, Paulista, Caruaru e Petrolina. “Houve toda uma mobilização da equipe docente para estimular os estudantes”, completa Carlos Eduardo.

Segundo o presidente do Sistema Fecomércio/Sesc/Senac-PE, Bernardo Peixoto, o ótimo desempenho dos alunos na maratona de segurança cibernética da Cisco mostra que o Senac Pernambuco está no caminho certo para formar profissionais capacitados e prontos para o mercado. “Continuaremos investindo em inovação e na excelência do ensino para proporcionar sempre os melhores resultados”, frisou.

Com a vitória na maratona, os alunos seguem agora para a segunda fase do programa CiberEducação. Nesta etapa, os jovens passam por uma formação profissional de aproximadamente quatro meses. As aulas já tiveram início esta semana e seguem até o dia 25 de fevereiro de 2025. Os cursos ofertados são: CCNA1 (introdução às redes) e CyberOps Associate (cibersegurança). Ao término, na terceira fase do programa, os estudantes poderão ser encaminhados para oportunidades de estágio ou emprego, facilitando a entrada no mercado de trabalho.

Grandes nomes da área jurídica do Brasil marcarão presença em Congresso de Direito em Caruaru

O Instituto CME Caruaru irá realizar, no dia 08 de novembro, o 1º Congresso de Direito da instituição. O evento será realizado no auditório do Senac e irá reunir grandes nomes da área jurídica nacional, como: o advogado criminalista, João Neto; o presidente nacional da Comissão da Advocacia Jovem do CFOAB, Nil Ferreira; a advogada criminalista e professora de pós-graduação, Fabíola Amorim; o ouvidor-geral da OAB/RJ, Pedro Barreto; o fundador do Grupo CERS, maior rede preparatória para concursos públicos, exames da OAB e carreiras jurídicas do País, Renato Saraiva; entre outros.

O 1º Congresso de Direito do Instituto CME deve entrar no calendário de eventos da cidade e movimentar, não só os meios acadêmico e jurídico, mas também a economia do município, já que nome inéditos e nacionais farão parte dos palestrantes.

As inscrições já estão no terceiro lote e os valores custam R$ 160 (inteira) e R$ 80 (meia entrada). A inscrição pode ser feita através do link: https://modernapass.com.br/events/6

“Caruaru será palco de um evento que vai reunir palestrantes renomados de todo o Brasil! Serão momentos de muito aprendizado, networking e troca de experiências que vão transformar sua carreira jurídica”, antecipou o presidente do Instituto CME Caruaru, Lucas Costa.

Shopping Difusora comemora halloween com “Choque de Monstro Kids”

Próximo domingo (27), a criançada que for ao Shopping Difusora terá uma programação especial de Halloween. A festa mais aguardada do ano, a “Choque de Monstro Kids”, chega a segunda edição com muitas brincadeiras, gostosuras e travessuras.
No início da tarde, a partir das 15h, começa a programação, com a tradicional caça aos doces nas lojas. Os pequenos, acompanhados dos pais, poderão ir à procura das guloseimas nas lojas participantes. Além disso, terá pintura facial e atividades recreativas na Casa da Clara, no 3º piso.

Após a caça aos doces terá também o desfile de fantasias pelo mall, com os principais personagens infantis, animando a criançada que estiver passeando no shopping. Já a partir das 17h, encerrando a programação, terá apresentação teatral com tema de halloween na praça de alimentação no 2º piso.

A participação do público é gratuita.

IEL-PE abre oportunidades para estágios de nível técnico e superior em Caruaru

O Instituto Euvaldo Lodi de Pernambuco (IEL-PE) está selecionando estudantes para oportunidade de estágio de nível técnico na área de Manutenção Automotiva e de nível superior na área de Administração. As oportunidades são para atuação em Caruaru, no Agreste pernambucano, e, para se candidatar, os interessados devem estar regularmente matriculados em um dos cursos e ter disponibilidade de segunda a sexta-feira. Os candidatos devem acessar o banco de talentos do IEL-PE no site: ielpe.org.br/ e se cadastrar através do código da vaga.

A oportunidade na área de Manutenção Automotiva é destinada a estudantes que estejam cursando a partir do segundo módulo e que possam atuar das 7h30 às 13h30. O estagiário selecionado vai atuar, sob supervisão, em uma empresa localizada no bairro Nova Caruaru, auxiliando em diagnósticos, reparos preventivos e corretivos em veículos. A remuneração oferecida é de R$ 900 e conta ainda com vale-transporte de R$ 100, ao mês. O código para se candidatar à vaga é: 112790.

Já para o estágio em Administração, é desejável que os estudantes estejam, no mínimo, no segundo período do curso e que residam em Caruaru. O candidato selecionado vai atuar, das 12h às 18h, auxiliando nas atividades administrativas do setor comercial, em uma empresa localizada no Alto do Moura. A bolsa oferecida é de R$ 900 + auxílio-transporte de R$ 100, ao mês. O código para cadastro na vaga é 112789.

Transforma Caruaru e Transforma Brasil se reúnem para definição dos detalhes sobre a Campanha “Alimente a Vida”

Pelo terceiro ano consecutivo, o Transforma Brasil junto com o Transforma Caruaru coordenam a campanha “Alimente a Vida” da Associação Pernambucana de Shopping Centers (Apesce), que contará com a participação de 18 shoppings do Sertão à Região Metropolitana do Recife.

A reunião aconteceu na quinta-feira (17) na Casa Zero, que é o primeiro shopping social do Brasil. Participaram da reunião o Presidente do Conselho Deliberativo da Apesce, José Luiz Muniz e o diretor executivo Rodrigo Barros, o Ceo da Rede Muda Mundo, Fábio Silva , o Coordenador do Transforma Brasil, Gabriel Gomes e a Gerente do Transforma Caruaru, Christianny Magalhães .

“É sempre uma alegria poder contribuir para uma campanha tão especial, época que remete à solidariedade, generosidade e amor ao próximo. Em 2023 conseguimos arrecadação de 23 toneladas atendendo muitos pernambucanos e sendo resposta de oração para famílias na zona rural e urbana de muitos municípios”, ressaltou a gerente do Transforma Caruaru Christianny Magalhães.

STF condena primeiros denunciados por atos de 8/1 que rejeitaram acordo para encerrar ação penal

Foto colorida na horizontal mostra a estátua da justiça de costas. Na frente dela, ao fundo da foto e de forma desfocada aparece a bandeira do Brasil e o prédio do Planalto.Foto: Andressa Anholete/STF

O Supremo Tribunal Federal (STF) condenou mais 15 pessoas que participaram dos atos antidemocráticos de 8/1. São os primeiros réus que, mesmo tendo cometido crimes de menor gravidade, rejeitaram o Acordo de Não Persecução Penal (ANPP) proposto pela Procuradoria-Geral da República (PGR) para evitar a continuidade da ação penal. A decisão do Plenário foi tomada na sessão virtual encerrada nesta sexta-feira (18).

Os envolvidos deixam de ser réus primários quando se encerrar a possibilidade de recursos e a decisão se tornar definitiva (trânsito em julgado).

Segundo a denúncia oferecida pela PGR, os 15 réus permaneceram no acampamento montado no Quartel General do Exército, em Brasília, enquanto outro grupo se deslocou para a Praça dos Três Poderes e invadiu e depredou os prédios do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do STF.

A PGR considera que, como os crimes têm origem em uma atuação coletiva (ação multitudinária), mesmo não tendo participado de todas as fases, os acusados dividem uma parcela da responsabilidade. No caso desses réus, a denúncia abrangeu os crimes de associação criminosa (artigo 288, caput, do Código Penal) e incitação ao crime (artigo 286, parágrafo único, do CP), por estimularem as Forças Armadas a tomar o poder sob a alegação de fraude eleitoral e de exercício arbitrário dos poderes constituídos.

As defesas alegaram, entre outros pontos, que as condutas dos réus não foram individualizadas, que os atos praticados por eles não seriam criminosos e que não houve intenção de cometer crimes (dolo).

A maioria do Plenário acompanhou o voto do ministro Alexandre de Moraes (relator) no sentido de que, como se trata de uma ação conjunta com a mesma finalidade e executada por diversas pessoas, não há dúvida de que todos contribuem para o resultado como coautores. Ele destacou que os réus tinham conhecimento prévio da incitação ao golpe de Estado e que sua permanência no acampamento até o dia seguinte aos atos comprova a “finalidade golpista e antidemocrática, que visava à abolição do Estado de Direito” com a deposição do governo legitimamente eleito em 2022.

O ministro frisou que mais de 400 réus em situação idêntica optaram por confessar a prática dos crimes e firmar o ANPP.

A pena imposta foi de um ano de reclusão pelo crime de associação criminosa e multa de 10 salários mínimos (valores de janeiro de 2023) por incitação ao crime. A pena de detenção foi substituída por restrição de direitos: 225 horas de prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas, participação presencial no curso “Democracia, Estado de Direito e Golpe de Estado”, elaborado pelo Ministério Público Federal, proibição de se ausentar da comarca de residência e de usar redes sociais e retenção dos passaportes até a extinção da pena.

A condenação também prevê a revogação do porte de arma dos que eventualmente o tenham. Além disso, os réus dividirão a indenização por danos morais coletivos, no valor mínimo de R$ 5 milhões, com outros condenados pelos atos antidemocráticos.

Ficaram vencidos os ministro André Mendonça e Nunes Marques, que consideraram não haver provas suficientes para a condenação.

O julgamento das ações penais (APs) 1193, 1257, 1575, 1670, 1729, 1466, 1472, 1586, 1636, 1879, 1892, 1924, 1982, 2176 e 2372 foi concluído às 23h59 desta sexta-feira (18).

Absolvição

Na mesma sessão, o colegiado absolveu o réu da AP 1323. O colegiado entendeu que, embora ele estivesse no acampamento, era uma pessoa em situação de rua e não ficou comprovado que tenha integrado a associação criminosa nem contribuído para ou arregimentado pessoas para os crimes. O relator salientou que, no interrogatório, ele demonstrou não ter conhecimento do que seria “golpe de Estado” ou “deposição do governo”.