Cartas que pedem atualização de dados bancários na Receita Federal são falsas

Agência Brasil

Cartas que pedem atualização de dados bancários junto à Receita Federal são falsas, alerta o próprio órgão. Em nota divulgada nesta segunda-feira (5), a Receita diz que contribuintes têm recebido cartas por via postal, na própria residência, intimando-os a regularizar os dados cadastrais. Nessa correspondência, há um endereço eletrônico para acesso e atualização dos dados.

“Apesar de conter a marca da Receita Federal, a carta é uma tentativa de golpe e não é enviada pelo órgão nem tem sua aprovação. A orientação ao contribuinte é que, caso receba esse tipo de correspondência, destrua e jamais acesse o endereço eletrônico indicado”, diz a nota.

A carta diz que foram detectadas inconsistências no cadastro referentes aos dados bancários declarados e que isso levou o contribuinte a constar “na lista da malha fina da Receita Federal”. A correspondência indica um endereço falso para que a correção seja feita.

A Receita Federal orienta que consultas, alterações de informações ou download de programas sejam feitos apenas pelo endereço oficial do órgão: idg.receita.fazenda.gov.br. Caso entre em outro endereço eletrônico, o contribuinte estará sujeito a vírus e malwares, que podem roubar seus dados pessoais, bancários e fiscais.

Caso o contribuinte não consiga utilizar os serviços virtuais oficiais, ele deve procurar um Centro de Atendimento ao Contribuinte nas unidades da Receita Federal. Nenhum outro site ou endereço na internet está habilitado a fazer procedimentos em nome da Receita Federal.

O órgão esclarece ainda que solicita os dados bancários apenas em duas situações: para fins de débito automático ou depósito de restituição do Imposto de Renda. Em ambos os casos, a informação é fornecida na Declaração do Imposto de Renda e pode ser alterada por meio do Extrato da Dirpf no Centro Virtual de Atendimento da Receita Federal (e-CAC).

87% das empresas do Brasil pretendem contratar funcionários em 2018, diz estudo

Correio Braziliense

Um levantamento feito pelo Hays, um grupo internacional de recrutamento, mostrou que 87% das empresas do Brasil pretendem contratar funcionários em 2018. A tendência é de que abram mais vagas no setor de engenharia e manufatura (23,56%), minério e energia (15,38%) e varejo e consumo (13,46%).

A pesquisa mostrou ainda que, mesmo com a reforma trabalhista, que permitiu a contratação temporária, 72% dos cargos esperados serão permanentes. Segundo o estudo, para a maioria das empresas será importante fornecer os benefícios para atrair trabalhadores, como plano de saúde (92%), flexibilidade no horário de trabalho (67%) e home office (51%).

O grupo Hays mostrou ainda que 32% dos empregados estão preocupados com a rotatividade da empresa. Em 2017, 50% dos entrevistados considerou mudar de emprego, principalmente pela insatisfação com os salários. Entre 2016 e 2017, 60% das empresas demitiram. A pesquisa ouviu 250 empresas de todos os portes e analisou a percepção de 2,5 mil profissionais.

Apenas 2,1% dos alunos pobres do país têm bom desempenho escolar

Agência Estado

O Brasil é um dos países em que há menos estudantes resilientes, aqueles que apesar da condição de pobreza conseguem ter bom desempenho escolar. Um estudo da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) mostra só 2,1% dos alunos brasileiros com esse perfil. A pesquisa analisou resultados da última edição do Pisa, maior avaliação internacional de educação feita por jovens de 15 anos. A média de resiliência entre países membros da OCDE é de 25,2%.

No ranking de 71 países participantes, o Brasil ficou em 62º, abaixo de outros latinos como Chile, Uruguai e Argentina. Uma das razões é o fato de alunos de baixa renda, em geral, frequentarem as piores escolas. “O Brasil ainda tem um longo caminho para garantir que estudantes tenham acesso igualitário às oportunidades educacionais, independentemente da origem dos seus pais ou do lugar em que vivem”, disse ao jornal O Estado de S. Paulo um dos autores do estudo na OCDE Francesco Avvisati.

São resilientes os alunos que estão entre 25% mais pobres do país e atingiram pelo menos o nível 3 de desempenho do Pisa, nas três áreas avaliadas – Matemática, Ciências e Leitura. Para a OCDE, o nível 3 é o mínimo necessário para que o jovem possa ter “uma vida com oportunidades de aprendizagem”.

Apesar da resiliência também ser uma característica pessoal, políticas e práticas educacionais podem reduzir a vulnerabilidade dos estudantes, afirma o relatório. Foram tabulados os fatores que mais influenciam nesse resultado positivo.

Um dos mais importantes é um bom ambiente escolar, sem graves problemas de disciplina. Escolas com pouca rotatividade de professores e atividades extraclasse têm mais resilientes. Segundo o estudo, alunos pobres que estudam com colegas de classes sociais mais altas têm mais chance de sucesso. Já a menor quantidade de alunos faltosos ajuda, mas é menos significante. “Um clima em que os estudantes se sentem seguros e apoiados por professores e colegas é crucial para o sucesso dos que estão em desvantagem socioeconômica”, diz Avvisati.

Não foi encontrada qualquer relação entre o número de computadores por aluno e outros recursos não humanos com a maior resiliência. Classes menores também não têm influência. E meninas de perfil socioeconômico baixo tem 9% menos chances de serem resilientes do que meninos da mesma escola.

Como o Brasil tem índice baixo, não foi possível tabular quais fatores mais influenciam a resiliência no País. Mas, nos questionários do Pisa sobre o clima na escola, 40,3% dos brasileiros disseram que “os alunos não começam a estudar logo que começa a aula” e 38% que “não ouvem o que o professor fala”. Nas redes estaduais e municipais os índices são mais altos que na particular.

Emoção

“É bagunça o tempo todo, professores ruins, tudo desestimula”, diz Victor Gonzaga, de 19 anos, um exemplo de resiliência. Ele mora em Guarulhos e os pais não têm ensino superior. Ao terminar o ensino médio na rede pública, fez dois anos de cursinho, com bolsa. Mês passado, surpreendeu a família toda ao ser aprovado em Medicina na Universidade de São Paulo (USP), na Federal de São Paulo (Unifesp) e na Estadual de Campinas (Unicamp). “Minha mãe sempre me incentivou e deixou que eu não trabalhasse nesses anos, mas a maioria dos meus amigos não teve essa sorte.”

Gabriel Zanata, de 17 anos, também da rede pública, acha o sistema injusto. “Quem é mais rico vai para a escola particular. Parece que a regra é: quem está embaixo tem de continuar embaixo quem está em cima continua em cima.” Ele passou o último ano saindo de casa às 6 horas e voltando só à meia-noite – fez escola e cursinho juntos. “Foi muita emoção ver meu nome na lista (de aprovados no vestibular). Vou ter uma oportunidade que meus pais não tiveram.” Gabriel vai cursar Engenharia na USP. O pai é eletricista e a mãe, desempregada.

Equidade

Hong Kong tem a maior taxa no ranking, 53,1%. É clara a relação entre resiliência, qualidade e equidade. Em países com melhor resultado educacional e menos desigualdade social, como Finlândia e Canadá, o valor é maior do que 30%. Os que estão no fim da lista se saem pior em avaliações como o Pisa e são menos igualitários, como Argélia, Peru e Líbano.

“Fico preocupada em acharmos que a escola sozinha resolve toda essa questão”, diz a ex-secretária de Educação Básica do Ministério da Educação e diretora da Fundação SM, Pilar Lacerda. Para ela, a má distribuição de renda e a pobreza influenciam muito na falta de perspectiva para que o aluno consiga se enxergar em um lugar melhor. “O esforço que temos de fazer é cinco vezes mais do que em países onde as necessidades básicas já são atendidas.”

O Brasil é o 10.º país mais desigual do mundo, segundo as Nações Unidas. “São os menos favorecidos que estudam nas escolas que não têm aula, que falta professor”, completa Mozart Neves Ramos, do Instituto Ayrton Senna. A disparidade também é vista no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Segundo dados tabulados pelo Estado, só 8% dos alunos com as mil melhores notas em 2016 eram da rede pública. E 2,6% vêm de famílias com renda menor do que 1 5 salário mínimo.

Para Ramos, o caminho para reduzir a desigualdade passa pela inclusão no currículo das habilidades socioemocionais, entre elas, saber trabalhar em grupo, resolução de problemas e resiliência. “Você trabalha situações que promovem mudança de atitude, auto estima. Primeiro você faz isso para depois corrigir fluxo e alfabetização.”

Também foi tabulado o avanço ao longo do tempo. Entre 2006 e 2015 (o Pisa é de três em três anos), o Brasil passou de 0,6% de resilientes para 2,1%, alta considerada significativa. Alguns dos maiores saltos foram de Portugal (16,3% para 25,8%) e Rússia (12,7% para 24,5%).

Metodologia

O Pisa tem níveis de desempenho de 1 a 6. Os conhecimentos do 3 são tidos como mínimos para alunos de 15 anos. E, por isso, são o limite para jovens pobres serem considerados resilientes. Isso significa que sabem lidar com frações, porcentagens e decimais. Na prova de Leitura, identificam e categorizam várias partes de um texto. Em Ciências, são capazes de explicar fenômenos naturais mais conhecidos.

ARTIGO — Quem é o profissional certo para a sua empresa?

Por Fernanda Andrade

Toda organização quer maximizar seus resultados com times cada vez mais enxutos. Os profissionais altamente capacitados são cada vez mais valorizados e contratações assertivas são fundamentais para construir empresas capazes de evoluir.

Para garantir a alta performance de um time, o processo seletivo deve ser muito bem planejado e preciso. Hoje, um dos principais desafios nas organizações na hora de contratar é a falta de preocupação na definição do perfil e requisitos adequados para o cargo. Outro ponto relevante é o recrutamento e seleção realizado com urgência, onde o fechamento da vaga a qualquer custo sobrepõe ao planejamento e análise.

Em muitos momentos, torna-se imprescindível a contratação de uma Consultoria de Recursos Humanos com expertise em Recrutamento e Seleção e ampla experiência em todas as etapas do processo seletivo. A Consultoria viabiliza um resultado em curto prazo, de forma a atender as necessidades do cliente.

Para se ter maior assertividade na contratação é de suma importância que o profissional que conduzirá o processo, tenha um amplo conhecimento da empresa, da área, do gestor imediato, do time que irá conduzir, bem como da cultura, clima e valores da empresa e principalmente, que faça um rico alinhamento de perfil, para posteriormente ir à busca do candidato ideal. O alinhamento de perfil deve ser realizado em conjunto com RH e gestor da área que o colaborador irá atuar.

Para posições estratégicas, geralmente realiza-se um mapeamento de mercado e posteriormente: divulgação, análise de currículo, entrevistas por competência, aplicação e correção de testes comportamentais e técnicos, elaboração de pareceres. Feito isso, definição do short list para apresentação dos finalistas ao cliente. Enfatizando que o hunting, o banco de talentos e o networking, são ferramentas muito ricas para se encontrar o candidato desejado.

É muito importante que o profissional de Recrutamento e Seleção oriente o candidato quanto às informações relevantes sobre a empresa, o cargo, o desafio que estará assumindo entre outros pontos, pois, caso aconteçam falhas nesse percurso, é comum desistências e consequentemente recontratações. Ou seja, todo aquele ciclo de contratação recomeça. Isso implica em custos dobrados, o que, em épocas de crise, não é positivo para as organizações.

Uma boa seleção deve ser capaz de analisar as habilidades e competências do candidato, bem como identificar se o mesmo está alinhado com os valores da empresa. O investimento em contratações assertivas pode reduzir uma série de custos indiretos no futuro.

Especialistas dão dicas sobre antecipação do Imposto de Renda

Agência Brasil

Com o início do prazo para a entrega das declarações do Imposto de Renda de Pessoa Física (IRPF), os bancos começam a oferecer aos clientes empréstimos para antecipar a restituição. O professor do Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (Ibmec) Gilberto Braga explica que o contribuinte deve comprovar ao banco que tem direito à restituição do IRPF.

A instituição bancária, com base naquele valor, faz um empréstimo normalmente de 90% a 95% da devolução com juros menores.

Segundo o especialista, a preocupação que se precisa ter é com a possibilidade de a pessoa cair na malha fina ou não receber a restituição dentro do calendário regular, pois, se ultrapassar o último lote, o empréstimo se torna uma operação convencional, com juros maiores.

“Quando você apresenta para o banco que tem [direito a] uma restituição, ele acredita que você tem garantia daquele valor. Então, ele cobra taxas mais baratas, quase próximas do empréstimo consignado. Se chega ao último lote e a pessoa não recebe, você deixa de ter aquela garantia. Com isso, o banco repactua a operação, e passa a ser um empréstimo convencional com taxas mais elevadas”, explicou.

O contador João Altair, conselheiro do Conselho Federal de Contabilidade, indica a antecipação do Imposto de Renda quando a pessoa tem dívidas no cartão de crédito ou no cheque especial, que tem juros mais elevados. “Para o contribuinte, só vale a pena se for para reduzir dívidas caras”, afirmou. “Não é vantajoso antecipar apenas para consumo.” O economista Roberto Troster recomenda cautela ao tomar empréstimos em tempos de incertezas provocadas por taxas de desemprego ainda elevadas. “Se endividar num cenário como o atual não é um bom negócio. O desemprego ainda está alto”, disse.

Lotes de restituição

A restituição será paga em sete lotes. O valor será colocado à disposição do contribuinte na agência bancária indicada na declaração.

Veja o cronograma de restituições do imposto de renda:

1º lote, em 15 de junho de 2018

2º lote, em 16 de julho de 2018

3º lote, em 15 de agosto de 2018

4º lote, em 17 de setembro de 2018

5º lote, em 15 de outubro de 2018

6º lote, em 16 de novembro de 2018

7º lote, em 17 de dezembro de 2018

País é terreno fértil à desinformação durante campanha eleitoral, dizem especialistas

Agência Estado

Com a terceira maior população do mundo nas redes sociais, forte uso do WhatsApp e polarização política crescente, o Brasil é um terreno fértil para a guerra de desinformação online na campanha eleitoral para presidente, que deve acirrar ainda mais posições extremas e encolher o espaço de candidatos moderados nos embates que ocorrem no mundo virtual.

Pesquisas mostram que “notícias” distorcidas, com forte viés ideológico, muitas vezes ganham a disputa por espaço no Facebook com reportagens realizadas pelos meios de imprensa tradicionais. Sensacionalistas e hiperpartidárias, elas atraem mais cliques e tendem a viralizar mais rapidamente do que notícias produzidas por jornalistas que seguem procedimentos estabelecidos para apuração e checagem dos fatos.

O fenômeno não é exclusivo do Brasil, mas as características do País o transformaram em um dos principais focos de preocupação de Claire Wardle, que lidera o First Draft, um projeto da Universidade de Harvard dedicado ao combate global de informação falsa ou distorcida na era digital.

Além do uso intensivo das redes sociais, 120 milhões de brasileiros se comunicam por WhatsApp, onde notícias falsas ou tendenciosas circulam imunes a qualquer tentativa de checagem de sua veracidade. Wardle disse que o quadro é completado pela facilidade de contratação de pessoas com baixos salários para atuarem como robôs na propagação de relatos distorcidos, tendenciosos ou falsos.

“O Brasil tem características que o tornam muito vulnerável ao que eu chamo de desordem da informação”, disse a pesquisadora, que rejeita o uso da expressão “fake news” para descrever o fenômeno. Segundo ela, o First Draft discute cooperação com meios de imprensa tradicional para combater a desinformação durante a campanha. No ano passado, a organização liderou iniciativas semelhantes nas eleições da França e da Inglaterra.

O impacto mais imediato da “desordem” apontada por Wardle é sobre a habilidade dos eleitores de tomarem decisões com base em informações de qualidade. Mas a longo prazo, ela teme que esse movimento leve a uma descrença generalizada no sistema democrático. “Se temos campanhas de desinformação que minam a confiança em instituições e confundem a população, isso acaba levando as pessoas a não saberem em quem confiar. Elas se distanciam da mídia convencional, deixam de confiar nos políticos tradicionais e passam a confiar apenas nos amigos e familiares.”

Bolha do WhatsApp

Professor da Escola de Jornalismo da Universidade do Texas, em Austin, Rosental Calmon Alves disse que os brasileiros “abraçaram” como poucos as mídias sociais e criaram redes sociais privadas no WhatsApp, onde informações falsas e distorcidas circulam sem restrição. “Na bolha do WhatsApp não há instituições ou pessoas dedicadas a caçar mentiras.” Em sua opinião, grande parte das eleições deste ano serão definidas nas redes sociais, em um ambiente no qual a ameaça da desinformação é “enorme”.

Dados do Digital Global Overview Survey mostram que os brasileiros gastam, em média, 3h40 online, número que só é inferior às 4h20 registradas nas Filipinas.

“Junk news” (notícias-lixo) é a expressão preferida por Fábio Malini para se referir às informações enviesadas disseminadas por sites que estão nos extremos do espectro ideológico. Coordenador do Laboratório de Estudos sobre Imagem e Cibercultura da Universidade Federal do Espírito Santo, ele diz que as “junk news” costumam gerar duas vezes mais compartilhamentos no Facebook do que as notícias da imprensa tradicional.

“As junk news proliferam em um ambiente de polarização, de ódio político mútuo”, observou Malini. Segundo ele, esse cenário favorece os representantes dos extremos ideológicos.

O filósofo Pablo Ortellado, professor do curso de Gestão de Políticas Públicas da Universidade de São Paulo, adota a expressão “informação de combate” para falar da proliferação de dados distorcidos na internet.

“É uma mídia hiperpartidária, que apresenta informações de combate político em formato noticioso, mas o conteúdo é tendencioso, tirado de contexto ou pura especulação.” Esse hiperpartidarismo aprofunda a polarização, em um círculo vicioso disse Ortellado.

FBI

Neste mês, agentes do FBI vêm ao Brasil para falar sobre o combate à desinformação nas eleições à força-tarefa criada pelo Tribunal Superior Eleitoral e a Polícia Federal. A interferência russa na eleição do presidente Donald Trump é apenas um aspecto desse movimento. Os EUA têm inúmeros sites que disseminam teorias conspiratórias ou dados distorcidos, muitos retuitados até por Trump.

Câmbio para fim de 2018 segue em R$ 3,30, revela Focus

Agência Estado

O Relatório de Mercado Focus divulgado na manhã da segunda-feira, 4, pelo Banco Central (BC), mostrou que a projeção para a cotação da moeda americana no fim de 2018 seguiu em R$ 3,30. Há um mês, já estava neste mesmo valor. O câmbio médio de 2018 seguiu em R$ 3,28, ante os mesmos R$ 3,28 anotados um mês atrás.

No caso de 2019, a projeção dos economistas do mercado financeiro para o câmbio no fim do ano foi de R$ 3,39 para R$ 3 38 ante R$ 3,40 de quatro semanas atrás. Já a expectativa do Relatório Focus para o câmbio médio seguiu em R$ 3,34 – ante R$ 3,35 previsto há quatro semanas.

Ladrões invadem aeroporto de Campinas e roubam US$ 5 milhões em espécie

Criminosos invadiram ontem na noite da última segunda -feira(4) o pátio do Terminal de Cargas do Aeroporto Internacional de Viracopos para um assalto e fugiram com US$ 5 milhões em espécie. A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa da Polícia Federal (PF), em Campinas. A carga era transportada pela empresa aérea Lufthansa.

Por meio de nota, a Lufthansa Cargo deu novas informações sobre o crime e corrigiu a informação dada pela Polícia Federal de que o voo iria para a Suíça. Segundo a Lufthansa, o assalto ocorreu com uma aeronave cargueira que sairia de Viracopos para Dacar, com destino final Frankfurt. A empresa informou que ninguém ficou ferido e que mais informações sobre o caso não podem ser divulgadas para não atrapalhar as investigações.

A ação ocorreu por volta das 21h30, informou a concessionária que administra o aeroporto. Para o assalto, os criminosos usaram uma caminhonete Hilux, com adesivos da empresa de segurança de pista do aeroporto. A Polícia Federal informou que fez perícia no local e deu início a oitivas, mas não informou se houve ordem de prisão.

Por meio de nota, a concessionária Aeroportos Brasil Viracopos, administradora do aeroporto, disse que ninguém ficou ferido na ação e que as investigações estão agora sob responsabilidade da Polícia Federal, que instaurou inquérito para apurar o crime. Já a empresa Brink’s, que faz o transporte de valores, disse que está à disposição das autoridades para esclarecer os fatos. A empresa também informou que não houve feridos no assalto.

 

Maia confirma pré-candidatura à sucessão de Temer às vésperas da convenção do DEM

Presidente da Câmara, o deputado Rodrigo Maia (RJ) já fala como pré-candidato à sucessão de Michel Temer nas eleições gerais de outubro deste ano, como cabeça de chapa do Democratas. A três dias da convenção nacional do partido, que deve bater o martelo sobre a candidatura própria, Maia adota o discurso protocolar e diz que vai esperar a posição final dos correligionários. Com 33 deputados, o DEM almeja chegar a mais de 40 nomes na próxima próxima janela partidária, que fecha 7 de abril, depois de ter iniciado a legislatura (2015-2019) com 21 representantes – a expectativa é do líder do partido, deputado Rodrigo Garcia (SP).

“É uma construção [de candidatura] que já vem acontecendo ao longo dos meses. Muitos colegas, parte da sociedade civil, alguns empresários estão vendo nossa gestão na Câmara, essa coragem de enfrentar temas de muitos anos atrás. Agora é esperar a convenção do partido”, afirmou o deputado ao programa do apresentador José Luiz Datena na Rádio Bandeirantes.

Fiador da política reformista de Temer, Maia diz que a classe política não pode mais se esquivar de mudanças na legislação de questões cruciais para o futuro do país, como a reforma da Previdência – temporariamente retirada de pauta, a matéria (PEC 287/2016) pode ser votada depois das eleições, embora até governistas admitam que ela só será apreciada em 2019.

“Tem que ter coragem para enfrentar esses assuntos como já estamos fazendo com vários – Reforma da Previdência, por exemplo – e também para falar a verdade”, acrescentou o deputado, que se esforça para figurar como o nome de centro no espectro político-ideológico, de maneira a evitar a evitar o conflito esquerda versus direita. A esse respeito, Maia fez menção à disputa que tem protagonizado o cenário político-eleitoral dos últimos 20 anos.

Para o parlamentar fluminense, o momento é propício para as pretensões do DEM, que tem servido de esteio dos tucanos neste período, com papel de coadjuvante. “O Brasil vive esse ciclo desde a redemocratização e depois a polarização PT e PSDB, que já acabou. As pesquisas já mostram uma rejeição contra esses partidos”, ponderou Maia, que tem procurado priorizar uma bandeira de campanha desde o ano passado, pautando a questão da segurança pública com prioridade na Câmara.

CNI recomenda desburocratização, educação e pesquisa para indústria crescer

O equilíbrio fiscal, a redução da carga tributária e da burocracia e o investimento em educação, pesquisa e inovação são os principais caminhos para a indústria brasileira crescer de forma sustentável nos próximos anos. As conclusões constam do relatório da Confederação Nacional da Indústria (CNI), que apresenta hoje (5) sugestões para os candidatos às próximas eleições presidenciais.

Elaborado com base em sugestões de empresários, o Mapa Estratégico da Indústria 2018–2022 pretende apresentar uma agenda para o próximo governo, que será eleito em outubro. O documento listou 11 fatores-chave para aumentar a competitividade e promover o crescimento sustentado da economia nos próximos quatro anos.

De acordo com a CNI, se as ações forem implementadas, o Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e dos serviços produzidos no país) brasileiro pode crescer, em média, 4% ao ano a partir de 2023. O PIB per capita aumentaria 3,5% ao ano em média, caso a população cresça 0,5% ao ano. Nas projeções da entidade, a renda média do brasileiro dobraria em 24 anos e passaria de cerca de US$ 14 mil em 2016 para US$ 30 mil em 2040.

Eixos

Esses fatores se concentram em dois eixos, segundo a CNI. O primeiro consiste na superação de gargalos que encarecem a produção e impactam a produtividade. O segundo eixo é representado por medidas que desenvolvem competências para aumentar a competitividade, como os investimentos em inovação, na Indústria 4.0 (que usa a internet direta entre objetos e a inteligência artificial para aumentar a automação) e na economia de baixo carbono.

Ambiente de negócios

As três primeiras ações consistem na melhoria do ambiente de negócios, definidos como fatores externos às empresas, relativos ao Estado, mas com impacto nas decisões empresariais. O primeiro passo é o reforço da segurança jurídica. De acordo com a CNI, as leis precisam ser claras, estáveis e com aplicação inequívoca para assegurar o cumprimento dos contratos.

A segunda etapa consiste na estabilidade macroeconômica, por meio do reequilíbrio das contas públicas que melhore a confiança nos investimentos. A entidade defende a manutenção do teto de gastos federais e a aprovação da reforma da Previdência. Em terceiro lugar, a CNI defende a melhoria da gestão do Estado, por meio da desburocratização, do controle de gastos, do aumento da transparência e do combate à corrupção.

Fatores de produção

Após a reformulação do Estado, a CNI considera necessária a melhoria dos fatores de produção – capital, recursos naturais e trabalho qualificado. Apesar de diretamente ligados às empresas, esses fatores dependem do governo, que provê e regulamenta a oferta e o uso dos recursos. Nesse grupo de ações, a entidade defende a melhoria da educação em todos os níveis, a ampliação do acesso das empresas ao financiamento – tanto dos bancos privados e como por meio do desenvolvimento de novos mecanismos dentro do mercado financeiro.

A CNI defende a ampliação do crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para micro e pequenas empresas, para exportações e inovações. Em relação ao meio ambiente, a entidade estipulou como metas o aumento em 10% da produtividade da indústria no uso de energia, o aumento da reciclagem de plásticos, a melhoria na gestão dos recursos hídricos e a ampliação do uso econômico e sustentável da biodiversidade.

O governo regulamentaria os instrumentos econômicos da Política Nacional de Resíduos Sólidos, a recuperação energética de resíduos sólidos urbanos e a cobrança pelo uso da água, incluindo mecanismo de aplicação reembolsável de arrecadação. As mudanças na legislação teriam como objetivo oferecer incentivos aos empresários com boas práticas ambientais.

Custos de produção

O terceiro grupo de medidas, apontou a CNI, consiste na melhoria do ambiente de negócios por meio da redução de custos de produção. A entidade defende uma reforma tributária que simplifique a cobrança e reduza o peso dos impostos na economia. Entre as sugestões, estão a redução, de oito para dois, do número de tributos sobre a circulação de mercadorias e serviços, desonerar os investimentos e eliminar a tributação em cascata (quando um tributo incide sobre todas as etapas da cadeia produtiva, encarecendo o produto final).

Mesmo considerando como avanço a reforma trabalhista aprovada no ano passado, a CNI defende medidas adicionais de flexibilização do emprego, como a redução de encargos trabalhistas e a eliminação de “lacunas” na legislação atual que, na visão da indústria, trazem insegurança jurídica. Em troca, a entidade apoia o aperfeiçoamento dos benefícios sociais e trabalhistas e dos sistemas de cotas para menor deficiente e menor aprendiz para melhorar a segurança econômico-financeira do trabalhador.

Outras reivindicações

A CNI reivindica a ampliação e a melhoria da infraestrutura do país, para eliminar a perda de competitividade. A recuperação, segundo a entidade, pode ser acelerada com qualidade regulatória e ampliação da participação privada nos investimentos e na prestação dos serviços. Os empresários também pedem uma política industrial consistente e integrada, que estimule a inovação e as exportações.

Por fim, o relatório destaca medidas que dependem exclusivamente das próprias empresas, como a melhoria da gestão empresarial, a intensificação das atividades de inovação e a maior integração com a cadeia internacional de produção. Entre as metas, estão a elevação da nota do Brasil em qualidade da gestão de 5,3 para 7,5, a mudança da taxa de inovação de 36,4% para 45%, o aumento do número de empresas que qualificam os trabalhadores e a elevação da quantidade de empresas industriais que atuam no comércio exterior, de 13.057 para 15 mil.

Urgência

Segundo a entidade, as medidas para reformular a economia brasileira são necessárias e urgentes. O relatório citou dados do Fórum Econômico Mundial (grupo de empresários e líderes políticos que se reúne todos os anos na Suíça) segundo os quais o Brasil caiu da 48ª posição em 2013 para o 80º lugar em 2017 no ranking global de competitividade. Um estudo da própria CNI mostra que, de 2006 a 2016, a produtividade brasileira cresceu apenas 5,5%, contra 11,2% na Argentina e 16,2% nos Estados Unidos.