União Nacional das Entidades de Comércio e Serviço repudia fim do parcelado lojista

A União Nacional das Entidades de Comércio e Serviço, Unecs repudia a proposta da Abecs ao Banco Central (conforme reportado do Jornal Valor Econômico no dia 30 de janeiro) em relação à criação de um Crediário para pôr fim ao parcelamento sem juros feitos diretamente pelos lojistas.

A entidade entende que o parcelamento é uma importante ferramenta à disposição do empresário para definir suas estratégias de preço e condições de pagamento.

“Defendemos que a discussão sobre um assunto dessa relevância não pode avançar sem envolvimento dos representantes do setor de comércio e serviços, em especial daqueles que representam os pequenos e médios negócios. O parcelamento lojista atualmente representa a melhor e mais batata forma de estimular o consumo”, afirma o presidente da UNECS, Paulo Solmucci.

Sobre a UNECS

Criada em 2014, a Unecs é formada por sete das maiores instituições brasileiras representativas da área do comércio e serviços: Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores (ABAD), Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco), Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop), Associação Brasileira de Supermercados (Abras), Confederação Nacional de Dirigentes e Lojistas (CNDL) e Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB).

Programa disponibiliza mais de 25 mil bolsas de estudos em Pernambuco

Até os primeiros dias de fevereiro, estudantes se deparam com a difícil decisão de qual faculdade irão cursar. Pesam na escolha, vários fatores, sendo que o preço, estrutura e localização são fundamentais. Para ajudar nesta reta final, o Quero Bolsa, principal site de inclusão de jovens no ensino superior, disponibiliza mais de 26 mil bolsas de estudos de até 70% de desconto, em 39 instituições presentes em Pernambuco. Somente na Grande Recife são 14 mil vagas em 35 universidades.

As bolsas são para cursos de graduação e pós-graduação, nas modalidades presencial e a distância (EaD), em instituições como Faculdade dos Guararapes, IESO, Instituto Pernambucano de Ensino Superior, Faculdade de Recife, Faculdade de Tecnologia e Ciências de Pernambuco, Facir, Fafire, Faculdade Anchieta, Faculdade Esuda, entre outras.

Para obter o benefício, basta ao candidato procurar o curso de interesse, efetuar a inscrição no site e, em seguida, pagar a pré-matrícula para garantir a bolsa de estudo. Tudo isso, sem qualquer burocracia ou necessidade de comprovação de renda. “Após concluir o processo na plataforma, deve comparecer à instituição de ensino escolhida para prosseguir com os trâmites da matrícula”, explica Marcelo Lima, diretor de relações institucionais do Quero Bolsa.

O executivo ressalta que a opção é diferente dos moldes do financiamento estudantil, uma vez que o aluno assegura um percentual de desconto no valor da mensalidade até o final do curso e, após a sua conclusão, não precisa pagar qualquer taxa extra para o Quero Bolsa ou a faculdade. “O benefício é real e está disponível para todos”, finaliza.

Mais informações podem ser consultadas pelo site www.querobolsa.com.br ou por meio da central de atendimento, no telefone 0800 123 2222, de segunda a sexta-feira, entre 8h00 e 22h00, e aos sábados, das 9h00 às 13h00 (horário de Brasília).

Sobre o Quero Bolsa

O Quero Bolsa (www.querobolsa.com.br) é um site que ajuda estudantes a escolher e ingressar no Ensino Superior com bolsas de estudos de até 75% em cursos de graduação, pós-graduação, além de profissionalizantes e técnicos, em mais de 1.200 instituições de ensino parceiras no País. A plataforma também reúne informações de faculdades, cursos e comparativo de preços, até dicas de estudo e carreiras. Além do site, o serviço conta com aplicativo móvel disponível nos sistemas Android e iOS. Em 2017, o Quero Bolsa recebeu o título de “Equipe Campeã de Atendimento” no prêmio Época Reclame Aqui.

Novos promotores tomam posse dia 6 de fevereiro

No próximo dia 6, o Centro de Convenções de Pernambuco, em Olinda, será palco de uma importante ação para a defesa da cidadania: a posse de 20 novos promotores de Justiça, que assumirão seus cargos em cidades do Interior de Pernambuco. A solenidade ocorre às 16h no Teatro Beberibe, localizado na Avenida Professor Andrade Bezerra, s/nº, no bairro de Salgadinho. Ao todo, 41 promotores – 21 já em ação, desde setembro de 2017 – foram convocados desde janeiro do ano passado.

Dos 20 promotores, aprovados no concurso público realizado em 2015 e prorrogado até 2019 pelo procurador-geral de Justiça, Francisco Dirceu Barros, 14 vão para municípios do Sertão (Bodocó, Cabrobó, Carnaíba, Custódia, Exu, Flores, Floresta, Inajá, Petrolândia, Serrita, Tabira, Tacaratu, Terra Nova e Trindade), cinco para cidades do Agreste (Águas Belas, Buíque, Ibirajuba, Jupi e Lagoa dos Gatos) e um para Chã Grande, na Zona da Mata. São todas Promotorias de Primeira Entrância e é praxe no Ministério Público de Pernambuco (MPPE) a entrada na instituição pelas comarcas de cidades mais afastadas da capital.

No dia 7 de fevereiro, tem início o curso de formação para os novos promotores, que vão passar por diversas atividades para prepará-los para o desafio e assumir as promotorias por todo o Estado, a partir do dia 5 de março.

“Diminuir o déficit de promotores é a nossa prioridade. Começamos 2017 com um déficit de 146 promotores. Conseguimos chamar 41, o que é um grande avanço, mas vamos continuar trabalhando para convocar mais nos próximos meses”, diz o procurador-geral de Justiça.

Confiança dos MPEs termina janeiro com 54,6 pontos e inicia 2018 com otimismo, mostra indicador do SPC Brasil e CNDL

O Indicador de Confiança da Micro e Pequena Empresa (MPE) atingiu 54,6 pontos em janeiro, acima dos 51,1 pontos no último mês de dezembro, segundo dados do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). Pela quarta vez seguida, o resultado ficou acima dos 50 pontos, indicando que o clima de otimismo tem prevalecido entre os entrevistados. Pela metodologia, o indicador varia de zero a 100, sendo que, acima de 50 pontos, reflete confiança desses empresários e, abaixo dos 50 pontos, reflete desconfiança com os negócios e com a economia.

“Tanto a avaliação do cenário atual quanto as expectativas para futuro cresceram neste início de ano, com destaque para o crescimento do segundo componente”, afirma o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro. “A recuperação econômica em curso contribui para a melhora do humor dos empresários. A percepção do cenário atual já é bem melhor do que a observada no início de 2017. Se confirmadas as expectativas ao longo de 2018, a confiança poderá consolidar-se acima do nível neutro, quem sabe encorajando os micro e pequenos empresários ao investimento e, por consequência, iniciando um ciclo virtuoso para a economia”, analisa.

O Indicador de Confiança é composto pelo Indicador de Condições Gerais e pelo Indicador de Expectativas. Por meio da avaliação das condições gerais, busca-se medir a percepção dos micro e pequenos varejistas e empresários de serviços sobre os últimos seis meses. Já através das expectativas, busca-se medir o que se espera para os próximos seis meses.

Indicador de Condições Gerais avança de 34,2 pontos para 41,6 pontos em um ano

O Indicador de Condições Gerais, que avalia o retrospecto do micro e pequeno empresário sobre o desempenho de suas empresas e da economia nos últimos seis meses, subiu de 34,2 pontos em janeiro de 2017 para 41,6 pontos em janeiro de 2018. Como o índice continua abaixo do nível neutro de 50 pontos, significa que os empresários ainda não enxergam os últimos seis meses de forma favorável, embora o crescimento do índice aponte uma interrupção na trajetória de piora.

Na abertura do indicador, tanto a avaliação regressa de seus negócios quanto da economia, apresentaram melhora na variação anual. No primeiro caso, passou de 37,4 pontos para 44,9 pontos na escala. Já para o desempenho recente da economia, a evolução positiva foi de 31,0 pontos para 38,4 pontos.

Em termos percentuais, 50% dos micro e pequenos empresários sondados consideram que as condições da economia brasileira pioraram nos últimos seis meses. Apesar de elevado, o número alcançou 63% em janeiro de 2017. Já a proporção dos que notaram melhora da economia marcou 23% em janeiro.

51% dos MPEs estão otimistas com o futuro da economia do país

O Indicador de Expectativas, que serve de parâmetro para avaliar o que os empresários aguardam para o futuro, ficou em 64,4 pontos em janeiro de 2018, contra 59,0 observados em dezembro de 2017 e dos 63,6 pontos que marcara em janeiro de 2017.

De acordo com o levantamento, 51% dos micro e pequenos empresários estão em algum grau confiantes com o futuro da economia do país contra 18% de pessimistas. Quando essa análise se restringe à realidade da sua própria empresa, o índice cresce e atinge 64% dos empresários otimistas contra um percentual de 8% que manifestaram pessimismo com o futuro de seus negócios.

Apesar da confiança dos empresários no desempenho da economia, na maior parte dos casos, os entrevistados não sabem explicar as razões: 40% desses empresários admitiram não saber o porquê de seu otimismo, apenas acreditam que coisas boas devem acontecer. A mesma razão é citada por 26% dos micro e pequenos empresários que estão otimistas com seus negócios.

Entre os que estão otimistas com a economia, há também 38% que já notam a melhora de alguns indicadores econômicos e 16% que o País tem um amplo mercado consumidor. Já entre os que imaginam que suas empresas terão um horizonte positivo nos próximos seis meses, 35% confiam na boa gestão que fazem do negócio, medida que os fazem se distanciar dos efeitos da crise, na opinião desses entrevistados.

Em sentido oposto, entre os pessimistas com a economia, a questão política também ganha protagonismo, revelando que a incerteza no campo político afeta as perspectivas econômicas de 69% dos desses entrevistados. Dentre os pessimistas com o próprio negócio, 48% afirmam que o volume de vendas está baixo e 30% consideram difícil empreender no Brasil.

Outro dado investigado pelo levantamento foi o faturamento das empresas. A maior parte (49%) dos micro e pequenos empresários acredita que o faturamento poderá crescer. Outros 41% acham que ele não se alterará ao longo deste primeiro semestre do ano, contra apenas 6% dos que esperam queda das receitas.

Metodologia

O Indicador e suas aberturas mostram que houve melhora quando os pontos estiverem acima do nível neutro de 50 pontos. Quando o indicador vier abaixo de 50, indica que houve percepção de piora por parte dos empresários. A escala do indicador varia de zero a 100. Zero indica a situação limite em que todos os entrevistados consideram que as condições gerais da economia e dos negócios “pioraram muito”; 100 indica a situação limite em que todos os entrevistados consideram que as condições gerais “melhoraram muito”.

Baixe a íntegra do Indicador de Confiança MPE e a série histórica no link: https://www.spcbrasil.org.br/imprensa/indices-economicos

Faturamento, emprego e horas trabalhadas na produção crescem e consolidam reação da atividade, informa CNI

O faturamento da indústria aumentou 0,2%, as horas trabalhadas na produção cresceram 0,8% e o emprego teve expansão de 0,3% em dezembro na comparação com novembro, na série livre de influências sazonais. As informações são dos Indicadores Industriais, divulgados nesta quinta-feira, 1º de fevereiro, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

De acordo com a pesquisa, o nível de utilização da capacidade instalada ficou em 78%. A massa real de salários caiu 0,6% e o rendimento médio real dos trabalhadores diminuiu 0,4% em dezembro frente a janeiro na série dessazonalizada.

Mesmo com indicadores negativos, os dados de dezembro confirmam a recuperação da atividade industrial. “O aumento de 0,3% no emprego parece pequeno, mas é o maior desde 2014”, observa o economista da CNI Marcelo Azevedo. Em dezembro, o emprego teve o terceiro aumento consecutivo. “Durante o segundo semestre, somente em agosto foi registrada queda no emprego”, informa a pesquisa.

Azevedo destaca que a reação da economia só se consolidou no segundo semestre. Com as fortes quedas registradas no primeiro semestre, a indústria fechou 2017 com resultados negativos. O faturamento caiu 0,2%, as horas trabalhadas na produção recuaram 2,2%, o emprego diminuiu 2,7% e a massa real de salários encolheu 1,9%. O rendimento médio real dos trabalhadores aumentou 0,8%. “A utilização da capacidade instalada média de 2017 é 0,4 ponto percentual superior à registrada em 2016”, diz a pesquisa.

A aceleração do crescimento em 2018 depende do crescimento da demanda e do investimento, diz Azevedo. “Isso trará o aumento da produção e reativará as máquinas paradas, ampliando o uso da capacidade instalada. Isso possibilitará o aumento do investimento, que trará mais e mais empregos, o que sustentará o processo virtuoso de recuperação da economia”, afirma o economista da CNI.

Concessionárias lucram R$ 2 bilhões com pregão eletrônico de veículos seminovos em 2017

As concessionárias de veículos no Brasil encontraram no repasse online de seminovos uma nova alternativa para ampliar seus negócios no Brasil. Em 2017, o lucro com a venda de usados via pregão eletrônico foi da ordem de R$ 2 bilhões, um crescimento de cinco vezes em relação ao exercício anterior, quando os resultados atingiram aproximadamente R$ 412 milhões.

Levantamento exclusivo realizado na plataforma AutoAvaliar, com base nas transações realizadas entre 2,5 mil concessionárias e 20 mil lojistas multimarcas no País entre janeiro e dezembro de 2017, mostra que o valor médio das transações eletrônicas foi de cerca de R$ 26 mil por automóvel, ante os R$ 25 mil verificados no ano anterior.

Além do pregão online, também integram o lucro das concessionárias o uso da plataforma de gestão de vendas e estoque e do sistema de avaliação e cotação de usados da AutoAvaliar.

“Para se ter uma ideia, a rentabilidade dos nossos clientes com o repasse de veículos chega a dobrar, impulsionado especialmente pela gestão eficiente e controle efetivo na operação”, comenta Daniel Nino, sócio-diretor da AutoAvaliar.

Faturamento de R$ 20 bilhões

Segundo levantamento da AutoAvaliar, o comércio eletrônico de seminovos no País movimentou cerca de R$ 20 bilhões em 2017. O resultado é cinco vezes maior em comparação com o exercício anterior, quando as vendas atingiram R$ 4,8 bilhões.

Segundo Nino, as concessionárias brasileiras estão reinventando seus negócios com a aposta nos seminovos. “O uso de uma plataforma B2B para comércio de veículos traz mais agilidade e garante, sobretudo, maior transparência no repasse de automóveis feito entre concessionárias e lojistas”, comenta o diretor da AutoAvaliar.

Destra realiza campanha de volta às aulas

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Será realizada, a partir desta quinta-feira (01°) e durante os dias 05 e 19 de fevereiro, a Campanha de Volta às aulas da Autarquia Municipal de Defesa Social, Trânsito e Transportes (Destra). Equipes formadas por agentes de trânsito, guardas municipais, servidores da Autarquia e arte-educadores realizarão ações, nas escolas de Caruaru, com a temática “No trânsito, a educação é a solução”.

Com a proposta de conscientizar pais e estudantes sobre utilização de cinto de segurança, respeito à sinalização vertical e horizontal, evitar filas duplas e não estacionar em locais proibidos, a ação contará com “adesivaço”, atividades lúdicas e distribuição de material educativo.

Nos dias 01° e 05, a campanha atenderá escolas particulares. Já no dia 19 é a vez de as escolas municipais receberem as ações.

Resoluções definem valor e índice a serem cobrados para contratos do Fies

Diário Oficial da União desta quinta-feira (1°) publica resolução do comitê gestor do Fundo de Financiamento do Estudante (CGFies) que estabelece os valores semestrais mínimo e máximo dos financiamentos firmados a partir do 1° semestre de 2017 para o Programa de Financiamento Estudantil (Fies). Outra resolução, também publicada hoje no Diário Oficial, define o percentual de financiamento dos contratos a serem formalizados em 2018.

De acordo com o comitê gestor, o valor máximo a ser cobrado no âmbito do Fies a partir do 1° semestre de 2017 será de R$ 30 mil por semestre. Já o valor mínimo estabelecido para esse financiamento será de R$ 300.

Em outra norma, o comitê gestor apresentou a fórmula que definirá o percentual de financiamento dos contratos do Fies formalizados a partir de 1° de janeiro de 2018. Para chegar ao índice a ser cobrado, serão levados em conta o comprometimento da renda mensal bruta per capita da família, o encargo educacional cobrado pela instituição de ensino superior e o conceito dessa instituição segundo o Ministério da Educação.

Cármen Lúcia cobra respeito às decisões do Judiciário

Karine Melo e Débora Brito– Repórteres da Agência Brasil
Brasília - O presidente Michel Temere a presidente do Supremo Tribunal Federal, Cármem Lúcia participam da sessão especial de abertura do Ano Judiciário 2018 (Marcos Correa/PR)
Brasília – O presidente Michel Temer e a presidente do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia, participam da sessão especial de abertura do ano Judiciário 2018 Marcos Correa/PR

A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, abriu nesta quinta-feira (1) o ano Judiciário 2018 com discurso em defesa da Constituição e das leis do país, e cobrando respeito às decisões do Judiciário.

“Pode-se ser favorável ou desfavorável à decisão judicial pela qual se aplica o direito, pode-se buscar reformar a decisão judicial pelos meios legais e nos juízos competentes. O que é inadmissível e inaceitável é desacatar a Justiça, agravá-la ou agredi-la. Justiça individual, fora do direito, não é justiça senão vingança ou ato de força pessoal”, ressaltou.

A cerimônia, realizada no plenário do STF, marcou o retorno dos ministros às atividades, e contou com a presença do presidente da República, Michel Temer, e dos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia e do Senado, Eunício Oliveira.

“A lei é a divisória entre a moral pública e a barbárie”, disse Cármen Lúcia, lembrando que o respeito à Constituição e à lei, para o outro, é a garantia do direito para cada um dos cidadãos. “A nós servidores públicos, o acatamento irrestrito à lei impõe-se como um dever acima de qualquer outro. Constitui mau exemplo o descumprimento da lei, e o mau exemplo contamina e compromete”, afirmou.

Ainda no discurso, Cármen Lúcia ressaltou que o Judiciário não aplica a Justiça ideal e sim, a humana “posta à disposição para garantir a paz”. “Paz que é um equilíbrio no movimento histórico e contínuo entre os homens e as instituições”, disse.

Independência do Judiciário

Durante a solenidade, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, destacou a independência das instituições e destacou o papel do Ministério Público e das outras instituições do sistema de Justiça na defesa e restauração dos direitos e na garantia de correção de atos que se desviam da lei.

“As decisões judiciais devem ser cumpridas, os direitos restaurados, os danos reparados, os problemas resolvidos e os culpados precisam pagar por seus erros. Só assim, afasta-se a sensação de impunidade e se restabelece a confiança nas instituições”, declarou.

Dodge afirmou ainda que o momento atual do país não é de conforto, mas que o Ministério Público continua trabalhando para garantir a resolutividade das decisões do poder Judiciário e o acesso igualitário à justiça e aos serviços públicos essenciais.

O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Cláudio Lamachia, também enfatizou a independência do Poder Judiciário e reiterou que o país passa por um “ciclo de desarranjos institucionais, perplexidades, dilemas morais e existenciais, que tornam as nações mais maduras, conscientes e fortalecidas”.

“A independência do Judiciário é o pilar do Estado Democrático de Direito, marco civilizatório sem o qual há de predominar a barbárie da tirania e dos extremismos. Em meio a crises como a atual, esse fundamento é posto à prova, desafiado constantemente, seja pela retórica irresponsável de grupos políticos, seja pelo desespero dos que não tem o hábito de prestar contar dos seus atos à sociedade”, disse Lamachia.

A partir das 14 horas, os ministros do STF se reunirão para o primeiro julgamento em plenário do ano. O processo trata da validade da suspensão da resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que proibiu a fabricação e venda de cigarros com sabor artificial. A norma foi suspensa em 2013 por meio de uma liminar da ministra Rosa Weber.

Humberto comemora pesquisa sobre corrida eleitoral

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O resultado da pesquisa Datafolha, divulgada na quarta-feira, animou o líder da Oposição no Senado, Humberto Costa (PT). De acordo com o levantamento, mesmo depois da condenação do ex-presidente Lula pelo TRF-4, o capital político do petista segue o mesmo. Lula aparece na frente com ampla vantagem no primeiro turno (de 34% e 37% em todos os cenários) e ganha de todos os adversários, por ampla margem, no segundo turno.

“Essa pesquisa é extremamente importante porque mostra que, para desespero da direita e de setores políticos e econômicos, Lula segue sendo o nome preferido dos brasileiros para a disputa eleitoral deste ano. Ele aparece, em todos os cenários, disparado na frente e com chances de ganhar já no primeiro turno. A verdade é que, quanto mais perseguem Lula, mais forte ele fica e isso nos anima muito para seguir lutando”, afirmou o senador.

Humberto também destacou o potencial de Lula para a transferência de votos na próxima eleição. Segundo a pesquisa, 27% dos eleitores afirmam que o apoio de Lula “com certeza” influenciaria na sua escolha, outros 17% admitem que “talvez” votassem no nome indicado por ele. “É impressionante a influencia de Lula no cenário eleitoral deste ano, mesmo depois de toda essa campanha massiva e perversa feita contra ele”, salientou.

Para o senador, um eventual cenário de disputa sem o presidente geraria uma instabilidade política ainda maior. “Temos hoje um presidente sem nenhuma credibilidade que assumiu o poder por meio de acordos escusos e de um golpe contra uma presidente legitimamente eleita. Uma eleição sem o maior político e cabo eleitoral desse país, colocará o Brasil num cenário político de maior insegurança ainda, à mercê de oportunistas. É impossível pensar uma disputa em que o ex-presidente não seja protagonista. Eleição sem Lula é fraude”, concluiu Humberto.