Governo economiza R$ 1,8 bi em despesas administrativas

O governo federal economizou R$ 1,84 bilhão em despesas administrativas nos últimos 12 meses até outubro. Segundo o Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, o corte foi de 4,95% no período.

Os dados fazem parte do Boletim de Custeio Administrativo, um documento divulgado trimestralmente pelo Planejamento. Esse levantamento tem o objetivo de dar transparência às ações do governo e auxiliar no controle das despesas.

Em 12 meses, a maior queda foi o gasto com combustíveis e lubrificantes, um recuo de 30,9%. A lista que mostra a economia feita segue com serviços de telecomunicações (-28,1%) e passagens aéreas e locomoção (-25,5%). Apenas essa despesa com transporte cai há 23 meses consecutivos. Os gastos com locação de veículos também recuaram, tiveram queda de 17,4%.

Apenas o item energia elétrica e outros serviços – que engloba serviços bancários, de consultorias, entre outros – apresentou crescimento nos últimos 12 meses. No acumulado do ano, também é possível ver o esforço do governo para cortar gastos.

Corte de gastos em 2016

Entre janeiro e outubro, as despesas ficaram menores, apresentaram uma redução de 3,15% na comparação com igual período de 2015. Essa queda, segundo o ministério, é equivalente a uma redução de R$ 688 milhões.

Raquel Lyra fala sobre o desafio de uma gestora para o LIDE Mulher

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A prefeita eleita de Caruaru e atual deputada estadual, Raquel Lyra (PSDB) ministrou uma palestra no encontro do Lide Mulher Pernambuco, terça (19), no Recife. “Política e gestão pública. O desafio de ser mulher” foi o tema abordado pela deputada durante o evento.

No local, Raquel conversou com um grupo de empresárias sobre o compromisso e o desafio de criar oito mil vagas de creche em Caruaru, de trabalhar na qualificação profissional das mulheres e na educação infantil.

“A mulher tem muita dificuldade no mercado de trabalho pela necessidade de cuidar de suas famílias. É preciso investir na qualificação profissional e na educação infantil. A criação dessas novas vagas de creches beneficiarão as crianças e as mães caruaruenses, que terão mais tempo e oportunidade de serem inseridas no mercado de trabalho”, disse Raquel.

Ao final da conversa, a prefeita eleita de Caruaru agradeceu o convite do LIDE Mulher. “Agradeço ao LIDE, em nome de sua presidente Sophia Lins, pela oportunidade de participar deste encontro e poder falar sobre a minha carreira profissional e meus futuros desafios para mulheres que conquistaram posição de destaque na nossa sociedade”, finalizou.

Senado aprova PEC do Fim do Mundo, mas Humberto crê que STF vai derrubá-la

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Os protestos feitos pelo líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), senadores da oposição e mais de 10 mil pessoas em frente ao Congresso Nacional contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 55/2016, também conhecida como PEC do Fim do Mundo ou do Teto de Gastos, não foram suficientes para impedir a sua aprovação na noite de ontem(29). “O Senado foi o coveiro do futuro do país hoje”, afirmou.

Por 61 votos a 14, a Casa aprovou em primeiro turno a proposta que, na avaliação de Humberto, é inconstitucional e vai promover o congelamento dos investimentos em saúde, educação e segurança pública pelos próximos 20 anos. Além disso, a base aliada do presidente não eleito Michel Temer (PMDB) também rejeitou destaques apresentados pela oposição que preservariam os investimentos nas áreas sociais.

“As alterações propostas eram uma maneira de dizer que o Senado quer manter aquilo que construiu ao longo de todo o período da Constituição de 1988. Mas os golpistas não estão preocupados com isso”, disse o líder do PT. Durante a apreciação da matéria, ele anunciou que a oposição vai ao Supremo Tribunal Federal (STF) por considerá-la de caráter frontalmente oposto ao que prega a Constituição de 1988.

“Fomos derrotados aqui hoje. Mas nós, da oposição, não daremos um dia de trégua aos senhores. O que aqui dentro nós não conseguirmos vencer no voto, vamos ao outro lado da Praça dos Três Poderes provocar o STF para que assegure direitos e garantias que esse governo ilegítimo busca suprimir”, afirmou.

Milhares de pessoas, movimentos sociais e estudantis que se manifestaram em frente ao Congresso contra a medida defendida pelo governo sofreram dura repressão policial durante o protesto. No plenário, Humberto condenou a violenta ação da Polícia Militar, que espancou diversos jovens.

O líder do PT disse ainda que, se a PEC passar incólume pelo Senado, a luta vai seguir no Congresso, nas ruas e no Poder Judiciário. “Eu tenho a certeza de que a proposta não terá a mesma sorte no plenário do STF, onde deve ser enterrada pelos ministros daquela Suprema Corte”, crê.

O parlamentar ressaltou a luta travada pela oposição para realizar diversas audiências públicas e a ida às ruas para debater a perversidade da matéria. Ela avalia que foi possível mostrar à população que, longe de melhorar a situação do Brasil, a PEC vai agravá-la sensivelmente porque “nenhum país do mundo adotou nada tão nefasto como esse modelo que Temer impõe ao Brasil”.

“O presidente tem se submetido às situações mais patéticas e ridículas para demonstrar um ar de normalidade que o país não está vivendo. Seu governo, dia a dia, vem despencando de podre, seis ministros demitidos em seis meses, derrubados por escândalos em sequência. E novos virão”, comentou.

De acordo com Humberto, a economia não dá sinais de melhora, mesmo 180 dias depois da chegada ilegal do PMDB e aliados ao Planalto. “Ao contrário, o pessoal desse governo é bom de maquiar dados, jogando sempre para amanhã as promessas que fizeram para hoje”.

Faturamento de redes de farmácias populares cresce 74%

As redes de farmácias populares ligadas à Farmarcas obtiveram um resultado impressionante em outubro deste ano, apresentando um crescimento orgânico de 74% em seu faturamento em relação ao mesmo período de 2015. Assim, o valor da venda líquida de todas as lojas das redes populares somadas foi de R$ 64.834.033,00 em outubro deste ano, frente 37.242.765 em outubro de 2015.

São consideradas farmácias populares da Farmarcas as das redes Ultra Popular, Super Popular e Maxi Popular. O crescimento orgânico se baseia na junção do crescimento do número de lojas e do faturamento individual dessas. Para se ter ideia, a quantidade de farmácias ligadas às redes populares saltou 61,5% em todo país, passando de 232 para 376.

Todas farmácias das redes

Levando em conta todas as redes da Farmarcas, o crescimento também foi bastante expressivo, atingindo 47,41% no mesmo período. Enquanto em outubro de 2015 o faturamento foi de R$ 58.453.602,00, em outubro de 2016 foi de R$ 86.169.216,00, um resultado que também advém do aumento do número de farmácias associadas às redes e, principalmente, do aumento individual do faturamento das farmácias.

Ponto importante é que o setor farmacêutico quase não sentiu os reflexos da crise que atinge outras áreas da economia. “Além de ser uma necessidade básica, o mercado farma também tem muito o que crescer no país, pois o acesso a medicamentos e outros produtos comercializados em farmácias no país era muito abaixo da média mundial. Outro ponto de destaque que observamos é que a população está mais preocupada com os preços desses produtos, buscando locais com os menores valores”, explica o diretor operacional da Farmarcas, Ângelo Vieira.

Mas dentro da rede também existem diferenciais que explicam e baseiam esse crescimento exponencial que se deu acima até mesmo do restante do mercado farma; ferramentas diferenciadas de gestão foram utilizadas, buscando padronizar os atendimentos de todas as lojas, além de ações agressivas de marketing.

O diretor operacional conta ainda que há um cuidado muito grande na padronização dos processos das farmácias. “Essa preocupação vai desde a fachada e o layout das lojas até a possibilidade de descontos e o preenchimento de dados administrativos. Para isso, investimos intensamente em profissionais de relacionamento com as farmácias, que chamamos de ‘anjos’”.

Os ‘anjos’ são um grupo de profissionais responsáveis pela gestão do relacionamento entre a Farmarcas e as farmácias. Eles possuem um painel de lojas e, a partir das ordens de serviço registradas no sistema de controle do cadastro de associados, monitoram e acompanham para que todas as demandas sejam resolvidas com rapidez e eficiência.

Eles também são responsáveis por orientar as lojas quanto ao correto preenchimento das ferramentas disponibilizadas, como correções e ajustes nos relatórios de lucratividade, e também na divulgação das inúmeras campanhas promocionais desenvolvidas pela equipe comercial.

Segundo Ângelo Vieira, as projeções de crescimento para os próximos períodos também são positivas. ”Estamos otimizando ainda mais nossas ações e trabalhando de forma que os clientes possam buscar nas farmácias das redes associadas os melhores preços de medicamentos. Isso se deve ao fato de termos estudos que apontam que o preço é um dos fatores definitivos na hora da compra de medicamentos”, finaliza.

Sobre a Farmarcas

A Farmarcas (http://www.farmarcas.com.br/ ) é uma associação criada para administrar agrupamentos farmacêuticos e redes associativistas, tendo como foco a capacitação dos empresários e a excelência na gestão das lojas. Atualmente, fazem parte da empresa as redes Drogarias Ultra Popular, Farmácia Super Popular, Farma100, Entrefarma, Drogarias Maxi Popular, Farmácias BigFort, AC Farma e Megapharma.

Uma equipe de especialistas dispõe de ferramentas gerenciais exclusivas, desenvolvidas e testadas pela Febrafar (federação que reúne mais de nove mil farmácias independentes em todo o Brasil), e todos possuem o compromisso de orientar, apoiar e servir os associados, para que atuem com alta eficiência operacional e se tornem cada vez mais competitivos e prósperos. A equipe trabalha para fazer com que a empresa seja reconhecida como a melhor e mais eficiente na gestão de agrupamentos de farmácias do Brasil.

Vereador Estéfano Menudo se entrega e vai para cadeia

Do G1

Procurado pela Polícia Civil, desde o início da manhã desta terça, o vereador do Recife Estéfano Menudo (PSB) resolveu se entregar ao sistema penitenciário, no fim da manhã. Ele já está preso no Centro de Observação e Triagem de Abreu e Lima (Cotel), na Região Metropolitana.

De acordo com promotor de Justiça da Vara de Execuções Penais de Pernambuco, Marcellus Ugiette, o parlamentar ligou para ele na tarde da segunda-feira (28) informando que queria se entregar. Menudo se apresentou ao lado de dois policiais, também acusados pela Justiça e procurados pela polícia.

“Fiz o encaminhamento. Esse caso de Menudo é emblemático, já que ele ainda tem um recurso para usar no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Mesmo assim, está preso por determinação judicial. Foi uma decisão importante da parte dele. Tem gente que prefere fugir”, afirmou o promotor.

As buscas para prender o vereador começaram no início por volta das 5h desta terça. Agentes estiveram na residência dele, no bairro do Bongi, na Zona Oeste da capital. Sem concorrer à reeleição, Menudo conseguiu eleger sua filha, Nathália de Menudo (PSB), este ano.

O parlamentar foi condenado pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) por tortura e concussão, isto é, extorsão de dinheiro ou exigência de vantagens indevidas por funcionário público em exercício.

A sentença foi mantida pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), depois que os advogados de defesa entraram com recurso. O G1 tentou contatar o vereador, mas não obteve sucesso.

A Presidência do TJPE recebeu, na segunda-feira (21), um telegrama do ministro Sebastião Reis Júnior, da Sexta Turma do STJ, solicitando o cumprimento imediato da prisão do parlamentar.

Menudo teria cometido esses crimes na função de policial civil. Ele foi condenado, pelo juiz da Vara dos Crimes Contra a Administração Pública da Capital, Honório Gomes do Rego Filho, a cumprir oito anos e nove meses de reclusão.

O parlamentar interpôs recurso no segundo grau da Corte, mas a decisão foi mantida. No último grau do recurso, o Superior Tribunal de Justiça, a pena foi reduzida para cinco anos, oito meses e 12 dias.

De acordo com a assessoria da Corte estadual, o documento enviado pelo ministro do STJ foi encaminhado para o Cartório de Recursos aos Tribunais Superiores do TJPE. A Polícia Civil segue procurando um dos acusados.

MEC é invadido e depredado por manifestantes

Estadão

O prédio do MEC, na Esplanada dos Ministérios, foi invadido e depredado por um grupo de 50 a 100 pessoas, algumas encapuzadas. Segundo informações, as entradas do ministério foram quebradas, assim como câmaras de segurança e caixas eletrônicos, chegando até o segundo andar. Fora do edifício, tocaram fogo em pneus e no lixo. Segundo a PM, coquetéis molotov foram usados. O MEC foi evacuado e manifestantes foram presos.

O ministro da Educação, Mendonça Filho, condenou de forma veemente os fatos ocorridos hoje na Esplanada dos Ministérios, particularmente no MEC, que foi invadido por mascarados com pedaços de ferro e pedras, destruindo móveis, computadores, cadeiras, vidraças, divisórias e depredando outros bens públicos. “Os servidores do MEC viveram clima de terror. Isso é inaceitável. Como democrata que sou, entendo o direito de protesto, mas de forma civilizada, respeitando o direito de ir e ir. O que vimos hoje foram atos de violência e vandalismo contra os servidores públicos e contra o patrimônio”, afirmou.

Temer diz repudiar vandalismo em protesto em Brasília

Da Folha de São Paulo

O presidente Michel Temer repudiou os episódios de “vandalismo” e “destruição” durante protesto na Esplanada dos Ministérios nesta terça-feira (29).

Em nota, ele ressaltou que a intolerância “não é forma democrática” e não pode ser “instrumento para pressionar” o Congresso Nacional.

“O governo sempre esteve aberto ao diálogo e defende o direito às reivindicações. Mas jamais transigirá com atos de destruição do patrimônio público e privado”, disse.

O presidente também lamentou os ataques feitos a veículos de imprensa. Um carro de uma emissora de televisão chegou a ser depredado e jornalistas foram hostilizados.

“A liberdade de imprensa é um valor central em nossa democracia. O presidente lembra que a mesma Constituição que garante a liberdade de manifestação, protege também a imprensa livre”, afirmou.

Para o peemedebista, o país não pode ser palco de episódios que “disseminam o medo e a intimidação para as famílias e os cidadãos brasileiros”.

Mendes defende novo modelo de financiamento eleitoral

Em evento no Conselho Federal da Ordem Dos Advogados do Brasil (OAB) com discussões sobre a reforma política, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, fez uma autocrítica, como ministro do Supremo, quanto à aprovação, na Corte, de restrições à mudança de partidos.

“Passou a entender que o troca-troca deveria levar à perda do mandato. Mas deixou um escape dizendo que poder-se-ia sair do partido para criar outra agremiação. O resultado está aí hoje: nós brincamos de aprendizes de feiticeiro. Produzimos esta numerologia que está aí: 28 partidos no Congresso, 35 partidos inscritos na justiça eleitoral, ou talvez outros 35 ou cinquenta pedindo registro no TSE. O que dificulta os debates sobre as mudanças todas.”

O presidente do TSE tratou de financiamento público, mas afirmou ser “difícil discutir financiamento sem saber qual vai ser o modelo ou o sistema eleitoral”. “Se caminhássemos para um modelo de lista fechada poderíamos ter um modelo de financiamento público, poderíamos pensar. Mas se temos um modelo de lista aberto, fica difícil”, disse Mendes.

“Nós sabemos o que não queremos, mas não sabemos o que queremos. Uma coisa que não está dando certo é o sistema de lista aberta com essa multiplicidade de partidos. Então temos um enorme desafio pela frente”, disse.

Gilmar utilizou o exemplo do Chile para mostrar uma preocupação com relação à ideia de instituir o voto facultativo. “O Chile decidiu encerrar o ciclo do voto obrigatório. E colheu nas eleições municipais um dado preocupante: quase 70% de abstenção.”

A abertura do encontro foi feita pelo presidente nacional da OAB, Claudio Lamachia, que cobrou avanços e afirmou que o “Brasil precisa de uma reforma política”. “A OAB tem tido muito cuidado para não entrar na linha da demonização da política. Não há democracia sem políticos”, falou Lamachia.

O presidente do Congresso, Renan Calheiros, também está presente. Também foi convidado, mas não compareceu, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Também devem participar o ministro das relações exteriores, José Serra, e o vice-procurador-geral eleitoral, Nicolao Dino. Há também representantes do TSE e da Justiça Federal e do Parlamento, como a senadora Ana Amélia (PP-RS).

Lula diz que, se necessário, será candidato em 2018

Em visita a três ocupações em Belo Horizonte (MG), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez críticas ao presidente Michel Temer (PMDB) e disse que, se preciso, vai ser candidato à Presidência em 2018.

Lula visitou três vilas da chamada Ocupação Izidora e prometeu que conversaria com o governador Fernando Pimentel (PT) para resolver a demanda por regularização fundiária das localidades que visitou. Ele afirmou que o governador petista tem condições de conversar com o prefeito eleito da capital, Alexandre Kalil (PHS), sobre a situação. “Tem tido um comportamento bastante civilizado e está disposto a negociar, a conversar”, comentou Lula, sobre Kalil.

No discurso em uma das vilas, Lula culpou a articulação contra o governo petista, que culminou no impeachment de Dilma Rousseff, e o presidente Michel Temer pelos retrocessos na economia do País. Na fala de Lula, pelo ódio contra ele e contra Dilma “estão destruindo o País”. “Estão destruindo esse País, em 2014 só tinha 4% de pessoas desempregadas e hoje é 12% de desempregos”, apontou.

O petista afirmou que a única forma de resolver o problema econômico brasileiro é “cuidar do pobre”. “Quem quiser resolver o problema da economia desse País tem que cuidar do povo pobre porque é esse povo que vai fazer a economia voltar a crescer, é esse povo que vai gerar emprego”, disse o ex-presidente.

Lula afirmou ainda que está disposto a ser novamente candidato à presidência da República. “Eles não vão continuar destruindo esse País. Se for necessário, eu sou candidato outra vez”, disse.

“Brasil Popular” declara apoio a impeachment de Temer

A Frente Brasil Popular (FBP) divulgou, na manhã desta terça, uma nota na qual declara apoio ao impeachment do presidente Michel Temer. Segundo a nota, as declarações do ex-ministro da Cultura Marcelo Calero sobre suposta interferência do presidente em favor de interesses privados do ex-ministro da Secretaria de Governo Geddel Vieira Lima configuram crime de responsabilidade.

A FBP cita ainda o recebimento de recursos não contabilizados pela campanha de Temer à Presidência em 2014 como fundamento para o afastamento do presidente.

“Os crescentes gritos de ‘Fora, Temer’ materializam-se, agora, no incontornável impedimento de seu mandato. Sabedores de que há setores do golpismo urdindo, para esta situação, o plano da eleição indireta de um presidente tampão, dizemos: Fora Temer e tire a mão dos direitos do povo brasileiro”, diz a nota.

A FBP cita ainda as dificuldades econômicas e políticas do novo governo, quedas de ministros, alguns por denúncias de corrupção, além da PEC do Teto, considerada pelos movimentos sociais um retrocesso, como motivos para o afastamento de Temer. Segundo a Frente, desde que chegou ao poder Temer não conseguiu reverter a instabilidade política, um dos fatores que levaram ao impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.

“A saída do ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, sexto ministro de Temer a cair, evidencia que a tão prometida estabilidade política e econômica que o presidente Michel Temer prometeu está longe de ser realidade. Além disso, está nítido que a obstrução da Justiça e o envolvimento com corrupção é a regra, não a exceção da equipe ministerial”, diz o texto.

Articulada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no final de 2014, a Frente Brasil Popular é composta por mais de 60 movimentos sociais, sindicais e partidos políticos de esquerda. Entre eles CUT, UNE, CMP, PT, PC do B e MST.

Líderes destes movimentos avaliam assinar o pedido de impeachment de Temer preparado pela bancada do PT no Senado e que deve ser apresentado até o início da semana que vem. Será o segundo pedido de afastamento do presidente em uma semana. Na segunda-feira, 28, o PSOL protocolou um documento que aponta supostos crimes de concussão e improbidade administrativa por parte de Temer no episódio que envolve Geddel.