Cinco pessoas morrem após confrontos com policiais na Bahia

Cinco homens morreram após confronto com policiais na madrugada deste sábado (23), em Crisópolis, interior da Bahia. De acordo com a Polícia Militar (PM), a operação visava o combate ao tráfico de drogas.

Em nota, a corporação explicou que os militares foram informados de que homens armados vendiam drogas na Rua Maria Eunice, região central do município. “De imediato, os policiais se dirigiram ao local indicado e, ao se aproximar, foram recebidos por disparos de arma de fogo”, diz.

Segundo a PM, após a troca de tiros, um homem ficou ferido e foi levado ao Hospital Municipal de Crisópolis, onde acabou morrendo.

Na sequência, os militares deram continuidade às buscas na região e, em novo confronto, quatro pessoas foram feridas. A PM afirma que os suspeitos também foram socorridos, mas não resistiram aos ferimentos.

Na operação, os agentes da Companhia Independente de Policiamento Especializado (Cipe) Nordeste apreenderam uma submetralhadora, uma espingarda, três revólveres, munições, balanças de precisão, cocaína e maconha.

Queijo do Brasil fica entre os 12 melhores do mundo em torneio francês

20/09/2023, Fabrício Le Draper Vieira segurando o queijo vencedor. Queijo brasileiro escolhido entre os 12 melhores do mundo no concurso Mundial de Tours, na França. Foto: Débora Pereira/Revista Profissão Queijeira

Considerado o grande salão internacional do queijo na França, o Mundial de Queijos e Produtos Lácteos de Tours deu ao Brasil 81 medalhas na edição deste ano, encerrada no último dia 12. Foram 17 medalhas de ouro, 23 de prata e 41 de bronze. Na edição anterior, realizada em 2021, o Brasil conquistou 57 medalhas. O concurso ocorre a cada dois anos em Tours, no Vale do Loire.

Ao todo, foram 1.640 queijos avaliados de vários países, dos quais 288 foram apresentados por 91 produtores brasileiros dos estados de Minas Gerais, Bahia, Pará, Ceará, Goiás, Paraná, Santa Catarina, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo. Das 17 medalhas de ouro, dez foram para produtores de Minas Gerais.

20/09/2023, Queijo “Caprinus do Lago”, do produtor Fabrício Le Draper Vieira, do Rio de Janeiro, escolhido entre os 12 queijos melhores do mundo na categoria Super Ouro., no concurso Mundial de Tours, na França. Foto: Débora Pereira/Revista
O Caprinus do Lago, é produzido em Valença, no Rio de Janeiro – Débora Pereira/Revista Profiss

Dentre os queijos medalhistas ouro, o concurso selecionou ainda os 12 melhores do mundo na categoria Super Ouro. Destaque para o único produto não europeu, que ficou em sétimo lugar: o Caprinus do Lago, produzido por Fabrício Le Draper Vieira, no Capril do Lago, em Valença, município da região sul do estado do Rio de Janeiro. A França ficou com 10 dessas medalhas e a Suíça com uma.

Em entrevista à Agência Brasil, o produtor fluminense revelou que essa foi a primeira vez que ganhou ouro em um concurso mundial de queijo fora do país. Os produtos dele ganharam também uma medalha de bronze para o queijo de vaca com páprica na capa chamado Destino – nome do vilarejo onde seu pai nasceu.

Fila de espera

O Caprinus do Lago é um queijo de massa prensada, semicozida, feito com leite cru de cabra.

“Leva um ano para ficar pronto. E todos os dias, a gente tem que virar e escovar ele. São necessários 17 litros de leite para fazer um quilo de queijo. A produção desse queijo é feita duas vezes por semana, embora ele leve um ano para ficar pronto. A gente faz um queijo de cinco quilos”.

Vieira conta que a fila de espera para comprar o produto tem mais de mil pessoas e que o prazo de espera costuma chegar a um ano. “A gente não esperava tamanha repercussão”.

Mesmo com tanta procura, ele não pretende aumentar a produção, mas sim manter a qualidade do produto. “Quero que seja um produto exclusivo, do tipo prêmio, que a pessoa vai ter que esperar para poder provar”. Outro detalhe é que ele não vende o queijo inteiro de cinco quilos para uma pessoa só. “Eu prefiro mandar um pedaço para 20 pessoas do que um inteiro para uma pessoa só”.

Fabrício Le Draper Vieira tem feito degustação do queijo Super Ouro no bistrô que mantém no Capril. “Se a pessoa for lá almoçar ou jantar com a gente, eu permito uma degustação do queijo. Mas só lá. É uma forma também de monetizar um pouco e viabilizar o projeto que ainda não é autossustentável. É um projeto de investimento, porque eu faço queijo da pandemia (da covid-19) para cá. Tem pouco tempo. Eu vivo da odontologia. Sou dentista”.

20/09/2023, Queijo brasileiro escolhido entre os 12 melhores do mundo no concurso Mundial de Tours, na França. Foto: Divulgação

Paixão

Nascido em uma família com 38 dentistas, Fabrício tem uma carreira sólida na odontologia. No ano passado, ele foi incluído entre os 100 melhores dentistas em uma lista promovida por uma associação internacional da categoria. Para ele, o segredo de seu sucesso tanto na produção de queijos quanto na odontologia é a paixão. Para ele, tudo que é feito com paixão prospera.

“Agora, coloquei tanta paixão no queijo que, em pouco tempo, consegui botar o queijo também entre os melhores do mundo. Acho que a paixão é o grande diferencial de tudo que eu faço. Faço tudo com muito amor, com muita paixão e tem dado certo”.

O gosto pelos queijos e pelas cabras surgiu ainda na infância, quando tinha 12 anos. Pediu ao pai uma vaca, mas viu que não conseguiria tirar leite do animal tão alto. Então, em uma exposição agropecuária, conheceu e se encantou com uma cabra leiteira. “Foi paixão à primeira vista. Eram lindas [as cabras] e de um tamanho que eu podia lidar”.

Melhor queijista

Outro destaque em Tours foi a brasileira Marina Cavechia, empreendedora e dona de um bar especializado em queijos na capital federal. Após ser eleita melhor queijista do país em 2022, ela foi selecionada para representar o país e concorrer na etapa mundial da competição. O título de melhor queijista do mundo, no entanto, ficou para o francês Vincent Philippe.

Paris (França)  23/09/2023  Marina Cavechia - campeonato mundial de queijos. Foto divulgação
Marina Cavechia representou o Brasil na disputa de melhor queijista do mundo – Foto divulgação/arquivo pessoal

Apesar do resultado, Marina disse à Agência Brasil que a experiência foi muito rica. Ela competiu com outras 15 pessoas do mundo inteiro e se preparou durante seis meses no Brasil e um mês antes do concurso, na França, onde trabalhou com pessoas que ganharam a competição há alguns anos.

“Foi a coisa mais difícil que eu já fiz até hoje. Foram as nove horas mais difíceis da minha vida em termos de trabalho. Mais difícil que o primeiro emprego, mais difícil que o vestibular”.

Para Marina, a disputa não é vencida somente pela técnica e, assim como Fabrício Vieira, ela conta que a paixão pela atividade tem grande peso. “De alguma forma, eles vão pesando isso, a paixão e o respeito por esse universo e pelo produto”.

Paris (França)  23/09/2023  Marina Cavechia - campeonato mundial de queijos. Foto divulgação

Essa foi a primeira vez que o Brasil participou do concurso de melhor queijista do mundo, em Tours. “Eu não podia fazer feio. Tinha que fazer bonito e representar o país”. Pelo fato ainda de ser mulher, a experiência foi duplamente importante para ela. “Foi um processo de aprendizado muito grande”.

Marina voltou da França sem o troféu, mas com muita experiência na bagagem. Para ela, competições como essa demonstram a importância de se valorizar o setor queijeiro no país.

“É inegável que traz uma consciência para o consumidor, para o governo, para o nosso país de que a gente está cada vez mais se especializando e querendo oferecer um serviço que não é qualquer pessoa que pode oferecer. Tem que estudar”, finaliza Marina, que já retomou aulas de francês e está decidida a concorrer novamente no mundial de 2025.

Escolas particulares terão um reajuste médio de 9% em 2024

Sala de aula

As mensalidades das escolas particulares deverão aumentar, em média, 9% em 2024, de acordo com levantamento feito pelo Melhor Escola, site buscador de escolas no Brasil. Ao todo, 979 escolas de praticamente todos os estados, com exceção de Roraima e Tocantins, responderam ao questionário. Há instituições que manterão o mesmo valor praticado este ano e há também reajustes que chegam a 35% em relação ao cobrado este ano.

Não existe, por lei, um limite máximo para o aumento do custo das escolas particulares, de acordo com a Lei 9.870/1999, mas as escolas devem justificar os aumentos aos pais e responsáveis em planilha de custo, mesmo quando essa variação resulte da introdução de aprimoramentos no processo didático-pedagógico.

“Apesar de causar estranheza o reajuste ser maior que a inflação, isso é natural, por conta da lógica do reajuste, que prevê tanto o reajuste inflacionário quanto o nível de investimento que escola fez ao longo do ano”, explica o sócio-fundador do Melhor Escola, Sergio Andrade.

Segundo Andrade, o país entra agora em uma fase de maior normalidade, após o período de pandemia, que refletiu nos custos. “Estamos saindo de um evento disruptivo, que foi a pandemia. É natural que o nível de investimento varie mais do que em um contexto mais estável de mercado”, disse.

No reajuste das mensalidades escolares são levados em consideração índices inflacionários como o Índice de Preços no Consumidor (IPCA) e o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M). Além disso, considera-se os acordos salariais firmados com os sindicatos e os reajustes salariais tanto para os professores quanto para os demais funcionários, além dos investimentos feitos nas instituições de ensino.

Com base nesses e em outros dados, como a expectativa de estudantes matriculados, estabelece-se o valor da anuidade, que não pode ser alterado ao longo de todo o ano letivo.

Diferentes custos

De acordo com o presidente da Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep), Antônio Eugênio Cunha, os reajustes são diferentes e variam de escola para escola porque os contextos são diferentes. “Importante esclarecer ao público que não tem nenhum número mágico. Cada escola tem identidade própria, cada uma tem estrutura funcionando de maneira diferente da outra. Algumas ocupam espaços físicos alugados, outras, próprios. Espaços maiores ou menores. O número de salas de aula e de alunos são diferentes, os equipamentos são diferentes, portanto, os custos operacionais são diferentes”, explica.

Cunha lembra que as escolas devem estar prontas para explicar às famílias os custos que serão entregues e que há flexibilidade e diferentes formas de cobrança. “Cada escola tem um plano, porque a gente sempre trabalha olhando a sustentabilidade do negócio e o atendimento às famílias. As escolas oferecem planos diferentes, tem escola que divide em 13 parcelas, tem escola que se tem mais de um familiar matriculado, dá desconto, tem a que dá desconto para grupo de famílias, cada uma tem estratégia. É natural que o pai do aluno vá à escola, converse com os diretores para que possam entender o processo e como podem alcançar algum benefício”.

Defesa do consumidor
Segundo orientações do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), o fato de não existir um valor máximo para o reajuste da mensalidade não impede de se contestar o aumento. A orientação é para que os consumidores contestem caso considerem os reajustes abusivos.

“As escolas particulares e as faculdades têm que justificar o reajuste, têm que apresentar publicamente para o aluno e para a comunidade escolar uma planilha com o aumento da despesa. Não pode reajustar para ter mais lucro, tem que mostrar que teve aumento proporcional a despesa”, alerta o diretor de Relações Institucionais do Idec, Igor Britto.

O Idec aconselha que os responsáveis tentem uma resolução amigável. Podem também procurar entidades de defesa do consumidor, como o Procon, autarquia de proteção e defesa do consumidor. “Caso sejam lesados, podem procurar o Procon. Já há no Brasil todo uma rotina de notificar a escola ou faculdade a apresentar sua planilha que, por lei, são obrigadas a apresentar”.

MPF pede arquivamento de projeto que proíbe casamento homoafetivo

Brasília (DF) 19/09/2023 A Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família durante votação do projeto sobre o contrato civil de união homoafetiva.Foto Lula Marques/ Agência Brasil

A Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC), órgão do Ministério Público Federal (MPF), pediu a rejeição e o arquivamento do projeto de lei que quer proibir a união civil de pessoas do mesmo sexo no Brasil. De acordo com a procuradoria, além de inconstitucional, a proposta afronta princípios internacionais e representa retrocesso no que diz respeito aos direitos e garantias fundamentais das pessoas LGBTQIA+.

O texto está em tramitação na Câmara dos Deputados. Em nota pública enviada à Casa na sexta-feira (22), a procuradoria avalia que negar a possibilidade de união civil homoafetiva significa dizer que os homossexuais teriam menos direitos que os heterossexuais, “criando uma hierarquia de seres humanos com base na orientação sexual”.

Para a procuradoria, esse entendimento seria contrário a preceitos constitucionais, como o da dignidade do ser humano e a proibição de qualquer forma de discriminação. “Essa ideia colide frontalmente com a essência da Constituição da República Federativa do Brasil, a qual busca estruturar uma nação em que a convivência entre os diferentes seja pacífica e harmônica”, diz a nota.

“Uma eventual aprovação desse projeto não significa apenas o Estado assumir que existe um modelo correto de casamento e que este modelo seria o heterossexual. Significa também dizer que o Estado reconhece as pessoas não heteronormativas como cidadãs e cidadãos de segunda classe, que não podem exercitar todos os seus direitos, em função de sua orientação sexual”, destacou a procuradoria.

A Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão citou dados do IBGE que apontam que, apenas em 2021, 9,2 mil casais de mesmo sexo formalizaram sua união estável em cartório. Caso o projeto se torne lei, o órgão do MPF alerta que novas uniões estarão vedadas ou não surtirão os efeitos legais desejados, “criando evidente e injustificado desequilíbrio entre pessoas homo e heterossexuais”.

Além disso, de acordo com a nota, a união civil é um ato voluntário e privado, “cuja essência é concretizar uma parceria entre duas pessoas para uma vida em comum”. “Nesse sentido, pouco importa a orientação sexual de quem está se unindo, e isso não diz respeito a toda coletividade, em um Estado democrático que garanta as liberdades fundamentais, em especial as dos indivíduos”, diz.

Na avaliação da procuradoria, o projeto tenta cercear o direito de escolha dos indivíduos, em situação que se refere eminentemente à esfera privada.

A votação do Projeto de Lei 5.167/2009 estava na pauta do dia 19 na Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família da Câmara dos Deputados, mas foi adiada para a próxima quarta-feira (27). Pelo acordo entre as lideranças partidárias, antes de colocar o texto em votação, a comissão realizará uma audiência pública na terça-feira (26) para debater o tema.

Histórico
Em 2011, o Supremo Tribunal Federal (STF) equiparou as relações entre pessoas do mesmo sexo às uniões estáveis entre homens e mulheres, reconhecendo, assim, a união homoafetiva como núcleo familiar. A decisão foi tomada no julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade 4277 e da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental 132.

Além disso, o STF entendeu que não há na Constituição um conceito fechado ou reducionista de família, nem qualquer formalidade exigida para que ela seja considerada como tal. Em 2013, o Conselho Nacional da Justiça (CNJ) determinou que todos os cartórios do país realizassem os casamentos homoafetivos.

“A decisão do STF tratou de assegurar a equidade de tratamento entre casais hétero e homoafetivos. Permitiu a cônjuges homossexuais o estabelecimento de união civil por meio de contrato reconhecido pelo Estado, garantindo-lhes direitos como herança, compartilhamento de planos de saúde, direitos previdenciários e outros, já reconhecidos aos consortes heterossexuais”, explicou a procuradoria.

O texto em discussão na Câmara dos Deputados, de relatoria do deputado Pastor Eurico (PL-PE), pretende incluir no Artigo 1.521 do Código Civil o seguinte trecho: “Nos termos constitucionais, nenhuma relação entre pessoas do mesmo sexo pode equiparar-se ao casamento ou a entidade familiar”. Atualmente, o Artigo 1.521 enumera os casos em que o casamento não é permitido, como nos casos de união entre pais e filhos ou entre pessoas já casadas.

Na justificativa, o relator afirma que o casamento “representa uma realidade objetiva e atemporal, que tem como ponto de partida e finalidade a procriação, o que exclui a união entre pessoas do mesmo sexo”.

Para a procuradoria, o PL relativiza a laicidade do Estado brasileiro, ao se basear em argumentos fundados numa visão cristã do casamento, tido como instituição voltada à geração de descendentes. “A imposição de um viés religioso geral a escolhas particulares nos leva em direção a uma teocracia ou a totalitarismos, nos fazendo retroceder alguns séculos no tempo”, diz o documento.

Para o deputado Pastor Eurico, ao validar a união homoafetiva, o STF teria usurpado a competência do Congresso Nacional de regulamentar o tema. A procuradoria também rebateu o argumento avaliando que a Suprema Corte exerceu sua competência interpretativa do direito, ao firmar entendimento de que a citação expressa a homem e mulher na Constituição de 1988 decorreu da necessidade de se explicitar o patamar de igualdade de direitos entre as partes do casal.

Caso seja aprovado na Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família, o projeto segue para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), em caráter conclusivo. Ou seja, não precisaria ir ao plenário em caso de nova aprovação, seguindo direto para apreciação do Senado. Só iria ao plenário se ao menos 52 deputados assinassem um recurso nesse sentido.

O ambiente na CCJ, no entanto, é menos favorável do que na comissão anterior, já que é presidido por Rui Falcão (PT-SP), da base governista e contrária ao projeto. E a ele cabe decidir quais projetos entram na pauta da CCJ.

STF definirá tese final do julgamento sobre marco temporal

Brasília (DF), 21/09/2023,  Sessão do STF sobre a tese do marco temporal. Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil

O Supremo Tribunal Federal (STF) pode definir na quarta-feira (27) a tese final do julgamento que derrubou o marco temporal para demarcação de terras indígenas.Entre os pontos que serão discutidos está a possibilidade de indenização a particulares que adquiriram terras de boa-fé e se o pagamento seria condicionado à saída dos agricultores das áreas indígenas.

Nesse caso, a indenização por benfeitorias e pela terra nua valeria para proprietários que receberam dos governos federal e estadual títulos de terras que deveriam ser consideradas como áreas indígenas.

Também pode ser debatida a sugestão do ministro da Corte Dias Toffoli para autorizar a exploração econômica das terras pelos indígenas. Pela proposta, mediante aprovação do Congresso e dos indígenas, a produção da lavoura e de recursos minerais, como o potássio, poderiam ser comercializados pelas comunidades.

A possibilidade de exploração econômica dos territórios é criticada pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib). Para a entidade, a medida ameaça a sobrevivência dos povos.

“A história recente nos mostra que a existência de empreendimentos para extração de recursos hídricos, orgânicos e minerais, na prática, gera a destruição de territórios indígenas, a contaminação das populações por agentes biológicos e químicos, como o mercúrio, e o esgarçamento do tecido social destas comunidades, além de enfraquecer ou inviabilizar sua soberania alimentar e submeter mulheres e crianças à violência física e sexual”, disse a entidade.

Rosa Weber

A sessão de quarta-feira (27) será a última da presidente da Corte, Rosa Weber, no Supremo. A ministra deixará o tribunal no dia seguinte ao completar 75 anos de idade e se aposentar compulsoriamente. A posse de Luís Roberto Barroso no comando da Corte será na quinta-feira (28).

Governadora Raquel Lyra vistoria obras da VPE-092, em Vicência

Na Zona da Mata Norte para realização do Ouvir para Mudar, neste sábado (23), a governadora Raquel Lyra acompanhou o andamento da obra de implantação e pavimentação da estrada vicinal PE-092, no município de Vicência. O trecho de 12 quilômetros liga ao distrito de Borracha. A iniciativa conta com investimento de R$ 32,2 milhões e será concluída até dezembro deste ano.

“O município de Vicência é um dos maiores produtores de banana do Brasil. É uma alegria assegurar esses recursos para construir essa conexão tão importante, trazendo mais qualidade de vida, emprego e renda a todos os moradores da região”, afirmou Raquel Lyra. A iniciativa vai  beneficiar diretamente a população de mais de 26 mil habitantes da localidade. Com execução pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER), as obras de implantação e pavimentação da estrada já estão com 85% dos serviços finalizados. 

A nova rodovia também deverá facilitar o escoamento da produção agrícola de banana, mandioca e cana-de-açúcar. “Todos de Vicência e do distrito de Borracha agradecemos muito à governadora, que tirou do papel essa obra tão sonhada por muitos e esperada há décadas pelos moradores”, comentou o prefeito de Vicência, Guiga.

Quando estiver concluída, a rodovia ainda vai facilitar o acesso ao distrito de Borracha, com melhoria da trafegabilidade e mobilidade da população local. No período de chuva, a população tinha dificuldade no acesso pela estrada de terra.

“Essa obra será de grande importância para essa região da Mata Norte e com um impacto ainda maior para os agricultores que produzem banana e cana-de-açúcar, movimentando a economia local. Os moradores de Vicência e do distrito de Borracha, que antes percorriam por uma via de barro e lama, agora estarão interligados por uma estrada segura e bem sinalizada”, disse o secretário de Mobilidade e Infraestrutura, Diogo Bezerra.

Estiveram presentes os secretários Túlio Vilaça (Casa Civil), Diogo Bezerra (Mobilidade e Infraestrutura) e Hercílio Mamede (Casa Militar), os deputados estaduais Antônio Moraes e Henrique Queiroz Filho. Os prefeitos Paquinha (Macaparana), Marconi (São Vicente Ferrer) também acompanharam a agenda.

Raquel Lyra anuncia mais de R$ 57 milhões de investimentos em estradas que ligam à Zona da Mata Norte

Durante a realização das plenárias presenciais do Ouvir para Mudar em Carpina, na Zona da Mata Norte, a governadora Raquel Lyra anunciou mais de R$ 57 milhões para recuperar estradas da região. O seminário regional foi realizado na Escola Técnica Estadual Maria Eduarda Ramos de Barros e contou com a assinatura de autorização para quatro obras que levarão melhorias para a mobilidade da população de toda a região.

“Tem sido um movimento que começou no início de setembro para ouvir as prioridades de cada região do estado. Estou acompanhada das lideranças políticas do Estado para que, com essas informações, consigamos elaborar os projetos de lei orçamentária e de plano plurianual, que serão encaminhadas para a Assembleia e indicarão, pelos próximos anos, como é que nós vamos aplicar o orçamento de Pernambuco”, ressaltou Raquel Lyra.

Entre as obras anunciadas estão a requalificação de 10 quilômetros da PE-089 entre os municípios de Sijiri e São Vicente Ferrer, com investimento de R$ 18,5 milhões.

Outra estrada atendida será a PE-091, no trecho de 10 quilômetros, entre Macaparana e Pirauá, que também irá passar por requalificação, com o aporte de R$ 16,5 milhões.

Ainda foi assinada a retomada das obras da VPE-077 de Apoti até Glória do Goitá, numa extensão de 12 quilômetros. A obra está com 82% dos serviços concluídos e envolve o investimento de R$ 11 milhões. A precisão é de que a obra seja retomada já no início de outubro.

A gestora assinou, ainda, a autorização do projeto de elevação do greide na PE-050 entre Feira Nova e Limoeiro, no valor: R$ 11,7 milhões.

A enfermeira Maria Gorette Cysneiros, 51, participou da sala temática de Infraestrutura e dinamismo econômico e comentou que a recuperação das estradas na região é um dos principais pleitos dos moradores. “As estradas que levam à Zona da Mata são de difícil acesso e essa é a nossa oportunidade para colocar em pauta nossas necessidades. Estamos precisando de reforço na infraestrutura das nossas vias que estão danificadas e prejudicam a locomoção da população”, disse.

“Temos muitos pleitos para o governo que irei tratar diretamente com a governadora em nome do povo de Carpina. Todos os dias eu ando nas comunidades para entender o que o povo quer, mas com a paciência e a compreensão de que mudar não é fácil e de que precisamos trabalhar juntos, unido”, comentou o prefeito de Carpina, Manoel Botafogo.

“Nós estamos aqui para discutir projetos para Mata Norte, para Pernambuco, e esse também é o papel de nós, deputados. O que pedimos aqui é uma solução para chegar água na casa do povo, porque as cidades cresceram, mas as estações de tratamento ainda são antigas. Isso vai ajudar a trazer o desenvolvimento para nossa região”, afirmou o deputado estadual Gustavo Gouveia, que no seu discurso também apresentou pleitos para a infraestrutura, saúde e educação.

Durante o seu pronunciamento no evento, o deputado estadual Antônio Moraes apresentou à governadora uma lista de necessidades da Mata Norte em áreas como saúde, infraestrutura, abastecimento de água e segurança pública. “O Estado precisa reforçar o combate às drogas, pois a violência da nossa região está diretamente relacionada a esta questão. Esta deve ser a prioridade da gestão nesse setor”, observou.

Por sua vez, o deputado federal Lula da Fonte ressaltou a importância de ouvir os moradores de cada localidade. “Ninguém entende mais dos problemas da nossa região do que o povo, que está em contato com eles diariamente. E nós recebemos essas queixas o tempo todo, principalmente com relação às estradas. Vamos ter muito trabalho para executar os serviços nessas vias, mas não tenho dúvidas que, com olhar sensível da governadora, nós vamos resolver esses gargalos”, comentou.

Participaram do evento o secretariado estadual, o deputado federal Lula da Fonte e os deputados estaduais Joaquim Lira, Mário Ricardo, Gustavo Gouveia, Eriberto Filho, Antônio Moraes, Henrique Queiroz Filho, João de Nadegi e Débora Almeida. Também estiveram no local os prefeitos Judite Botafogo (Lagoa do Carro), Zé Roberto (Ferreiros), Botafogo (Carpina), Marcelo Gouveia (Paudalho), Patrick Moraes (Itaquitinga), Guiga (Vicência), Paquinha (Macaparana), Irmão Aluízio (Tracunhaém), Marcone (São Vicente Ferrer), Adriana Paes (Glória do Goitá), Nino (Nazaré da Mata) e Graça Arruda (Lagoa de Itaenga), além de diversas lideranças políticas da região.

Prefeitura de Garanhuns lança editais da Lei Paulo Gustavo

A Prefeitura de Garanhuns, por meio da Secretaria Municipal de Cultura, anuncia a abertura das inscrições para os editais da Lei Paulo Gustavo. A iniciativa é de fundamental importância para o setor cultural, e Garanhuns recebeu um valor R$ 1.176.976,28 que foi destinado pelo Governo Federal, por meio do Ministério da Cultura. Os editais de fomento ao audiovisual e demais linguagens estão disponíveis no Portal da Prefeitura de Garanhuns (garanhuns.pe.gov.br).

A medida busca fortalecer o setor cultural e audiovisual, impulsionando a retomada pós-pandemia. As inscrições estarão divididas entre os projetos culturais de audiovisual (primeiro edital) e demais linguagens (segundo edital), sendo elas: Dança, Teatro, Música, Artes Plásticas e Visuais, Artesanato, Literatura, Patrimônio Cultural, Circo, Design, Moda, Gastronomia, Cultura Popular, povos tradicionais e cultura LGBTQIAPN+.

Poderá se inscrever no edital qualquer agente cultural residente no município de Garanhuns há pelo menos um ano, seja ele pessoa física ou pessoa jurídica. Para se inscrever no edital, o proponente deve encaminhar toda documentação obrigatória no período de 22 de setembro a 11 de novembro de 2023.

Os proponentes interessados podem realizar suas inscrições por meio dos e-mails do programa: lpgaudiovisualgaranhuns@gmail.com e lpglinguagensgaranhuns@gmail.com. Ou presencialmente de segunda a sexta-feira, na sede da Secretaria Municipal de Cultura, que fica na rua Siqueira Campos, nº 75, bairro Santo Antônio, das 09h às 15h.

Caruaru Shopping dá início à 11ª edição do Circuito do Café de Pernambuco

Para quem aprecia um bom café, a boa notícia é que o Caruaru Shopping estará sediando, no dia 23 de setembro, o lançamento da 11ª edição do Circuito do Café de Pernambuco, realizado pela Associação Comercial e Empresarial de Caruaru (Acic). O evento acontecerá em frente à Ri Happy, das 18h às 21h.

O festival será realizado de 23 de setembro a 29 de outubro, com 15 estabelecimentos participando nesta edição do circuito.

“O evento criou uma cultura na cidade de saborear a bebida, principalmente durante o mês em que acontece o circuito, misturando, assim, gastronomia e cultura, além de manter o mercado aquecido após o inverno”, afirmou o gerente de Marketing do centro de compras e convivência, Walace Carvalho. “Sempre é tempo para se tomar um bom café”, completou.

Todas as informações sobre o 11º Circuito do Café de Pernambuco podem ser acompanhadas pelas redes sociais, no @circuitodocafepe, e, em breve, o cardápio digital do evento e as cafeterias participantes no link https://www.aciccaruaru.com/circuitodocafedepernambuco/.

O Caruaru Shopping fica localizado na Avenida Adjar da Silva Casé, 800, Bairro Indianópolis.

Sicredi Expansão fortalece o agronegócio nordestino na 3ª Expoagro  

A Sicredi Expansão, instituição financeira cooperativa de renome nacional que figura hoje como o 8º maior banco do Brasil no Ranking Valor 1000, marca pela primeira vez presença na Expoagro Nordeste, evento que  está em sua 3ª edição e que promete ser um marco no setor agropecuário da região, de 23 de setembro a 1º de outubro, no Parque de Exposições Professor Antônio Coelho. A instituição financeira cooperativa, que está presente com mais de doze agências de atendimento presencial em Pernambuco, reforça a grande importância do segmento do agronegócio local.

Segundo João Paulo Bernardes Rosa, Gerente Regional de Desenvolvimento, a estreia da instituição na feira traz projeções positivas para a atuação da Sicredi no estado. “O investimento no agronegócio do Nordeste reflete a força da economia da região e a importância do setor agropecuário. A Sicredi Expansão já tem uma presença consolidada nesse segmento em Balsas, no Maranhão, e busca replicar esse sucesso em Pernambuco, oferecendo serviços e condições especiais para os agricultores, produtores de médio porte e agricultores familiares”, destaca João Paulo.

No estande da Sicredi Expansão, os visitantes terão a oportunidade de conhecer  os produtos, serviços e soluções que a cooperativa oferece para o agronegócio. “Além disso, teremos informações e oportunidades tanto para pessoas físicas quanto de financiamento para comerciantes e produtores da região”, completa o Gerente Regional de Desenvolvimento.

A 3ª Expoagro Nordeste promete movimentar mais de R$ 20 milhões e reunir profissionais, estudantes, investidores e o público em geral em torno do setor agropecuário, durante nove dias.

Sobre a Sicredi Expansão

 

A Sicredi Expansão é uma instituição financeira cooperativa comprometida com o crescimento de seus associados e com o desenvolvimento das comunidades onde atua. Tem um modelo de gestão que valoriza a participação de seus sócios, que exercem o papel de donos do negócio. Está presente fisicamente em quatro estados do Nordeste (Alagoas, Pernambuco, Bahia e Maranhão), disponibilizando uma gama completa de soluções financeiras e não financeiras.