Quando chega esta época, uma coisa é certa: o Enem está pertinho de acontecer. Este ano, o Exame Nacional do Ensino Médio será realizado nos dias 5 e 12 de novembro. É a reta final da preparação e um misto de sentimentos toma conta dos que vão ser submetidos às provas, principalmente os mais jovens, que muitas vezes, têm que lidar com a pressão dos familiares, além da rotina pesada de estudo e da incerteza do futuro. E agora, o que fazer? No que focar? Como lidar com esse turbilhão de sentimentos, com o medo de não se sair bem e “perder um ano”?
Antes de responder a esses questionamentos, vamos usar um exemplo para facilitar a compreensão. Imagina só um atleta de corrida. Para ele alcançar o pódio, além de um condicionamento físico perfeito, ele precisa estar com a saúde em dia também, precisa se alimentar de forma bem regrada, uma dedicação extrema nos treinamentos e, obviamente, saber controlar a pressão, a ansiedade, as cobranças externas, as dores que costumam ser frequentes.
Pois é, funciona basicamente da mesma forma com os estudantes que enfrentam verdadeiras maratonas no fim do ano. E a preparação e equilíbrio são a receita do sucesso. Em muitas situações, os jovens focam apenas na preparação, muito por não entenderem a necessidade desse equilíbrio. E aí, com o decorrer do ano de estudos, alguns sintomas começam a ficar em evidência, como o estresse, a ansiedade, a falta de confiança, a dificuldade para absorver os conteúdos, a apresentação episódios de apagão na hora de provas, não conseguir lidar com o tempo, entre outros.
Para a neuropsicóloga Érika Lima, “se você, lá no inicinho da preparação, conseguir introduzir um equilíbrio nas suas atividades, tornará o processo mais leve, afinal não é pouco ter que lidar com provas de colégio, vestibulares e o Enem, quase que ao mesmo tempo. É uma verdadeira maratona e maratonistas precisam desse equilíbrio para ter o êxito”. Mas como conseguir o equilíbrio? No início pode até parecer difícil, mas com o decorrer do tempo, as coisas vão se encaixar.
Tudo precisa de um ponto de partida e cada um tem seu ritmo e seu jeito. “O ideal seria fazer terapia, justamente para auxiliar na obtenção do equilíbrio emocional e o autoconhecimento, para trabalhar as frustrações e os próprios conflitos, a autoestima, para evitar o estresse e a ansiedade. Como nem todos podem contar com essa possibilidade, oriento a sempre buscarem conversar com pessoas positivas e queridas, o fortalecimento espiritual, se divertirem, fazerem atividades físicas, terem uma boa alimentação, e, sobretudo, descansarem. Afinal, a mente precisa de repouso e essa pausa é mais que necessária, principalmente na reta final dos estudos”, complementa Lima.