24 mil vagas são disputas em concursos 

Há mais de 24 mil vagas nos concursos em andamento em todo o país. A lista das seleções com inscrições abertas ou à espera da realização das provas reúne opções para todos os cantos do país, as mais variadas áreas e níveis de formação. Os salários chegam até a R$ 27,5 mil, caso do Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região (19 vagas). Prefeituras de cidades como Nova Erechim (SC) e Santo Augusto (RS) sinalizam com remuneração superior a R$ 10 mil.
Quem está de olho em uma das 600 oportunidades (140 de nível superior e 460 de nível médio) oferecidas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) tem menos tempo para se inscrever. O prazo para se candidatar se encerra no próximo dia 28. A remuneração varia de R$ 3.319,45 a R$ 9.396,88. O concurso é organizado pela Fundação Getúlio Vargas (http://fgvprojetos.fgv.br/concursos). Os cargos de nível superior são para analista de planejamento, gestão e infraestrutura em informações geográficas e estatísticas e de tecnologista em informações geográficas e estatísticas. Para o nível médio, as vagas são para técnico em informações geográficas e estatística.
As inscrições para o concurso do Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região vão até o próximo dia 27. São 28 vagas, lotadas nos estados do Pará e Amapá e os salários variam de R$ 5.365,92 a R$ 10.425,75. Os cargos de nível superior são para analista judiciário nas áreas administrativa, apoio especializado nas especialidades de arquitetura, enfermagem, engenharia civil, engenharia elétrica, medicina do trabalho, odontologia, psicologia, serviço social e tecnologia da informação, judiciária e judiciária na especialidade de oficial de justiça avaliador. Para o nível médio, as vagas são para técnico judiciário nas áreas administrativa e apoio especializado em tecnologia da informação. O Cebraspe é responsável pela organização e seleção do concurso (www.cespe.unb.br/concursos/trt8_15).

Mais de 80% dos brasileiros acham que o país está no rumo errado 

Desde que o ex-presidente Lula assumiu a Presidência da República, em 2003, nunca tantos brasileiros avaliaram que o país está no caminho errado quanto agora: 82%. Os dados são de pesquisa do Ibope para a coluna deJosé Roberto Toledo, do jornal O Estado de S.Paulo. De acordo com o colunista, o levantamento apontou que apenas 14% acham que o Brasil está na direção certa; outros 4% não souberam dizer. Na pesquisa anterior, em abril de 2015, pouco após as maiores manifestações pelo impeachment da presidente Dilma, o percentual dos que tinham opinião negativa sobre o futuro do país era de 75%. Antes, em julho de 2014, esse percentual era de 53%.A contrariedade com o rumo nacional é maior entre os jovens (88%), nas grandes cidades (87%), no Sudeste (87%) e entre quem ganha mais (88%), destaca Toledo. Mas também é elevada em redutos onde a presidente costuma ter mais apoio, como no Nordeste (77%) e entre os mais pobres.

“A oposição não conseguiu liderar uma mudança de rumo. Prevaleceram o medo de perder o pouco que sobrara e o auto-engano de que a própria presidente comandaria um cavalo-de-pau. Como a guinada não aconteceu, a percepção de contramão aumentou”, avalia o jornalista. Em um ano e meio, o percentual de quem acreditava que o país estava no caminho certo caiu de 42% (2014) para os atuais 14%.

O momento atual reflete um pessimismo muito maior do que o registrado em dezembro de 2005, ano do mensalão e da pior crise do governo Lula. Naquela ocasião, 30% acreditavam que a direção dada pelo petista ao país estava correta, lembra o colunista.

Quanto à política, ainda de acordo com o Ibope, apenas 28% dos brasileiros acreditam que 2016 será melhor do que 2015. Outros 31% acreditam que será igual. Mas, para 38%, este ano será pior do que o anterior. O desalento é maior em relação à economia: 46% acham que a situação econômica do Brasil vai piorar, e 26%, que ficará igual, ou seja, na pior recessão desde 2002. Mesmo assim, 61% dos brasileiros apostam que sua vida pessoal vai melhorar em 2016.

Secretaria de Desenvolvimento apresenta balanço 

Nesta segunda-feira, 25, a Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Caruaru vai apresentar um balanço de 2015, os planos e metas para 2016. O encontro será a partir das 11h, no Centro Administrativo da Prefeitura, na Avenida Rio Branco, n°315, Centro.

 Estarão presentes representantes da Associação Comercial e Empresarial de Caruaru- ACIC, Câmara de Dirigentes Lojistas de Caruaru- CDL, Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco- FIEPE, Sindicato dos Dirigentes Lojistas do Comércio de Caruaru- SindLoja, além dos secretários: Bruno Lagos, secretário de Infraestrutura; Paulo Cassundé,secretario de Gestão e Serviços Públicos; Leonardo Bulhões, secretário de Participação Social; e Aldo Arruda, presidente da Empresa de Urbanização e Planejamento- URB.

Tocha Olímpica chega a Caruaru em maio

Os gerentes regionais do Comitê Olímpico, Rian Maia e Filippo Faria, confirmaram que a Tocha Olímpica chegará a Caruaru no dia 30 de maio. Na cidade, a tocha percorrerá cerca de nove quilômetros de ruas na área central até chegar ao Pátio de Eventos onde haverá o momento especial de celebração.

A ideia da Prefeitura de “acender a fogueira do São João de Caruaru com a chama da Tocha Olímpica” será o mote para mobilizar artistas para o show no Pátio de Eventos já focando a festa magna. Atrações alegóricas ao folclore e cultura popular também serão colocadas em pontos estratégicos do desfile da Tocha.

OPINIÃO: Reajustes básicos

Por Maurício Assuero

Está cada vez mais difícil equilibrar o orçamento do governo e o pior é que não se vislumbra, num curto prazo, qualquer alteração no curso do rio. O ano começou com o aumento do salário mínimo e com o reajuste dos benefícios do INSS em 11,28%. Isso significa um déficit adicional na ordem de R$ 21 bilhões. Semana passada, o ministro da educação anunciou o percentual de 11,36% como aumento do piso salarial dos professores, que passou de R$ 1.917,78 para R$ 2.135,64. É merecido? Sem sombra de dúvidas! É pouco? Sim, está aquém das necessidades de um mestre! Isso traz problemas para as prefeituras e para os estados? Novamente: sem sombra de dúvidas!

Uma questão fundamental envolvendo o aumento do piso é que ele não é automático, ou seja, é preciso que cada estado, cada município, elabore um projeto para ser aprovado pela assembleia/câmara para que ele passe a valer, no entanto, mesmo que tal projeto seja aprovado em março, por exemplo, seus efeitos são retroativos. O caminho vai ser, mais uma vez, a reavaliação dos gastos (por parte dos estados e municípios) e demissão de pessoas, ou seja, o governo impõe aos estados e municípios um ajuste orçamentário que ele é incapaz de implantar.

A sensação que fica é sempre a mesma: o governo age apagando fogo. Cada janeiro é o mês de reajustes básicos. Aumento do salário vem sempre associado com efeitos na previdência por conta dos benefícios. Dessa forma, não há como pensar numa vida melhor, no longo prazo, sem que se promova uma reforma da previdência.

Recentemente Dilma fez um comentário criticando quem se aposenta aos 55 anos. Ora, supondo que uma pessoa começou a trabalhar aos 18 anos, aos 55 anos esta pessoa trabalhou durante 35 anos, ou seja, cumpriu o prazo previsto na lei.

Todos sabem que para forçar o trabalhador permanecer mais tempo na ativa, o governo Fernando Henrique Cardoso criou o fator previdenciário (FHC chamou de vagabundo quem se aposentava com menos de 50 anos e Lula foi um dos primeiros a dizer que começou a trabalhar com 14 anos) para o qual o PT se posicionou contra. Agora, percebe-se que é preciso manter o trabalhador mais tempo para tentar equilibrar as contas da previdência. Onde está o erro?

O modelo previdenciário brasileiro é ultrapassado e falho. Ao longo do tempo só gerou déficit e não há como cobri-lo. Quem sustenta a previdência é a população economicamente ativa e enquanto a taxa de aposentados for superior a taxa de crescimento da PEA, o modelo não vai se sustentar. Enquanto isso, cada janeiro será um tormento para quem depende do salário mínimo.

Detran-PE reajusta valores de serviços

Pedro Augusto

Apesar de já estar em vigor desde o último dia 1º, a Lei nº 15.602 de 30 de setembro de 2015, ainda está passando despercebida para alguns motoristas veteranos e novos de Caruaru e da região. Em paralelo ao aumento de impostos que já está sendo praticado e tem como principal objetivo elevar a arrecadação do Estado, esta norma também garantiu uma série de reajustes nas taxas cobradas pelos serviços do Detran-PE (Departamento Estadual de Trânsito de Pernambuco). Sem exceção, todas as 75 tarifas do órgão foram modificadas, com algumas sofrendo acréscimo e outras apresentando queda nos preços.

Além disso, mais de 20 taxas de serviços que antes da lei eram gratuitas passaram a ser pagas. Para colocar em prática tais elevações, o Detran-PE se baseou na inflação de 2015, que terminou o ano com um avanço médio de 10,28%, de acordo com as estatísticas do Banco Central. Segundo o presidente do órgão, Charles Ribeiro, as modificações foram necessárias devido à defasagem nos custos anteriores. “Montamos uma comissão para avaliar todas as tarifas do Detran e observamos que elas não sofriam reajustes desde 1999 e que alguns serviços não eram cobrados”, explicou Charles.

Dentre os serviços que acabaram sendo reajustados destaques para a retirada da CNH e para o emplacamento. O primeiro, que antes custava R$ 230 e incluía o agendamento, a captação de imagem, a biometria e os exames oftalmológico, psicotécnico, teórico e prático, agora não está saindo por menos de R$ 299. Já o segundo, que antes possuía a taxa de R$ 128,13, foi dividido em duas etapas e valores, cuja soma, corresponde a R$ 171,11. “Havia uma defasagem muito grande entre custos e receitas e decidimos atualizar os preços. Caso contrário, até 2017 o Detran-PE entraria em colapso”, reforçou Charles Ribeiro.

Com a cobrança dos novos valores, o Detran-PE estima arrecadar em 2016 cerca de 30% de montante financeiro a mais em relação ao ano passado, quando foram recolhidos R$ 350 milhões. Embora ainda não estivesse atento a vigoração da lei, o motorista Carlos Barbosa não se mostrou muito surpreso com a série de reajustes. “Nessa época de crise, meu amigo, todos os órgãos estão dando o seu jeitinho para deixarem os serviços ainda mais caros. O Detran é só mais um deles”, opinou. A lista completa dos novos valores dos serviços está disponível no site: www.detran.pe.gov.br.

Operação Pipa alcança mais de sete mil pessoas

De acordo com dados da Operação Pipa, fechados em dezembro de 2015, exatas 7.333 pessoas, de 1.780 famílias, estão sendo abastecidas com água oriunda das cisternas comunitárias espalhadas pelos distritos da Zona Rural de Caruaru. O trabalho conta com a participação do Exército Brasileiro e da Defesa Civil do Município.

As maiores demandas estão no Segundo Distrito, com 646 famílias, e no Quarto, com 530. Embora essas sejam áreas tradicionalmente mais secas da zona rural, as demais também apresentaram solicitações de atendimento, totalizando 213 famílias no Primeiro e 530 no Quarto Distrito.

A Operação Pipa complementa o serviço de fornecimento d’água que a Prefeitura oferece à população do campo. A Secretaria de Desenvolvimento Rural, por exemplo, entrega mais de 600 caminhões-pipa por mês a pequenos proprietários e famílias isoladas, carentes de água. O serviço conta com o suporte da Compesa.

Polícia recaptura 39 dos 40 fugitivos de penitenciária do Curado

A Secretaria Executiva de Ressocialização de Pernambuco informa que, graças à presença imediata da Polícia Militar de Pernambuco (PMPE), já foram recapturados 39 dos 40 presos que conseguiram fugir do Complexo Penitenciário do Curado, após explosão de parte de um muro da unidade, na tarde de ontem, sábado (23.01). Dois presos morreram e apenas um está ainda foragido.

Dos 38 presos recapturados, 13 foram feridos sem risco de morte e se encontram recolhidos à enfermaria da unidade prisional. Continuam as buscas pelo preso foragido.

Em reunião no Palácio do Campo das Princesas, na manhã deste domingo (24.01), o governador Paulo Câmara determinou a adoção de todas as medidas necessárias para manter a segurança nas unidades prisionais do Estado. O governador também reiterou a manutenção e um rigor ainda maior das medidas quem vêm sendo implementadas nos últimos meses para impedir a entrada de armas, drogas e celulares nas unidades prisionais, com vistorias periódicas.

Feira de segurança aponta crescimento de 20% no setor em 2015

São Paulo, janeiro de 2016 – O setor de segurança é um dos que permanecem em ascensão no cenário brasileiro. O 9º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado no fim de 2015 com dados coletados em 2014, mostra que, apesar da crise, os estados têm investido mais em segurança. Foram R$ 67,3 bilhões em 2014 – um aumento de 17% em relação a 2013, quando a despesa com a área chegou a R$ 57,5 bilhões. Segundo a Associação das Indústrias de Segurança no Brasil (SIA), o setor cresce, em média, 20% ao ano. A previsão é que em 2016, R$ 1,8 bilhão movimente no setor.

Acompanhando as oportunidades e tendências do setor, entre os dias 15 e 17 de março, a cidade de São Paulo sedia o maior evento do setor de segurança da América Latina, a ISC BRASIL – 11ª Feira e Conferência Internacional de Segurança, promovida pela Reed Exhibitions Alcantara Machado, no Pavilhão Branco do Expo Center Norte. Com a expectativa de alcançar um público de mais de 15 mil compradores qualificados, a ISC Brasil reunirá em 17 mil m² mais de 150 expositores.

Para Humberto Barbato, presidente da ABINEE (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica), entidade apoiadora da ISC Brasil, este é o momento para as empresas investirem forte em seus planos de conquista de novos nichos de mercado e na expansão de vendas, especialmente no segmento de segurança eletrônica. “A participação em eventos se torna uma grande ferramenta para as empresas para apresentação de seus investimentos em novos produtos, abrindo oportunidades para novas conquistas e garantindo uma maior competitividade no mercado local e internacional. Neste aspecto, participar da ISC Brasil 2016, o mais importante Congresso e Exposição da América Latina, se torna numa decisão fundamental para todas as empresas”, enfatiza.

Segundo Luiz Henrique Bonatti, presidente da ALAS Brasil (Asociación Latinoamericana de Seguridad), eventos como a ISC Brasil são importantes porque ajudam a fortalecer parcerias e estimulam novos negócios. “O evento de 2015 foi um sucesso, superou nossas expectativas. Tivemos um número bastante elevado de interessados por nossa capacitação, o que mostra o engajamento dos participantes. Para o evento de 2016, quando a ALAS Brasil comemora dois anos, esperamos que seja ainda mais produtivo do que o anterior. Levaremos na bagagem experiências que colhemos em diversas feiras internacionais que participamos como a ISC West, em Las Vegas”, salienta.

“A ISC Brasil se tornou uma ferramenta para que as empresas de segurança tenham acesso aos grandes tomadores de decisões, como integradores, distribuidores e usuários finais corporativos. Por esta razão, as companhias do setor acreditam no evento e, mesmo em um momento de retração da economia, estão investindo na feira e tornando-a ainda maior que a da sua última edição”, afirma o diretor do evento da Reed Exhibitions Alcantara Machado, Igor Tavares.

Consolidada como principal evento do setor de segurança, lançamentos de produtos e novas tecnologias, a ISC Brasil tornou-se um evento crucial na geração de negócios. “É notável que as grandes marcas participem ano após ano. A principal razão para isto é que a ISC Brasil traz compradores qualificados e isso é um dos pontos que atrai os expositores. Aos visitantes, oferece um amplo conteúdo educacional, como o Congresso de Segurança Eletrônica – SIA, que irá abordar questões técnicas e a Cúpula de Integradores, com estudos de caso de vários mercados verticais”, explica Frans Kemper, diretor da SIA Brasil.

Sobre a ISC Brasil

O evento conta com apoio oficial da ABINEE (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica), ALAS (Asociación Latinoamericana de Seguridad), SIA (Associação da Indústria de Segurança) e CNCG (Conselho Nacional de Comandantes Gerais).

Além da presença das grandes empresas e associações do setor de segurança, a ISC Brasil contará com eventos simultâneos que somarão mais de 100 horas de conteúdo destinados à capacitação e qualificação de profissionais da área. Entre os eventos de destaque estão o Congresso de Segurança Eletrônica – SIA (Security Industry Association); Cúpula de Integradores; 4º GOSC – Seminário de Gestão em Operações de Segurança em Shopping Centers; 4º Fórum Nacional de Detecção, Prevenção e Combate de Incêndios; Fórum Aureside de tecnologias de automação; Reunião Ordinária dos Comandantes das Polícias Militares e dos Corpos de Bombeiros; Seminário ABSEG de Segurança – Gestão da Segurança Envolvendo Projetos Tecnológicos; Seminário CBEC (Conselho Brasileiro dos Executivos de Compras); Ilhas de Lançamentos e Arena do Conhecimento.

SERVIÇO
ISC BRASIL 2016 – 11ª Feira e Conferência Internacional de Segurança
Data: 15 a 17 de março de 2016

Horário: Terça a quinta, das 13h às 20h

Local: Expo Center Norte – Pavilhão Branco – São Paulo (SP)
Site oficial: www.iscbrasil.com.br

Artigo: Planejamento pode ser fundamental para o sucesso de sua empresa 

Planejamento: um diferencial para o sucesso da sua empresa

* Por Arley Ribeiro

Estávamos no início dos anos 90, e eu era um jovem gerente de negócios recém-promovido em uma importante multinacional. Março estava começando quando as notícias caíram sobre nós como uma bomba atômica: o novo governo, que assumia com altíssima aprovação popular, acabava de efetuar o que é considerado até hoje o maior confisco monetário da história do Brasil.

Chegamos à empresa no outro dia estupefatos. Além da questão pessoal, pois todos nós tivemos a maior parte de nossas economias bloqueadas nos bancos, não tínhamos a mínima ideia do que fazer com preços, com que moeda vender, se os clientes iam pagar. Enfim, o dia seguinte ao bloqueio estava um completo pandemônio.

Eu havia chegado cedo para provavelmente participar de algumas discussões, mas não sabia muito o que fazer. Gostaria de ouvir a opinião dos gerentes mais experientes, esperar a Diretoria se posicionar para, então, conversar com os clientes que também se encontravam na mesma situação.

Ao ir buscar um café, encontrei o nosso presidente, um francês radicado no Brasil havia muitos anos. Ele me cumprimentou, e parou para dividir o café recém coado pela nossa prestativa copeira. “E então?”, disse ele tomando o primeiro gole de café quente. Qual o seu plano para este momento? Eu mal pude elaborar uma resposta, mas disse que (assim como todo mundo), não tinha um plano de ação. “E o que está esperando para elaborar um?”, ele me fitou nos olhos, falando com um sotaque um pouco carregado. Eu comecei a dar inúmeras desculpas: precisávamos avaliar melhor a situação, esperar os conselhos de economistas, analisar o mercado, etc. etc.

Mas o Presidente encolheu os ombros. “Ok”, disse ele engolindo mais um pouco do café. “Precisamos de dados, mas no momento com certeza não teremos a maioria deles. Elabore um plano com o que tem em mãos e vamos discuti-lo às 11h na minha sala”.
“Mas… isso não é possível…”, eu comecei a falar. “Não tenho como gerar um plano sem saber…”.

“Menino”, o Presidente me cortou, “a melhor coisa do mundo é um bom plano. A segunda melhor coisa do mundo é um mau plano. Porque assim que você perceber que o seu plano é ruim, você para, aprimora seu planejamento e continua assim até conseguir um plano que funcione. Em contrapartida, não ter plano nenhum é a pior coisa do mundo”. Ele me olhou fixamente e disse: “Vai trabalhar, vai”, e foi para a sua sala.

Eu realmente aprendi a lição. Todos os planos gerados naquele dia foram ruins, pois ninguém tinha condições de prever o que iria acontecer nas próximas horas. Mas, com o correr dos dias, nós mudamos nossos planos iniciais, adicionamos e retiramos ações, agimos proativamente e também reagimos aos acontecimentos. E, em poucas semanas, chegamos aos planos bons, que funcionaram no momento macroeconômico mais crítico que eu já vivi como executivo.

Estamos novamente enfrentando uma turbulência econômica, que pode ser tão ruim quanto aquela do início dos anos 90. O ano de 2015 deve apresentar uma queda de PIB acima dos 3%, provavelmente 2016 não seja tão diferente e dificilmente teremos crescimento em 2017.

 
Para enfrentar tudo isso, precisamos de planejamento. Bons planos. Podemos fazer nossas empresas crescerem em um cenário de desaceleração econômica? Claro que sim! Qualquer empresa pode crescer nos próximos anos, em qualquer segmento de mercado.

 
Uma empresa pode aumentar sua participação de mercado e “engolir” seus concorrentes. Se já é líder, pode entrar em outros mercados. Pode também melhorar sua distribuição, aumentando o número de clientes. Pode lançar produtos novos com maior rentabilidade, ou reduzir seus custos e aumentar a margem de lucro.

Mas, para tudo isso, precisamos de um plano. Precisamos definir onde queremos chegar e como vamos chegar lá. Existem inúmeros artigos e manuais sobre planejamento, não é minha intenção ser muito teórico; quero enfatizar que a pior coisa que pode acontecer a um executivo é não ter plano nenhum.

Assim, o planejamento seguido de uma execução precisa devem ser a ordem do dia para todas as empresas. Só assim podemos chegar a resultados positivos nos próximos anos, não temos alternativa!

* Arley Ribeiro é executivo e Engenheiro Químico, com experiência no setor de adesivos de consumo e industrial em países da América do Sul, México, EUA, Europa e Índia.