Caruaru viverá hoje grande noite de reconhecimento cultural

Será uma celebração a Cultura Popular, Teatro, Educação e ao Audiovisual na cidade. Momento histórico que também está vinculado as gravações do documentário São João de Azulão: um passeio pela memória e Mestre.

Na noite de hoje, 22, às 20:00hs, na Casa Jornalista José Carlos Florêncio, Câmara Municipal de Caruaru, acontecerá um grande evento onde Mestres da Cultura Popular, Patrimônios Vivos da cidade, Artistas e Educadores receberão títulos de cidadania e medalhas de reconhecimento de mérito cultural e educacional.

A propositura é do Vereador e Professor Jorge Quintino e os homenageados são: Francisco Bezerra de Lima – Mestre Azulão; João Alfredo Marques dos Santos – João do Pife; Taciano Valério Alves da Silva – Taciano Valério; Alexandre Bezerra de Lima – Azulinho; Wesklei Domingos da Silva Mardone – Wesklei da Cultura Popular; Adriano Ricardo Silva – Driko Addams e Anderson José Francisco Silva – Anderson do Pife.

A reunião solene é de grande relevância cultural pra cidade, pois o mesmo estará sendo parte do filme documentário, São João de Azulão: um passeio pela memória do Mestre que conta a história do São João de Caruaru tendo o Mestre Azulão como personagem principal.

O evento será aberto a população e contará com participação de grupos de cultura, personalidades da cidade e do estado.

34ª Regata Internacional Recife – Noronha tem largada no Marco Zero neste sábado (23)

Considerada a maior regata oceânica da América Latina, a tradicional Refeno promete lotar o Marco Zero do Recife, neste sábado (23), para a largada, que está programada para as 11h, com encerramento previsto para as 15h. A Regata Internacional Recife-Fernando de Noronha já faz parte do calendário oficial de eventos da ilha e tem o apoio da Administração, sobretudo na parte logística.

Este ano, 91 barcos estão inscritos, superando a edição do ano passado, sendo 15 de estados brasileiros e outros quatro estrangeiros. As embarcações vão percorrer cerca de 300 milhas náuticas (560 km) até o arquipélago. Na edição de 2022, o veleiro Aventureiro 4, comandado pelo pernambucano Hans Hutzler, ganhou o título Fita Azul, com o tempo de pouco mais de 32 horas.

Entre os estados com maior número de participantes, estão São Paulo, com 17 inscritos, e Bahia e Pernambuco, com 16 veleiros. Os participantes disputam em 11 classes, dependendo do tamanho de cada embarcação, como Bico-de-Proa, Multicasco, Mocra e Aço.

A administradora da ilha, Thallyta Figuerôa, comentou sobre a edição deste ano. “Estamos muito felizes em fazer parte desse evento tão importante para a ilha, sobretudo porque esta edição está focada na sustentabilidade. Então, é uma honra poder ver de perto a inovação que a organização da Refeno encontrou para não agredir o meio ambiente da ilha. Além disso, a regata promove diversas ações sociais para os noronhenses. Isso é bastante significativo”, destacou Thallyta.

A 34ª Refeno traz como inovação, como ressaltou a administradora Thallyta Figuerôa, o carbono neutro, sendo a primeira regata oceânica a realizar tal feito. A responsável será a empresa Genio Carbon, que vai medir as emissões de gases do efeito estufa do evento e realizar a compensação dessas emissões através da plataforma Genio Carbon Marketplace.

Além disso, os resíduos produzidos nos barcos não vão ser descartados na ilha. Os tripulantes foram orientados pela Administração Distrital a contribuir com a preservação da ilha, separando corretamente os seus resíduos e retornando com os sólidos ao continente. Conforme o Decreto Noronha Plástico Zero, na Refeno não será permitido o uso de plásticos descartáveis.

Social e Educação

Além de movimentar o setor turístico e a economia do arquipélago, a Refeno promove, durante a semana, várias ações gratuitas para a comunidade insular, principalmente para os alunos das instituições Ciei Bem-Me-Quer e Escola Arquipélago, com doação de material escolar e esportivo, bem como atendimento jurídico na Casa de Justiça e Cidadania e ações de saúde com diversos especialistas no Hospital São Lucas.

Educação de Caruaru é reconhecida com o Prêmio Prefeitura Amiga da Biblioteca

O prefeito de Caruaru, Rodrigo Pinheiro, recebeu, das mãos da deputada estadual Débora Almeida, na noite dessa quarta-feira (20), em sessão solene na Assembleia Legislativa de Pernambuco, o Prêmio Prefeitura Amiga da Biblioteca pelo trabalho realizado pela prefeitura em promover políticas para a leitura no município. Essa é a segunda vez que Caruaru é agraciada com o prêmio. Atualmente, a cidade possui 43 bibliotecas escolares e uma biblioteca pública municipal.

“Essa é uma noite de grande importância. É por meio de um livro e da leitura que o mundo se abre, seja para uma criança, um jovem ou qualquer pessoa. A Assembleia Legislativa está fazendo esse reconhecimento do cuidado, da atenção e do incentivo à leitura. Parabéns ao prefeito Rodrigo e conte conosco para que possamos colaborar com o desenvolvimento e o conhecimento do povo da cidade de Caruaru”, ressaltou a deputada Débora Almeida, que indicou o prêmio à Capital do Agreste.

Em seu discurso, Rodrigo Pinheiro agradeceu a deputada Débora Almeida, em nome da Assembleia Legislativa, pelo prêmio e destacou o trabalho que vem sendo realizado em Caruaru. “Esse é um reconhecimento das nossas políticas públicas para a leitura, para a biblioteca. Fica a certeza do nosso trabalho, que está só começando, na estrutura de toda a educação do município, valorizando também a categoria dos professores. São políticas que estruturam a sociedade para o futuro, um trabalho que começou ainda com Raquel, enquanto prefeita, com a requalificação dos 140 prédios da nossa educação. Estamos fazendo investimentos na primeira infância, como a criação da Bebeteca, com incentivo à leitura de crianças de até 5 anos, a entrega de quase 30 mil tablets para os nossos alunos da rede municipal de ensino, entre outros investimentos”, detalhou o prefeito.

Prêmio – Destinado a agraciar gestões municipais pernambucanas que promovam a instalação e manutenção de bibliotecas públicas e escolares, o Prêmio Prefeitura Amiga da Biblioteca, idealizado pela ex-deputada estadual e atual senadora Tereza Leitão, foi instituído pela Assembleia em 2015, por meio da Resolução nº 1317. Desde então, a iniciativa pode contemplar, anualmente, cidades das quatro regiões do estado.

Prefeitura de Caruaru investe mais de R$ 7 milhões em calçamento no Luiz Gonzaga

O programa Asfalto que Avança, da Secretaria de Infraestrutura Urbana e Obras de Caruaru (Siurb), prossegue realizando a sua série de calçamentos, no Luiz Gonzaga. No ano passado, seis vias foram contempladas com o investimento do tipo e atualmente mais seis se encontram sendo pavimentadas, com instalações também de drenagem e de calçadas. São elas as ruas: São João do Arraiá, Professor Luiz Pessoa da Silva, Luzia de Sousa, Severina de França, Luar do Sertão e Projetada.

Neste segundo lote de calçamentos, mais de R$4,5 milhões foram destinados pela Prefeitura de Caruaru, provenientes do empréstimo junto ao Finisa. “O prefeito Rodrigo Pinheiro preza pela qualidade e a durabilidade de suas obras, desta forma, sempre realizamos estudos detalhados dos trechos contemplados para, em seguida, iniciar as execuções. No Luiz Gonzaga não foi diferente e todos esses calçamentos vêm a atender aos desejos antigos dos moradores”, destacou o secretário da Siurb, Andrews Melo.

Ao todo serão contemplados mais de 15 mil metros quadrados de pavimentação, além de 400 metros de drenagem. A previsão inicial de conclusão de toda obra é de 10 meses. “Quem mora no Luiz Gonzaga sabe muito bem o quanto aguardávamos por esses calçamentos e, graças a Deus, eles chegaram. Parabenizo a Prefeitura de Caruaru, no nome do prefeito Rodrigo, pelo olhar diferenciado para nosso bairro”, disse o morador Júnior Silva.

No somatório dos dois lotes, já foram investidos mais de R$7 milhões em termos de pavimentação, drenagem e calçadas no local. No primeiro foram contempladas as ruas 9, 11, 13, 21, 23 e 25.

Indígenas e órgãos internacionais celebram derrubada do marco temporal

Brasília (DF), 20/09/2023, Lideranças indígenas fazem passeata contra marco temporal na Esplanada dos Ministérios. Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil

Entidades representativas dos povos indígenas e organismos internacionais comemoram a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) pela inconstitucionalidade da tese do marco temporal para demarcação de terras indígenas. Nas redes sociais, o assunto ficou entre os mais comentados na tarde desta quinta-feira (21). Em Brasília, lideranças indígenas e representantes de diversos povos acompanharam a votação.  

De acordo com a presidenta da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Joenia Wapichana, prevaleceram, na decisão, os direitos constitucionais dos povos originários.

“Hoje o dia é de comemorar a vitória dos povos indígenas contra o marco temporal. Nós temos muitos desafios pela frente, como outros pontos que foram incluídos, mas é uma luta a cada dia. Uma vitória a cada dia. Nós acreditamos na Justiça, na Justiça do Supremo Tribunal Federal para dar essa segurança jurídica aos direitos constitucionais dos povos indígenas, cumprir o seu dever pela constitucionalidade e dar esperança a esse povo que tem sofrido há muitos anos com intimidações e pressões. Hoje se enterra de vez o marco temporal”, diz em nota divulgada pela fundação.

De acordo com a Funai, a tese do marco temporal ignorava o longo histórico “de esbulho possessório e violência praticada contra os povos indígenas, acarretando a expulsão de seus territórios, além de violar os direitos indígenas previstos na própria Constituição Federal e em tratados internacionais dos quais o Estado brasileiro é signatário”.

A Funai destaca ainda que pela Constituição, as terras indígenas são bens da União e de usufruto exclusivo dos povos indígenas. Tratam-se de bens inalienáveis e indisponíveis, ou seja, não podem ser objeto de compra, venda, doação ou qualquer outro tipo de negócio, sendo nulos e extintos todos os atos que permitam sua ocupação, domínio ou posse por não indígenas.

O Conselho Indigenista Missionário (Cimi) acompanha os indígenas em Brasília e em outras regiões do país. Na capital, de acordo com a entidade, cerca de 600 indígenas de várias regiões do país acompanham a votação do lado de fora do STF, por meio de um telão. Além deles, um grupo de 70 lideranças indígenas assistiram a sessão direto do plenário da Corte.

A entidade postou vídeo em que indígenas celebraram com cantos e danças, em tenda montada ao lado da Corte, quando formou-se maioria dos ministros contra o marco temporal.

A Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) disse que a decisão foi uma “vitória na batalha contra o marco temporal, sabendo que a luta em defesa dos nossos territórios continua. Nenhum direito originário será negociado”.

Membros do governo federal e outros políticos também se manifestaram pelas redes sociais. Na rede social X, a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva disse: “STF forma maioria para derrubar Marco Temporal das terras indígenas. Vitória dos povos indígenas e do respeito ao seu modo de vida, e da grande contribuição que podem dar à humanidade e ao planeta”.

Organismos internacionais

Entidades internacionais também se manifestaram. O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) parabenizou o Supremo Tribunal Federal (STF) pela decisão contrária à tese do marco temporal, que segundo o organismo internacional impactaria a vida de crianças e jovens indígenas e significaria um retrocesso para o país.

“O Brasil deve atuar de forma a assegurar os direitos de crianças e jovens indígenas. Isso inclui o entendimento de que a garantia do direito à terra e ao território é de suma importância para a preservação da identidade, das tradições e da cultura de um povo, sendo fundamental para o desenvolvimento social e coletivo de meninos e meninas indígenas”, diz o Unicef, no Instagram.

Já a porta-voz do Greenpeace Brasil, Ariene Susui, afirmou que “ao formar maioria, o STF avança rumo à decisão histórica de rejeitar o Marco Temporal de uma vez por todas”. “Quem ganha somos todos nós, porque promover os direitos indígenas significa, sobretudo, a defesa de direitos constitucionais. Rejeitar o marco temporal é assegurar direitos de toda a sociedade, pois direitos conquistados não devem ser questionados e sim cumpridos. Os povos originários e seus territórios exercem um papel fundamental na defesa da biodiversidade brasileira que, por sua vez, possui grande importância na mitigação da crise climática e na regulação do clima global”.

Marco Temporal 

A maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quinta-feira (21) por invalidar a tese do marco temporal para demarcação de terras indígenas.

Pela tese, defendida por proprietários de terras, os indígenas somente teriam direito às terras que estavam em sua posse no dia 5 de outubro de 1988, data da promulgação da Constituição Federal, ou que estavam em disputa judicial na época.

Apesar da maioria formada contra o marco temporal, os ministros ainda vão analisar o alcance da decisão. Pela corrente aberta com o voto do ministro Alexandre de Moraes, particulares que adquiriram terras de “boa-fé” podem pedir indenização pelas benfeitorias e pela terra nua. A decisão valeria para proprietários que receberam do governo títulos de terras que deveriam ser consideradas como áreas indígenas.

MEC e Capes lançam programa de formação de professores

O Ministério da Educação (MEC) e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) lançaram, nesta quinta-feira (21), o Programa Nacional de Fomento à Equidade na Formação de Professores da Educação Básica (Parfor Equidade). A iniciativa tem o objetivo de formar professores em licenciaturas específicas e pedagogos, para que possam atender nas redes públicas e comunitárias que ofertam educação escolar indígena, quilombola e no campo, educação especial inclusiva e educação bilíngue de surdos.

O Parfor Equidade é executado pela Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão (Secadi) do MEC, e pela Capes, autarquia vinculada à pasta. O programa prevê que os cursos sejam ofertados por instituições de ensino superior federais ou comunitárias que tenham Índice Geral de Curso (IGC) igual ou superior a 3 e instituições estaduais e municipais como autorização para funcionamento. Todas devem ter experiência na área e cada uma ofertará de 30 a 200 vagas.

Os cursos ofertados serão: Pedagogia Intercultural Indígena, Licenciatura Intercultural Indígena, Licenciatura em Educação do Campo, Licenciatura em Educação Escolar Quilombola, Licenciatura em Educação Especial Inclusiva e Licenciatura em Educação Bilíngue de Surdos.

De acordo com o MEC, ao menos 50% das vagas serão destinadas a professores da rede pública que já atuem na área do curso, porém sem a formação adequada, com preferência aos grupos indígenas, quilombolas, negros ou pardos, pertencentes a populações do campo, pessoas surdas e público-alvo da educação especial. Para os demais públicos, informou o ministério, haverá processo seletivo de cada instituição de ensino, incluída a destinação de cotas para indígenas, quilombolas, pretos e pardos, populações do campo, pessoas surdas e para o público-alvo da educação especial.

Além de promover uma formação mais especializada para professores em exercício, o Parfor Equidade pretende ampliar o número de profissionais que atuam com na educação desses segmentos mais vulneráveis. Serão formadas 2 mil pessoas, no primeiro edital do programa, com investimento de R$ 135 milhões ao longo de cinco anos.

O Parfor Equidade nasce de um programa já existente, o Parfor, criado em 2009, que já formou mais de 100 mil professores da educação básica que não tinham a especialização adequada para lecionar na área em que atuavam.

O Parfor Equidade também integra o Programa de Desenvolvimento Acadêmico Abdias Nascimento, relançado pelo MEC em 2023, com ações destinadas à formação de estudantes autodeclarados pretos, pardos, indígenas e alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades.

Área usada pelo garimpo ilegal aumenta em 35 mil hectares, diz estudo

El parque ambiental de Jamanxim es un santuario ecológico de 1.300 hectáreas donde viven especies autóctonas de la Amazonia

A área ocupada pelo garimpo ilegal no Brasil cresceu 35 mil hectares em 2022 na comparação com o ano anterior, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (22) pelo MapBiomas. O levantamento mostrou que esse crescimento ocorreu principalmente na Amazônia, que em 2022 concentrava a quase totalidade (92%) da área garimpada no Brasil. Quase metade (40,7%) da área garimpada nesse bioma foi aberta nos últimos cinco anos. O principal interesse dos garimpeiros é pelo ouro, com 85,4% dos 263 mil hectares garimpados para a extração desse minério.

O estudo também revelou a concentração do garimpo em áreas de proteção e restritas à atividade, como nos Parques Nacionais do Jamanxin, do Rio Novo e da Amazônia, no Pará; na Estação Ecológica Juami Jupurá, no Amazonas, e na Terra Indígena Yanomami (TI Yanomami), em Roraima. Segundo o MapBiomas, as três primeiras áreas são garimpadas há mais de 20 anos, mas as imagens de satélite revelam crescimento nos últimos 10 anos. Já a área garimpada na Esec Juami Jupurá tem menos de cinco anos e a TI Yanomami, teve aumento nos últimos 10 anos.

“O tamanho desses garimpos sobressai nos mapas, sendo facilmente identificável até por leigos. Surpreende que ano após ano ainda subsistam. Sua existência e seu crescimento são evidências de apoio econômico e político à atividade, sem os quais não sobreviveriam, uma vez que estão em áreas onde o garimpo é proibido”, disse o coordenador técnico do mapeamento de mineração do MapBiomas, César Diniz.

Segundo o MapBiomas, o crescimento do garimpo em áreas protegidas em 2022 foi de 190% maior do que há cinco anos, com aumento de 50 mil hectares. Nesse ano, mais de 25 mil hectares em Terras Indígenas e de 78 mil hectares em Unidades de Conservação estavam ocupados pela atividade. Em 2018, eram 9,5 mil e 44,7 mil hectares. Em 2022, 39% da área garimpada no Brasil estava dentro de Terras Indígenas ou de Unidades de Conservação.

Nas Terras Indígenas, 15,7 mil hectares foram ocupados pelos garimpeiros em 2022, o que representa um aumento de 265%. O mapeamento mostra que 62,3% da área garimpada em Terras Indígenas foi aberta nos últimos cinco anos. As Terras Indígenas mais invadidas pelo garimpo são a Kayapó (13,7 mil hectares), Munduruku (5,5 mil hectares), Yanomami (3,3 mil hectares), Tenharim do Igarapé Preto (1 mil hectares) e Sai-Cinza (377 hectares).

Nas Unidades de Conservação, 43% da área explorada foi aberta nos últimos cinco anos. Segundo o MapBiomas, as mais invadidas são a APA do Tapajós (51,6 mil hectares), a Flona do Amaná (7,9 mil hectares), Esec Juami Jupurá (2,6 mil hectares), Flona do Crepori (2,3 mil hectares) e Parna do Rio Novo (2,3 mil hectares).

“Uma das consequências do garimpo é o assoreamento dos rios e a contaminação de suas águas. As imagens de satélite mostram que as bacias mais afetadas pela atividade garimpeira são Tapajós, Teles Pires, Jamanxim, Xingu e Amazonas. Essas cinco bacias representam 66% da área garimpada do país, sendo Tapajós 20% (54,8 mil hectares) e Teles Pires 18% (48,1 mil hectares)”, reforça o documento do MapBiomas.

Mineração industrial

De acordo com os dados do mapeamento, não houve crescimento na área ocupada pela mineração industrial, que em 2022 ocupava os mesmos cerca de 180 mil hectares registrados em 2021. No ano passado, essa área correspondia a 40% do total explorado pela atividade no Brasil (443 mil hectares).

Os estados com maior área ocupada pela atividade industrial com 76% da área (339 mil hectares) são Pará, Mato Grosso e Minas Gerais. O município com maior área minerada no Brasil é Itaituba, no Pará, com 71 mil hectares, 16% da área minerada do país. Em seguida vêm Jacareacanga (PA) e Peixoto de Azevedo (MT), com 20 mil e 13 mil hectares.

Vasco goleia Coritiba em reencontro com torcida em São Januário

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Empurrado por sua apaixonada torcida, o Vasco goleou o lanterna Coritiba por 5 a 1, na noite desta quinta-feira (21) no estádio de São Januário. Esta é a segunda vitória consecutiva do Cruzmaltino na competição, após triunfo de 4 a 2 sobre o Fluminense no último sábado (16).

Precisando de pontos ganhar fôlego na luta para deixar a zona de rebaixamento (o Cruzmaltino ocupa a 18ª posição com 23 pontos) o Vasco contou com um importante aliado, a sua torcida, que pôde voltar a acompanhar uma partida em São Januário pela primeira vez desde 23 de junho, um dia após o jogo contra o Goiás, que terminou em uma grande confusão que levou à interdição do local.

E o Vasco não decepcionou sua torcida, que logo aos 8 minutos comemorou pela primeira vez na noite. Rossi levantou a bola na área e o volante Zé Gabriel não perdoou. O Cruzmaltino ampliou ainda antes do intervalo. Aos 33 minutos Rossi teve apenas o trabalho de empurrar a bola para o fundo do gol após boa trama ofensiva.

A equipe de São Januário continuou mandando no confronto na etapa final, e contou com o faro de gol do argentino Vegetti para marcar duas vezes, aos 4 minutos e aos 17. Sebastián Gómez ainda marcou o de honra dos visitantes aos 34, mas Gabriel Pec deu números finais ao confronto um minuto depois.

TSE começa a julgar recurso de Bolsonaro contra inelegibilidade

O ministro Benedito Gonçalves, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), votou nesta sexta-feira (22) contra o recurso para derrubar a decisão que tornou o ex-presidente Jair Bolsonaro inelegível por 8 anos. O julgamento do caso foi iniciado na madrugada desta sexta-feira no plenário virtual do tribunal.

Em junho deste ano, Bolsonaro foi condenado pelo TSE por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação pela reunião realizada com embaixadores, em julho do ano passado, no Palácio da Alvorada, para atacar o sistema eletrônico de votação. A legalidade do encontro foi questionada pelo PDT.

No recurso apresentado no TSE, os advogados de Bolsonaro alegaram que houve cerceamento de defesa no julgamento pela falta de análise de todos os argumentos apresentados por eles e para apresentação de testemunhas.

No julgamento virtual, os ministros inserem os votos no sistema eletrônico e não há deliberação presencial. A análise do recurso está prevista para terminar no dia 28 deste mês.

Além de Gonçalves, ainda vão votar os ministros Floriano de Azevedo Marques, André Ramos Tavares, Raul Araújo, Cármen Lúcia, Nunes Marques e Alexandre de Moraes.

Fachin mantém prisão de acusado da morte de Genivaldo Santos

O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu, nesta quinta-feira (21), em Brasília, manter a prisão de Kleber Nascimento Freitas, um dos três ex-agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) acusados de participação na morte de Genivaldo de Jesus Santos, em maio de 2022.

A defesa do ex-policial recorreu ao ministro para derrubar decisão anterior do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que manteve a prisão do acusado. Entre os argumentos apresentados pelos advogados, Freitas passa por “graves transtornos mentais” e não há condições adequadas para tratamento na prisão.

Na decisão, Fachin entendeu que não há ilegalidade na manutenção da prisão do ex-policial. Sobre a situação de saúde, o ministro disse que não cabe ao Supremo avaliar a questão.

“Não obstante o impetrante tenha feito menção a um grave quadro de saúde do paciente e apresentado declarações, relatórios e atestados médicos recentes, as alegações versadas na inicial, bem como os referidos documentos, ao que tudo indica, não foram submetidos à análise do juízo de primeiro grau”, afirmou.

No ano passado, o caso veio à tona após imagens veiculadas na internet mostrarem a ação policial que prendeu Genivaldo no porta-malas de uma viatura após ele ser parado pelos agentes por trafegar de moto sem capacete em uma rodovia de Sergipe.

Durante a abordagem, um policial rodoviário jogou bombas de gás dentro do carro e manteve a tampa do porta-malas abaixada, impedindo Genivaldo de sair e respirar.

Demissão

No mês passado, o ministro da Justiça, Flávio Dino, assinou a demissão dos três policiais rodoviários federais.

A demissão foi recomendada pela corregedoria da PRF, que considerou que William de Barros Noia, Kleber Nascimento Freitas e Paulo Rodolpho Lima Nascimento cometeram infrações disciplinares ao violar os deveres funcionais.

Os acusados serão levados a júri popular pela morte de Genivaldo. A data do julgamento ainda não foi marcada.