A Audiência Pública realizada no dia de ontem, retratou o sentimento e o cenário do tema da segurança no estado: profissionais da segurança pública querendo muitas respostas e valorização por parte do Governo do Estado e o Governo do Estado ausente do diálogo sobre o tema.
Nenhum dos representantes do Governo de Pernambuco convidado para a Audiência Pública compareceu nem enviou representante. Já a categoria da Polícia foi fortemente representada por associação , sindicato e comissões dos policiais militar, civil , penal e dos concursados das polícias que lotaram o auditório Enio Guerra, da Assembleia Legislativa de Pernambuco. Eles carregavam faixas cobrando respostas do Governo e participaram da reunião pública com relatos sobre os desafios e dificuldades do trabalho, cobranças de melhorias salariais e de melhores condições de trabalho. Ao final da Audiência foi aberto espaço para perguntas e os parlamentares presentes se comprometeram a levar as perguntas a governadora Raquel Lyra.
Representando autoridades municipais de segurança estiveram presentes o secretário de segurança cidadã do Recife, Murilo Cavalcanti e o secretário de segurança dê Jaboatão dos Guararapes, Coronel Sá. Também estiveram presentes Laercio Queiroz representando a AMUPE, o vereador Marcos da Prestação representando a Câmara de Vereadores de Vitória de Santo Antão e o comandante da Guarda Municipal de Vitória de Santo Antão, Renato Costa Alves. Vitória de Santo Antão e Jaboatão estão entre as cinco cidades mais violentas do Brasil de acordo com o Anuário Brasileirão da Violência.
A Audiência foi comandada pelo presidente da Comissão de Segurança da Alepe, deputado Fabrizio Ferraz, o autor do pedido de Audiência Pública que foi o deputado Coronel Alberto Feitosa e os deputados Eriberto Medeiros Filho, Abimael Santos, Gleide Angelo e Joel da Harpa.
“Lamentável a ausência do Governo do Estado num momento tão importante como este para tratar de um tema que tem sido uma angústia de todos os pernambucanos que é a falta de segurança”, lamentou o Coronel Alberto Feitosa
O parlamentar explicou que a Comissão de Segurança Pública irá fazer um relatório sobre a Audiência que será enviado ao governo e que o governo será agora convocado pela Assembleia Legislativa. “ Primeiro nós convidamos o Governo para falar sobre o tema aqui nesta Audiência e eles não vieram, agora com a convocação, que tem caráter impositivo, o não comparecimento se caracterizará como crime de responsabilidade “, explicou Coronel Alberto Feitosa