STJ volta a adiar julgamento do ex-jogador Robinho em caso de estupro

Fachada do Superior Tribunal de Justiça (STJ)

A Corte Especial Superior Tribunal de Justiça (STJ) adiou nesta quarta-feira (2), mais uma vez, o julgamento de um recurso no qual a defesa do ex-jogador de futebol Robinho busca prolongar o processo de homologação, no Brasil, de sua condenação por estupro na Itália. 

A defesa de Robinho pediu ao STJ que a Itália seja obrigada a enviar para a Justiça brasileira todo o processo criminal traduzido, e não apenas a sentença, como foi feito pelo país europeu.

O julgamento do pedido teve início em 19 de abril, quando o relator, ministro Francisco Falcão, que já havia rejeitado a necessidade da tradução completa, confirmou sua decisão individual. Em seguida, a análise foi interrompida por um pedido de vista do ministro João Otávio de Noronha.

Nesta quarta-feira, o caso foi novamente adiado, a pedido de Noronha, diante da ausência justificada de Falcão à sessão da Corte Especial, colegiado que é formado pelos 15 ministros mais antigos do STJ.

Segundo a presidente do STJ, ministra Maria Thereza de Assis Moura, a falta de Falcão foi “justificada”. A retomada do caso de Robinho foi remarcada para a próxima seção da Corte Especial, em 16 de agosto.

Entenda 

Robinho é alvo de um pedido de homologação da sentença estrangeira, requerido pelo governo da Itália, onde o ex-jogador foi condenado em três instâncias pelo envolvimento em um estupro coletivo, ocorrido em uma boate de Milão, em 2013. A pena imputada foi de nove anos de prisão.

A Itália havia solicitado a extradição de Robinho. A Constituição brasileira, contudo, não prevê a possibilidade de extradição de cidadãos natos. Por esse motivo, o país europeu decidiu requerer a transferência da sentença do ex-jogador. Dessa forma, o tribunal vai analisar se a condenação pode ser reconhecida e executada no Brasil.

De acordo com a defesa de Robinho, a tradução completa é necessária para verificar se o devido processo legal foi observado na condenação proferida pela Justiça italiana.

Redução da Selic faz bancos públicos reduzirem suas taxas

A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de reduzir a taxa Selic, juros básicos da economia, em 0,5 ponto percentual, motivou os bancos públicos a se apressarem em anunciar taxas menores no empréstimo consignado. O anúncio do Copom ocorreu no final da tarde desta quarta-feira (2). Pouco depois, Caixa Econômica e Banco do Brasil divulgaram comunicados.

A Caixa divulgou a redução de 1,74% para a partir de 1,70% ao mês nas taxas de juros do Crédito Consignado para beneficiários e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O Banco do Brasil, por sua vez, reduziu taxas nas linhas de crédito consignado e automático, entre outros.

A exemplo da Caixa, o BB reduziu os juros do consignado do INSS. Nesse caso, taxa caiu de 1,81% ao mês para 1,77% ao mês, na faixa mínima, e de 1,95% ao mês para 1,89% ao mês no patamar máximo.

“A queda da taxa de juros no país está apoiada em condições positivas, construídas ao longo de todo o primeiro semestre deste ano. Elas possibilitam crédito mais barato para as famílias e para as empresas – especialmente as MPE [micro e pequenas empresas] – o que nos permite vislumbrar perspectivas de ainda maior dinamismo da economia, com mais crescimento e geração de emprego”, disse a presidente do Banco do Brasil, Taciana Medeiros.

Rita Serrano, presidente da Caixa, também manifestou otimismo com o cenário. “A medida contribui com a organização das finanças dos clientes, em conjunto com as atuais ações vigentes do banco de negociação de dívidas, e para o crescimento da economia do país”.

Em sua decisão, o Copom indicou que a Selic continuará a cair, amparada pela redução da inflação. Segundo comunicado do comitê, seus membros preveem cortes de 0,5 ponto nas próximas reuniões. A redução anunciada hoje foi a primeira após três anos.

A última vez em que o BC tinha reduzido a Selic havia sido em agosto de 2020, quando a taxa caiu de 2,25% para 2% ao ano. Depois disso, o Copom elevou a Selic por 12 vezes consecutivas, num ciclo que começou em meio à alta dos preços de alimentos, de energia e de combustíveis, e, a partir de agosto do ano passado, manteve a taxa em 13,75% ao ano por sete vezes seguidas.

Novo programa do governo traz ações de apoio a pescadores artesanais

Brasília (DF), 02/08/2023, O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante o lançamento do programa Povos da Pesca Artesanal e da assinatura do decreto que recria o Conselho Nacional da Aquicultura e Pesca (Conape).  Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

Cerca de 1 milhão de pescadores artesanais deverão ser beneficiados pelo Programa Povos da Pesca Artesanal, lançado nesta quarta-feira (2) pelo governo federal. Com o objetivo de criar políticas públicas para garantir segurança alimentar, trabalho e renda para os pescadores, o programa terá sete diferentes ações, que serão executadas em conjunto por quatro pastas, com a coordenação do Ministério da Pesca e Aquicultura. 

A ideia é beneficiar pescadores em todas as regiões do país, com maior concentração nos estados do Norte e Nordeste. Segundo o Ministério da Pesca e Aquicultura, do total de pescadores artesanais no país, 460 mil estão no Nordeste e 370 mil no Norte, incluindo indígenas, mulheres negras, comunidades caiçaras, marisqueiras, jangadeiros, vazanteiros, ribeirinhos, extrativistas, pescadores quilombolas.

O ministro da Pesca e Aquicultura, André de Paula, disse que o programa é um gesto de reparação histórica do povo brasileiro. “O Povos da Pesca Artesanal incorpora nas políticas públicas do governo federal as principais reivindicações de pescadores e pescadoras artesanais. Uma ação que buscará, além de construir condições para a superação de antigos bloqueios à produção e à comercialização dos pescados, garantir direitos sociais, culturais e ambientais, e assim fazer justiça histórica com essa gente lutadora brasileira”.

Brasília (DF), 02/08/2023, O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante o lançamento do programa Povos da Pesca Artesanal e da assinatura do decreto que recria o Conselho Nacional da Aquicultura e Pesca (Conape).  Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Pesca, André de Paula, durante o lançamento do programa Povos da Pesca Artesanal Foto:Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

O programa prevê a criação do Plano Nacional de Pesca Artesanal, com ações para a criação de políticas multidimensionais para a pesca nos próximos 10 anos. Em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, estão previstas ações para promoção da inclusão socioeconômica dos pescadores. Também há ações para beneficiar a categoria com linhas de crédito e assistência técnica, a inclusão produtiva e sanitária da pesca artesanal e ampliação da aquisição do pescado artesanal no Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar e a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Outra ação prevista é a oferta de bolsas de estudo a alunos oriundos das escolas públicas provenientes de comunidades pesqueiras tradicionais. A ação será desenvolvida em conjunto com as fundações estaduais de apoio à pesquisa, inicialmente de 13 estados.

A pescadora artesanal Ítalla de Souza, de Caraíbas (MG), destacou o papel da educação para os jovens pescadores. “Durante muito tempo, nós de comunidades tradicionais não tivemos uma educação adequada, contextualizada com a realidade das nossas comunidades e, por isso, muitos dos nossos jovens se viram obrigados a sair de seus territórios para buscar educação nas cidades”, disse.

Em conjunto com o Ministério Público do Trabalho, o Projeto Santiago terá ações para melhorar as condições de trabalho dos pescadores. Também há uma ação em conjunto com o Ministério da Cultura para valorizar as tradições culturais ligadas à pesca.

Em um auditório lotado de trabalhadores da pesca, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que o gesto mostra a diferença entre os governos que o país já teve. Ele destacou a recriação do Ministério da Pesca, ressaltando a importância do setor para a economia do país. “Recriaremos [o Ministério da Pesca] quantas vezes forem necessárias, cada vez melhor e mais forte”.

Lula garantiu que o governo vai fornecer oportunidades para aumentar a produção pesqueira no país e pediu atenção para o cadastramento de pescadores. “Todo esse conjunto de políticas públicas vai se juntar às medidas que já tomamos nesses sete meses de mandato”, disse Lula.

Em parceria com os ministérios do Trabalho e Emprego e da Previdência, o Ministério da Pesca e Aquicultura quer ainda zerar a fila de pedidos de registros de pescadores artesanais.

Segundo André de Paula, hoje há cerca de 220 mil solicitações e a parceria com os demais ministérios vai possibilitar o atendimento mais rápido da demanda represada e evitar fraudes no sistema. “Quanto mais rigorosos nós formos no acompanhamento desses programas, maior será o espaço orçamentário que vamos dispor para promover programas sociais”, disse o ministro.

Conselho Nacional

O presidente Lula também assinou hoje o decreto de recriação do Conselho Nacional da Aquicultura e Pesca, que havia sido desativado há cinco anos. É um órgão consultivo do Ministério da Pesca e Aquicultura, em que a sociedade participa da discussão das políticas públicas e do ordenamento pesqueiro nacional.

Mega-Sena acumula e próximo prêmio é estimado em R$ 60 milhões

Ninguém acertou as seis dezenas do Concurso 2.617 da Mega-Sena, sorteadas na noite desta quarta-feira (2), em São Paulo.

Com isso, o prêmio para os ganhadores do próximo sorteio, marcado para a noite de sábado (5), está estimado em R$ 60 milhões.

Os números sorteados foram: 03, 14, 36, 42, 43 e 44.

As 83 apostas que acertaram cinco dezenas vão receber R$ 56.735,82 cada uma.

Já as 6.354 apostas que acertaram a quadra recebem prêmio de R$ 1.058,74.

Operação Escudo: moradores denunciam execuções aleatórias no Guarujá

Moradores de bairros onde ocorreram as mortes decorrentes da Operação Escudo, da Polícia Militar (PM), na cidade de Guarujá, no litoral paulista, relataram que policiais executaram aleatoriamente pessoas identificadas como egressas do sistema prisional ou com passagem pela polícia.     

Os relatos foram colhidos nesta quarta-feira (2), no Guarujá, pela comissão formada pelos deputados estaduais paulistas Eduardo Suplicy e Paulo Batista dos Reis, ambos do PT; Mônica Seixas, Ediane Maria e Paula Nunes, do PSOL, além de representantes da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-SP), da Defensoria Pública estadual, da Ouvidoria de Polícia do Estado de São Paulo e do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana da Secretaria estadual de Justiça e Cidadania.

“O que a gente ouviu de vítimas, nem posso chamá-las de testemunhas, porque elas foram todas vítimas, foi [que houve] abordagens sistemáticas, contínuas, de pessoas dentro de casa, na rua, [de] policiais entrando na casa das pessoas sem mandado judicial, sem nenhuma justificativa, e fazendo chamado a quem era egresso do sistema prisional ou que tivesse passagem pela polícia”, disse a deputada Mônica Seixas, integrante da comissão. “E, de forma aleatória, algumas pessoas com passagem pela polícia foram executadas. Um pai com um filho no colo foi executado. Jovens foram espancados. Alguns foram colocados na viatura e levados para serem mortos em outras comunidades. Foi isso que a gente ouviu”, afirmou Mônica.

No último dia 27, o soldado Patrick Bastos Reis, pertencente à equipe das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), foi baleado e morto no Guarujá. Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP) do Estado, Reis foi atingido durante patrulhamento em uma comunidade. O PM foi atingido por um disparo de calibre 9 milímetros (mm).

Após o assassinato do policial, o estado deu início, na Baixada Santista, à Operação Escudo, que, até o momento, resultou na morte de pelo menos 14 pessoas, conforme informou na terça-feira (1º) o governador Tarcísio Freitas.

“O que a gente está ouvindo aqui é que nenhuma dessas mortes tem relação com o assassinato do PM Patrick. Esta é a primeira grande pergunta: se o estado identificou e prendeu os suspeitos de serem os assassinos do Patrick, por que a operação continua? Qual é a relação das pessoas assassinadas, das pessoas mortas, com a morte do Patrick?”, questionou Mônica Seixas.

A parlamentar responsabilizou o governo do estado pelas mortes e ressaltou que a Operação Escudo está trazendo insegurança e violência a Guarujá. Segundo a deputada, a investigação da morte do policial precisa ter inteligência e técnica, “mas não é aceitável que a morte de um policial seja justificativa para execuções aleatórias”.

“O que a gente escutou aqui é que estão ocorrendo batidas policiais, revistas, invasão de casas, checagem de documentos das pessoas. Quando identificadas como egressas do sistema prisional, algumas pessoas foram executadas de forma aleatória”, reforçou Mônica Seixas.

Procurada, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo disse que a operação da Polícia Militar ocorreu de acordo com a lei e que eventuais desvios serão apurados.

Moraes vota a favor da descriminalização do porte de maconha

Brasília, (DF) – 01/08/2023 -  O presidente da Corte, ministro Alexandre de Moraes, participa da abertura da  sessão plenária do segundo semestre forense de 2023, Foto Valter Campanato/Agência Brasil.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou hoje (2) a favor da descriminalização do porte de maconha para consumo pessoal. 

Pelo voto do ministro, deve ser considerado usuário quem portar entre 25 a 60 gramas de maconha ou seis plantas fêmeas de cannabis. Além disso, a Justiça também poderá avaliar as circunstâncias de cada caso para verificar eventual situação que possa configurar tráfico de drogas.

O julgamento sobre o porte de drogas foi retomado nesta tarde com o voto do ministro, que, em 2015, pediu vista (mais tempo para analisar o caso) e suspendeu o julgamento.  A sessão continua para a tomada dos votos dos demais ministros.

O Supremo julga a constitucionalidade do Artigo 28 da Lei das Drogas (Lei 11.343/2006). Para diferenciar usuários e traficantes, a norma prevê penas alternativas de prestação de serviços à comunidade, advertência sobre os efeitos das drogas e comparecimento obrigatório a curso educativo para quem adquirir, transportar ou portar drogas para consumo pessoal.

A lei deixou de prever a pena de prisão, mas manteve a criminalização. Dessa forma, usuários de drogas ainda são alvos de inquérito policial e processos judiciais que buscam o cumprimento das penas alternativas.

Moraes avaliou que a lei aumentou o número de presos por tráfico de drogas e gerou “um exército para as facções criminosas”. O ministro informou que dados oficiais mostram que 25% dos presos no Brasil (201 mil) respondem por tráfico de drogas.

“Isso gerou o fortalecimento das facções no Brasil. A aplicação da lei gerou aumento do poder das facções no Brasil. Aquele que antes era tipificado como usuário, quando despenalizou, o sistema de persecução penal não concordou com a lei e acabou transformando os usuários em pequenos traficantes. O pequeno traficante, com a nova lei, tinha uma pena alta e foi para sistema penitenciário. Jovem, primário, sem oferecer periculosidade à sociedade, foi capturado pelas organizações criminosas”, comentou.

O ministro também defendeu a definição de limites de quantidade de drogas para diferenciar usuários e traficantes.

“Hoje, o tráfico de drogas em regiões abastadas das grandes cidades do país é feito por delivery. Há aplicativos que a pessoa chama e, assim como o IFood leva comida, leva a droga”, completou.

Além da quantidade, Moraes também disse que devem ser levadas em conta as circunstâncias das apreensões para não permitir discriminação entre classes sociais.

“Quanto mais velho e mais instrução, mais difícil ser caracterizado como traficante”, afirmou.

Votos

Nas sessões anteriores , os ministros Luís Roberto Barroso, Edson Fachin e Gilmar Mendes se manifestaram a favor da descriminalização da posse de drogas, mas em extensões diferentes.

Mendes descriminaliza o porte para todas as drogas e transforma as sanções penais em administrativas. Fachin entende que a descriminalização vale somente para maconha. Barroso também estende a descriminalização somente para maconha e fixa a quantidade de 25 gramas ou seis plantas fêmeas de cannabis.

Caso julgado

No caso concreto que motivou o julgamento, a defesa de um condenado pede que o porte de maconha para uso próprio deixe de ser considerado crime.  O acusado foi detido com três gramas de maconha.

Para os advogados, o crime de porte de drogas para uso pessoal é inconstitucional por ofender o princípio constitucional da intimidade e da vida privada.  A defesa sustentou que o uso pessoal não afronta a saúde pública.

Após o voto de Moraes, o julgamento foi suspenso a pedido do relator do caso, ministro Gilmar Mendes. O relator disse que pretende aprofundar voto já proferido e prometeu devolver o processo para julgamento na próxima semana.

Até o momento, o placar do julgamento é de 4 votos a 0 pela descriminalização do porte de drogas para consumo pessoal. Ainda não há consenso se a liberação será somente para maconha ou também para outras drogas.

Copom reduz juros básicos da economia para 13,25% ao ano

Edifício - sede do Banco Central do Brasil no Setor Bancário Norte

A forte queda da inflação fez o Banco Central (BC) cortar os juros pela primeira vez em três anos. Por 5 votos a 4, o Comitê de Política Monetária (Copom) reduziu a taxa Selic, juros básicos da economia, em 0,5 ponto percentual, para 13,25% ao ano. A decisão surpreendeu o mercado financeiro, que esperava um corte de 0,25 ponto.

Votaram por uma redução de 0,5 ponto percentual o presidente do BC, Roberto Campos Neto, e os diretores Ailton de Aquino Santos (Fiscalização), Carolina de Assis Barros (Administração), Gabriel Galípolo (Política Monetária) e Otávio Damaso (Regulação).  Votaram pelo corte de 0,25 ponto percentual os diretores Diogo Guillen (Política Econômica), Fernanda Guardado (Assuntos Internacionais), Maurício Costa de Moura (Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta) e Renato Dias Gomes (Organização do Sistema Financeiro).

O voto de desempate, portanto, coube a Campos Neto. Em comunicado, o Copom informou que a queda da inflação possibilitou a redução nos juros. “O comitê avalia que a melhora do quadro inflacionário, refletindo em parte os impactos defasados da política monetária, aliada à queda das expectativas de inflação para prazos mais longos, após decisão recente do Conselho Monetário Nacional sobre a meta para a inflação, permitiram acumular a confiança necessária para iniciar um ciclo gradual de flexibilização monetária”, destacou o texto.

O Copom também informou que os membros do colegiado preveem, por unanimidade, cortes de 0,5 ponto nas próximas reuniões. Segundo o comunicado, o órgão avalia que esse será o ritmo adequado para manter a política monetária contracionista (juros que desestimulam a economia) necessária para controlar a inflação.

A última vez em que o BC tinha reduzido a Selic foi em agosto de 2020, quando a taxa caiu de 2,25% para 2% ao ano. Depois disso, o Copom elevou a Selic por 12 vezes consecutivas, num ciclo que começou em meio à alta dos preços de alimentos, de energia e de combustíveis, e, a partir de agosto do ano passado, manteve a taxa em 13,75% ao ano por sete vezes seguidas.

Antes do início do ciclo de alta, a Selic tinha sido reduzida para 2% ao ano, no nível mais baixo da série histórica iniciada em 1986. Por causa da contração econômica gerada pela pandemia de covid-19, o Banco Central tinha derrubado a taxa para estimular a produção e o consumo. A taxa ficou no menor patamar da história de agosto de 2020 a março de 2021.

Inflação

A Selic é o principal instrumento do Banco Central para manter sob controle a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Em junho, o indicador ficou negativo em 0,08% e acumula 3,16% em 12 meses . Nos últimos dois meses, a inflação vem caindo por causa dos alimentos e dos combustíveis.

O índice fechou o ano passado acima do teto da meta de inflação. Para 2023, o Conselho Monetário Nacional (CMN) fixou meta de inflação de 3,25%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual. O IPCA, portanto, não podia superar 4,75% nem ficar abaixo de 1,75% neste ano.

No Relatório de Inflação divulgado no fim de junho pelo Banco Central, a autoridade monetária estimava que o IPCA fecharia 2023 em 5% no cenário base. A projeção, no entanto, pode ser revista para baixo na nova versão do relatório, que será divulgada no fim de setembro.

As previsões do mercado estão mais otimistas que as oficiais. De acordo com o boletim Focus, pesquisa semanal com instituições financeiras divulgada pelo BC, a inflação oficial deverá fechar o ano em 4,84%. Há um mês, as estimativas do mercado estavam em 4,98%.

Crédito mais caro

A redução da taxa Selic ajuda a estimular a economia. Isso porque juros mais baixos barateiam o crédito e incentivam a produção e o consumo. Por outro lado, taxas mais baixas dificultam o controle da inflação. No último Relatório de Inflação, o Banco Central projetava crescimento de 2% para a economia em 2023.

O mercado projeta crescimento maior, principalmente após a divulgação de que o Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas) cresceu 1,9% no primeiro trimestre . Segundo a última edição do boletim Focus, os analistas econômicos preveem expansão de 2,24% do PIB em 2023.

A taxa básica de juros é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas de juros da economia. Ao reajustá-la para cima, o Banco Central segura o excesso de demanda que pressiona os preços, porque juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.

Ao reduzir os juros básicos, o Copom barateia o crédito e incentiva a produção e o consumo, mas enfraquece o controle da inflação. Para cortar a Selic, a autoridade monetária precisa estar segura de que os preços estão sob controle e não correm risco de subir.

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infografia_selic – ArteDJOR

Empresas do programa “Caruaru Moda Mundo” participam da 36ª edição da Rodada de Negócios

Até o dia 02 de agosto, no Polo Caruaru, as empresas participantes da quinta edição do programa “Caruaru Moda Mundo” (CMM) expõem seus produtos na 36ª edição da Rodada de Negócios, um evento que completou 18 anos de sucesso em 2023.

O CMM é fruto de uma parceria entre a Prefeitura de Caruaru, por meio da Secretaria de Desenvolvimento econômico, Turismo e Economia Criativa (Sedetec) e o Sebrae-PE, buscando capacitar micro e pequenas empresas da indústria da moda e confecção de Caruaru. O objetivo é tornar esses empreendimentos mais competitivos tanto no mercado nacional quanto no internacional.

Já em relação à Rodada de Negócios deste ano, mais de 150 empresários de Pernambuco e do Brasil puderam expor e vender seus produtos para mais de 800 compradores que passaram pelo polo de Caruaru todos os dias, resultando em um movimento financeiro impressionante de cerca de R$ 25 milhões de reais somente nesta edição.

O evento se destaca por proporcionar um ambiente propício para networking, troca de experiências e fechamento de importantes negociações, impulsionando a economia da moda pernambucana e reforçando a relevância do setor da moda e confecção em Caruaru.

Para o dono da empresa Anagrom, que participa do CMM e está expondo seus produtos na rodada de negócios, Enival Saulo, é um momento de muito crescimento e oportunidade de evolução pessoal e empresarial. “Sem dúvidas é um ambiente que fazemos muitos contatos, fechamos mais negócios e podemos dar um salto gigante em lucros para nossa empresa”, comentou.

Quem esteve presente também foi o prefeito Rodrigo Pinheiro que mais uma fez reforçou o compromisso em perpetuar o Caruaru Moda Mundo, ajudando empresas caruaruenses a crescerem e se desenvolverem cada vez mais frente ao mercado internacional. “Caruaru é uma potencial internacional no setor da moda e confecção. Após o recorde de inscrições para participação nesta quinta edição do CMM, nos encontramos em mais uma edição do programa que vem sendo realizada com sucesso, com capacitação de micro e pequenas empresas do ramo de confecções, consultarias realizadas pelo nosso parceiro, o Sebrae-PE e logo mais abriremos a nova turma do CMM”, destacou.

Espetáculo ‘Aladdin – o Musical’ faz apresentação no Recife

O espetáculo ‘Aladdin, o Musical’ será encenado neste sábado (5) no Recife. Com sessão única. A apresentação no palco do Teatro Barreto Júnior, no Pina, na Zona Sul, começa às 16h30. Há ingressos a partir de R$35 (meia), já R$70 é o preço para a entrada (inteira). Os ingressos já estão à venda pela internet (https://www.sympla.com.br/evento/aladin-o-musical-05-de-agosto-16h30/2057266) e na bilheteria do teatro. Helena Siqueira Produções é a responsável pela montagem do conto clássico que conta a história do jovem Aladdin e da princesa Jasmine.

Na produção, os artistas prometem encantar o público com uma apresentação onde música e dança se misturam entre as atuações. O elenco pernambucano é dirigido por Kleber Valentim e as coreografias são assinadas por Kassio Soares e Carlos Blue.

A trama retrata os desafios encarados por um inteligente jovem de coração puro e que esbanja simpatia, que mesmo ao viver a pobreza nas ruas de Agrabah, local dominado por sultões, nunca perde a fé, agindo sempre com muita esperança e coragem.

“Numa realidade completamente oposta ao que vive Aladdin, está a princesa Jasmine, que do seu palácio, vive infeliz, ao se sentir oprimida e excluída do convívio de todos. Tão próximos, mas tão distantes pelas diferenças sociais, Aladdin e Jasmine contrariam a lógica e ao se conhecerem, passam a buscar um novo caminho”, destaca Ivaldo Cunha Filho, responsável pela adaptação da obra. Ainda segundo ele, essa decisão vai fazer com que a princesa deixe o luxuoso castelo e vá em busca de aventuras no mercado público da cidade.

Assim nasce uma história digna de conto de fadas, com direito a um gênio da lâmpada muito bem humorado, um tapete voador, um macaco muito agitado e sem falar no romance, sonhos e magia que giram em torno desse cenário.

SERVIÇO:

Espetáculo ‘Aladdin – o Musical’ faz apresentação no Recife
Quando: sábado (05 de agosto)
Horário: 16h30
Onde: Teatro Barreto Júnior – Rua Estudante Jeremias Bastos, s/n, Pina, Recife
Entrada: R$ 70 (inteira) e R$ 35 (meia)
Faixa etária: livre
Onde comprar: ingressos disponíveis na internet (https://www.sympla.com.br/evento/aladin-o-musical-05-de-agosto-16h30/2057266) e na bilheteria do teatro
Mais informações: (81) 99568.4125

Agosto Verde – Secretaria de Saúde de Caruaru promove ação alusiva para alunos da educação infantil

Em alusão ao “Agosto Verde – Mês da Primeira Infância”, a Secretaria Municipal de Saúde de Caruaru (SMS) e a Secretaria de Educação e Esportes de Caruaru (Seduc), por meio do Programa Municipal Saúde na Escola (PSE), realizou nessa terça (1º) uma ação no CMEI Artista Plástica Luisa Maciel, na Vila Andorinha, e no CMEI Professora Maria de Lourdes Nascimento Pontes – Tia Lourdinha, no bairro José Carlos de Oliveira. Os estudantes da educação infantil participaram de atividades físicas lúdicas, orientações sobre saúde bucal, com escovação supervisionada no escovódromo, além de avaliação nutricional e vacinação.

Para a coordenadora do PSE, Catarina Souza, ações como essas ajudam a fortalecer a formação integrada dos pequenos. “Foi um lindo momento para fortalecer ainda mais o cuidado integral com nossas crianças, numa ação bem articulada e intersetorial, para que elas possam crescer de forma saudável, ter consciência corporal e mais qualidade de vida. O melhor é que até o fim de agosto teremos mais um monte de atividades do Programa Saúde na Escola. Será um mês lindo”, destacou a coordenadora.

As atividades fizeram parte da série de ações do “Agosto Verde”, que estão sendo promovidas pela Prefeitura de Caruaru, por meio do Comitê Gestor de Primeira Infância, formado pelas Secretarias de Educação e Esportes (Seduc), Desenvolvimento Social e Direitos Humanos (SDSDH), Saúde (SMS) e Políticas para Mulheres (SPM).

O mês de agosto foi instituído o mês da Primeira Infância levando em consideração a recente Lei Brasileira nº 14.617, sancionada em 10 de julho de 2023.

De acordo com a Lei Brasileira nº 13.257/2016, a primeira infância é o período que abrange os primeiros seis anos completos ou 72 meses de vida da criança. Desta forma, no âmbito da atenção primária, o município de Caruaru possui o Programa Saúde na Escola (PSE), que faz parte do Programa Municipal Aprender com Saúde, e visa a integração e a articulação permanente da educação e da saúde. As atividades do PSE ocorrem em escolas dos territórios definidos, segundo a área de abrangência da Estratégia de Saúde da Família.