A partir desta semana o blog traz a coluna de gastronomia, para dar um toque especial e muitas sugestões aos nossos leitores. A coluna contará com receitas inéditas e preparadas por chefes de cozinhas que atuam em Caruaru em restaurantes de destaque como Barcelona Tapas, cuja cozinha é de responsabilidade do chefe Marc Colinas, um catalão da região de Barcelona. Ele promete trazer receitas maravilhosas e combinações de comida e vinho, que são um convite à boa mesa.
A coluna também vai trazer reportagens especiais de alguns restaurantes e apontar as melhores opções para você fazer sua confraternização de final de ano. Também traremos textos de parceiros que já atuam nessa área e dispõem de blog na Capital Pernambucana.
A gastronomia é um ramo que abrange a culinária, as bebidas, os materiais usados na alimentação e, em geral, todos os aspectos culturais a ela associados. Um gastrônomo, gourmet em francês, pode ser um cozinheiro, mas pode igualmente ser uma pessoa que se preocupa com o refinamento da alimentação, incluindo não só a forma como os alimentos são preparados, mas também como são apresentados: músicas, roupas, entre outras atrações, que podem acompanhar a alimentação.
Por essas razões, a gastronomia tem um foro mais amplo que a culinária, que se ocupa mais especificamente das técnicas de confecção dos alimentos. Um provador de vinhos é um gastrônomo especializado naquelas bebidas (e, muitas vezes, é também um gastrônomo no sentido mais amplo do termo).
O prazer proporcionado pela comida é um dos fatores mais importantes da vida, depois da alimentação de sobrevivência. A gastronomia nasceu desse prazer e constituiu-se como a arte de cozinhar e associar os alimentos para deles retirar o máximo benefício.
Cultura muito antiga, a gastronomia esteve na origem de grandes transformações sociais e políticas. A alimentação passou por várias etapas ao longo do desenvolvimento humano, evoluindo do nômade caçador ao homem sedentário, quando este descobriu a importância da agricultura e da domesticação dos animais.
O transporte de alimentos provocou a necessidade de aditivos: por exemplo, o aroma da resina de alguns atuais vinhos gregos foi induzido pelo fato de se utilizar a resina em tempos remotos para tratar os odres de cabra que o vinho continha.
A humanidade logo cedo percebeu as virtudes da associação de certas plantas aromáticas aos alimentos para lhes exaltar o sabor, contribuir para sua conservação e permitir uma melhor e mais saudável assimilação por parte do corpo.
A arte do prazer da comida motivou gênios como Leonardo da Vinci, inventor de vários acessórios de cozinha, como o célebre “Leonardo” para esmagar alho, regras de etiqueta à mesa, além de novas receitas. Precursor da nouvelle cuisine, Da Vinci fundou com outro sócio o restaurante “A Marca das Três Rãs“, em Florença.
A gastronomia também despertou curiosas sensibilidades em músicos como Rossini e em escritores portugueses e estrangeiros.
Camilo Castelo Branco era avesso a descrições mas não resistiu a descrever um saboroso ‘caldo verde’, enquanto que Eça de Queirós tem inúmeras menções a restaurantes nas suas obras. O culto dos prazeres da mesa chegou ao ponto de fazer com que os aficcionados se juntassem em associações gastronômicas como a belga “Ordre des Agathopédes“, ainda em 1585, a francesa “Confrérie de la Jubilation“, ou o português “Clube dos Makavenkos“, em 1884.
TRATADO
O primeiro tratado sobre gastronomia foi escrito por Jean Anthelme Brillat-Savarin, um gastrônomo francês que, em 1825, publicou a “Fisiologia do Paladar”, cujo título completo em francês é Physiologie du Goût .
Não se deve confundir esta ciência com a nutrição ou a dietética, que estudam os alimentos do ponto de vista da saúde e da medicina, uma vez que a gastronomia é estritamente relacionada ao aspecto comercial (no que diz respeito à preparação de comida em restaurantes) e cultural (no que diz respeito ao estudo desta ciência).