Ao lado de Maduro, Lula defende união de países latino-americanos

Brasília (DF), 29/05/2023 – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebe o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, no Palácio do Planalto. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu nesta segunda-feira (29) a união de países latino-americanos durante entrevista coletiva de imprensa ao lado do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro.

“A América do Sul precisa trabalhar como bloco. Não dá pra imaginar que, sozinho, um país vai resolver os seus graves problemas que já perduram mais de 500 anos”, defendeu o presidente brasileiro.

“Se a gente estiver junto, nós temos 450 milhões de pessoas, a gente tem um PIB de quase US$ 4,5 trilhões. A gente tem força no processo de negociação e é por isso que esse momento [cúpula] é importante”, completou.

Cúpula
A partir desta terça-feira (30), chefes de Estado de países da América do Sul se reúnem em Brasília, no Palácio Itamaraty. Os presidentes de Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Paraguai, Suriname, Uruguai e Venezuela confirmaram presença. Um encontro desse porte não ocorre há, pelo menos, sete anos.

“O principal objetivo desse encontro é retomar o diálogo com os países sul-americanos, que ficou muito truncado nos últimos anos, e é uma prioridade do governo Lula. Temos consciência que há diferença de visão e diferenças ideológicas entre os países, mas ele [Lula] quer reativar esse diálogo a partir de denominadores comuns com os países”, explicou a embaixadora Gisela Padovan, secretária de América Latina e Caribe do Ministério das Relações Exteriores (MRE), na última sexta-feira (26).

Embora o governo brasileiro evite apontar uma proposta específica, há a expectativa de que os presidentes discutam formas mais concretas de ampliar a integração, incluindo a possibilidade de criação ou reestruturação de um mecanismo sul-americano de cooperação, que reúna todas as nações da região. Atualmente, não existe nenhum bloco com essas características.

Prazo para entrega do Imposto de Renda 2023 termina dia 31

Brasília (DF), 09/03/2023 – IMPOSTO DE RENDA 2023 – A Receita Federal liberou o download do programa para a declaração do imposto de renda pessoa física 2023. Foto: Juca Varella/Agência Brasil

Faltam dois dias para terminar o prazo dado aos contribuintes para apresentarem a declaração do Imposto de Renda (IR) da Pessoa Física 2023. De acordo com a Receita Federal, até o início da manhã desta segunda-feira (29), mais de 33,2 milhões de declarações haviam sido entregues. A expectativa é de que 39,5 milhões sejam entregues até o prazo final, que é o dia 31 de maio.

Do total de declarações já apresentadas, 23% utilizaram a pré-preenchida, o que, segundo a Receita, reduz o risco de erros. Esse modelo possibilita o uso de informações disponibilizadas a partir de bancos de dados do governo.

O Fisco, no entanto, alerta que “todas as informações devem ser checadas e validadas pelo contribuinte antes do envio”.

O preenchimento e a entrega podem ser feitos por meio do Programa Gerador da Declaração relativo ao exercício de 2023, que está disponível para download no site da Receita Federal; por meio do serviço online Meu Imposto de Renda, pelo Portal e-CAC ou pelo aplicativo para tablets e celulares.

Quem usar a declaração pré-preenchida ou optar por receber o valor da restituição por meio da chave Pix (desde que a chave seja o CPF do cidadão) terá prioridade no recebimento da restituição, sempre respeitando as prioridades legais, como idosos, professores e pessoas com deficiência.

O pagamento das restituições foi dividido em cinco grupos mensais até 29 de setembro, de acordo com a data de entrega da declaração.

A declaração deste ano apresenta uma novidade em relação a quem tem investimentos na bolsa de valores, no mercado futuro ou em investimentos semelhantes: a obrigatoriedade da declaração para esse público foi flexibilizada.

Agora, só é obrigado a enviar a declaração quem vendeu ações cuja soma superou, no total, R$ 40 mil ou quem obteve lucro de qualquer valor com a venda de ações em 2022, sujeito à cobrança do IR, independentemente do valor da venda. Antes, qualquer contribuinte que tivesse comprado ou vendido ações no ano anterior, em qualquer valor, era obrigado a declarar.

Tira-Dúvidas
Os veículos da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) reuniram as principais orientações para ajustar as contas com o Leão. Para ler e ouvir todas as matérias da série Tira-Dúvidas do IR 2023, acesse a página do especial.

O contribuinte também pode destinar até 6% do valor devido do Imposto de Renda para projetos sociais e atividades culturais, ou 7%, se incluir projetos esportivos.

É possível fazer a destinação na própria declaração. O limite é de até 3% do imposto para cada fundo especial – da criança e adolescente; e da pessoa idosa. Esses valores são abatidos do Imposto de Renda devido, ou seja, o contribuinte não paga nada a mais por isso. Nos casos em que o cidadão tem imposto a restituir, o valor será somado à restituição.

A Receita também disponibilizou um passo a passo em sua página sobre como fazer a destinação para pessoas físicas e empresas.

Para atividades audiovisuais, na área de cultura e projetos desportivos e paradesportivos, não há opção de destinação direta na declaração, mas é possível deduzir os valores das doações que foram realizadas ao longo do ano-calendário, nesse caso 2022.

Para a Receita Federal, a destinação é um mecanismo que permite a aplicação de parte do imposto recolhido em uma causa considerada importante para o cidadão, refletindo a responsabilidade social e os valores de cada contribuinte.

Inscrições para o Mais Médicos terminam nesta quarta

Terminam nesta quarta-feira (31) as inscrições para o programa Mais Médicos, com prioridade para profissionais brasileiros formados no país. O edital com 5.970 vagas distribuídas em 1.994 municípios foi divulgado na última segunda-feira (22).

Também podem participar da seleção brasileiros formados no exterior ou estrangeiros, que continuarão atuando com Registro do Ministério da Saúde (RMS) em vagas não ocupadas por médicos com registro no país.

Para se inscrever, basta acessar o Sistema de Gerenciamento de Programas por meio do endereço eletrônico do Mais Médicos. Após a validação da inscrição, de 1º a 5 de junho, os candidatos poderão indicar até dois locais de atuação de sua preferência.

Na alocação dos profissionais, serão considerados critérios relacionados à titulação, formação e experiência prévia no projeto. Para desempate, terão prioridade candidatos de residência mais próxima do local de atuação no Mais Médicos, com maior tempo de formado e de maior idade.

A previsão, segundo a pasta, é de que os profissionais comecem a atuar nos municípios no fim de junho.

O valor previsto no edital da bolsa-formação é de R$ 12,3 mil ao mês, pelo prazo de 48 meses, prorrogáveis por igual período. Todos os participantes poderão receber incentivos pela permanência no programa, sendo que os que forem alocados em regiões de extrema pobreza e vulnerabilidade, de acordo com a oferta do edital, recebem um percentual maior.

Balanço
Segundo o ministério, atualmente mais de 8 mil médicos atuam no programa e o edital aberto agora é para recompor vagas ociosas dos últimos quatro anos, além de mil vagas inéditas para a Amazônia Legal.

Cerca de 45% das vagas estão em regiões de vulnerabilidade social e historicamente com dificuldade de provimento de profissionais. Em 2023, 117 médicos foram convocados para atuar em distritos sanitários indígenas, inclusive no território yanomami, em situação de emergência sanitária.

“A expectativa do governo federal é chegar até o fim do ano com 28 mil profissionais do Mais Médicos atendendo em todo o país, principalmente nas áreas de extrema pobreza. Com isso, mais de 96 milhões de brasileiros terão a garantia de atendimento médico na atenção primária, porta de entrada do SUS”, informa o ministério.

Lava-Jato: cassação de Dallagnol e desmonte de equipes desidratam operação

Nove anos depois das primeiras ações da Lava-Jato, os protagonistas da operação judicial entraram em derrocada na tentativa de ingressar no mundo político. A cassação do mandato do deputado Deltan Dallagnol, ex-coordenador-chefe da força-tarefa no Paraná, representa um duro golpe nas pretensões políticas dos protagonistas da investigação que desmontou um esquema de corrupção na Petrobras. Ainda durante seu trabalho no Ministério Público Federal, Dallagnol, assim como outros integrantes do grupo lavajatista, defende alterações na legislação de combate à corrupção.

A expectativa era montar uma bancada da Lava-Jato no Poder Legislativo. No entanto, nos últimos quatro anos, a operação passou por uma fase de enfraquecimento com a revelação de conversas entre procuradores e juízes, por meio de aplicativos de mensagens, a desarticulação de forças-tarefas nos estados patrocinada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), e o envolvimento de muitos dos integrantes no projeto de reeleição do então presidente Jair Bolsonaro (PL).

Deltan chegou a indicar, ainda durante a campanha eleitoral do ano passado, que votaria no ex-presidente. O atual chefe do Executivo, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), foi um dos principais alvos das ações deflagradas a partir da decisão de autoridades do Paraná. No entanto, os processos foram anulados pelo Poder Judiciário, por motivos que variam entre a suspeição do ex-juiz Sergio Moro — atual senador pelo União Brasil — por falta de provas ou por prescrição dos casos em razão de falhas processuais, como a incompetência da Justiça Federal paranaense para tratar das ações contra o petista.

No caso de Deltan, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu, por unanimidade, que ele cometeu irregularidades ao deixar o cargo de procurador para se candidatar. No entendimento da Corte, ele pediu exoneração para fugir de processos administrativos que poderiam resultar em condenação, o que o tornaria inelegível por oito anos.

A decisão do TSE cassa o registro de candidatura e distribui os votos para a legenda partidária. Um recurso foi apresentado ao Supremo, mas o afastamento do cargo eletivo teve efeito imediato. As chances de reverter o resultado por meio de ação no Supremo são pequenas. O relator, Benedito Gonçalves, afirmou que, quando Dallagnol pediu exoneração, já tinha sido formalizado contra ele mais de 15 procedimentos, que poderiam gerar processo administrativo disciplinar e resultar em exoneração, levando à inelegibilidade. Para o magistrado, Dallagnol tentou fugir das consequências legais.

Moro continua com o mandato de senador da República, mas está isolado no Parlamento. Senadores comentam, nos bastidores, que o ex-juiz não consegue atrair apoio para tocar pautas que considera importantes. Na avaliação dos colegas da Casa, ele teve uma atuação política quando ocupava o cargo de magistrado, e atuou para criminalizar a atividade política. Nas sessões, Moro tem afirmado que realizou um trabalho técnico, que combateu a corrupção, e alega que o sistema tem se virado contra a operação da Justiça paranaense. Defensor de Dallagnol, criticou a cassação do colega.

Os desdobramentos da Lava-Jato continuam acontecendo. O juiz Eduardo Appio, que assumiu no lugar de Moro como titular da 13ª Vara Federal de Curitiba, foi afastado pelo Tribunal Regional Federal da 4ª região (TRF-4), suspeito de ter ligado para o filho do desembargador Marcelo Malucelli, aliado de Moro, para fazer declarações em tom de ameaça. Ele segue fora do cargo até que o caso seja analisado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Interlocutores têm afirmado que o magistrado discorda da decisão, mas ele tem evitado dar declarações públicas sobre a situação.

Além da Justiça

A fase técnica da operação, que começou em 2014, mudou de rota em 2018, quando os integrantes da operação em diversos estados decidiram concorrer a cargos eleitivos. Em 2019, Sergio Moro largou a magistratura para aceitar o cargo de ministro da Justiça no governo de Jair Bolsonaro. Após desentendimentos com o presidente, ele deixou o posto em abril do mesmo ano.

Para Antonio Carlos Freitas Júnior, mestre e doutorando em direito pela Universidade de São Paulo (USP) e especialista em direito e processo constitucional pelo Instituto de Direito Público (IDP), a Lava-Jato se mostrou além de uma ação puramente jurídica desde o início.

“Desde sua gênese, pelas proporções das condutas investigadas, do aparato policialesco mobilizado e da repercussão midiática, a Operação Lava-Jato assumiu um papel político e extrapolou limites legais e sua função investigativa e punitiva. Esse pano de fundo impôs a anulação de condenações em recursos extremos pelos Tribunais Superiores”, afirma.

Acácio Miranda, doutor em Direito Penal, Eleitoral e Constitucional, afirma que a influência das ações no campo político geraram perda de credibilidade técnica. “O que enfrenta hoje na Lava-Jato é reflexo de excessos cometidos e em segundo lugar a politização da Operação. Tivemos o impeachment de uma presidente e o resultado das eleições de 2018 muito ligados a força-tarefa. Isso gerou perda de credibilidade jurídica e com isso veio a morte formal da operação”, ressalta.

STF aceita mais de 131 denúncias ligadas a atos golpistas

A maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) votou por tornar réus mais 131 denunciados por participação nos atos golpistas de 8 de janeiro, quando as sedes dos Três Poderes da República, em Brasília, foram invadidas e depredadas por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Com isso, chegam a 1.176 ações penais abertas contra pessoas envolvidas no episódio. Até o momento, nenhuma das 1.390 acusações formais apresentadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) foi rejeitada. A análise sobre o recebimento ou não das 214 denúncias restantes ainda não foi marcada.

Nesse lote mais recente de denúncias, a principal acusação, em todos os casos, é a de incitação à animosidade das Forças Armadas contra Poder constituído e de associação criminosa. As denúncias têm como alvo pessoas presas no acampamento montado em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília, no dia seguinte aos ataques.

Os recebimentos das denúncias estão sendo julgados no plenário virtual, em que os ministros têm uma janela de tempo para votar remotamente, sem deliberação presencial. A análise desse sexto grupo de denúncias está marcada para durar até as 23h59 desta segunda-feira (29).

Até o momento, votaram pelo recebimento dessa nova leva o relator, ministro Alexandre de Moraes, e os ministros Dias Toffoil, Cármen Lúcia, Gilmar Mendes, Rosa Weber e Edson Fachin. Assim como nas vezes anteriores, divergiram os ministros André Mendonça e Nunes Marques. Ainda faltam os votos de Luís Roberto Barroso e Luiz Fux.

Com o recebimento da denúncia e abertura de ação penal, começa nova fase de instrução do processo, em que são ouvidas testemunhas de defesa e acusação, por exemplo. Somente ao final dessa etapa que o STF deverá julgar, no caso a caso, eventual condenação dos réus. Não há prazo para que isso ocorra.

Do total de denúncias já recebidas, 225 dizem respeito a pessoas acusadas de participação direta nos ataques aos prédios públicos. Nesse caso, elas são acusadas de crimes como tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e depredação de patrimônio público protegido, entre outros.

Todos os julgamentos sobre o recebimento ou não das denúncias estão sendo realizados dentro de dois inquéritos, que têm como alvo incitadores e praticantes dos atos golpistas, respectivamente.

Há ao menos mais dois inquéritos no Supremo relacionados ao 8 de janeiro, que têm como alvo eventuais financiadores e autoridades suspeitas de omissão diante dos ataques. À frente das investigações, a PGR ainda não apresentou denúncias nesses processos, que se encontram ainda em fase de investigação pela Polícia Federal (PF), na operação denominada Lesa Pátria.

Bolsonaro afirma que CPI do 8 de janeiro é o “movimento mais importante” para a oposição

Brasília (DF) 18/05/2023 Ex-presidente, Jair Bolsonaro, na saída do Senado federal após visitar seu filho e senador, Flávio Bolsonaro. Foto Lula Marques/ Agência Brasil.

Em encontro com aliados, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ressaltou a importância da CPI do 8 de janeiro e disse que a comissão é “o nosso movimento mais importante no momento”.

Durante o encontro com presidentes estaduais e regionais do Partido Liberal, realizado nesta quinta-feira em Brasília, o ex-mandatário afirmou que “estava vendo algumas pessoas perdidas” e convocando manifestações, mas pediu que não o façam.

— Estava assistindo agora à instalação da CPMI. Apesar da minha experiência de 28 anos de parlamento, a gente sempre aprende alguma coisa a mais. Essa CPMI é muito importante para nós. Mais que qualquer movimento que porventura alguém queira fazer. Eu até peço: não faça. O movimento mais importante nosso no momento é a CPMI. Estou vendo algumas pessoas perdidas, querendo marcar amanhã com o povo na rua… Peço: não faça — declarou.

Seguindo a orientação e após ser criticada nas redes, a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) desconvidou seguidores a comparecerem a um ato organizado pelo Movimento Brasil Livre (MBL) em defesa do deputado Deltan Dallagnol (Podemos-PR), que teve o mandato cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na última semana. A parlamentar foi acusada de “traição” por bolsonaristas depois de fazer uma publicação de apoio à manifestação.

CPI do 8 de janeiro
A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que busca investigar os ataques golpistas de 8 de janeiro foi instalada no Congresso Nacional nesta quinta-feira (25), e é vista por bolsonaristas e governistas como oportunidade de projeção política e disputa pelo domínio do discurso sobre os atos dentro e fora das sessões.

Apesar de a adesão tardia à comissão, parlamentares governistas buscam ligar as cenas de invasão e depredação das sedes dos Três Poderes à figura de Bolsonaro. Eles defendem que financiadores e possíveis idealizadores dos atos golpistas estão diretamente ligados ao ex-presidente e a um suposto de plano de tentar mantê-lo no cargo mesmo após a derrota eleitoral.

Por outro lado, os bolsonaristas defendem a tese de que houve omissão do governo recém-empossado para conter os golpistas, mirando principalmente no ministro da Justiça, Flávio Dino.

O Globo

Lula recebe Nicolás Maduro nesta segunda-feira (29) antes da Cúpula dos Países da América do Sul

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebe nesta segunda-feira (29) o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro. A agenda, no Palácio do Planalto, inclui reunião privada entre os líderes às 10h30, reunião ampliada às 11h30 e uma cerimônia de assinatura de atos às 12h30, seguida de almoço às 13h30.

Maduro desembarcou em Brasília na noite desse domingo (28), acompanhado da esposa Cilia Flores, para participar, nesta terça-feira (30), do encontro de presidentes de países da América do Sul. Nas redes sociais, o presidente venezuelano agradeceu “a calorosa acolhida” e citou o desenvolvimento de uma agenda diplomática que reforce “a união dos povos do continente”.

O encontro entre Lula e Maduro marca a retomada das relações entre Brasil e Venezuela. De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, os dois mandatários devem avançar no processo de “normalização das relações bilaterais”. Entre os temas em pauta está a reabertura das respectivas embaixadas e de setores consulares.

“Será ocasião, também, para que os presidentes conversem a respeito dos processos de diálogo interno na Venezuela, com vistas à realização das eleições de 2024”, informou o Itamaraty.

Yanomami
Na reunião, os dois mandatários devem tratar dos resultados da recente missão multidisciplinar à capital venezuelana, organizada pela Agência Brasileira de Cooperação, que contou com representantes de mais de 20 órgãos governamentais brasileiros. “Atenção especial será atribuída aos temas fronteiriços, com destaque para a proteção das populações que residem nessa faixa, entre elas os povos yanomami”.

Cooperação amazônica
Ainda de acordo com a pasta, os dois chefes de Estado deverão tratar de temas das agendas regional, a exemplo da integração sul-americana e da cooperação amazônica, e multilateral, notadamente no que se refere à paz, segurança e mudança do clima.

Comércio
Dados do governo brasileiro indicam que o comércio bilateral com a Venezuela alcançou cerca de US$ 1,7 bilhão em 2022, com exportações brasileiras de US$ 1,3 bilhão e importações de quase US$ 400 milhões.

O intercâmbio entre os dois países alcançou US$ 6 bilhões em 2013, “o que demonstra o potencial da relação e enseja o aprofundamento do diálogo com vistas à retomada das parcerias econômicas, da complementaridade de cadeias produtivas e da remoção de obstáculos ao comércio”.

Agência Brasil

Morre Pedro Mendes, ex-secretário no governo de Eduardo Campos

Socialista histórico, ex-secretário do governo Eduardo Campos na pasta de Trabalho e Juventude, o economista Pedro Mendes , 60 anos, faleceu na tarde deste domingo (28), no hospital da Unimed, no Recife. Por meio de nota, a família dele comunicou o falecimento. Pedro também foi vereador de olinda por duas vezes, tornando-se presidente da Câmara. Depois, em 2011, assumiu a função de vice-prefeito de Ipojuca, na Região Metropolitana do Recife

“A família agradece todo o empenho do corpo médico, especialmente o dedicadíssimo e incansável Dr. Iran Costa, bem como o apoio de todo o contingente de amigos que ele sempre cativou ao longo da vida com a sua alegria e carisma”, diz um trecho da nota. O velório está marcado para esta segunda-feira (29/05) no Cemitério Morada da Paz, a partir das 9h. A cremação será ao meio-dia.

Amigo de Eduardo Campos (1965-2014) desde os bancos da universidade de economia, teve envolvimento direto em suas campanhas eleitorais e em seu governo. Em 2011 comandou o Porto do Recife. Em 2017, já na primeira gestão do ex-governador Paulo Câmara, foi secretário-executivo de Desenvolvimento de Projetos de Pernambuco.

“A partida de Pedro Mendes deixa um vácuo irreparável na política de Olinda e de Pernambuco, além de consternar suas amigas e seus amigos de tantos anos de militância no partido. A direção e todos os que compõem o PSB manifestam profundo pesar e se solidarizam com os familiares desse amado companheiro”, registrou em nota o presidente estadual do PSB, deputado Sileno Guedes, que postou uma foto dele com Eduardo Campos e Pedro no Instagram. “Por mais que busquemos compreender, sempre é muito difícil. A perda precoce de Pedro Mendes nos deixa arrasados. Meu Deus!!”, diz o começo do texto de Sileno. “Vou guardá-lo no meu coração e no melhor local das minhas lembranças”, revelou mais à frente.

O prefeito do Recife, João Campos, acompanhado dos irmãos irmão Pedro Campos e Maria Eduarda, aproveitou a manhã deste domingo (28) fazer uma visita à família de Pedro Mendes, na casa dos filhos no bairro do Espinheiro.

Mutirão realizado pela Administração de Noronha atende mais de 500 pessoas

Na sexta-feira (26), a Administração de Fernando de Noronha, através do Controle Migratório, finalizou o mutirão criado para acelerar as demandas pendentes dos moradores da ilha. A ação, que aconteceu entre os dias 23 e 26 de maio, no auditório da Unidade de Saúde da Família Dois Irmãos, atendeu 570 pessoas.

Foram desenvolvidas na ação atividades como solicitação de isenção e prorrogação de Taxa de Preservação Ambiental (TPA), emissão de carteira de morador permanente e temporário, bem como transferências de responsabilidade, regularização de prestadores de serviço temporário para funcionários efetivos, baixas de funcionários, regularização marital, entre outros.

De acordo com o gerente financeiro do Controle Migratório, Anderson Jorge, a demanda mais solicitada foi a retirada de carteira de morador (temporário ou permanente), porém houve vários outros pedidos de solicitação de restrição, regularização marital e de funcionários.

Durante o mutirão, foram entregues 345 carteiras e solicitadas mais 83. Também foram requisitados 25 agendamentos de visitas do Social e 22 processos encaminhados para apoio jurídico.

“Acredito que a força-tarefa cumpriu o papel a que se propôs, fez atendimento de diversos casos, sempre com atenção e empatia para com o contribuinte, solucionando de imediato a maioria dos casos e encaminhando, com a celeridade que apenas um atendimento transversal poderia proporcionar. Para dimensionar a velocidade que alguns processos transitaram, podemos exemplificar que alguns passaram por até três setores diferentes num mesmo dia. Agradecemos aos setores de Arrecadação, Social, Jurídico e Infraestrutura pelo apoio nessa ação”, comemorou o gerente financeiro.

Para a moradora do arquipélago, Cleide Maria, o mutirão foi muito importante, não só para ela, mas para todos os moradores que tinham pendência. “Eu solicitei a carteira do meu bisneto. Estou muito orgulhosa desta ação e eu achei muito importante pelas dificuldades que as pessoas estavam encontrando para resolver alguma pendência”, concluiu Cleide.

A Prefeitura de Caruaru abre inscrições para o Camarote da Acessibilidade 2023

A Prefeitura de Caruaru, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, está com as inscrições abertas para as pessoas com deficiência curtirem o São João de Caruaru com mais acessibilidade e conforto, através dos Camarotes da Acessibilidade.

Como em outros anos, haverá o Camarote da Acessibilidade no Pátio de Eventos Luiz Gonzaga, do dia 3 de junho a 1º de julho, com capacidade para 40 pessoas por noite. A novidade fica com a primeira edição do Camarote no Polo do Alto do Moura, que vai comportar 15 pessoas, indo de 04 de junho a 1° de julho.

O processo de inscrição será semanal, enquanto houver vagas disponíveis e é realizado pelo Serviço de Inclusão Social para Pessoa com Deficiência.

As pessoas com deficiência física, intelectual e visual devem se inscrever pelo número de telefone (81) 98384-5652, no horário das 8h às 14h, de segunda a quarta-feira. Já as pessoas com deficiência auditiva se inscrevem, exclusivamente, por mensagem de texto ou envio de vídeo pelo whatsapp, no mesmo contato.

No ato da inscrição deverá ser informado o nome completo do interessado, data de nascimento, número do CPF, tipo de deficiência, município onde reside, contato e dia que deseja participar do camarote, tanto do Pátio como do Alto do Moura.