Os empresários do setor industrial do Agreste de Pernambuco estão pessimistas com o seu desempenho de produção. Isso é o que indica a pesquisa inédita, divulgada nesta terça-feira (13), “Panorama Industrial do Agreste Pernambucano” realizada pela Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (FIEPE). A pesquisa contou com a participação de 40 empresários de 13 municípios do Agreste, que atuam em diversos setores industriais.
Ao todo, o Panorama Industrial do Agreste Pernambucano abordou nove variáveis. Entre elas, volume de produção, evolução do número de empregados, utilização da capacidade instalada, índice de confiança, situação financeira, margem de lucro, matérias-primas, acesso ao crédito e problemas enfrentados. De acordo com o economista da FIEPE, Cezar Andrade, todas as variáveis registraram índice abaixo de 50 pontos, o que indica um cenário de insatisfação.
“O índice varia de 0 a 100. Quando o índice está abaixo de 50 pontos, mostra uma queda na produção e falta de confiança. Nesse estudo, especificamente, todas as variáveis ficaram abaixo de 50 pontos. Indicando que o empresário da região do Agreste está pessimista com o seu desempenho. O volume de produção, por exemplo, registrou 39,4 pontos no Agreste, enquanto a sondagem de Pernambuco apontou uma média de 52,6”, disse Cezar Andrade.
Além disso, o Panorama Industrial do Agreste Pernambucano mostrou que 35% dos entrevistados afirmaram que a elevada carga tributária é um dos principais problemas enfrentados pelos empresários da região. “O custo da matéria-prima, a falta de capital de giro, o alto custo do trabalhador e as altas taxas de juros também são problemas frequentes na gestão empresarial”, pontuou o economista da FIEPE.
O diretor adjunto regional da FIEPE, André Zarzar, ressaltou a preocupação da Federação com os resultados. “A pesquisa apontou que tanto a produção quanto a confiança do empresário na nossa região estão em baixa e isso é reflexo de um cenário de pouco incentivo e com problemas que se arrastam por muitos anos. Esperamos que esse diagnóstico sirva como mais um alerta sobre as necessidades dos industriais que representam um setor fundamental para a nossa economia”, finalizou.
Sistema FIEPE – Mantido pelo setor industrial, atua no desenvolvimento de soluções para trazer ainda mais competitividade ao segmento. Além da FIEPE – que realiza a defesa de interesse do setor produtivo – conta ainda com o SESI, o SENAI e o IEL. Pelo SESI-PE, são oferecidos serviços de saúde e educação básica para os industriários, familiares e comunidade geral. O SENAI-PE, além de formação profissional, atua em metrologia e ensaios, consultorias e inovação. O IEL-PE foca na carreira profissional dos trabalhadores, desde a seleção de estagiários e profissionais, até a capacitação deles realizada pela sua Escola de Negócios.
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