Policial penal é preso após morte de torcedor do Fluminense no RJ

A Polícia Civil do Rio de Janeiro investiga episódio de violência registrado em um bar próximo ao Maracanã, onde aconteceu na noite do último sábado (1º) a primeira partida da final do campeonato carioca entre Flamengo e Fluminense. Torcedores do Fluminense costumam se reunir no local para assistir aos jogos do time. O bar estava cheio quando Thiago Leonel Fernandes da Motta foi baleado e morreu. Também foi atingido Bruno Tonini Moura, que foi levado para um hospital. Não há informações sobre seu estado de saúde.

O autor dos disparos é Marcelo de Lima, inspetor de polícia penal vinculado à Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), que estava de folga. Segundo relatos de testemunhas, o crime não foi motivado por desentendimentos sobre futebol e sim por uma discussão envolvendo as últimas fatias de pizza vendidas pelo estabelecimento, que eram disputadas pelo atirador e pelas vítimas. Após o entrevero, o inspetor de polícia penal sacou a arma efetuando disparos.

Marcelo de Lima foi preso em flagrante por policiais militares e encaminhado à Delegacia de Homicídios. O policial penal foi autuado pelo crime de homicídio qualificado por motivo fútil contra Thiago Leonel Fernandes da Motta e tentativa de assassinato contra Bruno Tonini Moura.

Nas redes sociais, circula um vídeo que mostra a aglomeração de torcedores do Fluminense quando são ouvidos nove tiros. Inicialmente, os presentes demonstram não entender o que estava acontecendo. Em seguida, alguns correm e outros se abaixam.

Em nota divulgada em suas redes sociais, o Fluminense lamentou a morte de Thiago e manifestou torcida pela recuperação de Bruno. “Esperamos que os fatos sejam apurados com rigor e o responsável, punido. Toda a nossa solidariedade aos familiares e amigos das vítimas”, acrescentou o clube. A Seap repudiou o ato de violência praticado pelo seu servidor e informou que será aberto um Procedimento Disciplinar Administrativo.

Familiares e amigos de Thiago publicaram mensagens em sua homenagem. Ele era fotógrafo e cinegrafista e participou de trabalhos do Grupo Globo. Artistas que o conheciam manifestaram pesar. “Que tristeza! Muita luz para esse cara tão especial”, escreveu a atriz Fernanda Paes Leme. “Meu Deus!!! Thiago é pura luz!!! Tristeza”, postou o ator José Loreto. Outra atriz que lamentou o episódio foi Débora Secco: “Sem acreditar”.

Ele também integrava o Samba Pra Roda, grupo que fundou com amigos. “Perdi um amigo, um irmão, uma das pessoas mais geniais e talentosas que eu já conheci, que me ensinou tantas coisas nas ladeiras desse morro. Isso tudo por causa da violência, do descontrole das armas, da banalização da vida. Inacreditável”, escreveu Omar Monteiro, dono do Bar do Omar, localizado próximo ao Morro do Pinto no bairro Santo Cristo, onde o grupo costumava se apresentar.

Violência

O novo episódio de violência nos arredores do Maracanã ocorre menos de um mês após briga generalizada entre torcedores de Vasco e Flamengo que deixou diversos feridos. O confronto ocorreu no dia 5 de março, quando as duas equipes se enfrentaram em partida válida pelo campeonato carioca.

O vascaíno Eder Eliazar acabou morrendo após ficar 15 dias internado. Também no dia 5 de março, outro vascaíno foi baleado e morreu perto do estádio São Januário, mas a Polícia Civil considera a hipótese principal de execução motivada por uma rixa com traficantes.

Episódios de violência nos arredores dos estádios da capital levaram o Tribunal de Justiça do Rio Janeiro (TJRJ) a decretar, no mês passado, a prisão temporária dos presidentes das torcidas organizadas Young Flu (Fluminense), Força Jovem (Vasco), Torcida Jovem (Flamengo) e Raça Rubro-Negra (Flamengo). A decisão da juíza Ana Beatriz Estrella apontou que eles já haviam sido autuados e, diante da posição de liderança, são responsáveis diretos pela prática dos crimes investigados.

Seguindo entendimento semelhante, o juiz Bruno Vaccari Manfrenatti, do Juizado Especial do Torcedor e dos Grandes Eventos do TJRJ, autorizou posteriormente ações de busca e apreensão e a indisponibilidade de bens das quatro torcidas. Além disso, determinou que elas fiquem impedidas de acessar eventos esportivos por cinco anos. O magistrado estabeleceu ainda que 16 torcedores usem tornozeleiras eletrônicas por seis meses, ficando proibidos de se aproximarem de estádios em dias de jogos.

Os mandados de prisão contra os presidentes das quatro torcidas organizadas ainda não foram cumpridos e eles são considerados foragidos. O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) se manifestou nos autos processuais contra as prisões, alegando fragilidade da acusação, uma vez que não haveria provas da participação pessoal de cada um nos atos de violência. “Não consta qualquer elemento indiciário acerca da autoria delitiva”.

A Associação Nacional das Torcidas Organizadas (Anatorg) também contesta a decisão e defende que as torcidas organizadas não podem se responsabilizar por crimes cometidos por grupos de marginais infiltrados.

“Somos contra a violência, defendemos a punição no CPF de quem comete crime, e queremos que os torcedores incentivem os seus times, fazendo a festa na arquibancada. Justiça sim, ditadura não!”, registra postagem em suas redes sociais.

Com base nas decisões vigentes, a Polícia Militar deteve ontem 17 integrantes de torcidas organizadas que não poderiam estar presentes no Maracanã e nos seus arredores durante a partida entre Flamengo e Fluminense.

Mega-Sena acumula e próximo prêmio deve pagar R$ 37 milhões

Bilhetes de aposta da mega-sena

Ninguém acertou as seis dezenas sorteadas no último sábado (1º), em São Paulo, no concurso 2579 da Mega-Sena: 05, 10, 26, 35, 38 e 44, e o próximo prêmio deve pagar R$ 37 milhões.

A quina teve 109 apostas ganhadoras e pagará prêmio de R$ 21.479,95 a cada ganhador. Com 5.186 acertadores, a quadra pagará a cada um prêmio de R$ 644,95.

A aposta inicial, com 6 dezenas, custa R$ 4,50. A mais alta, em que a pessoa pode escolher 20 entre 60 dezenas (de 1 a 60) fica em 174.420.

O próximo sorteio da Mega-Sena será na quarta-feira (5).

Caminhada do Silêncio lembrou vítimas da ditadura de 1964

São Paulo (SP), 02/04/2023, 3ª Caminhada do Silêncio pelas Vítimas da Violência do Estado na praça da Paz, Parque do Ibirapuera.
Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

A terceira edição da Caminhada do Silêncio, realizada neste domingo (2) na capital paulista, relembrou o golpe civil-militar de 1964, homenageou a memória das vítimas da violência, e pediu o fim da impunidade dos crimes cometidos por agentes estado brasileiro durante a ditadura.

O ato teve início na Praça da Paz, no Parque Ibirapuera, e se deslocou até o Monumento em Homenagem aos Mortos e Desaparecidos Políticos, em frente ao parque. “A mensagem é impunidade nunca mais. O Brasil provou nos últimos quatro anos que é um país que não superou ainda o seu passado. É um país que está marcado pela violência, porque nunca processou de forma adequada os seus processos de violência”, disse Rogério Sottili, diretor executivo do Instituto Vladimir Herzog, uma das instituições que organizou o ato.

“Nós queremos que os responsáveis pelos genocídios, responsáveis por mortes, desaparecimentos forçados, de torturas, sejam responsabilizados. Essa é a única forma de a gente superar, virar esta página da história, e o Brasil avançar para uma cultura de paz, o Brasil avançar para uma democracia dia plena”, acrescentou.

No gramado da Praça da Paz, foram dispostas fotografias, acompanhadas de flores, de cerca de 70 pessoas mortas ou desaparecidas pelo aparelho de estado durante a ditadura. Entre os homenageados, Maria Lúcia Petit, Antônio Carlos Nogueira Cabral, Aurea Eliza Pereira, e Jane Vanini.

São Paulo (SP), 02/04/2023, Detalhe de cartazes com fotografias de vitimas durante a 3ª Caminhada do Silêncio pelas Vítimas da Violência do Estado na praça da Paz, Parque do Ibirapuera. Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

Faixas estendidas cobravam o cumprimento de recomendações da Comissão Nacional da Verdade: “Desmilitarização das polícias”, “Fim do genocídio da população indígena e negra”, e questionavam o posicionamento do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a lei de Anistia: “Anistia para torturador? Só o Brasil tem. STF ainda garante impunidade”.

A procuradora regional da República, Eugênia Gonzaga, presente no ato, lembrou que a lei de Anistia ainda é usada pelas instituições brasileiras para livrar da punição os agentes do estado que cometeram crimes durante a ditadura. De acordo com ela, essa leitura da lei foi moldada pelos militares desde a sua criação.

“A anistia no Brasil foi negociada, a transição do governo da ditadura para o governo democrático foi completamente negociada e controlada pelos militares. E isso plasmou na cabeça das pessoas, das instituições, que era para se virar essa página, e não fazer a punição”, disse.

“Esse caminho foi completamente errado. Não é um caminho que leva ao amadurecimento da democracia, e é um caminho que leva a repetição das práticas. Nós ainda estamos nessa luta. O Supremo Tribunal Federal até hoje não reviu o posicionamento de aceitar a lei da anistia para os torturadores também. Mas, aos poucos por judiciário vem mudando a sua posição”, acrescentou.

São Paulo (SP), 02/04/2023, O ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, participa da 3ª Caminhada do Silêncio pelas Vítimas da Violência do Estado na praça da Paz, Parque do Ibirapuera. Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
São Paulo (SP), 02/04/2023, O ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, participa da 3ª Caminhada do Silêncio pelas Vítimas da Violência do Estado na praça da Paz, Parque do Ibirapuera. Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

O ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, destacou que a importância do ato está em relembrar o passado para não repeti-lo no presente. “Quando a gente fala dos jovens que morrem nas periferias de São Paulo e do Brasil inteiro, da violência policial presente, nós estamos falando, portanto, desse passado que não passou”, disse.

“Estamos fazendo hoje esse ato de memória para que possamos construir um futuro em que essa violência não ocorra de novo, e para que essa violência não repercuta como tem repercutido na vida de cada um de nós. Nós vimos isso nos atos que aconteceram agora no dia 8 de janeiro, nós vimos nos quatro anos que nos antecederam a esse, ou seja, eles são resultados direto de um país que não consegue lidar com seus traumas”, acrescentou.

A partir desta edição, o evento passou a fazer parte do calendário oficial da cidade de São Paulo, incluído pela lei 17.886 de 2023. A 3ª Caminhada do Silêncio foi organizada pela Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania e pelo Movimento Vozes do Silêncio, composto por dezenas de entidades.

Aumento de receitas é principal desafio do novo arcabouço fiscal

Dinheiro, Real Moeda brasileira

Anunciada pelo governo como uma ferramenta que estabilizará as contas públicas no médio prazo, o novo arcabouço fiscal tem como principal âncora a limitação do crescimento das despesas a 70% da variação da receita dos 12 meses anteriores. Embora tenha sido bem recebido por parte do mercado financeiro, o futuro marco fiscal desperta dúvidas em alguns economistas.

O principal questionamento, para especialistas ouvidos pela Agência Brasil, diz respeito ao ganho de arrecadação necessário para que o país saia de um déficit primário – resultado negativo nas contas do governo sem os juros da dívida pública – de 1% do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano para um superávit de 1% do PIB em 2026. Outro ponto posto em dúvida é a capacidade de a regra ser anticíclica – com gastos maiores em tempos de recessão e gastos menores em tempos de crescimento – e amortecer impactos de choques econômicos.

Diretora da Instituição Fiscal Independente (IFI), órgão consultivo do Senado que faz estudos econômicos, Vilma Pinto manifesta incertezas em relação ao novo arcabouço. Em comentário publicado no blog da revista Conjuntura Econômica, do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV), ela e o analista da IFI Alexandre de Andrade ressaltaram que o texto do projeto de lei ainda precisa ser conhecido.

Os dois advertiram que, conforme o apresentado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a geração de superávits primários está condicionada ao crescimento da receita, sem buscar alterar o atual nível de gastos. “Esse tipo de mecanismo pode incentivar a busca por mais receitas não recorrentes [como renegociações de dívidas de contribuintes], que podem melhorar a situação de curto prazo, mas que não garantem, necessariamente, uma trajetória sustentável para o primário e a dívida”, escreveram a diretora e o analista da IFI.

Economista e professora de MBA da FGV, Carla Beni elogia o novo arcabouço fiscal e diz que as análises sobre a dependência do marco em relação à geração de receitas são apressadas. “O arcabouço, como carta de intenções, foi bem elaborado. Tem uma característica muito importante, que é a flexibilidade, porque a economia é muito dinâmica. Então, quanto mais flexível, mais longevo passa a ser. E achei audacioso, no sentido de que pretende fazer uma redução muito grande do nosso déficit fiscal”, avalia.

A professora, no entanto, reconhece que tal audácia exigirá ações adicionais do governo para estabilizar a dívida pública. A professora cita medidas como a revisão de gastos públicos para definir o que é mais eficiente; a definição de prioridades no futuro Plano Plurianual (PPA), a ser enviado pelo Ministério do Planejamento em agosto; e reformas tributárias que cobrem impostos sobre dividendos e patrimônio, revisem incentivos fiscais e tributem novos setores, como apostas esportivas. Ao apresentar o arcabouço, o ministro Haddad anunciou que o governo pretende anunciar, nesta semana, novas medidas para reforçar a arrecadação em R$ 150 bilhões, sem aumentar alíquotas ou criar impostos.

Ciclos econômicos
O alinhamento do novo arcabouço aos ciclos econômicos também é objeto de dúvidas. Por estar atrelado à receita, o limite de 70% de crescimento nos gastos federais tem caráter pró-cíclico, com os gastos crescendo quando a arrecadação aumenta e caindo, quando diminui. É um sistema semelhante ao do superávit primário, que vigora desde o fim dos anos 1990. Nesse modelo, embora o governo economize mais quando a economia cresce e poupe menos quando a economia encolhe, o gasto aumenta e diminui no mesmo sentido.

Apesar do viés pró-cíclico, a regra introduziu um mecanismo que pode ser considerado anticíclico. O limite de 70% só vale dentro de uma banda em que os gastos reais (acima da inflação) aumentam 0,6% ao ano, em caso de baixo crescimento econômico, e 2,5% ao ano, em caso de expansão significativa do PIB.

Para exemplificar, quando a economia cresce 5% em um ano, os gastos não podem crescer 3,5% (equivalente a 70% de 5%), mas sim, 2,5% acima da inflação no ano seguinte. Em momentos de recessão, quando a variação do PIB fica negativa, o gasto não se contrai, continuando a crescer no limite mínimo de 0,6% acima da inflação.

Especialista em desigualdade social, o economista e sociólogo Marcelo Medeiros, pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e da Universidade de Brasília (UnB), diz que o novo arcabouço na prática não tem caráter anticíclico. “O ideal é que uma regra fiscal tenha mecanismos para a expansão da rede de proteção social em caso de necessidade, em particular em caso de recessão. Porque o que aconteceu, na última recessão grande, é que o Bolsa Família encolheu, em vez de expandir, justamente porque estava preso por uma regra pró-cíclica.

Investimentos
Professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o economista Eduardo Costa Pinto critica a capacidade do novo arcabouço fiscal destravar os investimentos, mesmo com as novas regras estabelecendo um piso. “Quais seriam os motores para puxar a economia nesse momento de desaceleração, como o PIB já mostrou? Ou o gasto do governo, ou o investimento público? É evidente que a nova regra é melhor do que o teto dos gastos, dá um grau de flexibilidade, mas não acho que teremos uma força, uma tração, para que a regra permita ampliação dos gastos e do investimento público para puxar a economia brasileira”, diz.

Para Vilma Pinto e Alexandre de Andrade, da IFI, o limite mínimo de investimento em torno de R$ 75 bilhões, que serão corrigidos pela inflação ano a ano, tornarão o Orçamento ainda mais inflexível, fazendo com que o governo tenha de cortar em outras áreas, inclusive gastos obrigatórios. “Em que pese a boa intenção de se preservarem os investimentos, a regra aumenta ainda mais o grau de rigidez orçamentária da União”, escreveram os dois no blog da FGV.

Respostas
Ao explicar o novo arcabouço fiscal na última quinta-feira (30), o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Guilherme Mello, disse que uma eventual diminuição da receita poderá adiar a estabilização da dívida pública. No entanto, ressaltou o secretário, os gastos continuarão a crescer menos que a receita em quase todos os cenários, exceto em uma eventual recessão que faça a arrecadação cair.

“A pergunta recorrente que vocês vão fazer é: ‘E se a receita não vier?’ O que a gente já reiterou é que, independentemente do comportamento da receita, a despesa vai crescer menos que a receita. Obviamente que, quanto mais rápido conseguirmos recuperar as bases de financiamento, mais rapidamente vamos conquistar os resultados primários necessários para estabilizar a dívida [pública]. Este é o objetivo de todos, e também entendo que seja o objetivo dos parlamentares com quem o ministro tem conversado”, rebateu Mello.

Em relação ao limite mínimo de 0,6% de crescimento real (acima da inflação) das despesas em momentos de baixo crescimento econômico, o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, explicou que o percentual foi definido com base na taxa média de crescimento da população. “Com essa taxa, podemos assegurar que os gastos per capita estão mantidos em momentos de recessão. Ninguém vai deixar de ter acesso a programas sociais básicos em momentos de crise, como aconteceu com o Farmácia Popular recentemente”, justificou.

Ao anunciar as medidas, o ministro Haddad reiterou que os percentuais de 0,6% e de 2,5% de crescimento são suficientes para dar um caráter anticíclico ao novo arcabouço. Segundo ele, o limite mínimo de 0,6% tem como objetivo impedir que, em caso de novas recessões, o governo tenha de recorrer ao Congresso para alterar as regras fiscais, como nos últimos anos.

“Se houver uma retração na parte baixa do ciclo [recessão], decidimos incorporar aquilo que era exceção dentro do teto de gastos à regra nova, para trazer as excepcionalidades, exceto aquelas fixadas pela Constituição [como estados de calamidade pública], para dentro da regra aquilo que é uma espécie de crescimento vegetativo em função daquilo que se verificou desde a promulgação do teto de gastos”, disse.

Policial penal é preso após morte de torcedor do Fluminense no RJ

A Polícia Civil do Rio de Janeiro investiga episódio de violência registrado em um bar próximo ao Maracanã, onde aconteceu na noite deste sábado (1º) a primeira partida da final do campeonato carioca entre Flamengo e Fluminense. Torcedores do Fluminense costumam se reunir no local para assistir aos jogos do time. O bar estava cheio quando Thiago Leonel Fernandes da Motta foi baleado e morreu. Também foi atingido Bruno Tonini Moura, que foi levado para um hospital. Não há informações sobre seu estado de saúde.

O autor dos disparos é Marcelo de Lima, inspetor de polícia penal vinculado à Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), que estava de folga. Segundo relatos de testemunhas, o crime não foi motivado por desentendimentos sobre futebol e sim por uma discussão envolvendo as últimas fatias de pizza vendidas pelo estabelecimento, que eram disputadas pelo atirador e pelas vítimas. Após o entrevero, o inspetor de polícia penal sacou a arma efetuando disparos.

Marcelo de Lima foi preso em flagrante por policiais militares e encaminhado à Delegacia de Homicídios. O policial penal foi autuado pelo crime de homicídio qualificado por motivo fútil contra Thiago Leonel Fernandes da Motta e tentativa de assassinato contra Bruno Tonini Moura.

Nas redes sociais, circula um vídeo que mostra a aglomeração de torcedores do Fluminense quando são ouvidos nove tiros. Inicialmente, os presentes demonstram não entender o que estava acontecendo. Em seguida, alguns correm e outros se abaixam.

Em nota divulgada em suas redes sociais, o Fluminense lamentou a morte de Thiago e manifestou torcida pela recuperação de Bruno. “Esperamos que os fatos sejam apurados com rigor e o responsável, punido. Toda a nossa solidariedade aos familiares e amigos das vítimas”, acrescentou o clube. A Seap repudiou o ato de violência praticado pelo seu servidor e informou que será aberto um Procedimento Disciplinar Administrativo.

Familiares e amigos de Thiago publicaram mensagens em sua homenagem. Ele era fotógrafo e cinegrafista e participou de trabalhos do Grupo Globo. Artistas que o conheciam manifestaram pesar. “Que tristeza! Muita luz para esse cara tão especial”, escreveu a atriz Fernanda Paes Leme. “Meu Deus!!! Thiago é pura luz!!! Tristeza”, postou o ator José Loreto. Outra atriz que lamentou o episódio foi Débora Secco: “Sem acreditar”.

Ele também integrava o Samba Pra Roda, grupo que fundou com amigos. “Perdi um amigo, um irmão, uma das pessoas mais geniais e talentosas que eu já conheci, que me ensinou tantas coisas nas ladeiras desse morro. Isso tudo por causa da violência, do descontrole das armas, da banalização da vida. Inacreditável”, escreveu Omar Monteiro, dono do Bar do Omar, localizado próximo ao Morro do Pinto no bairro Santo Cristo, onde o grupo costumava se apresentar.

Violência
O novo episódio de violência nos arredores do Maracanã ocorre menos de um mês após briga generalizada entre torcedores de Vasco e Flamengo que deixou diversos feridos. O confronto ocorreu no dia 5 de março, quando as duas equipes se enfrentaram em partida válida pelo campeonato carioca.

O vascaíno Eder Eliazar acabou morrendo após ficar 15 dias internado. Também no dia 5 de março, outro vascaíno foi baleado e morreu perto do estádio São Januário, mas a Polícia Civil considera a hipótese principal de execução motivada por uma rixa com traficantes.

Episódios de violência nos arredores dos estádios da capital levaram o Tribunal de Justiça do Rio Janeiro (TJRJ) a decretar, no mês passado, a prisão temporária dos presidentes das torcidas organizadas Young Flu (Fluminense), Força Jovem (Vasco), Torcida Jovem (Flamengo) e Raça Rubro-Negra (Flamengo). A decisão da juíza Ana Beatriz Estrella apontou que eles já haviam sido autuados e, diante da posição de liderança, são responsáveis diretos pela prática dos crimes investigados.

Seguindo entendimento semelhante, o juiz Bruno Vaccari Manfrenatti, do Juizado Especial do Torcedor e dos Grandes Eventos do TJRJ, autorizou posteriormente ações de busca e apreensão e a indisponibilidade de bens das quatro torcidas. Além disso, determinou que elas fiquem impedidas de acessar eventos esportivos por cinco anos. O magistrado estabeleceu ainda que 16 torcedores usem tornozeleiras eletrônicas por seis meses, ficando proibidos de se aproximarem de estádios em dias de jogos.

Os mandados de prisão contra os presidentes das quatro torcidas organizadas ainda não foram cumpridos e eles são considerados foragidos. O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) se manifestou nos autos processuais contra as prisões, alegando fragilidade da acusação, uma vez que não haveria provas da participação pessoal de cada um nos atos de violência. “Não consta qualquer elemento indiciário acerca da autoria delitiva”.

A Associação Nacional das Torcidas Organizadas (Anatorg) também contesta a decisão e defende que as torcidas organizadas não podem se responsabilizar por crimes cometidos por grupos de marginais infiltrados.

“Somos contra a violência, defendemos a punição no CPF de quem comete crime, e queremos que os torcedores incentivem os seus times, fazendo a festa na arquibancada. Justiça sim, ditadura não!”, registra postagem em suas redes sociais.

Com base nas decisões vigentes, a Polícia Militar deteve ontem 17 integrantes de torcidas organizadas que não poderiam estar presentes no Maracanã e nos seus arredores durante a partida entre Flamengo e Fluminense.

Brasil não assina declaração da ‘Cúpula pela Democracia’ sobre guerra na Ucrânia

O Brasil não assinou a declaração da edição da Cúpula pela Democracia de 2023. O evento virtual promovido pelo governo dos Estados Unidos ocorreu, pela segunda vez, entre terça (28) e quinta-feira (30), e terminou com a confecção de um documento que, entre outros assuntos, faz críticas contundentes à invasão russa na Ucrânia.

No total, 76 países assinaram a declaração. Destes, 16 declararam apoio ao texto com ressalvas em pontos específicos. Armênia, Índia e México estão entre as nações que manifestaram discordância em relação ao parágrafo da declaração que trata de forma mais ostensiva sobre o conflito na Ucrânia.

“Lamentamos as terríveis consequências humanitárias e de direitos humanos da agressão da Federação Russa contra a Ucrânia, incluindo os ataques contínuos contra infraestrutura crítica em toda a Ucrânia com consequências devastadoras para os civis, e expressamos nossa grande preocupação com o alto número de vítimas civis, incluindo mulheres e crianças, o número de deslocados internos e refugiados que precisam de assistência humanitária e violações e abusos cometidos contra crianças”, diz trecho do documento.

“Estamos profundamente preocupados com o impacto adverso da guerra na segurança alimentar global, energia, segurança e proteção nuclear e meio ambiente. Exigimos que a Rússia retire imediatamente, completa e incondicionalmente todas as suas forças militares do território da Ucrânia dentro de suas fronteiras reconhecidas internacionalmente e pedimos o cessar das hostilidades”, consta também na declaração.

O documento prossegue pedindo a libertação de pessoas detidas ilegalmente e o regresso de outras deportadas à força. As nações subscritas na declaração ainda apoiam a responsabilização dos crimes mais graves cometidos em território ucraniano a partir da ótica do Direito Internacional.

A decisão pela não adesão à declaração final da cúpula partiu da discordância de Lula em usar o evento para condenar as atitudes da Rússia. Para diplomatas brasileiros, o ambiente ideal para discutir temas relacionados à guerra seriam a Assembleia Geral e o Conselho de Segurança das Nações Unidas.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estaria em viagem diplomática à China durante a realização da cúpula e, por isso, não participaria do evento capitaneado pelo presidente americano Joe Biden. O país asiático não foi convidado para o fórum internacional. A visita de Lula ao presidente chinês Xi Jinping também não se concretizou devido a uma broncopneumonia que obrigou o adiamento da missão para 11 de abril. Embora ausente, Lula enviou carta aos organizadores da cúpula na terça-feira.

O presidente brasileiro começa o documento afirmando que a democracia corre perigo e relembrou os ataques às sedes dos Três Poderes em Brasília em 8 de janeiro. Ele prossegue afirmando que o Brasil mantém “compromisso inabalável com o Estado Democrático de Direito” e cita a pauta ambiental, a valorização dos indígenas, mulheres, negros, LGBTQIA+ e pessoas com deficiência como formas de fortalecer os ideais democráticos.

Sobre o cenário internacional, Lula disse que o mundo se aproxima de um conflito polarizado nos moldes da Guerra Fria e que a luta pelos ideais democráticos não pode acarretar no isolamento de países.

“Atravessamos um momento de ameaça de uma nova guerra fria e da inevitabilidade de um conflito armado. Todos sabem os custos que a primeira guerra teve em gastos com armas em detrimento de investimentos sociais. A bandeira da defesa da democracia não pode ser utilizada para erguer muros nem criar divisões. Defender a democracia é lutar pela paz. O diálogo político é o melhor caminho para a construção de consensos. O Brasil fará a sua parte. Contribuiremos, nos diferentes foros multilaterais e no diálogo entre países, para o fortalecimento da democracia, sempre norteados pelo direito internacional e pelos direitos humanos”, diz Lula, em carta.

Estado de Minas

Arena de Pernambuco será palco das finais desta edição do Estadual

O Campeonato Pernambucano vai entrando em sua reta final. Seis equipes seguem vivas em busca do título desta temporada. No entanto, apesar das incertezas sobre quem chegará mais longe no certame, o palco dos dois jogos da decisão deste ano já está definido. Independentemente de quem se classificar, os confrontos serão realizados na Arena de Pernambuco. A informação foi repassada pelo presidente da Federação Pernambucana de Futebol (FPF), Evandro Carvalho, à reportagem, na tarde deste domingo (2).

De acordo com o mandatário, o fato dos jogos finais serem disputados em São Lourenço da Mata não se trata de uma novidade para os clubes. Isto “já estava definido desde o início desta edição do campeonato”. Os jogos, porém, ainda não têm datas pré-agendadas.

Ao contrário da final, as quartas de final e a semifinal, contudo, serão disputadas em jogo único na casa da equipe de melhor campanha. Times melhores colocados na primeira fase, Sport e Retrô já estão nas semis do torneio. Enquanto o Rubro-negro aguarda o vencedor de Petrolina x Santa Cruz, o adversário da Fênix sai do duelo entre Náutico x Salgueiro.

Esta não será a primeira vez que a Arena de Pernambuco estará presente nas finais do Campeonato Pernambuco. Apesar de receber os dois jogos da atual edição, o estádio construído para a Copa do Mundo realizada no Brasil já recebeu decisões do Estadual em outras quatro ocasiões.

Em 2014, foi palco do confronto decisivo entre Náutico e Sport, no ano em que o Rubro-negro ficou com o título. Quatro anos mais tarde, viu o Timbu ficar com a taça diante do Central. Já em 2021, ano de mais uma conquista do Náutico, abriu as decisões entre o Alvirrubro e o Leão da Ilha do Retiro. Enquanto no ano passado, o time da Rosa e Silva ficou com o caneco ao bater o Retrô, nos pênaltis, no local.

Quartas de final

16h30 Terça-feira (4) – Petrolina x Santa Cruz
20h Quarta-feira (5) – Náutico x Salgueiro

Semifinal

16h30 Sexta-feira (7) – Sport x Petrolina ou Santa Cruz
16h30 Sábado (8) – Retrô x Náutico ou Salgueiro

Folhape

Confiança do empresário industrial de Pernambuco cresce em março

O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) de Pernambuco cresceu no mês de março. Essa é a segunda vez que ele apresentou elevação este ano, avançando 0,5 ponto percentual e chegando aos 56 pontos. Apesar de ter sido um crescimento menor, se comparado ao de fevereiro, a confiança dos empresários permanece positiva.

De acordo com o economista da FIEPE, Cézar Andrade, essa melhora tem a ver também com os efeitos das festividades do Carnaval e da Semana Santa. “No fim do ano passado, havia uma insegurança grande em razão das eleições, o que fez com que o futuro se tornasse um ponto frágil e incerto para os empresários. Agora, depois do aquecimento motivado por essas festas, eles se sentem mais otimistas e veem suas produções se aquecerem”, contou.

Com esse resultado, o índice estadual ficou acima da média histórica, que é de 55,78 pontos. Já com relação ao indicador nacional, o ICEI apresentou queda de 0,7 ponto percentual no mês em questão e atingiu 49,9 pontos, voltando ao cenário de desconfiança.

Na visão de Andrade, é importante analisar os indicadores das ‘condições atuais’ e o de ‘expectativas’ para entender o motivo da pequena elevação no mês de março. O índice de Condições Atuais, que capta a avaliação dos empresários da indústria sobre a situação corrente dos negócios, apresentou queda na passagem mensal, atingindo 45,6 pontos, ou seja, a confiança do empresário industrial está ainda mais abalada em relação às condições atuais da economia.

O que puxou o resultado para cima foi o sentimento deles em relação ao futuro. O índice de Expectativas dos empresários, de maneira geral, é o que eleva a confiança do empresário industrial de Pernambuco, visto que tem permanecido bem acima dos 50 pontos. No mês em questão, o índice de Expectativas subiu 1,5 ponto, passando de 57,3 para 58,8 pontos, ficando ainda mais distante da linha divisória dos 50 pontos, revelando otimismo dos empresários pernambucanos para os próximos seis meses.

Sistema FIEPE – Mantido pelo setor industrial, atua no desenvolvimento de soluções para trazer ainda mais competitividade ao segmento. Além da FIEPE – que realiza a defesa de interesse do setor produtivo – conta ainda com o SESI, o SENAI e o IEL. Pelo SESI-PE, são oferecidos serviços de saúde e educação básica para os industriários, familiares e comunidade geral. O SENAI-PE, além de formação profissional, atua em metrologia e ensaios, consultorias e inovação. O IEL-PE foca na carreira profissional dos trabalhadores, desde a seleção de estagiários e profissionais, até a capacitação deles realizada pela sua Escola de Negócios.

Compesa e Senai formam primeira turma de mulheres encanadoras

Um grupo de 17 mulheres está pronto para atuar no mercado de trabalho de manutenção e instalações hidráulicas. Elas fazem parte da primeira turma do Curso de Encanadora Instaladora Predial que a Compesa promoveu, em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai). A cerimônia de formatura aconteceu na tarde desta sexta-feira (31), na sede administrativa da Compesa, no bairro de Santo Amaro, encerrando as comemorações pelo mês da água e também das mulheres. O evento contou com a participação do presidente da Compesa, Romildo Porto, e diretores da estatal, além do secretário de Recursos Hídricos e Saneamento, Almir Cirilo, da secretária da Mulher de Pernambuco, Regina Célia e Amanda Aires, titular da secretaria de Desenvolvimento Profissional e Empreendedorismo e ainda do gerente do Senai, Paulo Souza. Durante o evento, as formandas receberam a notícia de que o governo do estado apoiará o grupo em sua inserção no mercado de trabalho, para que a mão de obra destas novas profissionais seja aproveitada, tanto na iniciativa privada, quanto em obras públicas, a exemplo de construções de habitacionais, ou em serviços de manutenção de prédios estaduais.

Também foi anunciada, pela secretária de Desenvolvimento e Empreendedorismo de Pernambuco, Amanda Aires, a possibilidade de abertura de linhas de crédito para as mulheres encanadoras que desejem empreender. Os anúncios foram bastante elogiados pelo secretário Almir Cirilo e pelo presidente da Compesa, Romildo Porto. O secretário de Recursos Hídricos também trouxe novidades: “novas parcerias serão celebradas com o SENAI para a formação de mais profissionais, na Região Metropolitana do Recife e no interior. Esta é uma orientação dada pela própria governadora, Raquel Lyra, que já deixou claro que, em sua gestão, o estado apoiará iniciativas que empoderem as mulheres pernambucanas”, explicou. A prioridade das capacitações continuará sendo as populações mais vulneráveis, de baixa renda, para que possam conquistar uma profissão, garantindo renda e dignidade.

Para o presidente da Compesa, Romildo Porto, o curso de encanadoras foi um passo importante para a mudança da vida das 17 mulheres participantes, que superaram as adversidades para conciliar a vida doméstica e a carga horária puxada do curso. “Nós, que fazemos a Compesa, estamos muito felizes por sermos o instrumento de transformação da vida dessas mulheres, que acreditaram na sua capacidade e não desistiram”, argumentou Porto. Já a secretária da Mulher, Regina Célia, considerou o evento um momento histórico na vida das participantes, enaltecendo o sonho e a esperança de uma vida melhor para todas elas. “Vocês decidiram mudar a realidade, tomaram a iniciativa de crescer e entrar no mercado de trabalho e escolheram uma profissão essencialmente masculina”, complementou Regina Célia, ao elogiar o pioneirismo e exemplo de vida do grupo de encanadoras.

Curso de encanadoras

A primeira turma de mulheres encanadoras é composta de moradoras do bairro de Santo Amaro, no Recife, onde fica a sede da companhia. A capacitação faz parte do Programa ComViver Compesa, que visa fortalecer o diálogo, a convivência e o relacionamento com a comunidade, por meio da mobilização social, nas obras e serviços. O curso é totalmente gratuito, foi ministrado pelo professor Paulo César e teve como finalidade prepará-las para executar manutenção de instalações hidrossanitárias, planejar e organizar o trabalho segundo as normas técnicas e o respeito ao meio ambiente. A formação tem duração de quatro meses, iniciada em dezembro de 2022, com carga horária de 240 horas e aulas de segunda a sexta-feira, no horário das 13h às 17h, nas instalações do SENAI. As alunas ainda contaram com um módulo complementar, promovido pela Compesa, com foco em educação socioambiental.

Mais uma edição do Amor Down será realizada no Caruaru Shopping

O Caruaru Shopping estará promovendo, no dia 2 de abril, mais um Amor Down, voltado para as pessoas com síndrome de Down e autismo. O encontro acontecerá das 14h às 18h, no Pavilhão de Eventos.

Essa edição será marcada por uma série de atividades divertidas e inclusivas, com apresentações especiais de dança e música, realizadas por pessoas que têm síndrome de Down e autismo. Ainda haverá pipoca, algodão doce, infláveis gigantes, cama elástica, piscina de bola e brinquedos psicomotores.

Estarão participando do encontro cerca de 254 crianças e jovens, com deficiência intelectual e múltipla, com patologias variadas, que vão desde o transtorno do espectro autista (TEA) a encefalopatia (paralisia cerebral), bem como com síndrome de Down, microcefalia, hidrocefalia, atraso no desenvolvimento neuropsicomotor (DNPM), entre outras síndromes raras.

O Amor Down estará sendo realizado juntamente com as unidades da Apae (Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais) de Caruaru, Serra Talhada e Agrestina. A instituição tem como missão promover e articular ações de defesa dos direitos das pessoas com deficiência e representar o movimento perante os organismos nacionais e internacionais, na perspectiva da inclusão social. “Teremos o apoio do McDonalds, que sempre participa na realização do e evento”, disse Cleide Santos, gerente de eventos.

O Caruaru Shopping fica localizado na Avenida Adjar da Silva Casé, 800, Bairro Indianópolis.