O União Brasil (UB) começa a dar sinais de que caminha cada vez mais no sentido contrário a um entendimento entre as lideranças da sigla, resultado da aglutinação do DEM e do PSL, para um consenso acerca da escolha do presidente do partido em Pernambuco. A ala do líder nacional da sigla, o deputado federal Luciano Bivar, insiste na narrativa de que Marcos Amaral, aliado a Bivar, estaria eleito.
Entretanto, há uma crescente tensão com a chapa rival, que agrega quadros de peso do partido no estado, como o ex-ministro da Educação e deputado federal Mendonça Filho; o ex-prefeito de Petrolina, Miguel Coelho; e a prefeita de Bezerros, Luciele Laurentino.
Os membros da corrente “Pernambuco do Bem” entraram com um recurso na Justiça para anular a convenção estadual que elegeu Amaral, sob a alegação de que o grupo político dentro do partido comandado por Bivar teria inflado os diretórios municipais para influenciar diretamente na votação.
“As irregularidades na criação de dezenas de diretórios municipais do União Brasil em Pernambuco foi reconhecida pela Justiça, que suspendeu as atividades dos diretórios irregulares, o que tornou sem efeito o resultado da convenção estadual”, reiterou a nota enviada ontem (13) à imprensa e assinada por todos os membros da chapa.
“Qualquer outra afirmação em sentido contrário pode ser atribuída ao desespero de setores do partido que foram punidos pela Justiça por descumprir o estatuto partidário, por tentar inflar o colégio eleitoral da convenção com votos sem legitimidade legal”, concluiu o comunicado.
Nos bastidores, há uma insatisfação geral com Luciano Bivar, com afirmações de que o presidente da sigla atuaria como “dono” do partido e “insiste em indicar aliados inexpressivos para utilizá-los como fantoche”, segundo relatos de outros membros e filiados.