Produtos hortigranjeiros apresentaram aumento para o consumidor pernambucano. No Recife, a elevação dos preços da cebola e da batata foi ainda maior comparados aos reajustes em outras cidades. De acordo com os dados do 12º Boletim Prohort da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o aumento da cebola foi de 86,5% de outubro para novembro, sendo vendida atualmente no Centro de Abastecimento e Logística de Pernambuco (Ceasa-PE) por R$ 2,50 o quilograma (kg). O quilo da batata teve aumento de 57,7%, sendo comercializada hoje no Ceasa-PE por R$ 2. Por isso, a ceia do Natal dos consumidores deve ficar mais cara, já que esses dois produtos têm presença garantida na mesa dos consumidores.
Segundo o gerente de modernização do mercado hortigranjeiro da Conab, Anibal Fontes, as hortaliças de um modo geral apresentaram elevação nos seus preços devido ao período da safra que está se encerrando. “Estamos no momento de transição, com a saída da safra de inverno para a entrada da safra de verão”, explicou.
Em relação à cebola, o aumento foi unânime em todas as cidades. “Na safra de inverno, a cebola é produzida nos estados de Pernambuco, Bahia, Goiás e Minas Gerais. Quando chega a safra do verão, ela é produzida na região Sul do País. Então, a pressão pela demanda da cebola é grande e o preço sobe porque a produção não é suficiente para abastecer o mercado”, analisou Fontes. Depois da capital pernambucana, a cebola teve maiores altas em Goiânia (78%), Belo Horizonte e Vitória (57%).
Por sua vez, a batata também passa por um período em que a colheita de verão está iniciando. “Na safra de inverno, a batata é produzida em São Paulo e Goiás. A partir da safra de verão, ela inicia a produção no Paraná e em Minas Gerais. Então, no início ainda ocorrerá aumento de preço para depois a colheita começar a se acomodar”, explicou Fontes.
Para o presidente do Ceasa-PE, Gustavo Melo, depois da greve dos caminhoneiros ocorrida em maio deste ano, a batata baixou muito a média do preço. “Agora, a batata começa a voltar para o preço médio normal. Ou seja, ela também passa por uma acomodação de mercado”, disse. Seguido do aumento no Recife, o produto também cresceu 38,6% em Vitória, 32,2% em Goiânia e 31,1% no Rio de Janeiro.
Com esses aumentos percentuais no mercado atacadista, o reflexo é direto no preço dos produtos para o varejo. “Além de ser um período de entressafra da produção da cebola e da batata, esse é o mês de maior procura pelos produtos. Em dezembro, o consumo é maior devido às festas de fim de ano. A tendência é de que em janeiro o consumo seja menor e os preços se acomodem”, explicou Gustavo Melo.
Folhape