Cheque se consolida como pagamento de produtos de maior valor

Levantamento mensal da MultiCrédito mostra aumento na utilização do cheque para aquisição de produtos de maior valor agregado, como materiais de construção e automotivos. De acordo com a pesquisa realizada pelo TeleCheque, serviço oferecido pela MultiCrédito, no setor de material para construção, o uso do cheque cresceu três pontos percentuais em um ano: em janeiro de 2017, representava 19%, e neste ano, já chega a 22%. Destaque também para o segmento automotivo, cuja participação no primeiro mês de 2017 era de 20%, e este ano já alcança 21%.

“Mesmo com a leve retomada da economia, um cenário de juros elevados e pouca oferta de crédito por parte de bancos e financeiras tem levado os consumidores a buscar alternativas de crédito. O cheque tem sido uma excelente alternativa, tanto para o consumidor quanto para o varejista, que garante mais vendas e estabilidade no seu fluxo de caixa”, ressalta Walter Alfieri, diretor de Crédito, Risco e Business Intelligence da MultiCrédito.

Índices mensais por região

Centro-Oeste
O índice da região mostra queda no nível de inadimplência de 0,6 p.p. e elevação do tíquete médio em 4,6%, chegando a R$ 1.682,00. Os setores automotivo e material de construção representaram 83% do uso nos Estados do Centro-Oeste.

Nordeste
As instituições de ensino representam 11% da utilização do cheque, incremento de nove pontos percentuais na comparação com o mesmo período do ano anterior. De maneira geral, a inadimplência recuou 1% no Nordeste, e o não pagamento por parte das mulheres também teve queda, de 1,3%.

Norte
Assim como no Nordeste, na Região Norte as instituições de ensino tiveram aumento significativo no pagamento com cheque: 17% em janeiro, ante 2% no mesmo mês do ano anterior. Destaque para o aumento da participação da geração Y, que passou de 9% para 15% nos usuários do talão de cheque.

Sudeste
Na Região Sudeste, o destaque da utilização são os setores de turismo e joalheria, que, apesar de menor participação no uso total de cheques – 6% em cada segmento –, tiveram tíquete médio de R$ 9.370,00 e R$ 6.365,00, respectivamente. Os cheques honrados tiveram estabilidade em relação ao mesmo período do ano anterior.

Sul
No Sul, o consumo em geral segue com baixo nível de inadimplência, com tíquete médio de R$ 756. Parte dos consumidores desse meio de pagamento utilizou-o para o setor de saúde, que teve 19% de participação, aumento de 2 p.p., na comparação com janeiro de 2017.

Pedro Augusto é jornalista e repórter do Jornal VANGUARDA.

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