O Comitê Olímpico Brasileiro divulgou, na manhã desta sexta-feira (6), uma nota oficial na qual na suspende provisoriamente o Comitê Olímpico Brasileiro e o seu presidente, Carlos Arthur Nuzman, preso temporariamente na quinta (5). O Conselho Executivo do COI discutiu a situação particular da compra de votos para o Rio de Janeiro sediar os Jogos de Verão de 2016.
No caso de Nuzman, ele está suspenso provisoriamente de todos os direitos, prerrogativas e funções decorrentes da sua qualidade como membro honorário do COI, além de ter sido retirado da Comissão de Coordenação dos Jogos de Tóquio-2020.
Com relação ao COB, ficou entendido, que, assim como Nuzman, a entidade também teve participação no esquema da compra de votos e, portanto, foi suspensa provisoriamente. Isso significa, na prática, que os subsídios e pagamentos do COI ao COB ficam congelados e a entidade deixa de ter direitos de associação como credenciada.
Os atletas, por sua vez, têm seus direitos assegurados, como a garantia de pagamento de suas bolsas e a permissão para disputarem eventos internacionais defendendo a bandeira nacional. Esta suspensão provisória pode ser levantada parcial ou totalmente quando as questões de governança da COB foram direcionadas à satisfação.
No que diz respeito ao Comitê Organizador do Rio, o Conselho de Ética observa que Nuzman, desde a sua formação, foi e ainda é o seu presidente, tendo como braço direito Leonardo Gryner.
As obrigações da entidade com o Comitê Organizador encerram em dezembro de 2016. A nota diz ainda que o COI e a contribuição financeira do Movimento Olímpico excederam significativamente suas obrigações contratuais, levando em consideração a grave crise que afeta o País.
Para acompanhar adequadamente o caso, o Conselho de Ética solicita a todas as autoridades judiciais que forneçam ao COI todas as informações disponíveis o mais cedo possível.