No começo do ano, a maioria das pessoas deseja mudar de vida e dar início a uma alimentação saudável, mas não sabem por onde começar. Um planejamento bem feito e o auxilio de um profissional nutricionista, são itens fundamentais para alcançar a meta e obter bons resultados. Para isso, o controle do colesterol é algo primordial para a boa saúde, já que é um tipo de gordura que faz parte da estrutura das células do cérebro, nervos, músculos, pele, fígado, intestinos e coração.
Embora muitas pessoas achem o colesterol uma substância maléfica, ele é primordial para o funcionamento do corpo humano. Para isso, seus níveis devem estar sempre controlados. “O colesterol no sangue circula ligado à lipoproteínas, chamadas de colesterol bom (HDL) e colesterol ruim (LDL). O excesso de LDL é que está associado às doenças cardíacas. O excesso de colesterol bom (HDL), por outro lado, até protege dessas doenças. Por isso, quando medimos o colesterol total no sangue, precisamos sempre saber o quanto se deve ao colesterol bom e o quanto se deve ao ruim”, explica a nutricionista, Ana Karla Ferrer.
Para evitar doenças cardiovasculares, o tratamento do colesterol deve ser preventivo e para a vida toda. Cerca de 70% do colesterol no sangue vem do fígado e apenas 30% vêm da alimentação. Seu tratamento deve ser contínuo e pode ser feito por medidas de estilo de vida ou medicamentos. Alimentos como o abacate; azeite de oliva, óleo de milho, óleo de girassol, óleo de canola, óleo de amendoim; amêndoas, castanha, linhaça, semente de girassol, gergelim ajudam a manter o bom colesterol. Estes alimentos são ricos em gorduras monoinsaturadas e polinsaturadas e, juntamente com a perda de peso e a atividade física, ajudam o organismo a melhorar o bom colesterol, também conhecido por colesterol HDL, que deve ser superior a 35 mg/dL.
Ainda de acordo com Ana Karla, quando se fala em emagrecimento, existe uma controvérsia em relação ao uso do óleo de coco que por muito tempo tem sido considerado como adjuvante no processo de emagrecimento e como parte das gorduras utilizadas em receitas ditas como saudáveis. Recentemente, um estudo publicado pela American Heart Association(2020) aponta aumento no LDL colesterol (colesterol ruim) em decorrência do consumo excessivo do óleo de coco quando comparado com outros óleos vegetais. “Este estudo nos trás um alerta para o consumo deste óleo de forma indiscriminada, embora sejam também notórios os efeitos benéficos da gordura do coco em vários outros aspectos, em especial a imunidade”, ressalta.