Colômbia suspende voos com o Brasil por nova cepa da Covid-19

General view of Cali, Colombia, on January 22, 2021, amid the COVID-19 pandemic. – Colombia reached 50,000 deaths from COVID-19 after ten and a half months of pandemic on Thursday, as the country is experiencing a second wave of infections that has hospitals on the brink of collapse. (Photo by Luis ROBAYO / AFP)

O governo colombiano decidiu suspender, a partir da sexta-feira (29), todos os voos com o Brasil devido à detecção de uma nova Cepa de covid-19, anunciou, na quarta-feira (27), o presidente Iván Duque.

“Como medida preventiva e por um período de 30 dias, enquanto se fazem todas as observações, são tomadas (…) as medidas de restrição de voos da Colômbia para o Brasil ou do Brasil para a Colômbia”, disse o presidente em seu programa cotidiano de TV.

A restrição afetará apenas os voos de passageiros, já que o transporte de carga permanecerá intacto, enquanto os viajantes que chegaram procedentes do país vizinho entre 18 e 27 de janeiro terão que fazer quarentena por 14 dias, acrescentou.

Além disso, o presidente conservador informou que será intensificado o monitoramento da situação epidemiológica na vasta fronteira amazônica entre os dois países.

Deste modo, a Colômbia se soma a Portugal, Turquia, Marrocos e Peru entre os países que já tomaram esta decisão.

Em dezembro, a Colômbia decidiu adotar medidas restritivas similares devido à cepa descoberta no Reino Unido.

Segundo especialistas, as variantes identificadas em Reino Unido, África do Sul e Brasil têm em comum uma mutação denominada N501Y, que explicaria sua maior transmissibilidade.

A Colômbia enfrenta atualmente uma segunda onda de contágios de Covid-19, ligada às festas de fim de ano, que mantém os hospitais à beira do colapso.

O país, que é a quarta economia da América Latina e do Caribe, soma mais de dois milhões de conta´gios e 52.000 mortes.

Embora tenha detectado um primeiro caso de covid-19 em 6 de março, o governo decretou o fim do confinamento a partir de 1º de setembro, após cinco meses e meio de ‘lockdown’, diante do descalabro da economia.

AFP

Pedro Augusto é jornalista e repórter do Jornal VANGUARDA.

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