Coluna: Deem livros de presentes

Por Menelau Júnior

A distância que separa o sucesso da mesmice chama-se leitura. O que determina a forma como enxergamos o mundo – e consequentemente o tamanho dele – também é a leitura. Voltaire resumiu em uma frase curta: “A leitura engrandece a alma”.

No mundo moderno, ler é imperativo. Não apenas porque nos ajuda a melhorar a escrita ou a argumentação que usamos em vários momentos da vida, mas porque nos permite refletir mais, pensar mais, questionar mais. Quem lê está sempre à frente.

A família e a escola têm um papel importantíssimo na formação de novos leitores. Se quisermos jovens longe da violência e dos vícios, ofereçamos-lhes livros, jornais e revistas. Se quisermos adolescentes que pensam mais e que estarão mais aptos a enfrentar os desafios do mercado de trabalho, estimulemos sua leitura! É ela que permite o crescimento intelectual de um povo. É ela que nos faz viajar sem sair do quarto.

Não tenhamos, pois, medo de oferecer livros às crianças e aos jovens. Levá-los a uma livraria pode ser uma experiência fascinante de descobertas e aprendizados. Contar historinhas para os menores estimula o raciocínio e estreita laços afetivos. Não importa se o leitor gosta de romances adocicados, aventuras improváveis ou de planetas que só existem por causa das palavras. No mundo da leitura, seja ficcional, jornalística, biográfica, informativa, cabe ao leitor descobrir caminhos e se descobrir. Isso porque os livros falam e nosso espírito responde. Lendo, descobrimo-nos. Nesta semana de Natal, seria muito bom que as crianças pudessem ir a uma das várias livrarias da cidade e passar alguns momentos olhando os livros. Tenho certeza de que pediriam para levar algum para casa. É tarefa dos pais fazê-las apaixonarem-se por esse mundo.

Enfim, que cada adulto seja exemplo às crianças de como é bom ler e que se sinta comprometido com a leitura e com o estímulo a ela. Mário Quintana escreveu que “o livro traz a vantagem de a gente poder estar só e ao mesmo tempo acompanhado”. É essa magia que precisa ser estimulada sempre. Sem ela, a vida será sempre feita de mesmices. Sem ela, o mundo será sempre bem menor do que poderia ser.

A você, que nos acompanha semanalmente, um forte abraço e um Natal abençoado ao lado de sua família e de seus amigos.

Menelau Júnior é professor de português

Natural do Rio de Janeiro, é jornalista formado pela Favip. Desde 1990 é repórter do Jornal VANGUARDA, onde atua na editoria de política. Já foi correspondente do Jornal do Commercio, Jornal do Brasil, Folha de S. Paulo e Portal Terra.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *