Coluna: Reta final para o Enem

Por Menelau Júnior

Em 15 dias, mais de 8 milhões de brasileiros estarão diante da porta que leva às principais universidades públicas. Essa porta se chama Enem. Criado em 1998, o Exame Nacional do Ensino Médio tornou-se o segundo maior “vestibular” do planeta, perdendo em número de candidatos apenas para o processo seletivo chinês.

Neste sábado, 25 de outubro, são esperados mais de 2 mil jovens para um aulão no Shopping Difusora. Professores de um colégio particular da cidade estarão, durante 4 horas, respondendo a questões que poderão “cair” no Enem. Para os alunos, uma boa oportunidade de tirar algumas dúvidas e de se avaliar também. Como diz aquele programa de TV, “se liga aí, que é hora da revisão”.

Aliás, nesta reta final não adianta querer aprender tudo de uma vez. A prova do Enem avalia a aprendizagem de toda a vida escolar. E não há muita mágica: quem leu mais, quem se informou mais, quem adquiriu mais cultura ao longo dos anos vai se dar melhor.

E qual o papel de pais e professores neste processo?

Bom, aos pais cabe – e sempre caberá – o papel do conforto, do carinho, da compreensão e da motivação. A hora de cobrar é durante o ano. Quem nunca cobrou resultados do filho, quem nunca acompanhou seus estudos, quem faz de conta que o adolescente sabe se virar sozinho não tem moral para exigir nada. Aos professores, cabe o papel do incentivo e da dedicação em busca de resultados. Não sejamos hipócritas: vivemos num mundo de resultados. Escolas particulares vivem disso. As públicas devem ser exigidas quanto a isso. Valorizar as boas escolas e cobrar das ruins é papel do estado nesse processo. Sem cobranças não há resultados.

E aos alunos, o que fazer nesses quinze dias restantes? Responder a muitas questões é uma boa pedida. Enem também é treino. Mas nada de desespero. É hora também de ver um bom filme, de ficar perto dos amigos, de conversar com os pais e professores. Se há angústias, revele-as! Vai ajudar. E se não há, melhor ainda. Nada como fazer uma prova com a confiança de quem se dedicou como deveria e tem tudo para conseguir a tão sonhada vaga na universidade.

Menelau Júnior é professor de português 

Natural do Rio de Janeiro, é jornalista formado pela Favip. Desde 1990 é repórter do Jornal VANGUARDA, onde atua na editoria de política. Já foi correspondente do Jornal do Commercio, Jornal do Brasil, Folha de S. Paulo e Portal Terra.

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