A inadimplência das empresas voltou a crescer no mês de outubro, mas em ritmo menor do que o observado ao longo deste ano. Dados apurados pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) revelam que o volume de empresas com o CNPJ inscrito nos cadastros de devedores cresceu 7,3% no último mês de outubro na comparação com igual mês do ano passado. Trata-se da menor expansão desde fevereiro de 2018, quando o avanço havia sido de 6,8%. Em setembro, na base anual de comparação, o crescimento de empresas que não pagaram suas contas fora de 9,4%.
A alta foi puxada principalmente pela região Sudeste, com crescimento do número de empresas inadimplentes de 15,2% na comparação anual. Nas demais regiões também houve crescimento, mas em patamares menores: 2,5% no Sul; 1,8% no Centro-Oeste e 1,0% no Nordeste. A única região a apresentar queda foi o Norte, cuja variação foi de -0,3%.
Já o número de empresas que conseguiram quitar suas dívidas no acumulado de um ano apresentou alta de 7,95%, número maior do que os 3,0% observado em setembro deste ano.
Na avaliação do presidente da CNDL, José Cesar da Costa, o abrandamento da inadimplência das empresas deve ser visto com ressalvas, uma vez que o crescimento dos atrasos ainda está em patamar elevado. “Mesmo com a desaceleração, o número de empresas negativadas hoje é maior do que há um ano. Esse quadro de dificuldades, observado entre empresas e consumidores só poderá ser revertido com um avanço no ritmo da atividade econômica que faça recuperar a renda do consumidor e o faturamento das empresas”, avalia o presidente.